sábado, 30 de junho de 2012

Governo injeta US$ 60 mi em fábrica de mísseis


A poucos minutos a pé da estação de metrô Voikovskaia, em Moscou, entre edifícios residenciais e empresas, está localizada a fábrica de mísseis antiaéreos Avangard (vanguarda, em português).

Outrora secreta, a área ocupada pelas oficinas foi há muito tempo fotografada por satélites e esquadrinhada pelos serviços secretos estrangeiros. Hoje em dia, apesar de a fábrica manter o mesmo regulamento rigoroso de entrada e saída dos tempos soviéticos,  não faz mais sentido esconder sua localização.

A empresa entrou no século 21 totalmente arruinada. Nas oficinas não havia calefação nem água. No inverno, o pessoal da empresa tinha que fazer fogueiras nas oficinas de montagem para aquecer o equipamento que não funcionava a baixas temperaturas.

Segundo o diretor-geral da Avangard, Guennádi Kóguin, o processo de decadência foi gerado pela destruição do sistema de gestão setorial nos anos 90. Sem encomendas nem financiamento, a empresa estava pedindo socorro. 



A recuperação começou em 2002 quando a companhia foi incorporada ao consórcio Almaz-Antei, focado em desenvolver sistemas de defesa antiaérea. Com a adição de diversos setores e centros de pesquisa e desenvolvimento pouco tempo, a empresa quase alcançou a capacidade produtiva dos tempos soviéticos.

Embora a empresa passe por situações difíceis comuns a qualquer companhia, Kóguin acredita que auxílio estatal de aproximadamente dois bilhões de rublos (cerca de US$ 60 milhões) entre 2011 e 2020 cumprirá o objetivo de modernizar as instalações.

Do montante a ser recebido, 1,2 bilhões serão investidos, até 2015, na compra de equipamento e mais de 600 milhões, para atualizar a infraestrutura da empresa, conhecida por construir os sistemas de mísseis antiaéreos S-300 e S-400. “Atualmente, a empresa investe no programa de sua modernização entre 100 e 120 milhões de rublos por ano”, contrapõe Kóguin.

No ano passado, a Avangard fechou contratos de quatro e cinco anos com o ministério da Defesa da Rússia, período em que a Avangard manterá o monopólio de fornecimento de munições para o sistema de mísseis antiaéreos S-400 Triunfo. 


Linha dura

A oficina de montagem de mísseis antiaéreos tem estrutura moderna. Pisos espelhados, limpeza impecável e, no inverno, a temperatura média no interior da oficina é de 23 graus positivos.

A empresa tem um forte esquema de controle de qualidade em cada etapa de produção. “Se um componente não passar por nosso controle de qualidade, fazemos uma reclamação à empresa parceira ou subcontratada e lhe cobramos uma multa”, adianta Kóguin.

Os mísseis prontos são enviados ao centro de controle de qualidade e testes (CCQT), onde todos os seus componentes elétricos são testados. Depois, os mísseis são submetidos ao teste de infiltração de água.

Após as avaliações no CCQT, os mísseis recebem ogivas e são enviados a depósitos militares onde permanecem sem manutenção técnica durante todo o período de armazenamento, ou seja, 10 anos.      

Missão secreta

Diversos países mostram interesse pelos sistemas de defesa antiaérea russos S-300 e S-400, seja para compra ou conhecimento científico. O acesso de estranhos às oficinas de montagem é, contudo, terminantemente proibido.


A China é um dos principais consumidores de armas russas e, em particular, dos meios de defesa antiaérea. Em 2010, a Almaz-Antei entregou a este país 15 grupos de sistemas de mísseis antiaéreos S-300 Favorit.

Um ano depois, o Serviço de Segurança Federal flagrou um cidadão chinês tentando obter a documentação técnica do sistema de mísseis antiaéreos S-300 considerada segredo de Estado.

Os sistemas de mísseis antiaéreos russos têm várias vantagens em relação aos sistemas análogos norte-americanos MIM-104 EUA Patriot. Os S-300 e S-400 levam cinco minutos, no máximo, para serem colocados em posição de tiro, enquanto o Patriot precisa de meia hora.
Os sistemas russos são capazes de lançar mísseis verticalmente e guiá-los para o alvo de zero a 360 graus. O Patriot americano só é capaz de lançar mísseis de zero a 180º graus e sob ângulo de  38 graus. Ou seja, para organizar uma defesa aérea à volta de uma instalação ou uma unidade militar, serão necessários duas vezes mais Patriots do que os S-300 ou S-400 russos.

Kóguin desmentiu as notícias de que o S-400 ainda não tem um míssil antiaéreo de longo alcance. “Tais mísseis já estão em testes no campo de provas de Achuluk [na Região de Astrakhan]. Se os primeiros mísseis do S-300 tinham um alcance de 75 km, hoje, as versões modificadas desses mísseis são capaz de atingir alvos a uma distância de 250 km.” 
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Gladius, o soldado do futuro


O Exército da Alemanha encomendou para a germânica Rheinmetall equipamentos avançados de infantaria para equipar 900 soldados de seu efetivo, cujo contrato foi assinado com a Agencia Federal de Tecnologia e Aquisição de Material de Defesa (BWB) sediada em Koblenz. Esse efetivo será enviado para o Afeganistão entre 2013 e 2014 e o primeiro a dotar-se com o “Gladius”, representando assim a primeira etapa de um processo de aprimoramento das capacidades das tropas terrestres alemãs nos teatros de operações atuais e futuros.
Em 2009 a Rheinmetall conseguiu um contrato para desenvolver um demonstrador de conceito do “Gladius” para o Exército da Alemanha, complementando desta forma o sistema básico do soldado do futuro IdZ requisitado em 2005 pela Força como solução interina em resposta a um requerimento urgente.
As melhorias das capacidades do sistema já existente com novos desenvolvimentos avançados concentram-se principalmente na habilidade de operação em rede durante missões de combate, incluindo ações efetivas de comando e controle.
A concepção do Gladius apresenta características futuristas atendendo a requerimentos operacionais complexos, pretendendo ser o primeiro e principal do Exército da Alemanha que proporcionará para um grupo de 10 soldados e seus veículos de locomoção um ambiente de atuação em rede envolvendo funcionalidades aplicadas em tarefas de reconhecimento, comando, controle e uso de armas, permitindo um rápido intercâmbio de informações e aquisição de dados da situação tática para o planejamento e condução de ações.
Através do “Gladius” o soldado recebe todos os dados relevantes sobre a situação tática, como por exemplo, posição das forças amigas e inimigas e instruções inerentes ao desenvolvimento da missão. O “Gladius” disponibiliza um sistema de navegação inercial atualizado por GPS, bem como uma bússola magnética, conjunto que proporciona uma orientação precisa em terra. Uma outra característica notável do sistema da Rheinmetall fica por conta de suas características ergonômicas, em especial com relação ao seu reduzido peso, nível de miniaturização dos componentes e integração de componentes personalizados individuais. O uniforme de combate modular, a proteção blindada para o corpo do combatente e o sistema de fixação do traje, outorgam uma excelente proteção que vai desde a baixa detectabilidade por dispositivos de visualização infravermelhas até com relação às intempéries climáticas extremas, bem como em termos de contaminação por agentes biológicos e químicos. Além disso, o traje oferece apreciável proteção anti-chamas.
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Primeiro lançamento de torpedo a partir de uma fragata “FREMM”

Recentemente, a Marinha francesa, a DCNS e a DGA completaram uma nova campanha de ensaios a bordo da fragata “Aquitaine” (classe “FREMM”). Durante a campanha, foi demonstrada a compatibilidade do navio com a variante francesa do helicóptero NH90, e o ponto culminante dos testes ocorreu no dia 22 de junho, quando foi feito o primeiro lançamento de um torpedo (foto: Marine Nationale, Alain Monot) a partir de uma fragata dessa classe. As fragatas “FREMM” carregarão até 19 torpedos MU90, como o que foi lançado. Esse tipo de torpedo pesa aproximadamente 300kg e pode atingir velocidade máxima superior a 55 nós.
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sexta-feira, 29 de junho de 2012

FREMM - Approfondimento

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FREMM multi-missão de Stealth Fragata

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Testes Bloco Exocet 3

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BOMBA NUCLEAR DO BRASIL - Ela já existe - Confira

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VBTP-MR Guarani

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Nave que levou 1ª chinesa ao espaço retorna à Terra, mas capota ao pousar


A nave espacial chinesa Shenzhou 9, lançada ao espaço no último dia 16, retornou nesta sexta-feira (29) à Terra após completar com sucesso o primeiro acoplamento espacial manual realizado pela China. A nave aterrissou por volta das 10h locais (23h de Brasília) no condado de Siziwang, ao norte da região autônoma da Mongólia Interior (norte da China). O pouso esteve longe de ser suave, pois o módulo capotou ao tocar o solo. Pôde-se escutar um forte barulho da batida no terreno. 
Apesar da violência do impacto e das sacudidas da nave, os astronautas nada sofreram e deixaram o módulo como heróis nacionais. 
Após 13 dias de missão, os astronautas Jing Haipeng, Liu Wang e Liu Yang, esta última a primeira mulher chinesa a viajar ao espaço, voltaram para casa em boas condições, segundo a equipe médica que os atendeu após a aterrissagem.Os astronautas foram recebidos com uma breve cerimônia, após adaptarem-se à gravidade da Terra e saírem da nave, uma hora depois da aterrissagem.A tripulação do Shenzhou 9 entrará para a história da China por completar com sucesso a quarta missão tripulada produzida pelo país asiático e conseguir realizar o primeiro acoplamento manual entre uma nave chinesa e o módulo espacial Tiangong I, embrião da futura base espacial do gigante asiático.
"Esta conquista teve um significado muito importante para a corrida espacial chinesa", destacou o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, no Centro de Controle Aeroespacial de Pequim.A China, o terceiro país a levar astronautas ao espaço, quer demonstrar com seu programa espacial que está capacitada tecnologicamente para trabalhar em bases permanentes no cosmos, em resposta à reserva de países como os Estados Unidosquanto à sua participação na Estação Espacial Internacional (ISS).
O país asiático espera instalar seu primeiro laboratório no espaço em 2016 e dispor de uma base permanente até o final desta década.
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Irã deve instalar mísseis em navios no Estreito de Ormuz


DUBAI, 29 Jun (Reuters) - O Irã tem a expectativa de equipar seus navios no Estreito de Ormuz com mísseis de curto alcance em breve, disse o comandante da Guarda Revolucionária, em mais um aparente alerta ao Ocidente para que não ataque o programa nuclear iraniano.
Pelo Estreito de Ormuz, que dá acesso ao Golfo Pérsico, passa 40 por cento do petróleo transportado por via marítima no mundo. A República Islâmica já ameaçou fechar o estreito em represália se as sanções ocidentais bloquearem as exportações iranianas de petróleo.
A União Europeia planeja impor a partir de domingo um embargo total ao petróleo iraniano, e informou Teerã que outras medidas punitivas podem se seguir caso o Irã continue desafiando as ordens da ONU para restringir atividades nucleares capazes de levar ao desenvolvimento de armas atômicas.
?"Já equipamos nossos navios com mísseis de alcance de 220 quilômetros, e esperamos introduzir em breve mísseis com um alcance superior a 300 quilômetros", disse o comandante Ali Fadavi à agência semioficial de notícias Mehr.
"?Podemos atingir das nossas costas todas as áreas da região do Golfo Pérsico, o Estreito de Ormuz e o Mar de Omã."
Em seu ponto mais próximo, o Irã está a apenas 225 quilômetros do Bahrein, sede da Quinta Frota naval dos EUA, e a cerca de mil quilômetros do arqui-inimigo Israel. O míssil iraniano de maior alcance, o Sajjil-2, pode voar por até 2.400 quilômetros.
O Irã reafirma seu poderio na região com frequência, particularmente no Estreito de Ormuz, o canal mais importante do mundo para o transporte de petróelo.
Mas ultimamente, Teerã tem feito mais questão de ostentar sua força militar, em face das advertências israelenses e norte-americanas, que não descartam uma ação militar contra o Irã caso a diplomacia e as sanções falhem em resolver a questão nuclear.
O Irã nega as suspeitas ocidentais de que seu programa nuclear visa o desenvolvimento de armas nucleares, e afirma que a pesquisa serve apenas para gerar eletricidade.
Em janeiro, o país anunciou um teste bem sucedido de dois mísseis que disse ser de longo alcance. Neste mês, a Marinha iraniana anunciou planos de fabricar mais navios de guerra e de aumentar sua presença em águas internacionais, como no Golfo de Aden e no norte do Oceano Índico.
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O Navio Patrulha Oceânico P-120 Amazonas da MArinha do Brasil


No dia 29 de junho, às 11h, em cerimônia presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, almirante de esquadra Fernando Eduardo Studart Wiemer, nas dependências da Base Naval de Portmouth, no Reino Unido, ocorrerá a Incorporação à Armada da Marinha do Brasil do Navio-Patrulha Oceânico Amazonas.
Construído pela empresa BAE Systems Maritime – Naval Ships tem o mesmo nome da classe em que se enquadra, Amazonas, que contará com mais duas embarcações até 2013: Navio-Patrulha Oceânico Apae Navio-Patrulha Oceânico Araguari, todos nomes de importantes rios brasileiros. A embarcação teve sua construção iniciada em 15 de fevereiro de 2008, com o batimento de quilha em 15 de junho do mesmo ano. Foi lançado ao mar em 10 de fevereiro de 2009 e sua construção foi finalizada em setembro de 2010.

As principais características da Classe Amazonas
Comprimento total de 90,5 metros, comprimento entre perpendiculares de 83 metros, boca máxima de 13,5 metros, calado de navegação de 6,0 metros, deslocamento carregado de 2.060 toneladas, velocidade máxima com 2 MCP de 25 nós, raio de ação a 12 nós cerca de 4.000 milhas náuticas, autonomia de 35 dias, capacidade de tropa embarcada de até 39 militares, capacidade de transporte de carga de até seis Contêineres de 15 toneladas, armamento composto de um canhão de 30 mm e duas metralhadoras de 25 mm; sistema de propulsão dotado com dois motores MAN 16V28/33D de 7.350 HP; geração de energia provida por três geradores CATERPILLAR de 550 kW e um gerador CATERPILLAR de 200kW, tripulação formada por 12 oficiais, 21 suboficiais e sargentos e 48 cabos e marinheiros.
Os Navios-Patrulha destinam-se ao patrulhamento das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB), devendo executar diversas tarefas, dentre elas a de, em situação de conflito, efetuar patrulha para a vigilância e defesa do litoral, de áreas marítimas costeiras e das plataformas de exploração/explotação de petróleo no mar e contribuir para defesa de porto; e, em situação de paz, promover a fiscalização que vise ao resguardo dos recursos do mar territorial, zona contígua e zona econômica exclusiva (ZEE), de repressão às atividades ilícitas (pesca ilegal, contrabando, narcotráfico e poluição do meio ambiente marinho), contribuir para a segurança das instalações costeiras e das plataformas marítimas contra ações de sabotagem e realizar operações de busca e salvamento na área de responsabilidade do Brasil.
O Navio-Patrulha Oceânico Amazonas foi projetado e construído para atender às necessidades de fiscalização de extensas áreas marítimas. Devido à sua grande autonomia e capacidade de operar com aeronave orgânica (helicóptero) e duas lanchas, contribuirá com os demais navios da Marinha do Brasil na proteção e fiscalização de nossa “Amazônia Azul”.
Após a incorporação à Marinha, o Amazonas será preparado para navegar em direção ao Brasil, o que está previsto para ocorrer na primeira quinzena de agosto deste ano. Em uma viagem de dois meses, o navio suspende de Plymouth, cumprindo o seguinte roteiro: Lisboa (Portugal), Lãs Palmas (Espanha), Mindelo (Cabo Verde), Cotonou (Benim), Lagos (Nigéria), São Tomé e Príncipe, Natal (RN), Salvador (BA), Arraial do Cabo (RJ) e tem como porto final, na primeira quinzena de outubro, o Rio de Janeiro (RJ).
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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Operação SHEFEX II - 4

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Lançado com sucesso o foguete VS-40M com o experimento Shefex 2

Dia 22 de junho de 2012, às 21h18m local, foi lançado com sucesso, a partir do Centro de Lançamento de Andoya (Noruega), o veículo suborbital brasileiro VS-40M, transportando como carga-útil o experimento alemão Shefex 2.
A operação desse veículo, o qual foi integralmente financiado pelo Centro Espacial Alemão (DLR), veio ratificar a excelente reputação conquistada pela tecnologia brasileira de veículos suborbitais junto à Agência Espacial Européia. Adicionalmente, o VS-40M significou um importante avanço para o alcance da autonomia brasileira de acesso ao Espaço, pois consiste da parte superior do VLS-1, com os motores S40 e S44.
O perfeito funcionamento dos motores S40 e S44M, bem como de todos os eventos do voo, garantiram a trajetória nominal do experimento.
O experimento Shefex 2 (Sharp Edge Flight Experiment) é parte de um importante Programa alemão de desenvolvimento de tecnologia de vôos hipersônicos e de reentrada atmosférica, e teve como objetivos testar novos materiais e tipos de proteção térmica necessários para operação nessas condições, incluindo placas de carbeto de silício, desenvolvidas no IAE, a serem utilizadas na estrutura do Satélite de Reentrada Atmosférica (SARA).
Somente o custo dos experimentos da missão espacial Shefex 2 somou 10 milhões de euros, estimando-se que outros 6 milhões tenham sido investidos durante o desenvolvimento desse experimento. Importante ressaltar que o Shefex 1, ocorrido em 2005, foi lançado com o foguete brasileiro VS-30 Orion, e que o Shefex 3 está previsto para voar, em 2016, a bordo do Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1), em desenvolvimento conjunto pelo IAE e DLR, com participação de indústrias brasileiras e alemãs.
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Turquia está se preparando para guerra com a Síria


O governo da Turquia confirmou oficialmente a informação de ter deslocado tropas para a fronteira síria, anunciou na quinta-feira a mídia local. Ancara explica suas ações por medidas de segurança, tomadas devido ao recente incidente com o avião turco abatido pela Síria.
Hoje de manhã, a televisão estatal informou que Ancara está organizando sua defesa antiaérea na fronteira com a Síria.
Além disso, há informações de que um comboio turco de cerca de 30 veículos militares com armamentos, incluindo baterias de mísseis, está se dirigindo para a fronteira síria.
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Operação Guarani

Misiones (AR) - A região destinada ao exercício no terreno da Operação Guarani já está vivendo a simulação de um combate convencional. Todos os militares estão aplicando na prática os aprendizados teóricos alcançados durante os meses de preparação. A experiência já está sendo considerada marcante para todos os envolvidos. O Aspirante Mossi é o comandante do 3º Pelotão de Cavalaria Mecanizada, e está posicionado com equipamentos e sua fração de militares em local estratégico, tendo como principal missão a defesa de três pontes, por onde passarão viaturas de logística rumo às posições seguintes.“É uma oportunidade única, me sinto altamente motivado e querendo fazer o melhor para o resultado ser acima do esperado”, avalia o Aspirante. Além do conhecimento fortalecido, ele reforça a importância de estar próximo das novas tecnologias utilizadas pelo Exército Brasileiro. “Em função da operação, aprendi a operar com o que há de mais moderno nas Comunicações, como, por exemplo, o software C2 em Combate”, complementa.Misiones (AR) - Às 18h de segunda-feira 26 de junho, iniciou oficialmente o exercício no terreno da Operação Guarani 2012. Mais de 1100 militares e 210 viaturas dos dois exércitos estão trabalhando no exercício combinado que visa o adestramento das tropas e a integração dos dois exércitos.
Todos os militares participantes da Operação estão em posições estratégicas desempenhando seus papéis em um quadro de guerra convencional.
Entendendo o Exercício
Trata-se de um exercício combinado de combate convencional, que terá participação da 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, cujo quartel-general se localiza em Santiago-RS, e da Brigada de Infantaria de Monte XII, da Argentina. Essas tropas formarão uma Força Tarefa pertencente ao Exército Azul, que terá como oponente um fictício Exército Vermelho.Foi criada uma situação de conflito para orientar o treinamento, onde Forças Vermelhas tomam a iniciativa e atacam as Forças Azuis. Estas são obrigadas a recuar, trocando espaço por tempo, ao mesmo tempo em que buscam desgastar o inimigo, realizando o que é conhecido na terminologia militar como ação retardadora.
O objetivo dos azuis é atrasar o adversário, para que o seu Exército se mobilize e possa combater de igual para igual contra os Vermelhos e, em fases posteriores, contra-atacar para recuperar o território cedido inicialmente ao invasor.
Números da OperaçãoMilitares:
Força azul: mais de 1100 integrantes
Força vermelha: mais de 60 militares (formado por uma Cia de Caçadores)
Blindados:
Brasil – 8 Cascavel e 9 Urutu (incluindo 1 oficina)
Argentina: 3 Panhard
Helicópteros
Brasil: 1 modelo HA-1
Argentina: 2 modelos UH-1H
Sistema de Comunicações com tecnologia de ponta
Apostoles (AR) – O Exército Brasileiro está empregando o que há de mais moderno em sistemas de comunicações durante a Operação Guarani 2012. O acesso à informação de forma rápida e eficaz é fundamental neste tipo de atividade. Neste exercício, destacam-se os seguintes instrumentos:
- Sistema de Comunicações Militares por Satélite (SISCOMIS), que disponibiliza internet, intranet (EB net), telefonia convencional interna do Exército Equipamento Rádio Falcon III (46 unidades) e SPR (Rádio Individual do Soldado – 60 unidades distribuídas entre os pelotões): equipamentos que estão sendo utilizados pela primeira vez. Os equipamentos utilizam novas tecnologias de segurança e computador tático (ETC IV) com software de comando e controle em combate (software C2 em combate), que integra GPS, rádio e transmissão de dados e ainda, permite em tempo real a consciência situacional da área de operações, em apoio a decisão do comandante...SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Defesa terá R$ 1,527 bilhão do PAC Equipamentos

 O Ministério da Defesa terá R$ 1,527 bilhão do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Equipamentos. Os recursos serão para compra de 4.170 caminhões, 40 carros de combate Guarani e 30 veículos lançadores de mísseis Astros 2020. O repasse do dinheiro foi autorizado, hoje (27), por meio de Medida Provisória assinada pela presidenta Dilma Rousseff em cerimônia ocorrida no Palácio do Planalto. Este programa destinará R$ 8,43 bilhões em 2012 e tem por objetivo estimular a economia brasileira com a ampliação dos investimentos e  geração de emprego e renda.

A MP encaminhada ao Congresso Nacional libera R$ 6,611 bilhões do orçamento que estavam contingenciados. Os detalhes do PAC Equipamentos foram divulgados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, ao justificar que o governo federal toma tais medidas para estimular a economia nacional. De acordo com o ministro, em função da crise europeia, que tem efeitos imediatos na economia mundial, o governo toma “um conjunto de medidas para ampliar os investimentos, estimular a demanda, aumentar a confiança e acelerar o crescimento”.

Conjuntura econômica

Em discurso, a presidenta Dilma lembrou a conjuntura econômica conturbada pela qual o mundo atravessa e a comparou o momento econômico de 2008, iniciado no setor imobiliário dos Estados Unidos. Ela frisou que a crise do fim da década passada perdura e assume novas formas no momento atual.

“Agora, esse cenário nos preocupa, mas não nos amedronta. É importante ter consciência dele para evitar que nesse momento sejam feitas aventuras fiscais. Nenhum país do mundo, hoje, se permite uma política fiscal que não leve em conta, sobretudo, investimentos. Aventuras fiscais é a gente se comportar como se não estivesse acontecendo nada. Nós não nos amedrontamos, mas não podemos fingir que nada está acontecendo”, disse.

E para fazer frente ao momento atual, segundo destacou, o governo vem tomando medidas que incrementem o mercado interno. No discurso, Dilma Rousseff destacou também a importância do programa na destinação de recursos ao Ministério da Defesa para a compra de equipamentos para as Forças Armadas.

“Todas as compras que nós lançamos antes vão atender às necessidades do povo brasileiro. Eu vou citar: os ônibus para transporte escolar; os caminhões e veículos para as Forças Armadas, que têm de ser reequipadas, na medida em que cumprem um papel essencial; as ambulâncias para expandir o Samu; os caminhões e perfuratrizes para poços artesianos, facilitando o combate à seca; as retroescavadeiras, como eu disse, para manutenção das estradas vicinais; os mobiliários para as escolas públicas”, contou.Compras da Defesa

O Ministério da Defesa receberá R$ 1,527 bilhão para equipamentos militares desenvolvidos a partir de projetos nacionais fabricados no Brasil. Deste total, R$ 342,4 milhões serão para a compra de 40 blindados Guarani. Como o Exército já tinha encomendado 21 unidades do tanque para este ano, o PAC Equipamentos permitirá que outros 19 Guarani sejam acrescidos à lista.

O plano também prevê R$ 246 milhões para adquirir 30 unidades do Veículo Lançador de Míssil – Astros 2020. Os R$ 939,6 milhões restantes serão para compra de 4.170 caminhões de diferentes tipos e modelos destinados ao transporte de tropas e de cargas, baú, basculante, pipa, combate a incêndio e de uso geral. Esses veículos se somarão aos 900 inicialmente previstos, totalizando encomenda de 5.070 caminhões em 2012.

Sobre os equipamentos:

Blindados - O Guarani é um projeto do Exército Brasileiro. Trata-se do primeiro modelo de uma família de blindados a ser produzida no país, em Minas Gerais, pela empresa Iveco. Esses carros de combate anfíbios sobre rodas substituirão, gradualmente, os atuais blindados utilizados pelo Exército (Urutu, Cascavel), que foram fabricados pela Engesa e estão com mais de 30 anos de utilização. Astros 2020 - Trata-se de um sistema nacional de lançamento de foguetes e mísseis desenvolvido pelo Exército e fabricado pela empresa Avibrás, de São José dos Campos. Sucesso comercial, o lançador sobre rodas já foi exportado para vários países e vai aparelhar unidades de combate da artilharia do Exército. O 2020 é o modelo mais atual do lançador de foguetes terra-terra.

Benefícios - Os dois projetos (blindados e Astros 2020) são projetos estratégicos e estão em consonância com a Estratégia Nacional de Defesa (END). Deverão constar também no Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED), que está em fase de conclusão no Ministério e orientará as aquisições de equipamentos e produtos de defesa até 2030.

Ambos os projetos funcionarão como estímulo à inovação e à produção nacional de meios tecnologicamente avançados. Ou seja, têm o viés de promover efetividade da capacidade de defesa e também de impulsionar a competitividade da indústria nacional nos mercados interno e externo, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do Brasil.

A compra dos caminhões reforçará a mobilidade e a logística das Forças Armadas. Os veículos incrementarão a capacidade das Forças de atuar em situações dentro e fora do meio militar, tais como auxílio da população civil em catástrofes naturais (enchentes, secas etc).

Fotos: Felipe Barra e Tereza Sobreira
Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Encontrado OVNI no fundo do Mar Báltico


A baía estava um espelho, na manhã de 19 de junho. Seis dos nove membros da tripulação a bordo do navio de pesca do lago ainda estavam dormindo em suas camas, quando três membros da tripulação ficaram paralisados olhando para o que aparecia na tela do sonar e que estava escondido no fundo do mar.
O grupo chamado Exploradores de Oceano tem como missão vasculhar os destroços do Mar Báltico, a procura de garrafas de bebida contendo álcool, que pode ser vendido em leilão. Em 1997, constatou o líder do grupo, Peter Lindberg, ocorreu um naufrágio no arquipélago Åland. A bordo foram encontradas garrafas de champanhe que foram posteriormente vendidas por milhões de dólares ... mas esta manhã, eles encontraram algo bem diferente. "Há alguma coisa sólida lá em baixo".
A 87 metros de profundidade, entre a Suécia e a Finlândia, a equipe achou um grande círculo, com cerca de 60 metros de diâmetro.

Você vê um monte de coisas estranhas nesta profissão, mas durante a meus 17-18 anos como profissional, eu nunca vi nada assim. Uma forma completamente redonda, torna-se única”, disse Peter Lindberg.

Ao lado do círculo tem uma pista de 300 metros de longo declínio - como se o círculo tivesse se arrastado pelo leito do oceano antes de ali parar.

Segundo Dennis Asberg, um dos envolvidos na expedição, os alemães e os russos já foram lá - a palavra final foi: “É inconcebível” 
“Eu não tenho idéia. Tudo o que sei é que o que eu vi lá embaixo é sólido, pode ser concreto, pedra ou aço e que é completamente redondo”.

Eles descartaram as teorias de que há uma bomba de profundidade ou uma mina, restos da Primeira Guerra Mudial.2012, profecias do calendário Maia, sons estranhos e revoadas de discos voadores ao redor do mundo… essas histórias são uma delícia, como esta que retorna agora ao noticiário, do suposto UFO pousado no fundo do mar Báltico.
Lá pelo meio do ano passado, caçadores de objetos perdidos em naufrágios de navios no mar Báltico, entre a Suécia e a Finlândia, tocaram o maior rebú com a suposta presença alienígena na Terra, ao registrar uma imagem misteriosa a aproximadamente 80 metros abaixo da superfície do mar.
Os suecos responsáveis pela façanha desconfiam que podem ter feito mesmo a descoberta de suas vidas, embora ninguém ainda saiba exatamente do que se trata a imagem que foi registrada.
A descoberta foi realizada em uma região secreta no fundo do mar da região por uma equipe de exploração marítima, a Ocean Explorer, com Peter Lindberg como líder. Segundo o mergulhador sueco, que realiza ações como essa há 20 anos, ele nunca encontrou algo parecido.
Utilizando um equipamento com sonar preparado para capturar imagens no terreno abaixo da água, foi encontrado um objeto que lembra um UFO, com cerca de 60 metros de diâmetro e quase meio quilômetro de “cauda” ou rastro sulcado no leito submerso.Por causa do formato bastante regular e incomum do que poderia ser, na verdade, uma anomalia geológica, a imprensa internacional preferiu referir-se ao objeto como OVNI — Objeto Voador Não Identificado.
Só que posteriormente, numa segunda expedição para observar melhor o tal objeto, acabou sendo achado outro parecido a cerca de 200 metros de distância do primeiro. A equipe sueca concluiu que os objetos são muito grandes para terem caído de um navio ou fazer parte de um naufrágio.
Andreas Olsson, chefe de arqueologia do Museu Marítimo Sueco, assume que a imagem é intrigante, mas que ainda “não permite definir se o objeto não passa de uma formação geológica natural”.
Os suecos pretendem voltar ao local para examinar e registrar novas imagens do objeto, mas o processo é caro.

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IFI ANALISA RESULTADOS DE ENSAIOS DO PROJETO A-DARTER

O  Instituo de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) participou da 9ª reunião do Joint Technical Qualification Workgroup (JTQW) e da 5ª reunião do Joint Certification Board (JCB) do Projeto A-Darter, ambas  foram realizadas nas instalações da Denel-Dynamics em Centurion na África do Sul, estavam presentes o Coronel Engenheiro Augusto Luiz de Castro Otero e o Tenente Coronel Engenhiro André Luiz Chiossi Forni, respectivamente Diretor do IFI e Chefe da Divisão de Certificação de Produto Aeroespacial (CPA).
Nesta oportunidade foram analisados os resultados dos ensaios de qualificação de alguns sistemas e o futuro do JCB, assim como do JTQW, considerando todo o ciclo de vida do A-Darter.
Após as reuniões, a equipe do IFI visitou o Centro de Desenvolvimento e Ensaios em Voo da Forca Aérea Sulafricana (FTDC), na Base Aérea de Overborg (OAFB), e o Centro de Ensaios da Denel (Denel Overborg Test Range), ambos em Bredasdorp, onde são realizados os ensaios de qualificação e de certificação do A-Darter no Gripen, assim como a planta da Denel Munições, responsável pelo desenvolvimento e qualificação do sistema propulsivo, da cabeça de guerra e do dispositivo eletrônico de segurança e iniciação (ESAID), em Stellenbosch.
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Alcântara Cyclone Space


Brasil e Ucrânia deram mais um importante passo no seu intento de explorar comercialmente missões de lançamento de satélites, por meio da empresa binacional Alcântara Cyclone Space (ACS). No último mês de maio, foi inaugurada na cidade de Dnepropetrovsk, a planta de testes e integração de sistemas do foguete Cyclone 4 e sua plataforma de lançamento. Em uma área situada próximo às instalações das companhias estatais Yuzhnoye, responsável pelo projeto e desenvolvimento, e Yuzhmash, especializada na fabricação e industrialização, serão feitos todos os testes de equipamentos necessários à operação do Cyclone 4, a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão, antes do envio para montagem e integração final no sítio brasileiro.Como parte de seus esforços para se posicionar no mercado de lançamentos espaciais, a ACS realizou, em meados de maio, uma apresentação técnica do projeto para um grupo de empresas seguradoras. O objetivo foi mostrar o status do programa e o nível de confiabilidade dos sistemas envolvidos, uma vez que os seguros podem representar até 25% do valor total do lançamento. Assim, quanto mais confiável um lançador é, menores são os prêmios exigidos, daí a importância de se manter um estreito relacionamento com esses stakeholders.A cooperação espacial entre o Brasil e a Ucrânia em serviços de lançamento tem origens no final da década de 1990. Mas, foi em 2003, com a assinatura do Tratado sobre Cooperação de Longo Prazo na Utilização do Veículo de Lançamento Cyclone 4 no Centro de Lançamento de Alcântara, que começaram as definições. Três anos depois, foi criada a Alcântara Cyclone Space com a finalidade de viabilizar o projeto, administrar o complexo de lançamento e explorá-lo comercialmente. A expectativa é que em 15 de novembro de 2013, levando ao espaço um pequeno satélite japonês e marcando o dia da Proclamação da República, seja registrada como a data do primeiro lançamento comercial de um satélite a partir do território nacional.Porém, o cronograma de trabalho e aquela data podem estar ameaçados. E, diferentemente do ocorrido no primeiro ano de gestão da presidente Dilma Rousseff, em que dirigentes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação colocaram o programa binacional em xeque em razão de alegados atrasos no aporte de recursos pela parte ucraniana, o problema agora parece estar do lado brasileiro.
 A ACS não tem recebido do governo brasileiro a mesma atenção dada a outras parcerias estratégicas internacionais recentemente celebradas. “Se o Brasil não repassar sua parte já aprovada em orçamento, a binacional terá que paralisar as obras das instalações em Alcântara, o que vai atrasar o programa e tornará sua retomada ainda mais custosa”, disse uma  a ACS tem uma dívida com empresas brasileiras no valor R$ 60 milhões.

Em 2012, o Governo Federal não repassou nada dos quase R$ 49 milhões que deveria, enquanto que os sócios ucranianos integralizaram a totalidade do capital planejado para o ano, ainda no mês de abril. No início de maio, os diretores gerais da binacional, Reginaldo dos Santos e seu contraparte ucraniano, Oleksandr Serdyuk, enviaram ao ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, carta expondo os problemas enfrentados pela empresa.
Outra dificuldade vivida pela ACS é a ausência de um acordo de salvaguardas tecnológicas entre o Brasil e os Estados Unidos, tema polêmico e que teve grande destaque na mídia no inicio da década de 2000. Estima-se que a maioria dos satélites comerciais potencialmente acessíveis à ACS, algo em torno de 70% a 80%, contenham pelo menos um componente norte-americano protegido pelo regime ITAR (International Traffic in Arms Regulation). Assim, a exportação de tais componentes e/ou satélites para lançamento a partir do território brasileiro somente pode ser autorizada pelo Departamento do Estado, e desde que haja um acordo de salvaguardas tecnológicas (conhecido tecnicamente como TSA) em vigor entre os dois países, o que, atualmente, não é o caso. A ausência do TSA pode tornar inviável a operação da ACS e prejudicar o retorno dos investimentos feitos pelos sócios.
Resultado da visita de Barack Obama ao Brasil em 2011, foram iniciadas negociações entre os dois países visando à assinatura de um TSA. Fontes da ACS dizem que a proposta brasileira já foi submetida às autoridades de Washington, mas a empresa, embora sendo a parte mais interessada no acordo, não foi consultada durante a preparação do documento.

“É imprescindível que seja dada pelas autoridades brasileiras a prioridade quanto às negociações com as autoridades estadunidenses sobre o TSA, bem como que a ACS seja envolvida nas negociações ou consultada sobre o texto do Acordo antes de a proposta ser enviada para os Estados Unidos”, afirmou à pessoa bastante familiarizada com o assunto.
A concorrência ao Cyclone-4: uma breve análise
O Cyclone-4 é um veículo lançador de classe média, capaz de colocar em órbita cargas de até 5.300 kg em órbita baixa (500 km), ou de 1.600 kg em órbita de transferência geoestacionário. Os principais lançadores de sua categoria incluem os norte-americanos Falcon-9 e Antares, o chinês Longa Marcha 2, os indianos PSLV e GSLV, e o russo Soyuz-2, sendo que os lançadores Soyuz e Antares são bem mais caros que o Cyclone-4 e, em princípio, não seriam muito interessantes comercialmente.

O Falcon-9 oferece um preço de tabela competitivo e é capaz de transportar mais carga útil que o Cyclone-4. Mas, nos próximos anos, o veículo terá um extenso manifesto de lançamentos a cumprir, o que gera dúvidas quanto à capacidade de fabricação acompanhar a demanda. Além disso, embora sua operadora divulgue admin/publicamente o preço de US$ 54 milhões como frete, um relatório interno da NASA, a agência espacial norte-americana, projeta um custo, em 2012, de US$ 111 milhões (trata-se de lançamento de um satélite e não da cápsula orbital).

Do lado chinês, a família Longa Marcha é confiável e de preço atraente. Contudo, somente há tentativas de comercializar os foguetes mais recentes da série 3 (3B), que são de maior capacidade (superior a 5 toneladas em órbita GTO), e, portanto, não competem com o Cyclone-4. Os lançadores da classe média (série 2), por enquanto, estão reservados para satisfazer a demanda doméstica. Outro ponto que desfavorece os foguetes chineses é que estão sujeitos às restrições impostas pelo regime ITAR.
Já os lançadores indianos (PSLV e GSLV) oferecem um preço baixo, mas enfrentam o mesmo problema do ITAR. Também, o PSLV não oferece disponibilidade imediata, uma vez que cada unidade de lançador é construída para uma missão específica, e leva muito menos carga útil que o Cyclone-4. O GSLV sofreu muitas falhas (em três dos últimos quatro lançamentos), o que, pelos critérios existentes, coloca-o fora do mercado.
Brasil e Ucrânia participam com o que tem de melhor

No sistema Cyclone-4/ACS, o Brasil entra com a infraestrutura do CLA, sítio espacial situado numa área com excelente localização geográfica, a apenas dois graus da linha do Equador, o que permite realizar o lançamento de satélites para órbitas equatoriais e geoestacionárias com custos menores e altamente competitivos. Esta localização é estratégica e coloca Alcântara como um dos melhores pontos para a atividade no mundo. Já os ucranianos trazem o know how de quem desenvolve, fabrica e lança foguetes com sucesso há décadas, com tecnologias maduras e testadas.

O Cyclone-4 é um lançador de porte médio e representa a mais recente e avançada versão da família Cyclone. Para se ter uma ideia, seu antecessor, o Cyclone-3, que esteve em operação de 1977 a 2009, realizou 115 lançamentos com sucesso. A área reservada para a carga útil do Cyclone-4 é capaz de acomodar qualquer tipo de satélite de porte médio, e ainda tem a possibilidade de lançar múltiplas cargas úteis em diferentes órbitas.
Com um potencial considerável de mercado e a proposta de lançar quatro a seis foguetes ao ano por um custo aproximado de R$ 120 milhões cada, a ACS pode colocar Brasil e Ucrânia na vanguarda das nações que exploram comercialmente a atividade espacial, levando desenvolvimento e investimentos à região de Alcântara e alavancando o desenvolvimento de uma indústria espacial no País.
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ITA apresenta novo VANT


Uma equipe do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), instituição de ensino superior subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) de São José dos Campos, SP, apresentou durante a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio + 20) o seu projeto “Aeronave Não Tripulada Autônoma para Inspeção de Linhas de Transmissão”. Exposto durante o evento no stand da companhia Centrais Elétricas Brasileiras S.A.(Eletrobrás), o sistema aéreo não tripulado é produto de um acordo firmado em 2009 entre ITA e Fundação Casimiro Montenegro Filho (FCMF) com suas parceiras no projeto, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (CHESF) e o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (CESAR).
Criado para ser utilizado nas tarefas de inspeção de linhas de transmissão de energia, a plataforma aérea do sistema é capaz de voar através de ambientes sujeitos a fortes rajadas de vento e obedecendo a uma rota pré-programada ao longo das linhas de transmissão objeto de inspeção. Durante o voo, o qual pode ser realizado autonomamente, a aeronave desloca-se paralelamente a essas linhas guardando um distanciamento médio de 50 metros da cablagem captando imagens que permitem a visualização de seus elementos, como por exemplo, cabos, emendas, espaçadores e isoladores. Quando necessário, suas manobras podem ser comandadas por uma estação remota através de um piloto humano que terá a sua disposição monitores que reproduzem em tempo real as imagens captadas pelas câmeras da aeronave não tripulada.
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AEL desenvolve armas do Guarani


Virgínia Silveira

A AEL Sistemas, de Porto Alegre, está em fase final de desenvolvimento de um sistema de armas nacional para o veículo blindado Guarani. A produção do veículo, que terá 60% de conteúdo nacional, será iniciada no próximo ano, em uma fábrica que a Iveco está construindo no município de Sete Lagoas (MG).
O sistema de armas ou torreta do Guarani, também conhecido pela sigla UT30BR, é composto por um canhão de 30 milímetros e uma metralhadora de 7.62 mm, controlada remotamente pelo atirador e pelo comandante da torre, montada em cima do veículo. Possui ainda um computador central de tiro, que permite à tripulação a execução de tiros de precisão mesmo com o veículo em movimento.
Segundo o vice-presidente de Operações da AEL, Vitor Neves, a venda do primeiro lote de produção do sistema está sendo negociada com o Exército Brasileiro para equipar os 16 carros que vão anteceder a produção seriada do modelo, um programa que prevê 2044 unidades em 20 anos.
O primeiro carro do lote piloto foi entregue pela Iveco, ao Exército, na semana passada, durante a Eurosatory, maior feira de equipamentos de defesa da Europa.
De acordo com o executivo da AEL, um protocolo de intenções firmado com o Estado Maior do Exército contempla o fornecimento de 216 unidades nacionalizadas. "Par cumprir este contrato, a AEL fará um investimento adicional de US$ 8 milhões, além dos US$ 10 milhões já investidos na construção de um centro tecnológico de defesa dedicado ao desenvolvimento de tecnologias na área de defesa", afirmou.
O Exército conta com três torretas fabricadas pela Elbit Systems, empresa de Israel controladora da AEL. A companhia pretende contratar 70 funcionários para atender a demanda de sistemas de armas do Exército. "O desenvolvimento dos sistemas UT30BR também irá mobilizar o envolvimento de 150 funcionários de outras empresas brasileiras nas áreas de estrutura mecânica especializada e blindagem", destacou o executivo.
O sistema UT30 é utilizado em outros programas militares na Bélgica, Portugal e Eslovênia. Neves comenta que o engajamento dos engenheiros brasileiros no desenvolvimento dos sistemas vai permitir o domínio de tecnologias nas áreas de optrônicos, sensores óticos, blindagem, estabilização de plataformas terrestres e computadores de controle de tiro.
O executivo estima que, a partir de 30% do programa desenvolvido, o índice de transferência de tecnologia dos sistemas de armas do Guarani será de 50%. No fim do programa está previsto quase 100% de nacionalização do sistema. No contrato com o Exército ficou definido que os sistemas de três protótipos serão montados no Brasil por equipes do próprio Exército e com o suporte da AEL.
"A AEL está há dois anos trabalhando neste projeto, que pode ser considerado tão ou mais complexo que os sistemas aviônicos das aeronaves de caça de última geração", ressaltou. A construção do prédio onde serão fabricados os sistemas, de acordo com Neves, já está 60% concluída e ficará pronto para uso em dezembro deste ano.
É neste prédio também que a AEL pretende concentrar o desenvolvimento de tecnologias para atender aos projetos que atualmente trabalha na área de defesa. A empresa foi selecionada para fornecer os sistemas aviônicos (eletrônica embarcada) dos helicópteros Esquilo do Exército, que estão sendo modernizados, assim como para os 50 helicópteros EC725, que vão equipar as Forças Armadas do Brasil e que serão produzidos em parte no Brasil.
A Embraer também selecionou a AEL para fornecer quatro sistemas do cargueiro KC-390, que está desenvolvendo para a Força Aérea Brasileira (FAB). As duas empresas criaram este ano a Harpia, para explorar o mercado de veículos aéreos não tripulados (vants). A Embraer também é uma das acionistas da AEL, com participação de 25% no capital da empresa.
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