domingo, 15 de fevereiro de 2015

Projeto de foguete em parceria com Ucrânia ruma ao fracasso

 O primeiro é cilíndrico e repousa em solo ucraniano. O Cyclone-4 é revestido por uma vasta carcaça metálica de 40 metros de comprimento e, teoricamente, seria capaz de levar satélites de quase quatro toneladas a cerca de 400 quilômetros da superfície da Terra. O segundo adormece no Maranhão. Não menos imponente, o canteiro de obras, encravado em uma área cedida pela Aeronáutica no Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), serviria de base para que o foguete europeu rompesse a barreira atmosférica e completasse sua missão no espaço.
A dupla, fruto de uma parceria entre Brasil e Ucrânia, já consumiu, entre 2007 e 2014, R$ 477 milhões do contribuinte brasileiro e atingiu um impasse crítico, que reúne todos os elementos para transformá-la no maior esqueleto da história do Programa Espacial Brasileiro. Oficialmente, o governo nega que tenha jogado a toalha, mas dá pistas de que o fracasso é iminente.
Para que fosse viável comercialmente, o projeto, liderado pela binacional Alcântara Cyclone Space (ACS), deveria ser lucrativo desde 2010, com o lançamento de satélites produzidos nos cinco continentes, ao preço unitário de US$ 50 milhões. Porém, passados cinco anos, o foguete nunca saiu da fábrica. Ainda não rendeu um tostão.
OBRAS PARADAS HÁ PELO MENOS UM ANO
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) reconhece que a empreitada requer “investimentos adicionais que alteram profundamente os custos iniciais”. E informa que “não há previsão” sequer para conclusão das obras em Alcântara. Muito menos para o primeiro lançamento.
As obras do complexo espacial de Alcântara estão paradas há pelo menos um ano, quando o Palácio do Planalto travou a liberação de dinheiro para o consórcio constituído por Odebrecht e Camargo Corrêa, que ganhou o contrato em 2010, sem licitação. Muitos operários já abandonaram a cidade, descrentes da conclusão do empreendimento, que chegou a reunir, ao mesmo tempo, cerca de dois mil trabalhadores.
Já o foguete está com cerca de 87% de desenvolvimento; entretanto, sua conclusão depende da evolução da contraparte brasileira – e dos ajustes que serão necessários para que ele possa disputar uma fatia do mercado. Hoje, não há mercado para o Cyclone-4. A comunidade espacial da Ucrânia, que já apostou alto no projeto, agora desdenha da parceria com o Brasil.
Há seis meses, a partir de um diagnóstico devastador apresentado pelo ex-ministro Marco Antônio Raupp, o Planalto criou uma comissão interministerial para salvar o projeto. Mas fontes indicam que não há solução à vista.
Pelo contrário: o MCTI não tem dinheiro reservado para o projeto Cyclone este ano. O orçamento na área espacial está dedicado ao monitoramento da Terra, dado o impacto dos efeitos da estiagem que assola o Sudeste. Isso sem contar que o Brasil ainda não firmou o acordo com os Estados Unidos para que componentes tecnológicos americanos sejam operados no Brasil.
Apesar do naufrágio lento e gradual da missão Cyclone, sua concepção continua sangrando os cofres públicos, quase ao largo da fiscalização estatal. Em 2014, nenhum centavo entrou para pagar as empreiteiras, embora R$ 13 milhões tenham irrigado o pagamento de diretores, de conselheiros, de funcionários e de encargos administrativos.
Em parecer emitido em 9 de julho de 2014, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), ao manifestar-se sobre pontos que seriam discutidos na assembleia geral da ACS, salienta aspectos curiosos das contas da binacional, relacionados à remuneração de funcionários e às obras em Alcântara.
Em 31 de dezembro de 2013, a ACS acusou a Agência Espacial Brasileira de não repassar R$ 132,6 milhões para pagar gastos assumidos na base de lançamento, teoricamente, sob responsabilidade do Brasil. Porém, a auditoria independente contratada para analisar as contas daquele ano apontou que Brasil e Ucrânia sequer haviam definido o tamanho da responsabilidade brasileira no projeto, ou dos custos e o retorno financeiro na empreitada.
“Não obtivemos evidências totais sobre definição técnica, acerca dos orçamentos da origem financeira e de capital suficiente para retomada e conclusão das obras. Em vista disso, não temos como opinar, como não opinamos, sobre o referido saldo, sobre os efeitos que a incerteza poderá ocasionar na capacidade de continuidade operacional da Binacional, devido à falta de definição da retomada das obras, dos recursos totais necessários para realização do projeto, do orçamento do fluxo de caixa e, consequentemente, sobre o retorno dos investimentos realizados, podendo ocasionar reduções relevantes no ativo e no resultado da Binacional”, diz a auditoria.
No que diz respeito ao pagamento de honorários, a PGFN concluiu que, em 2013, a ACS superou em R$ 12 mil o limite de R$ 4,49 milhões com o pagamento de 22 diretores e conselheiros, fiscais e de administração, dos quais metade é brasileira e a outra, ucraniana. Nesse parecer, a PGFN explicou que os administradores da ACS recebem gratificação natalina, adicional de férias, seguro saúde e auxílio moradia.
No parecer, é citada a necessidade de “fixar em um décimo da remuneração média” dos dirigentes os honorários pagos aos conselheiros, bem como de “vedar o pagamento de qualquer item de remuneração não liberado” pela assembleia geral. A PGFN não detalha a razão dessas observações. Ainda frisou que a remuneração do atual exercício foi apresentada sem “manifestação favorável do Ministério Supervisor nem do Conselho de Administração”.
O GLOBO procurou o MCTI, a PGFN e a Controladoria Geral da União (CGU) para saber quem fiscaliza os gastos da ACS. A CGU e a PGFN asseguraram, por escrito, que não têm mandato para fiscalizar a empresa. O MCTI não respondeu quem fiscaliza a ACS. Também não se manifestou sobre como avalia a eficiência e o controle dos recursos públicos usados no projeto.
Nenhum representante da política espacial aceitou falar sobre os desdobramentos do projeto Cyclone-4 e o que pode ser feito para salvá-lo.
FONTE: O Globo
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Entrega do submarino ‘Riachuelo’ (S40) ao setor operativo da Marinha passou para 2018

A Marinha do Brasil e a Itaguaí Construções Navais (ICN) – sociedade formada pela empresa brasileira Odebrecht Defesa e pelo estaleiro francês DCNS – acertaram uma alteração no cronograma de construção do primeiro submarino brasileiro da classe Scorpène (S-BR), o “Riachuelo” (S40).
De acordo com esse ajuste, o navio dará início às provas de mar por volta do mês de julho de 2017, o que adiará sua entrega ao setor operativo da Marinha para o segundo trimestre de 2018.
Na metade final de 2009, a previsão da Diretoria-Geral de Material da Marinha (DGMM) era de que o SBR-1 ficasse pronto em 2015 (veja a reportagem “Cronograma das entregas de submarinos e helicópteros EC725” , publicada pelo Poder Naval em 3 de setembro de 2009). Mais tarde, o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB) da Marinha teve o seu desdobramento modificado. Segundo a nova previsão, o “Riachuelo”, primeiro dos quatro submarinos convencionais a serem construídos, estaria pronto em 2016 e, após a realização dos testes de cais e de mar, seria entregue à MB em meados de 2017.
Segundo o Poder Naval pode apurar, nesse momento a ICN e a Marinha examinam a elaboração de um termo aditivo ao contrato de construção dos submarinos que especifique o novo cronograma de fabricação do SBR-1, porque isso envolve diversas alterações em prazos, tanto os relativos às metas técnicas que devem ser alcançadas, quanto à sequência de desembolsos financeiros.
A expectativa sobre o funcionamento do navio segue, entretanto, num patamar bastante positivo.
Um dos pontos que mais chama a atenção dos brasileiros diz respeito às soluções adotadas pelos projetistas e fabricantes franceses, no sentido de garantir um padrão de operação silenciosa ao navio.
Isso importa dizer que foram encontrados recursos técnicos capazes de reduzir as vibrações e ruídos produzidos naturalmente pelo submarino em seu deslocamento. Um conjunto de expedientes que vai desde o trabalho dos calços especiais das tubulações presas às paredes internas do barco, até a adequada ejeção de fluxos gordurosos.
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TCD SIROCO


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Marinha do Brasil Pretende Comprar Navio Siroco pertencente a Marine Nationale. Este navio é um LPD


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Marinha do Brasil Compra Mísseis


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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

A-DARTER - NOVO MÍSSIL DA FAB ATINGE ALVO EM TESTE

Um avião de caça Gripen da Força Aérea da África do Sul realizou com sucesso na tarde desta segunda-feira (09/02) o lançamento real de um míssil A-Darter, um projeto binacional entre o Brasil e África do Sul.
O alvo, uma aeronave não tripulada, estava em uma rota a 90° da aeronave lançadora e se distanciava. Apesar disso, o sistema de mira do míssil conseguiu "travar" no alvo, que também estava em uma altitude 600 metros mais elevada.
De acordo com o gerente do projeto pelo Brasil, Coronel Aviador Júlio César Cardoso Tavares, da Força Aérea Brasileira, a principal característica dos mísseis de última geração é exatamente a capacidade de realizar manobras de alto desempenho. "O sensor de guiagem detecta o alvo e o míssil também calcula a melhor rota", explica o Coronel.Com 2,98 metros de comprimento e 90 kg de peso, o A-Darter se destaca pela ausência das pequenas asas usadas para as manobras. No lugar delas, o modelo tem capacidade de direcionar o empuxo do seu motor-foguete. Desse modo, consegue realizar manobras que o leva a sofrer até 100 vezes a força da gravidade (100 G). Os caças de combate mais modernos não passam de 9 G.
Guiado por calor, o A-Darter também consegue "enxergar" em mais de uma frequencia de infravermelho e desse modo evitar ser enganado por "flares", iscas incandescentes lançadas para confundir os mísseis. O alcance máximo é de 12 quilômetros.O sucesso da missão é uma das etapas finais do desenvolvimento do míssil. De acordo com o gerente do projeto pelo Brasil, com esse lançamento, A-Darter está mais de 90% concluído.

A previsão é de o projeto estar pronto no primeiro semestre de 2016 e possa futuramente equipar os caças Gripen NG da FAB. Trezentos milhões de reais foram investidos até agora, sendo a metade diretamente em empresas localizadas no País.
As empresas brasileiras Mectron, Avibras e Optoeletrônica já recebem tecnologia transferida pela Denel, da África do Sul. A parceria para o desenvolvimento começou em 2006 e o objetivo é que os dois países produzam componentes para futuras exportações. "No futuro, as vendas serão compartilhadas. Já há entendimento entre as empresas", explica o Coronel Tavares.

De acordo com ele, é possível perceber que algumas soluções tecnológicas desenvolvidas para o A-Darter já fazem parte de outros produtos criados pela indústria nacional. Ele lembra ainda que o papel do Brasil não foi apenas aprender com os sul africanos. "Os nossos técnicos participam das decisões", afirma. Os algoritmos de programação dos sistemas do míssil, por exemplo, foram desenvolvidos por um engenheiro militar da FAB. "O período dele na África do Sul iria acabar e eles solicitaram a prorrogação", conta o gerente do projeto.

Porém, o foco foi passar conhecimento para o parque industrial brasileiro. "Não fazia sentido a gente absorver conhecimento só para a FAB, e sim para as empresas também", explica.

A África do Sul, com experiência de desenvolvimento de mísseis desde a década de 60, buscou a parceria com o Brasil por conta da complexidade do projeto. "É um míssil de alta tecnologia", explica o Coronel Tavares. Segundo ele, o A-Darter tem inovações dominadas por poucos países do mundo e que não são transferidas quando há a compra de armamento. "Ninguém ensina a fazer isso", resume.
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segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Brasil busca helicópteros de última geração na Rússia

A aproximação entre Brasil e Rússia em estreita defesa. Por um lado, o país sul-americano vasculha os helicópteros de combate russos catalogar a um modelo que possa atender às suas necessidades. Além disso, ambos os países vão negociar um acordo de cooperação em que a Rússia e o Brasil iria fabricar a tecnologia em casa.
O embaixador do Brasil em Moscou, Antonio José Vallim Guerreiro, disse ontem em entrevista à RIA Novosti que uma delegação do "Departamento de Defesa visitou a Rússia para conhecer modelos helicópteros de última geração."Vallim destacou o "interesse" pela tecnologia brasileira russo e, aumentando a oferta de equipamentos começou em 2008 com a assinatura de um contrato de fornecimento de 12 helicópteros Mi-35 com a última entrega foi feita em dezembro de 2014.
Brasil e Rússia planejam uma grande parceria, cuja fundação foi colocada em dezembro passado em São Paulo, durante uma entrevista entre o vice-presidente do Brasil, Michel Temer, que por sua vez é o co-presidente da Comissão Bilateral de Cooperação com os Rússia, e do vice-primeiro-ministro russo encarregado da Indústria da Defesa, Dmitry Rogozin.
Destinado a sociedade nos últimos anos
A colaboração entre os dois países, como Rogozin lembrou, é um fato de projetos de infraestrutura, como o chamado GLONASS posicionamento global. Quanto à possibilidade de novos acordos, o oficial russo deu não só os fatos, mas anunciou a próxima assinatura de diferentes "acordos de cooperação com o espaço, nuclear, aeroespacial, construção naval e de eletrônicos." Rogozin também deu o exemplo das possibilidades de cooperação entre a participação dos dois países em projetos como a criação de um centro de manutenção e reparação de helicópteros russos "em território brasileiro.
Neste sentido, o oficial russo ressaltou que o Brasil tem um grande interesse na tecnologia russa, apesar de que não adicionou apenas a aquisição de produtos, mas o seu desenvolvimento no seu território.
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