terça-feira, 29 de março de 2016

O sistema, também chamado de JAMMER, poderá ser usado para bloquear drones, celulares, rádios

Interferir ou mesmo bloquear diferentes sinais de radiofrequência (RF) pode ser uma importante estratégia de defesa e segurança. Pensando nisso, a IACIT, empresa brasileira com atuação consolidada no desenvolvimento de produtos e serviços de alta tecnologia nas áreas de segurança, defesa, navegação aérea, redes integradas e meteorologia, desenvolveu uma sofisticada família de sistemas de contramedida eletrônica batizada de SCE0100.

O sistema será um dos destaques da empresa na FIDAE 2016 (Feira Internacional do Ar e Espaço), que acontece entre 29 de março e 03 de abril em Santiago no Chile. Presente no Pavilhão Brasil (F), coordenado pela ABIMDE e com apoio da APEX-Brasil.
 
O SCE0100, também chamado de JAMMER, possui configurações específicas para o bloqueio ou interferência de sinais de drones, celulares, rádios, dispositivo explosivo controlado por rádio (RCIED) e outros sistemas que utilizam sinais de RF para comunicação. Além desse diferencial, o sistema é embarcado em um gabinete robusto e portátil, podendo ser operado em qualquer local para o bloqueio de diferentes sinais de RF.
 
Segundo Luiz Teixeira, presidente da IACIT, a configuração do sistema é vinculada com a potência e faixa de frequência da operação, de acordo com a missão a ser realizada. Ele explica que, independentemente dos modelos de bloqueio (para drones, celulares ou RCIED), o JAMMER da IACIT é composto por canais independentes, capazes de operar simultaneamente, sem a necessidade de “saltar” entre bandas. Cada canal tem a capacidade de varrer rapidamente ao longo de uma banda, a fim de garantir a potência máxima em cada uma das frequências usadas.
 
Com aplicação dual, o JAMMER SCE0100 da IACIT pode ser usado em diversas situações, como proteção de estabelecimentos governamentais e militares, refinarias de petróleo e gás, prisões e centros de detenção, grandes eventos, comboios e controle fronteiriço, entre outras.

Devido à expansão do uso de drones em diversas situações, o equipamento da IACIT surge para suprir um mercado vulnerável pela ação de bandidos, espiões e até mesmo terroristas.“O sistema SCE0100 tem emprego dual, podendo ser utilizado tanto para a área militar quanto civil. Imaginamos que os potenciais clientes estejam nas forças armadas, segurança pública, polícias civil, militar e federal e no setor privado, com as firmas de segurança privada, empresas e bancos”, destaca Teixeira.
 
O desenvolvimento do novo equipamento envolveu uma equipe de cerca de 30 profissionais durante os últimos 12 meses. O JAMMER 100% nacional deve atender não só ao mercado interno, mas também deve ser um grande aliado de potências internacionais no combate a crimes. O sistema moderno e sofisticado permite oferecer soluções independentes ou integradas, com o uso de câmeras, sensores acústicos e radares para combater o ataque de drones, por exemplo.
 
Com a nova família de jammers, a IACIT busca intensificar sua participação junto à segurança pública e militar, oferecendo soluções tecnológicas integradas. Os novos equipamentos SCE0100 somam-se às soluções integradas já existentes no portfólio da companhia, entre eles sistemas eletro-ópticos e de segurança eletrônica patrimonial, soluções de SW associados a Redes Neurais Artificiais (RNA) e LPR, processamento de imagens e de Comando Controle Inteligência (C2I) e as soluções de Telemetria e Telecomando RCS-0400.
 
Com quase três décadas de atuação no mercado, a IACIT, certificada pelo Ministério da Defesa como Empresa Estratégica de Defesa (EED), é uma importante instituição de desenvolvimento para a conquista de autonomia tecnológica para o Brasil. “Nos preocupamos dia a dia em pesquisar e desenvolver produtos e serviços que agreguem valor ao País. Nosso objetivo é sermos uma empresa parceira na busca e consolidação de um país mais soberano”, conclui o executivo.
SNB

FT Sistemas apresenta este ano o FT-200FH, o VANT tático mais versátil já produzido

A FT Sistemas, empresa brasileira pioneira no mercado de VANT (Veículos Aéreos Não Tripulados) e líder nesse segmento, vai apresentar este ano o helicóptero não tripulado FT-200FH - considerado o VANT tático mais versátil e capaz do mercado mundial.

O projeto tem grande comunalidade com o VANT VT15, desenvolvido pela FT em parceria com o Exército Brasileiro, e pode ser considerado como sua variante de asas rotativas.
O helicóptero de última geração agrega as mais avançadas tecnologias em micromecânica, sistemas propulsivos de alta eficiência e robótica -- esta última oriunda da tecnologia que a FT Sistemas vem desenvolvendo nos últimos 10 anos em parceria com as Forças Armadas Brasileiras.

O VANT pesa 90 quilos e tem dois metros de comprimento com potencial para ser utilizado tanto pelo setor de Defesa quanto pela iniciativa privada.
Com previsão do primeiro voo ser realizado ainda no primeiro semestre de 2016, o FT-200FH dividirá um mercado global de cerca de U$ 11 Bilhões nos próximos 10 anos. O projeto têm como características a economia de energia por utilizar a configuração Flettner em conjunto com um motor de alta eficiência, o que aumenta a carga útil do aparelho.

O helicóptero, em sua configuração básica, tem a capacidade de alcance de 100 quilômetros, podendo ser usado com autonomia de voo de mais de 18 horas. “Este é um sistema inteligente que garante alta autonomia, alcance, e carga útil invejável e mudará as regras do mercado, mantendo a FT na liderança desse segmento”, afirma o diretor-presidente da FT-Sistemas Nei Brasil.
O desenvolvimento da aeronave conta com parceiros importantes da Alemanha, Inglaterra e Estados Unidos. As primeiras unidades da aeronave serão customizadas para atender uma demanda inicial para Inspeção de Linhas de Transmissão.O FT-200FH foi projetado primeiramente para atender os mercados de Agronegócio, Utilities e Defesa.

No Agronegócio, o VANT tem aplicação para liberação de agentes biológicos e aplicação de defensivos químicos nas lavouras. No mercado de Utilities, pode ser utilizado na inspeção de Linhas de Transmissão, Inspeção de Dutos, monitoramento e pesquisa ambiental. Já na Defesa tem aplicação em Projetos Estratégicos, como o de lançadores múltiplos de foguetes, SISFRON, Proteger, SisGAAz e VANT Embarcado.
“O FT-200FH é o VANT Tático de asas rotativas mais avançado do mundo e tem impressionado muito nossos parceiros e representantes devido à capacidade de cumprir missões antes realizadas por categorias superiores. Nas competições que estamos participando, não temos encontrado concorrentes à altura. Estamos muito satisfeitos com os resultados e com grandes perspectivas de negócios”, comemora Nei Brasil.
Sobre a FT Sistemas - Com dez anos de fundação, a FT Sistemas S.A. é uma empresa líder no mercado de VANT no Brasil. Certificada pelo Ministério da Defesa como EED (Empresa Estratégica de Defesa), tem atuação consolidada em projetos estratégicos das Forças Armadas Brasileiras, tendo como principais clientes o Exército Brasileiro, a Força Aérea, além de clientes no Exterior. Possui capacidade e experiência na integração de diversos fornecedores de tecnologia e para o desenvolvimento de projetos, sempre com uma estratégia de médio e longo prazo.

Atualmente, o portfólio da FT Sistemas é composto por produtos e serviços na área de VANTs, incluindo serviços de Operação, de Suporte Logístico Integrado e de Pós-Processamento, além de serviços de Pesquisa e Desenvolvimento. Entre os produtos, estão os seus VANTs Táticos Leves e Soluções de Imageamento e Inteligência aplicadas a diferentes setores industriais e produtivos.
SNB

segunda-feira, 28 de março de 2016

Grampo revela 'fragilidade total' de proteção a dados no Planalto, diz especialista

As gravações de conversas telefônicas da presidente Dilma Rousseff com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva mostram que a segurança da informação da principal instituição do Brasil varia entre "frágil" e "inexistente".
Para Silvio Meira, professor do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco, é "inconcebível" que a líder de um dos maiores países do mundo "fale com um telefone que não sabe de quem é nem a quê esse aparelho está submetido".
  • "A fragilidade é total. Você tem uma situação em que o presidente da República corre o risco de ser gravado por alguém vigiado pela Polícia Federal numa das maiores investigações criminais da história do Brasil e onde claramente existia um potencial gigantesco dessa conversa ser gravada", disse Meira à BBC Brasil.
As conversas de Dilma captadas pela PF integram uma série de interceptações telefônicas de Lula, incluídas no inquérito da Operação Lava Jato.
A Justiça Federal do Paraná divulgou os áudios e as transcrições na semana passada. No diálogo mais polêmico, Dilma diz a Lula que enviará seu "termo de posse" como novo ministro da Casa Civil, para uso "em caso de necessidade". Investigadores interpretaram o diálogo como tentativa da presidente de evitar eventual prisão do antecessor.
Para Meira, o Brasil deveria se espelhar nos EUA, onde todas as conversas de interesse do Estado mantidas pelo presidente são seguras (criptografadas). Os diálogos não são gravados, segundo o especialista, mas a Casa Branca produz transcrições informais.
"O presidente americano fala em comunicações seguras, como o primeiro-ministro da Inglaterra, França e Alemanha, mas não tem o direito de falar o que quiser sozinho. Ele não pode, por exemplo, ligar para outro e combinar um ataque nuclear, há todo um protocolo de comunicações de Estado, um grau de sofisticação alto", afirma.

Sistemas de proteção

Criptografia é uma maneira de aprimorar a segurança de uma mensagem ou arquivo. A tecnologia embaralha o conteúdo para que ele só possa ser lido por quem tenha a chamada chave de criptografia, necessária para desembaralhá-lo.
A Abin (Agência Brasileira de Segurança) oferece uma série de equipamentos que podem garantir a segurança da comunicação da presidente e de funcionários de alto escalão. Há, por exemplo, telefone fixo e aplicativo para smartphones com criptografia de voz e dados, que empregam algoritmo matemático de propriedade e uso exclusivo do Estado brasileiro.
  • Questionada sobre os motivos pelos quais a presidente não usa a tecnologia oferecida pela Abin, como o telefone seguro, a Secretaria de Imprensa do Planalto informou apenas que "não comenta assuntos que possam interferir na privacidade ou na segurança da Presidência da República".
Procurada pela reportagem, a Abin, que é sucessora no período democrático do SNI (Serviço Nacional de Informações), órgão de espionagem da ditadura militar (1964-1985), também não comentou.
Segundo Meira, para a conversa entre Lula e Dilma ser considerada segura, ambos teriam que ter usado telefones criptografados ou aplicativos de criptografia no smartphone. Segundo a Justiça Federal do Paraná, o telefone grampeado era usado com frequência pelo ex-presidente e pertence a um assessor do Instituto Lula.

Ironia de Snowden

O grampo envolvendo Dilma e Lula foi alvo de um comentário irônico de Edward Snowden, ex-assessor da Agência de Segurança Nacional dos EUA (NSA, na sigla em inglês).
Em 2013, Snowden divulgou documentos ultrassecretos que mostram que a NSA teria espionado comunicações de Dilma e de outros líderes mundiais. Na época, os vazamentos causaram revolta no govenro brasileiro e esfriaram as relações entre Brasil e EUA – Dilma chegou a cancelar uma visita de Estado a Washington em razão do episódio.
  • "Going dark (ficando no escuro, na tradução em português) é um conto de fadas. Três anos depois das manchetes de grampos de @dilmabr ela ainda está fzendo chamadas não criptografadas", escreveu Snowden no Twitter. A expressão "going dark" remete ao uso de criptografia.
Meira afirma que o Brasil não avançou – e provavelmente até retrocedeu - em segurança da informação desde as revelações de Snowden. "De lá para cá, por exemplo, o sistema de e-mail de agentes de Estado que deveria ter mudado para sistema fechado, criptografado, continua igual. Continuamos mandando e-mail para agentes públicos em ministérios, em nível bastante alto, usando serviços como Gmail."
O especialista diz que não se trata de um problema de tecnologia, mas de implementação de processos, pois os recursos para tornar as comunicações seguras estão disponíveis. Ele cita, por exemplo, que há aplicativos simples para criptografar troca de informações (voz e dados) por smartphones.
"Não é um problema tecnológico, esse está resolvido há muito tempo. É de processos, métodos, compliance (política interna), responsabilização. É outro problema."

Segurança nacional

Na primeira viagem após a divulgação dos grampos de Lula, na semana passada, a presidente Dilma criticou a interceptação de suas conversas e afirmou que se trata de um crime contra a Lei de Segurança Nacional.
Para Meira, engenheiro eletrônico pelo ITA, mestre em informática pela UFPE e doutor em computação pela Universidade de Kent (Inglaterra), o problema é outro.
"O problema que deveria estar sendo discutido por causa dessas gravações é como as comunicações da Presidência da República são tão rudimentares e estão sujeitas a tão poucos crivos a ponto de a presidente estar falando com telefones de quem a priori não se sabe nem de quem são?", questiona.
Informada sobre as declarações do professor, a Presidência da República não comentou.
 BBC Brasil
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PROSUB - Programa de Desenvolvimentos de Submarinos

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segunda-feira, 14 de março de 2016

Conexão FAB - Revista Eletrônica - Março 2016


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AEB FOMENTA CRIAÇÃO DE PAINEL BRASILEIRO QUE INTEGRA SGDC

 A empresa CENIC após o suporte financeiro e técnico da Agência Espacial Brasileira (AEB) assinou com a Thales Alenia Space a integração de seu painel de suporte da bateria para o satélite SGDC-Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas.
O objetivo foi envolver empresas brasileiras no desenvolvimento do conteúdo do satélite. A entrega do SGDC é de responsabilidade a Thales Alenia Space por meio de contrato com a Visiona, empresa brasileira integradora de sistemas espaciais.
A entrega no prazo, incluindo a integração com o satélite, representou um grande desafio, tanto para a CENIC como para a Thales Alenia Space. O fato representa o primeiro passo para uma bem-sucedida integração de peças brasileiras em um satélite construído pela Thales Alenia Space. Com outros contratos de Transferência de Tecnologia já assinados pela Thales Alenia Space, participações brasileiras com tecnologias de ponta podem ser esperadas no futuro para satélites de observação ou de comunicações.
“Estamos muito orgulhosos por fazermos parte do programa SGDC e de termos sido capazes de entregar no prazo um painel para ser lançado em breve”, disse Francisco Diaz, Diretor da CENIC.
“Este painel demonstra o compromisso da Thales Alenia Space de apoiar o desenvolvimento da indústria brasileira com tecnologias atuais, em parceria com o governo brasileiro”, disse Joel Chenet, Vice-Presidente Sênior e representante da Thales Alenia Space no Brasil.
“Com esse projeto a Thales fixa definitivamente o Brasil e a América Latina no mapa das suas estratégias globais, impulsionando o desenvolvimento aeroespacial na região. Isso representa também um passo muito importante no seu objetivo de duplicar a presença da companhia na América Latina até 2019”, afirmou Ruben Lazo, vice-presidente da Thales na América Latina.
Coordenação de Comunicação Social (CCS) com informações da CDN, assessoria da Thales Alenia Space no Brasil.
Foto: Thales Alenia Space
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sexta-feira, 11 de março de 2016

Coreia do Norte usa 6.800 hackers em guerra cibernética contra Coreia do Sul

O Ministério da Defesa sul-coreano declarou nesta sexta-feira (11) que um total de 6.800 hackers profissionais da Coreia do Norte atacam instituições públicas da Coreia do Sul.

"A Coreia do Norte tem 6.800 pessoas envolvidas na guerra cibernética, e sua capacidade de aplicar meios assimétricos a ataques cibernéticos estão crescendo", informou agência de notícias Yonhap, citando dados do ministério sul-coreano.
Estes dados foram apresentados durante a reunião de representantes de instituições de defesa da Coreia do Sul nesta sexta-feira.
De acordo com a mídia local, a Coreia do Norte possui seis organizações responsáveis por realizar os hacks, com 1700 funcionários em cada uma.
Além disso, o país tem outras 13 subsidiárias, com os mesmos objetivos, onde trabalham 5.100 pessoas.
A reunião em Seul coincidiu com a afirmação de um parlamentar sul-coreano, que disse que a Coreia do Norte tentou hackear telefones móveis de 300 representantes de instituições públicas da Coreia do Sul.
Pyongyang reagiu à declaração do deputado com mensagens por correio eletrônico com insultos e críticas à administração da Coreia do Sul.
A tensão na região voltou a aumentar depois que o país a Coreia do Norte realizou seu quarto teste nuclear em 6 de janeiro e um mês depois lançou um foguete com um satélite.

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