terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

Turquia pretende acabar com o terrorismo na Síria, diz embaixador

A operação militar turca na Síria seguirá o seu rumo até a completa derrota dos terrorista no país, inclusive no território de Afrin, declarou o embaixador da Turquia no Uzbequistão, Ahmet Bashar Shen.

O tempo todo e em todos os casos a Turquia sempre afirmou que a operação 'Ramo de Oliveira' seguirá o seu curso até a completa libertação do território das mãos das organizações terroristas, incluindo todo o território de Afrin", disse o diplomata nesta terça-feira. 
No dia 20 janeiro, Turquia iniciou a operação "Ramo de Oliveira" nos arredores da cidade síria de Afrin, ao noroeste de Aleppo. A operação visa combater grupos jihadistas e o YPG, a ala armada do Partido da União Democrática Curdo-Síria (PYD). Para a Turquia, o YPG é uma extensão do PKK, banido no país como uma organização terrorista.
Após uma ofensiva aérea, da qual, de acordo com o Estado-Maior turco, participaram 72 aeronaves e um total de 153 alvos foram destruídos, o governo turco anunciou no domingo o início de uma operação terrestre na área.
Damasco condenou a operação turca contra Afrin e enfatizou se tratar de uma parte inalienável do território sírio.
Representante das forças curdas: tropas sírias entram em Afrin.

Especialista fica surpreendido com divulgação de informação confidencial pelos EUA

Um especialista comenta o relatório publicado na semana passada pelo diretor da Inteligência Nacional dos EUA, Dan Coats, relatando uma ameaça com "satélites assassinos" russos.
Segundo o relatório publicado, Rússia e China estão desenvolvendo uma arma antissatélite capaz de desativar os satélites militares e comerciais americanos. Os especialistas norte-americanos estão receosos que a situação no espaço possa se tornar mais tensa. De acordo com eles, Rússia e China podem usar tal arma contra os EUA em futuros conflitos. Considerando isso, os Estados Unidos têm a intenção de aumentar a proteção dos satélites comerciais, civis e militares.
O especialista espacial Nathan Eismont deu sua opinião ao serviço russo da Rádio Sputnik sobre o motivo dessa informação estar sendo divulgada desse modo.
"Uma informação desse tipo é extremamente confidencial tanto na Rússia e na China quanto nos EUA. É estranho que essas informações sejam publicadas pelo Serviço de Inteligência. Os objetivos reais das publicações devem ser outros. A publicação dessas matérias incentiva investimentos direcionados para esses desenvolvimentos. Esta é a primeira coisa que me vem à mente quando surgem tais mensagens", opina Nathan
Além disso, o especialista enfatizou que não é nenhum segredo de que é possível desenvolver armas antissatélite.
"Esse tipo de armamento é capaz de agir sobre alvos no espaço com a ajuda de poderosos pulsos eletromagnéticos que podem tanto interromper o funcionamento de dispositivos radioelétricos instalados em satélites como desativá-los completamente. Se esse tipo de trabalho está sendo executado em algum lugar, não há nada de surpreendente nisso […] No entanto, não se pode afirmar que alguém já começou a desenvolver essa arma", ponderou Nathan Eismont.

Opinião: EUA estavam buscando pretexto para estar no mar Negro e o encontraram

Os EUA estão fortalecendo sua presença no mar Negro para "se opor ao aumento das forças russas nesta região", afirma mídia. Aleksandr Asafov, cientista político, explica quais podem ser as motivações dos Estados Unidos neste caso.
As afirmações dos EUA sobre a Rússia estar aumentando as suas forças militares no mar Negro são uma "clara mentira", declarou o primeiro vice-presidente do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação russo, Yevgeny Serebrennikov.
Ultimamente por parte dos EUA tem havido uma série de acusações em relação à Rússia: sobre reforço do potencial nuclear, sobre o aumento do número das armas nucleares, agora falam do aumento da presença no mar Negro", comentou Serebrennikov.
Segundo o senador, tais acusações são uma tentativa de desviar a atenção do próprio aumento dos armamentos e da presença militar norte-americana. Serebrennikov destacou que Washington busca "usar esta mentira para efetuar pressão política sobre a Rússia". O senador frisou que estas tentativas não terão sucesso.
Aleksandr Asafov, falando com o serviço russo da Rádio Sputnik, destacou que os EUA simplesmente estão buscando um pretexto para justificar suas ações.
Durante sua campanha eleitoral [o presidente dos EUA, Donald] Trump falava da diminuição dos gastos do orçamento, inclusive os da indústria militar. Mas estamos vendo que, ao chegar ao poder, ele está aumentando o orçamento militar e, para explicar isso, são necessárias razões. A Coreia do Norte não parece ser uma boa razão. A Rússia virou essa razão. Todos os gastos, o rearmamento, a nova doutrina nuclear, tudo isso é explicado pela "ameaça" por parte da Rússia", explica.
O cientista político expressou a certeza de que este tipo de ações continuará até o restabelecimento das relações russo-americanas. Mas levando em consideração a política do mundo unipolar que os EUA continuam a querer implementar, isso está ainda muito longe de acontecer, resumiu Asafov.
No domingo, 18 de fevereiro, o destróier USS Carney entrou nas águas do mar Negro, se juntando ao USS Ross, que já estava presente na área. A mídia, se referindo a uma fonte no Pentágono, informou que Washington tinha reforçado a presença no mar Negro para "se opor ao aumento das forças russas nesta região"
O USS Ross pertence à classe Arleigh Burke e é equipado com mísseis de cruzeiro Tomahawk, mísseis antiaéreos e mísseis antissubmarino. O USS Carney está entre os navios de guerra de maior envergadura e poder de fogo construídos nos EUA. Eles estão ainda armados com dois lançadores do sistema Aegis, capazes de lançar até 56 mísseis de cruzeiro Tomahawk.

Su-35 completa 10 anos: até onde chegou 'predador celestial' russo? (VÍDEO

O Su-35S é o avião de combate mais poderoso e avançado em serviço ativo da Força Aeroespacial russa. Desde seu primeiro voo, o caça pesado russo passou por vários aperfeiçoamentos para manter-se atualizado para um possível encontro com seu principal "rival", o F-22 norte-americano, comunicou o portal do canal russo Zvezda.
O desenvolvimento do Su-35 começou em 2005. Desde o início, o avião teve como objetivo "contrabalançar" as aeronaves da 5º geração dos EUA, particularmente o F-22A Raptor, segundo a Zvezda
.Embora do ponto de vista formal, os Su-35 pertencem à 4º geração (mais precisamente, 4++), atualmente é o único sistema de armas testado e incorporado em um exército capaz de conter os F-22A.
Isso se tornou possível graças aos êxitos atingidos após a conclusão do programa Raptor nos EUA: o Su-35 voou pela primeira vez quando a maior parte dos F-22 já havia sido fabricada. Durante o desenvolvimento e modificações, o caça russo recebeu equipamentos projetados posteriormente a seus análogos no Raptor. Sendo assim, hoje, o Su-35S possui sistemas mais avançados do que seu principal rival.
Interesse imediato da China
O conceito do Su-35 provocou interesse não somente por parte da Defesa russa, mas também da China, assinalou a publicação.
A Força Aérea de Pequim esteve estudando a possível compra do caça russo desde a apresentação aérea internacional Airshow China 2008, atraída por sua ideia de um "caçador de Raptores" e suas grandes reservas de combustível, adequadas para longas missões de patrulhamento em alto mar em condições de vastas fronteiras marítimas.
Além disso, o Su-35 é capaz de lançar mísseis modernos com um alcance superior a 285 quilômetros. Isso permite aos pilotos atacarem alvos marítimos sem entrar na zona de defesa aérea dos navios inimigos. Para um país que considera uma possível guerra com uma potência marítima, essa habilidade do caça russo é extremamente importante.
O interesse por parte da China resultou eventualmente em um contrato de exportações. Em 2015, Pequim concordou com Moscou no fornecimento de 24 aviões, voltando assim a comprar aviões russos após uma pausa de 12 anos.
Radar 'omnividente'
Os sistemas mais importantes do Su-35 são seus radares. O radar principal, com um alcance de 400 metros, é um radar passivo de escaneamento eletrônico (PESA) Irbis-E, capaz de acompanhar simultaneamente até 30 alvos aéreos, enquanto continua buscando por novos. Hoje, este radar é considerado um dos mais avançados do mundo.
Em combinação com o sistema de localização ótica, o Su-35 é capaz de detectar um avião furtivo a uma distância de cerca de 90 quilômetros caso o alvo esteja se aproximando diretamente, e até maior se o alvo estiver manobrando e assim aumentando a superfície de reflexão de ondas de rádio.
Enquanto os radares ativos deste tipo (AESA) são considerados mais potentes, sua fabricação é mais sofisticada e mais cara. A indústria russa construiu os radares AESA para o caça Su-57 da 5º geração e o caça ligeiro MiG-35, que também pode ser instalado para o Su-35.
A falta de um radar AESA e de tecnologias furtivas em sua construção é a única coisa que "separa" o Su-35 de uma aeronave da 5º geração em termos de características quantificáveis.
Principais características 
Nunca foi um segredo que o Su-35 é uma versão modernizada do Su-27, incorporado nas Forças Armadas da URSS no início dos anos 80. No entanto, o número de diferenças é muito importante, frisou Zvezda numerando várias delas:
  • Radar muito mais potente;
  • Capacidade de utilizar vários tipos de armamento, incluindo mísseis de longo alcance guiados por radar;
  • Capacidade de voo supersônico;
  • Interface de cabine avançado;
  • Utilização de equipamentos de guerra radioeletrônicos;
  • Novos sensores óticos;
  • Aerodinâmica e sistema de controle mais avançados;
  • Raio de alcance consideravelmente maior;
  • Alta durabilidade e custo menor de manutenção.
  • O Su-35S tornou-se o possível final da evolução do Su-27 como um caça da 4º geração.
    Sua alta eficácia comprovada durante a operação antiterrorista na Síria, assim como o destino bem-sucedido nas exportações para a China e, mais recentemente com a Indonésia, podem atrair outros clientes familiarizados com os caças de combate Sukhoi e preocupar-se com o possível surgimento de um F-22 ou F-35 em seu céu.

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2018

FORÇA DE SUBMARINOS TUPI S 30 ( HISTÓRIAS & CURIOSIDADES NO MUNDO MILITAR

Fragata FREMM italiana, uma das candidatas ao programa PROSUPER da MB

Fragata FREMM italiana

Por Roberto Lopes
Especial para o Poder Naval
A Marinha do Brasil (MB) definiu que a década de 2020 será a do recebimento dos quatro submarinos diesel-elétricos tipo Scorpene – em construção no estaleiro de Itaguaí (RJ) –, a da incorporação de quatro fragatas leves classe Tamandaré – se tudo der certo, entre os anos de 2023 e 2027 –, e da importação do primeiro lote de navios de contra-medidas de minagem.
Mas ainda mais importantes serão os anos de 2030.
Neles a MB espera colocar em operação o Álvaro Alberto, a ser lançado em 2027, primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear, e dar início à construção do seu próximo navio-aeródromo – uma plataforma que poderá chegar a 45.000 toneladas de deslocamento, apta a transportar pouco mais de 30 aeronaves, entre caças, aviões de alarme aéreo antecipado e helicópteros.
Entretanto, o Poder Naval apurou que os planos para a crucial década de 2030 não param por aí.
A Diretoria de Gestão de Programas Estratégicos da Marinha (DGePEM) já tem definido, para os próximos anos, ao lado do trabalhoso desenvolvimento das embarcações classe Tamandaré, um estudo de “exequibilidade” da construção, no país, de escoltas de maior deslocamento que os navios Tamandaré.
Trata-se, nesse caso, como o leitor atento pode perceber, de examinar com objetividade a capacidade da indústria naval brasileira para produzir as fragatas de 6.000 toneladas previstas no PROSUPER (Programa de Obtenção de Meios de Superfície) – iniciativa que a então presidenta Dilma Roussef congelou, em 2014, após dar sinais de que autorizaria a contratação desses navios mais pesados à indústria italiana.
Entre os anos de 2011 e 2012, em consequência de uma manobra que revelava a preferência do Ministério da Defesa, o grupo Fincantieri chegou, efetivamente, perto da vitória no PROSUPER. Chegou perto, mas sem alcançar o sucesso
Defesa Aérea – As circunstâncias atuais são diferentes.
Em primeiro lugar porque, no horizonte dos problemas a serem equacionados pelo Almirantado (principal órgão assessor das decisões do Comandante da Marinha), existe não apenas a questão da capacidade da MB de alavancar os recursos necessários aos seus programas, mas também a interrogação acerca da disponibilidade – ou capacidade – da indústria naval brasileira para arcar com todos os desafios impostos pelos planos da Força Naval.
Nos anos de 2020, os estudos de exequibilidade da construção no país das fragatas do PROSUPER, precisarão, forçosamente, dividir a atenção dos chefes navais com a demanda da Esquadra por um possível segundo lote de navios classe Tamandaré. Pouca gente sabe, ou se lembra disso.
De resto, é preciso ter em conta que os estudos de exequibilidade levarão fortemente em consideração a experiência obtida pela MB e pela indústria naval na produção da classe Tamandaré.
Não que o vencedor da concorrência para esta série de embarcações possa comemorar sua escolha para assistir a Marinha na produção das cinco fragatas de 6.000 toneladas, mas a análise da eficácia das providências para a fabricação dos navios classe Tamandaré terá, claro, forte influência sobre o programa de construção das fragatas maiores.
Nesse exame técnico, algumas indagações precisarão ser respondidas:
  • O estaleiro escolhido para os navios Tamandaré estará apto a construir as fragatas mais pesadas?
  • O quanto da experiência acumulada (e da tecnologia recebida) pela Marinha e pela iniciativa privada será útil no empreendimento das fragatas maiores?
  • Qual será o custo do investimento (tecnológico e em recursos humanos) que os navios mais pesados vão requerer?
Nesse novo momento de decisão, embalado por conquistas alcançadas na gestão do almirante Eduardo Leal Ferreira à frente da Marinha, será preciso que o Estado-Maior da Armada – ouvido o Comando de Operações Navais –, defina também a função dos escoltas mais pesados.
A previsão adotada no fim da década de 2000 foi de que as “fragatonas” devem ser de tipo polivalente, projetadas para as guerras antissubmarina e anti-superfície, mas a recente aquisição do porta-helicópteros britânico Ocean pode levar a uma mudança: a encomenda de, ao menos, duas fragatas de Defesa Aérea.
Também será preciso levar em conta que os navios de 6.000 toneladas definidos pelo PROSUPER, poderão, agora, em uma etapa com mais tempo de análise das classes disponíveis (e dos recursos tecnológicos existentes no Brasil, que servem ao barateamento da construção), ser projetados com deslocamento significativamente maior, na faixa das 7.000 ou 8.000 toneladas.

O novo Boeing F/A-18 Super Hornet