sexta-feira, 24 de março de 2017

Brasil desenvolve tecnologia para lançar satélites com foguetes próprios

O Brasil está desenvolvendo tecnologia para enviar satélites produzidos no país e com seus próprios foguetes até o final da década, afirmaram executivos do setor aeroespacial e autoridades antes do lançamento do primeiro satélite de comunicação e defesa do país.
O lançamento do satélite produzido na França, o primeiro projeto do tipo liderado pelo setor privado no Brasil, foi originalmente previsto para terça-feira, mas remarcado para a noite desta quinta-feira por causa de protestos em torno do local de decolagem, na Guiana Francesa.
O satélite geoestacionário de 5,8 toneladas vai transmitir Internet em alta velocidade de uma altitude de 36 mil quilômetros para regiões remotas do Brasil e fornecer canais de comunicação segura para membros das Forças Armadas e do governo.
A missão de lançamento ganhou urgência depois das revelações em 2013 de que a agência nacional de segurança dos Estados Unidos NSA tinha espionado a ex-presidente Dilma Rousseff.
“Nós não podemos garantir a soberania do Brasil enquanto nossas comunicações estão sendo transmitidas por satélites de outros países”, disse José Raimundo Braga Coelho, presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB). “O Brasil é um país gigantesco e precisamos de satélites brasileiros sobre ele.”
O lançamento marca um renovado esforço para expandir a indústria aeronáutica brasileira para o espaço, com a Embraer, terceira maior fabricante de aviões comerciais do mundo, buscando se consolidar como fornecedora nacional.
A subsidiária da Embraer Visiona, uma joint-venture com a estatal Telebras, foi uma das principais contratadas no projeto do satélite de R$ 1,3 bilhão. A Visiona subcontratou a montagem do satélite para a francesa Thales, que também treinou dezenas de engenheiros brasileiros e contratou a Arianespace para o lançamento.
Apesar da indústria brasileira ter sido responsável por pequena fração do satélite, ela poderia fornecer a maioria dos componentes para uma classe menor de satélite, com peso de cerca de 100 quilos e que orbita a cerca de 1.000 quilômetros, disse o presidente da Visiona, Eduardo Bonini.
O executivo afirmou que um “micro satélite” deste tipo, que a Visiona poderá lançar dentro de dois a três anos, poderá atender missões importantes no Brasil, desde acompanhamento da situação de reservatórios de hidrelétricas e de desmatamento a monitoramento da fronteira de 17.000 quilômetros do país.
Coelho afirmou que pesquisadores do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) também estão desenvolvendo tecnologia proprietária de foguetes que poderão colocar em órbitas baixas micro satélites até 2019. “A demanda existe”, disse Bonini. “É uma questão do governo definir prioridades.”
Enquanto a Visiona espera uma definição sobre o próximo satélite do Brasil, Bonini afirmou que a empresa está buscando fontes mais estáveis de receita, como contratos sobre processamento de imagens obtidas por redes de micro satélites. A Visiona registrou vendas de cerca de R$ 8 milhões com este serviço no ano passado, disse o executivo.

terça-feira, 21 de março de 2017

Que arma russa representa maior perigo para os porta-aviões americanos?

A utilização de porta-aviões em caso de um potencial conflito no mar pode resultar em grandes perdas para a Marinha dos EUA.

A Rússia e a China já têm há muito armas capazes de superar os navios inimigos, informa a revista The National Interest.
De acordo com a publicação, a Rússia e a China podem usar torpedos clássicos destinados a destruir alvos na superfície do mar. "Ninguém sabe a quantos choques poderá resistir um porta-aviões moderno antes de se afundar, mas há que admitir que um único torpedo pode dificultar de modo significativo a realização de missões de combate", diz o artigo.
O maior perigo para os porta-aviões americanos são os mísseis de cruzeiro de alta precisão, que tanto a China, quanto a Rússia possuem. O autor sublinha que este tipo de arma priva o porta-aviões da possibilidade de manobra de desvio. E o impacto direto do míssil no casco de navio levará à perda total da capacidade de combate, escreve o autor do artigo.
A verdade é que os modernos mísseis balísticos antinavio podem danificar seriamente os navios americanos, pois o seu sistema de defesa aérea não tem potencial suficiente para destruir alvos com trajetória de voo balística, afirma Robert Farley no seu artigo para The National Interest.
Além disso, Farley presta atenção aos altos custos dos porta-aviões americanos e ao receio de perdê-los, diretamente ligado ao seu preço exorbitante.
A Rússia e a China não precisam de destruir os porta-aviões americanos para levar este tipo de navios à extinção. Basta desenvolver armas que façam qualquer uso de destes navios ultra pesados 'arriscado' e 'infundado'", concluiu analista militar.

Crimeia é como um porta-aviões inafundável no mar Negro'

Forças Armadas da Rússia começaram a realização de treinamentos militares das tropas paraquedistas na Crimeia. As tropas contarão com a participação da Frota do Mar Negro e da Força Aeroespacial russa.

Vladislav Ganzhara, deputado do Conselho de Estado da Crimeia, em comentário para o serviço da Rádio Sputnik, destacou que estes treinamentos fazem com que os moradores locais se sintam mais seguros.Anteriormente, Andrei Serdyukov, comandante das tropas paraquedistas, informou que das manobras participarão mais de 2.500 efetivos e cerca de 600 peças de equipamento militar, destacando que é a primeira vez que três unidades de paraquedistas foram deslocadas para a Crimeia.
A necessidade de tais manobras pode ser explicada pela "crescente ameaça terrorista", de acordo com o comandante.
Vladislav Ganzhara acredita que essa ameaça é real.
A ameaça é bem real. Nós nos lembramos de quando, no verão de 2016, os sabotadores ucranianos estiveram planejando ataques terroristas e foram detidos pelos serviços de segurança russos. Além disso, tomando em conta a retórica belicosa do governo ucraniano dirigida em relação à Crimeia e as ameaças que são declaradas, estes treinamentos são necessários e fundamentados", disse deputado da Crimeia.
O deputado sublinha que atualmente a Crimeia está na linha da frente da Ucrânia, país mergulhado em guerra. O fato de a Rússia realizar treinamentos militares é considerado como positivo pelos moradores da península.
"Hoje em dia a Crimeia é como um porta-aviões inafundável no mar Negro e, em termos militares, esta é uma região exemplar", concluiu Vladislav Ganzhara.

segunda-feira, 20 de março de 2017

SATÉLITE GEOESTACIONÁRIO SERÁ LANÇADO AO ESPAÇO NESTA QUARTA-FEIRA (22)

O lançamento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) ao espaço foi remarcado para quarta-feira (22) devido a uma greve geral que atinge a Guiana Francesa.
Os horários e a programação do lançamento estão mantidos para quarta-feira. A janela para que o satélite brasileiro seja enviado ao espaço fica aberta entre às 17h31 e às 20h20, no horário de Brasília.
O satélite
O SGDC é o primeiro satélite geoestacionário brasileiro de uso civil e militar. Adquirido pela Telebras, o equipamento tem uma banda Ka, que será utilizada para comunicações estratégicas do governo e para ampliar a oferta de banda larga no país, especialmente nas áreas remotas, e uma banda X, que corresponde a 30% da capacidade do satélite, de uso exclusivo das Forças Armadas.
Com 5,8 toneladas e 5 metros de altura, o satélite ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da superfície da Terra, cobrindo todo o território brasileiro e o Oceano Atlântico. A capacidade de operação do SGDC é de 18 anos.
Além de assegurar a independência e a soberania das comunicações de defesa, o acordo de construção do satélite envolveu amplo processo de absorção e transferência de tecnologia, com o envio de 50 profissionais brasileiros para as instalações da Thales Alenia Space, empresa responsável pela construção do equipamento, em Cannes e Toulouse, na França. São especialistas da Agência Espacial Brasileira (AEB) e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), entidades vinculadas ao MCTIC, além das empresas Visiona e Telebras.

Informações à imprensa

DARPA concede contratos de fase 2 do programa Gremlins

A Defense Advanced Research Projects Agency (DARPA) concedeu contratos da fase dois do seu programa Gremlins para duas equipes lideradas por Dynetics e General Atomics Aeronautical Systems, anunciou a agência em 15 de março.
O programa Grelins da DARPA prevê o lançamento de enxames de drones de baixo custo e reutilizáveis ​​- chamados “gremlins” – que poderiam ser lançados e mais tarde recuperados no ar por “porta-aviões aéreos”.
No âmbito da primeira fase do programa, a viabilidade dos sistemas de lançamento e recuperação de aeronaves não tripuladas, que exigiria uma modificação mínima da aeronave anfitriã, foi demonstrada. Na fase dois, a pesquisa procura concluir projetos preliminares para sistemas de demonstração de tecnologia em larga escala, bem como desenvolver e executar testes de redução de risco de componentes individuais do sistema.
Scott Wierzbanowski, gerente de programa da DARPA, disse: “Nós estamos buscando na fase dois amadurecer dois conceitos de sistema para permitir “o porta-aviões aéreo” usando drones recuperáveis no ar, que poderiam transportar várias cargas-avançadas que estenderiam muito o alcance, flexibilidade e acessibilidade das operações de drones para os militares dos EUA.
As metas da fase três incluem o desenvolvimento de um sistema de demonstração de tecnologia em grande escala e realização de demonstrações de voo envolvendo o lançamento aéreo e recuperação de vários gremlins. Os testes de voo estão programados para o horizonte de 2019.
O programa prevê vários tipos de aeronaves militares (bombardeiros, transportes, caças e pequenos drones) que lançam grupos de drones, enquanto estão fora do alcance das defesas adversárias. Quando os gremlins completarem sua missão, um avião de transporte C-130 os recuperaria no ar e os levaria para casa, onde as tripulações de terra os preparariam para seu próximo uso em 24 horas.
A DARPA espera que a vida útil esperada dos gremlins de cerca de 20 voos possa fornecer vantagens de custo significativas em relação aos sistemas descartáveis ​​não-tripulados, reduzindo os custos da carga útil e da célula e tendo custos de missão e manutenção menores do que as plataformas tripuladas convencionais.

Destruída depois de um incêndio em 2012, a Estação Antártica Almirante Ferraz deve estar totalmente concluída em 2018, com custo total de US$ 100 milhões

A nova base brasileira na Antártica vai contar com modernos laboratórios, setor de saúde, biblioteca, sala de estar e incorporar novas tecnologias, segundo o capitão de corveta da Marinha, José Costa. Esse foi um dos assuntos do programa Forças do Brasil, dessa segunda-feira (13), que também mostra o funcionamento do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) e como está o projeto estratégico da Força Aérea Brasileira (FAB) do caça Gripen NG.
O comandante do Comando de Fronteira do Acre, coronel Wellington Valone, informa qual é o trabalho realizado pelos militares do Exército, na proteção das fronteiras brasileiras. O programa também ouve o diretor de Portos e Costas da Marinha, vice-almirante Wilson Pereira de Lima Filho, com um balanço da Operação Verão.
Ouça a íntegra do programa Forças do Brasil clicando aqui
FONTE: EBC

sábado, 18 de março de 2017

O Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC) está previsto para ser lançado no dia 21 de março, entre 17h30 e 20h — horário oficial de Brasília —  no Centro Espacial de Kourou, na Guiana Francesa.
O SGDC, satélite brasileiro, tem como objetivo prover — como parte do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) — cobertura de serviços de Internet a 100% do território nacional de forma a promover a inclusão digital para todos os cidadãos brasileiros, além de fornecer um meio seguro e soberano para as comunicações estratégicas do governo federal.
O uso dual da plataforma vai habilitar a implementação de um sistema de comunicações por satélite seguro para o Governo Brasileiro e as Forças Armadas, ao mesmo tempo reduzindo a divisão digital e tecnológica no Brasil.
A missão, designada Vôo VA236, vai contar com o lançador Ariane 5, da fabricante Arianespace, que é referência mundial na categoria de grandes lançadores. Com um elevado grau de precisão em suas missões — e uma taxa de confiabilidade de 98.7% — o Ariane 5 é capaz de transportar cargas úteis com peso superior a 10 toneladas para órbitas geoestacionárias (GTO) e mais de 20 toneladas para órbitas baixas (LEO).
Esse vai ser o quarto lançamento do ano e a segunda missão do lançador Ariane 5 em 2017 no Centro Espacial de Kourou na Guiana Francesa. Nele, a Arianespace vai lançar dois satélites em órbita: o SGDC para o Brasil, e o KOREASAT-7, para a Coréia do Sul.
Com 5 metros de altura e pesando 5,8 toneladas, o SGDC é uma parceria entre o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) e o Ministério da Defesa. O satélite ficará posicionado a uma distância de 36 mil quilômetros da Terra, cobrindo todo o território nacional e parte do oceano Atlântico. Ele vai operar nas bandas X e Ka, destinadas respectivamente ao uso militar — que representa 30% da capacidade total do equipamento — e ao uso cívico-social, provendo banda larga às regiões mais remotas do Brasil — que representa os outros 70% da capacidade total do equipamento.
Para saber mais sobre a missão que vai levar o SGDC ao espaço, clique aqui.
Para assistir o lançamento do satélite ao vivo, clique aqui.