sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

MECTRON - COMPUTADOR DE MISSÃO EMBARCADO - TECNOLOGIA INÉDITA NO BRASIL

MECTRON, subsidiária da Odebrecht Defesa e Tecnologia, concluiu o projeto de um Computador de Missão utilizando a arquitetura OpenVPX, tecnologia considerada “estado-da-arte” em módulos eletrônicos embarcados, caracterizada por sua versatilidade, compactação e operação em ambientes críticos em plataformas do setor defesa e aeronáutico como aeronaves (tripuladas ou não), veículos blindados, armamentos inteligentes e outras.

Computadores de Missão são assim chamados por serem utilizados para gerenciamento dedicado e independente de diversos subsistemas das plataformas onde estão instalados. Por exemplo, numa aeronave, diferentes computadores de missão controlam independentemente cada um de seus subsistemas: de navegação, de comunicação, de armamentos etc.

O modelo funcional do Computador de Missão projetado pela MECTRON engloba tanto a parte de hardware como de software, sendo composto por:
· Um SBC (Single Board Computer), computador numa única placa eletrônica, com alta capacidade de processamento e memória, para aplicações embarcadas;
· Um módulo DIM (Módulo de Interface Digital), placa de interfaces digitais;
·  Um módulo AIM (Módulo de Interface Analógica), placa de interfaces analógicas, e,
·  Aplicativo de missão Moving Map.
 
SBC possui processador quad-core de 1,5 GHz, 2 GB de memória RAM DDR3, 8 GB de memória flash SATA, barramentos PCI Express 2.0 e interface ethernet, entre outras interfaces. Provendo grande modularidade e versatilidade, os módulos desenvolvidos dispõem de barramentos e interfaces comuns em aeronaves, resultando num computador de missão para uso geral, facilmente configurável para uso em diferentes tipos de plataformas.

Para atendimento aos requisitos desta tecnologia inédita no país, foi fundamental firmar parcerias estratégicas com fornecedores, fortalecendo a qualificação e o desenvolvimento tecnológico do segmento.

Uma parcela deste projeto, o primeiro desenvolvido no Brasil com esta tecnologia, contou com apoio da FINEP - Inovação e Pesquisa, empresa pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. Também foi desenvolvido pela Mectron um equipamento para simulação do ambiente operacional de aeronaves, também conhecido como “Rig de Aviônicos”.

Com o sucesso alcançado nos testes funcionais dos modelos de engenharia desteComputador de Missão Embarcado, a MECTRON busca agora viabilizar a realização de ensaios ambientais para qualificação do equipamento, processo no qual a empresa possui ampla capacidade técnica.
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domingo, 15 de fevereiro de 2015

Projeto de foguete em parceria com Ucrânia ruma ao fracasso

 O primeiro é cilíndrico e repousa em solo ucraniano. O Cyclone-4 é revestido por uma vasta carcaça metálica de 40 metros de comprimento e, teoricamente, seria capaz de levar satélites de quase quatro toneladas a cerca de 400 quilômetros da superfície da Terra. O segundo adormece no Maranhão. Não menos imponente, o canteiro de obras, encravado em uma área cedida pela Aeronáutica no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), serviria de base para que o foguete europeu rompesse a barreira atmosférica e completasse sua missão no espaço.
A dupla, fruto de uma parceria entre Brasil e Ucrânia, já consumiu, entre 2007 e 2014, R$ 477 milhões do contribuinte brasileiro e atingiu um impasse crítico, que reúne todos os elementos para transformá-la no maior esqueleto da história do Programa Espacial Brasileiro. Oficialmente, o governo nega que tenha jogado a toalha, mas dá pistas de que o fracasso é iminente.
Para que fosse viável comercialmente, o projeto, liderado pela binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), deveria ser lucrativo desde 2010, com o lançamento de satélites produzidos nos cinco continentes, ao preço unitário de US$ 50 milhões. Porém, passados cinco anos, o foguete nunca saiu da fábrica. Ainda não rendeu um tostão.
OBRAS PARADAS HÁ PELO MENOS UM ANO
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) reconhece que a empreitada requer “investimentos adicionais que alteram profundamente os custos iniciais”. E informa que “não há previsão” sequer para conclusão das obras em Alcântara. Muito menos para o primeiro lançamento.
As obras do complexo espacial de Alcântara estão paradas há pelo menos um ano, quando o Palácio do Planalto travou a liberação de dinheiro para o consórcio constituído por Odebrecht e Camargo Corrêa, que ganhou o contrato em 2010, sem licitação. Muitos operários já abandonaram a cidade, descrentes da conclusão do empreendimento, que chegou a reunir, ao mesmo tempo, cerca de dois mil trabalhadores.
Já o foguete está com cerca de 87% de desenvolvimento; entretanto, sua conclusão depende da evolução da contraparte brasileira – e dos ajustes que serão necessários para que ele possa disputar uma fatia do mercado. Hoje, não há mercado para o Cyclone-4. A comunidade espacial da Ucrânia, que já apostou alto no projeto, agora desdenha da parceria com o Brasil.
Há seis meses, a partir de um diagnóstico devastador apresentado pelo ex-ministro Marco Antônio Raupp, o Planalto criou uma comissão interministerial para salvar o projeto. Mas fontes indicam que não há solução à vista.
Pelo contrário: o MCTI não tem dinheiro reservado para o projeto Cyclone este ano. O orçamento na área espacial está dedicado ao monitoramento da Terra, dado o impacto dos efeitos da estiagem que assola o Sudeste. Isso sem contar que o Brasil ainda não firmou o acordo com os Estados Unidos para que componentes tecnológicos americanos sejam operados no Brasil.
Apesar do naufrágio lento e gradual da missão Cyclone, sua concepção continua sangrando os cofres públicos, quase ao largo da fiscalização estatal. Em 2014, nenhum centavo entrou para pagar as empreiteiras, embora R$ 13 milhões tenham irrigado o pagamento de diretores, de conselheiros, de funcionários e de encargos administrativos.
Em parecer emitido em 9 de julho de 2014, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), ao manifestar-se sobre pontos que seriam discutidos na assembleia geral da ACS, salienta aspectos curiosos das contas da binacional, relacionados à remuneração de funcionários e às obras em Alcântara.
Em 31 de dezembro de 2013, a ACS acusou a Agência Espacial Brasileira de não repassar R$ 132,6 milhões para pagar gastos assumidos na base de lançamento, teoricamente, sob responsabilidade do Brasil. Porém, a auditoria independente contratada para analisar as contas daquele ano apontou que Brasil e Ucrânia sequer haviam definido o tamanho da responsabilidade brasileira no projeto, ou dos custos e o retorno financeiro na empreitada.
“Não obtivemos evidências totais sobre definição técnica, acerca dos orçamentos da origem financeira e de capital suficiente para retomada e conclusão das obras. Em vista disso, não temos como opinar, como não opinamos, sobre o referido saldo, sobre os efeitos que a incerteza poderá ocasionar na capacidade de continuidade operacional da Binacional, devido à falta de definição da retomada das obras, dos recursos totais necessários para realização do projeto, do orçamento do fluxo de caixa e, consequentemente, sobre o retorno dos investimentos realizados, podendo ocasionar reduções relevantes no ativo e no resultado da Binacional”, diz a auditoria.
No que diz respeito ao pagamento de honorários, a PGFN concluiu que, em 2013, a ACS superou em R$ 12 mil o limite de R$ 4,49 milhões com o pagamento de 22 diretores e conselheiros, fiscais e de administração, dos quais metade é brasileira e a outra, ucraniana. Nesse parecer, a PGFN explicou que os administradores da ACS recebem gratificação natalina, adicional de férias, seguro saúde e auxílio moradia.
No parecer, é citada a necessidade de “fixar em um décimo da remuneração média” dos dirigentes os honorários pagos aos conselheiros, bem como de “vedar o pagamento de qualquer item de remuneração não liberado” pela assembleia geral. A PGFN não detalha a razão dessas observações. Ainda frisou que a remuneração do atual exercício foi apresentada sem “manifestação favorável do Ministério Supervisor nem do Conselho de Administração”.
O GLOBO procurou o MCTI, a PGFN e a Controladoria Geral da União (CGU) para saber quem fiscaliza os gastos da ACS. A CGU e a PGFN asseguraram, por escrito, que não têm mandato para fiscalizar a empresa. O MCTI não respondeu quem fiscaliza a ACS. Também não se manifestou sobre como avalia a eficiência e o controle dos recursos públicos usados no projeto.
Nenhum representante da política espacial aceitou falar sobre os desdobramentos do projeto Cyclone-4 e o que pode ser feito para salvá-lo.
FONTE: O Globo
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Entrega do submarino ‘Riachuelo’ (S40) ao setor operativo da Marinha passou para 2018

A Marinha do Brasil e a Itaguaí Construções Navais (ICN) – sociedade formada pela empresa brasileira Odebrecht Defesa e pelo estaleiro francês DCNS – acertaram uma alteração no cronograma de construção do primeiro submarino brasileiro da classe Scorpène (S-BR), o “Riachuelo” (S40).
De acordo com esse ajuste, o navio dará início às provas de mar por volta do mês de julho de 2017, o que adiará sua entrega ao setor operativo da Marinha para o segundo trimestre de 2018.
Na metade final de 2009, a previsão da Diretoria-Geral de Material da Marinha (DGMM) era de que o SBR-1 ficasse pronto em 2015 (veja a reportagem “Cronograma das entregas de submarinos e helicópteros EC725” , publicada pelo Poder Naval em 3 de setembro de 2009). Mais tarde, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) da Marinha teve o seu desdobramento modificado. Segundo a nova previsão, o “Riachuelo”, primeiro dos quatro submarinos convencionais a serem construídos, estaria pronto em 2016 e, após a realização dos testes de cais e de mar, seria entregue à MB em meados de 2017.
Segundo o Poder Naval pode apurar, nesse momento a ICN e a Marinha examinam a elaboração de um termo aditivo ao contrato de construção dos submarinos que especifique o novo cronograma de fabricação do SBR-1, porque isso envolve diversas alterações em prazos, tanto os relativos às metas técnicas que devem ser alcançadas, quanto à sequência de desembolsos financeiros.
A expectativa sobre o funcionamento do navio segue, entretanto, num patamar bastante positivo.
Um dos pontos que mais chama a atenção dos brasileiros diz respeito às soluções adotadas pelos projetistas e fabricantes franceses, no sentido de garantir um padrão de operação silenciosa ao navio.
Isso importa dizer que foram encontrados recursos técnicos capazes de reduzir as vibrações e ruídos produzidos naturalmente pelo submarino em seu deslocamento. Um conjunto de expedientes que vai desde o trabalho dos calços especiais das tubulações presas às paredes internas do barco, até a adequada ejeção de fluxos gordurosos.
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TCD SIROCO


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Marinha do Brasil Pretende Comprar Navio Siroco pertencente a Marine Nationale. Este navio é um LPD


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Marinha do Brasil Compra Mísseis


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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A-DARTER - NOVO MÍSSIL DA FAB ATINGE ALVO EM TESTE

Um avião de caça Gripen da Força Aérea da África do Sul realizou com sucesso na tarde desta segunda-feira (09/02) o lançamento real de um míssil A-Darter, um projeto binacional entre o Brasil e África do Sul.
O alvo, uma aeronave não tripulada, estava em uma rota a 90° da aeronave lançadora e se distanciava. Apesar disso, o sistema de mira do míssil conseguiu "travar" no alvo, que também estava em uma altitude 600 metros mais elevada.
De acordo com o gerente do projeto pelo Brasil, Coronel Aviador Júlio César Cardoso Tavares, da Força Aérea Brasileira, a principal característica dos mísseis de última geração é exatamente a capacidade de realizar manobras de alto desempenho. "O sensor de guiagem detecta o alvo e o míssil também calcula a melhor rota", explica o Coronel.Com 2,98 metros de comprimento e 90 kg de peso, o A-Darter se destaca pela ausência das pequenas asas usadas para as manobras. No lugar delas, o modelo tem capacidade de direcionar o empuxo do seu motor-foguete. Desse modo, consegue realizar manobras que o leva a sofrer até 100 vezes a força da gravidade (100 G). Os caças de combate mais modernos não passam de 9 G.
Guiado por calor, o A-Darter também consegue "enxergar" em mais de uma frequencia de infravermelho e desse modo evitar ser enganado por "flares", iscas incandescentes lançadas para confundir os mísseis. O alcance máximo é de 12 quilômetros.O sucesso da missão é uma das etapas finais do desenvolvimento do míssil. De acordo com o gerente do projeto pelo Brasil, com esse lançamento, A-Darter está mais de 90% concluído.

A previsão é de o projeto estar pronto no primeiro semestre de 2016 e possa futuramente equipar os caças Gripen NG da FAB. Trezentos milhões de reais foram investidos até agora, sendo a metade diretamente em empresas localizadas no País.
As empresas brasileiras Mectron, Avibras e Optoeletrônica já recebem tecnologia transferida pela Denel, da África do Sul. A parceria para o desenvolvimento começou em 2006 e o objetivo é que os dois países produzam componentes para futuras exportações. "No futuro, as vendas serão compartilhadas. Já há entendimento entre as empresas", explica o Coronel Tavares.

De acordo com ele, é possível perceber que algumas soluções tecnológicas desenvolvidas para o A-Darter já fazem parte de outros produtos criados pela indústria nacional. Ele lembra ainda que o papel do Brasil não foi apenas aprender com os sul africanos. "Os nossos técnicos participam das decisões", afirma. Os algoritmos de programação dos sistemas do míssil, por exemplo, foram desenvolvidos por um engenheiro militar da FAB. "O período dele na África do Sul iria acabar e eles solicitaram a prorrogação", conta o gerente do projeto.

Porém, o foco foi passar conhecimento para o parque industrial brasileiro. "Não fazia sentido a gente absorver conhecimento só para a FAB, e sim para as empresas também", explica.

A África do Sul, com experiência de desenvolvimento de mísseis desde a década de 60, buscou a parceria com o Brasil por conta da complexidade do projeto. "É um míssil de alta tecnologia", explica o Coronel Tavares. Segundo ele, o A-Darter tem inovações dominadas por poucos países do mundo e que não são transferidas quando há a compra de armamento. "Ninguém ensina a fazer isso", resume.
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