terça-feira, 23 de janeiro de 2018

Michael Fallon: orçamento de defesa do Reino Unido "precisa de injeção de caixa de s 1 bilhão"

O ex-secretário de defesa, Michael Fallon, disse que o Reino Unido estava prestes a se tornar um "jogador mundial de parte do meio" devido a preocupações de defesa do financiamento.
Fallon disse em um discurso no Fórum de Defesa e Segurança:
Se estamos felizes em retirar-nos de nossa visão de uma Grã-Bretanha Global confiável, olhando para o nosso povo, nossos valores, nossos aliados, então vamos desviar-se para ser um jogador mundial, um tempo parcial campeão da democracia e da liberdade.
Isso significaria afastar-se de nossas obrigações internacionais, deixar nossos aliados e, no final, nos deixar menos seguros.
Pelo contrário, devemos estar fazendo mais no mundo: nossas tropas, aviões e navios devem ser vistos em todos os continentes, em todos os céus, nos sete mares. E essa ambição precisa de um orçamento totalmente financiado para corresponder.
O déficit está diminuindo. Estamos aumentando as despesas em outras áreas prioritárias, como o NHS e as escolas. Então, vamos divulgar mais 1 bilhão de libras esterlinas para acelerar o orçamento de defesa este ano e definir 2,5% do PIB como nosso novo alvo para o fim do parlamento.
Idéias radicais como pré-posicionamento de navios de guerra no Mediterrâneo oriental e no Golfo, e fazer mais treinamento com aliados mais próximos de casa, precisam seguir. Mas no final, a defesa precisa de um orçamento maior porque as ameaças são reais e crescentes: estão em nossas fronteiras, em nossas águas, nas nossas ruas e em nossas casas ".
Fallon também acrescentou que as ameaças à Grã-Bretanha "se intensificaram" e que uma revisão de segurança "deve reconhecer isso".
Fonte ukdefencejournal

Chefe do Pentágono: operações turcas na Síria distraem dos esforços para derrotar Daesh

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis, apelou à Turquia para que mostre moderação na sua operação contra a milícia curda na cidade síria de Afrin.

A violência em Afrin perturba uma área que era bastante estável na Síria, distraindo dos esforços internacionais para combater o Daesh [grupo terrorista proibido na Rússia]", disse Mattis a jornalistas durante sua turnê pela Ásia.
O chefe do Pentágono disse que os EUA entendem as preocupações de segurança de Ancara devido à atividade de insurgentes curdos no seu território. Apesar disso, Mattis avisou que a violência na região de Afrin pode ser aproveitada pelos terroristas do Daesh na Síria.
"Apelamos à Turquia para que mostre moderação nas ações militares e na retórica", acrescentou.
A operação turca Ramo de Oliveira em Afrin começou com ataques aéreos no sábado (20), às 14h00 locais (12h00 de Brasília). No dia seguinte, se iniciou a parte terrestre da campanha. De acordo com o Estado-Maior das Forças Armadas turcas, a operação envolveu 72 aviões, que eliminaram 153 alvos.
As operações turcas começaram em meio às tensões crescentes entre Ancara e Washington, que recentemente iniciou a formação de uma força de segurança na fronteira síria, a ser constituída inclusive por combatentes das Forças Democráticas da Síria, ligadas às Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), que Ankara considera um grupo terrorista.
A Turquia expressou muitas vezes preocupações quanto ao apoio dos EUA aos militantes das YPG. Os Estados Unidos, por sua parte, prometem parar o fornecimento de armas aos curdos.

Rússia revela quais países estão na briga pelos sistemas de defesa S-400

A Síria, Iraque, Sudão e o Egito são os possíveis compradores dos sistemas de mísseis antiaéreos russos S-400. A informação foi divulgada pelo chefe do comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação da Rússia, Viktor Bondarev, nesta terça-feira (23).

"A Síria, Iraque, Sudão e o Egito estão entre os possíveis concorrentes para a aquisição, todos aqueles que se sentem ameaçados por organizações terroristas e países da OTAN", disse o senador.

Bondarev acredita que muitos países do Oriente Médio e do Norte da África vão procurar adquirir "esses sistemas de defesa aérea ultramodernos".
Foi destacado também que a Turquia, como membro da OTAN, "preferiu pôr em perigo suas relações com a Aliança, dando prioridade ao fortalecimento da sua capacidade de defesa" e decidiu comprar os sistemas S-400 da Rússia.
O sistema de defesa S-400 Triumph (SA-21 Growler na classificação da OTAN) é o mais recente sistema de mísseis interceptores de longo alcance. É destinado a abater meios aéreos, mísseis balísticos e de cruzeiro, incluindo os de médio alcance, bem como alvos terrestres.

Primeira baixa: militar turco morre na fronteira da Síria durante operação em Afrin

Um soldado turco foi morto na fronteira com a Síria, na província de Kilis, no âmbito da operação para ocupar a cidade síria de Afrin, informaram as Forças Armadas da Turquia nesta segunda-feira.


Em 22 de janeiro, um soldado morreu na região de Gulbaba, da província de Kilis, ao combater terroristas do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), das Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG) e do Daesh, no âmbito da operação Ramo de Oliveira", informou um comunicado dos militares turcos.
No dia 20 janeiro, Turquia iniciou a operação "Ramo de Oliveira" nos arredores da cidade síria de Afrin, ao noroeste de Aleppo. A operação visa combater grupos jihadistas e o YPG, a ala armada do Partido da União Democrática Curdo-Síria (PYD). Para a Turquia, o YPG é uma extensão do PKK, banido no país como uma organização terrorista.
Após uma ofensiva aérea, da qual, de acordo com o Estado-Maior turco, participaram 72 aeronaves e um total de 153 alvos foram destruídos, o governo turco anunciou no domingo o início de uma operação terrestre na área.
Damasco condenou a operação turca contra Afrin e enfatizou se tratar de uma parte inalienável do território sírio.

Tensão no Oriente Médio: Irã realiza manobras militares de grande escala

O exército iraniano realizou manobras militares de grande escala na costa do sul do país e no Golfo de Omã nesta segunda-feira, de acordo com a agência de notícias Tasmin.

Os exercícios militares "Mohamed Rasul Allah 5" (Mohamed, o Mensageiro de Deus) consistiram de manobras conjuntas entre as forças aéreas, terrestres e navais do país persa.
As manobras, realizadas sob o comando da Força Naval do Exército, cobriram uma área de quase três milhões de quilômetros quadrados no sul e no sudeste do Irã — a costa de Makran e outras áreas no Golfo do Omã, e contaram com a participação das tropas da base aérea Khatam Al-Anbiya.
As forças armadas iranianas pretendem dedicar os próximos dois dias para testar e refinar suas habilidades de combate, no âmbito desta série de exercícios.
Durante a realização das manobras, as Forças do Exército lançaram um foguete Fayr-5 e um míssil Nazeat, segundo revelou o Contra-Almirante Seyed Mahmud Musavi, vice-comandante da Força Naval do Exército iraniano e porta-voz da operação.
Visitantes não são bem vindos
De acordo com as declarações feitas pelo Contra-almirante Mousavi, dois navios militares da "coalizão" se aproximaram da costa sudeste do Irã, onde as atividades de treinamento militar estavam sendo realizadas.
Durante a manhã e nas primeiras horas do exercício militar, dois navios da coalizão se aproximaram da área para monitorar as forças navais iranianas", disse Mousavi, que então informou que "os drones iranianos identificaram os navios e, em seguida, as aeronaves do nosso exército realizaram rasantes em aviso e os navios deixaram a área".
Os comandantes da Marinha iraniana asseguraram que essas manobras buscam aprimorar as capacidades operacionais do exército e transmitir uma mensagem de paz e amizade aos países da região.

Mídia: militares israelenses explicam terremotos por 'vontade divina'

Militares israelenses, durante a conferência de defesa civil, distribuíram apostilas aos alunos do quinto ano, segundo as quais "todos os fenômenos da natureza são resultado da vontade divina", comunica o jornal Haaretz.

"Mesmo se há dados confirmando a alta probabilidade do terremoto, se Deus não o enviou, nada acontecerá", diz-se no texto.
Além disso, menciona-se que os ataques terroristas podem ser prevenidos por "interferência divina".
Quando os representantes do Comando da retaguarda de Israel foram questionados se não haviam confundido as apostilas destinadas para as escolas religiosas com as para instituições laicas, eles responderam que eram direcionadas a todas as organizações de ensino.
Chico Menashe, vice-chefe do canal de televisão israelense, foi o primeiro a contar sobre as apostilas em seu Twitter
.Isto provocou uma onda de críticas nas redes sociais, na qual reagiu o ministro de Educação de Israel, Naftali Bennett. Ele notou que ninguém tenta influenciar a identidade religiosa das crianças.
De acordo com os dados do Haaretz, muitos pais se queixam de que nos últimos dois anos nas escolas, cada vez mais aparecem citações bíblicas e que as cerimônias, antes realizadas nas escolas sob a vigilância de professores, agora são organizadas em sinagogas sob o controle de funcionários religiosos.

Tanques, dinheiro e canos fumegantes: por que Londres teme Moscou?

Sistema fraco de defesa antiaérea, tanques obsoletos, falta de mísseis de cruzeiro e vulnerabilidade diante de ciberataques; em caso de guerra, Londres não seria capaz de encarar a Rússia. Foi assim que o chefe do Estado-Maior britânico, general Nick Carter, estimou o potencial de seu país.
Diferença em potenciais
Não é a primeira vez que o general Carter incita medo: Moscou tem mísseis de médio alcance, russos deslocam rapidamente suas tropas, Kremlin possui enorme quantidade de tanques e artilharia, mísseis de cruzeiro Kalibr acertam alvos dolorosamente, ninguém se compara a Moscou no que diz respeito à guerra radioeletônica, e assim por diante. 
Por sua vez, de acordo com estimativas do Estado-Maior britânico, o potencial de Londres é muito baixo. Reino Unido não compra novo material blindado há muito tempo. Sua defesa antiaérea não é capaz de repelir ataques do céu, sem contar na frota que presencia falta severa de navios, "deixando país extremamente vulnerável diante de possível ataque da Rússia".
Sem dúvidas, Nick Carter tem razão, especialmente ao imaginar confronto somente entre os dois países, ou seja, sem envolver OTAN. As Forças Armadas da Rússia superam o exército britânico mais de seis vezes, possuindo em média um milhão de militares contra apenas 150 mil soldados britânicos. Em termos de tanques, Londres está bem longe já que Moscou possui 2.700 T-72, T-80 e T-90 (junto com 17 veículos blindados em armazéns) contra 227 tanques britânicos Challenger II. Quanto à aviação, a situação é similar: o exército russo conta com 3,5 mil aviões e helicópteros, por sua vez, o Reino Unido tem apenas 900 aeronaves. Em relação a outros tipos de armamento, desde veículos de combate de infantaria até artilharia reativa, os números dos dois países são similares.
No que se refere ao potencial nuclear, é melhor nem comparar, uma vez que a Rússia possui sete mil ogivas nucleares, enquanto as Forças Armadas britânicas contam com duzentas. 
Contudo, não é razoável considerar militares britânicos como palitos. Primeiro, o país possui uma tradição militar de vários séculos e uma experiência rica na hora de guerrear. Do ponto de vista geográfico, Londres não é o melhor lugar para ser invadido. Para invadir, militares russos precisariam capturar a França e todos os países no caminho.
Terceiro, o orçamento militar de Moscou e de Londres é mais ou menos igual, correspondendo aproximadamente a US$ 50 bilhões (R$ 161 bilhões). Os dois países possuem uma potente base industrial capaz de acelerar produção militar, caso seja necessário. 
Finalmente, por atrás do Reino Unido está toda a potência da Aliança Atlântica, que pelo menos promete defender seus integrantes. Então, por que no discurso do militar de alto escalão britânico é percebido desespero?
"Em virtude de circunstâncias históricas, o Reino Unido nunca possuiu tropas terrestres poderosas", explicou à Sputnik especialista em assuntos militares, Ivan Konovalov.
Os britânicos sempre tentaram controlar as principais vias marítimas e apostaram na frota naval. Contudo, quando seu império colapsou, o Reino Unido passou a se entregar aos EUA. Desde os tempos da Guerra Fria, a segurança dos britânicos é assegurada pelos norte-americanos, que dominam a OTAN. Contudo, hoje em dia, nenhum integrante da Aliança Atlântica acredita nas promessas de Donald Trump sobre prontidão de Washington em protegê-los, caso seja preciso. É por isso que o general Nick Carter está tão preocupado", ressaltou o especialista.
Inimigo vantajoso
De acordo com o analista russo, nas últimas décadas, Londres vem gradualmente diminuindo o número de suas Forças Armadas: por exemplo, no momento, das tropas aerotransportadas britânicas restou apenas uma brigada. A frota vem enfrentando problemas graves também. Hoje em dia, a Marinha Real não possui destróieres com mísseis de cruzeiro. Já que todos os seis navios do projeto Daring permanecem em Portsmouth devido a falhas, falta de funcionários e de manutenção. 
Quanto ao único porta-aviões em estado operacional — o Queen Elizabeth, entregue à frota em 7 de dezembro de 2017, nele surgiram vazamentos depois de duas semanas de exploração. 
"Há informações de que Londres tem um monte de problemas em todo o conjunto militar, desde aviões até material bélico blindado. A situação vem se agravando pela falta de recursos para manter as Forças Armadas do país. Os generais temem diminuir orçamento militar. Este medo oculto é percebido no discurso do general Carter. Em geral, militares ocidentais exageram na hora de ameaçar […] Os britânicos são mestres em gerar pânico", assinalou Ivan Konovalov.
De acordo com o especialista, "histórias assustadoras" deste tipo trazem vantagens não somente aos militares, mas à indústria do país também que é dominada pela empresa monopolista BAE Systems, que produz praticamente todos os tipos de armamentos, tanques e até aviões. É evidente que a chefia da empresa esteja interessada em receber novos pedidos e em influenciar o parlamento através de militares para aumento de rendimento. 
No fim das contas, historicamente, a Rússia e o Reino Unido sempre estiveram em confronto, inclusive Grande Jogo [rivalidade estratégica entre o Império Britânico e o Império Russo pela supremacia na Ásia Central], intrigas políticas e acusação de que Rússia esteja ligada a conflitos desnecessários. As elites políticas percebem muito bem que Moscou não vai desencadear guerra contra Londres, já que nossas Forças Armadas são destinadas principalmente à defesa do nosso território. Contudo, a Rússia, posicionada como poderoso rival potencial, seria um espantalho bem vantajoso para objetivos de Londres. Os britânicos sabem extrair lucros militares e políticos de qualquer coisa", concluiu Ivan Konovalov.