quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Nasa lança vídeo com protótipo de foguete de 60 metros


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O problema no projeto Gripen ‘NG’

Em dezembro do ano passado terminou uma das mais longas concorrências de entre fabricantes de armamento de toda a História: a vitória do caça sueco Gripen NG no programa FX2, um processo de seleção de caças de superioridade aérea para a FAB cujo início data de 15 anos atrás.
O projeto do Gripen NG teve início em abril de 2007, quando a Noruega assinou um acordo quanto ao futuro desenvolvimento do caça, no valor aproximado de US$ 25 milhões, seguido pelo governo sueco em outubro daquele ano. O programa tinha duas metas básicas: gerar uma nova versão e desenvolver novas tecnologias que também pudessem ser incorporadas aos Gripens em operação.
A nova versão (New Generation, NG) do Gripen deveria ter uma capacidade maior de combustível interno, pelo reposicionamento do trem de pouso, deslocando da fuselagem para as raízes das asas, sendo abandonada uma proposta de tanques conformais do início da década passada. E também previa uma turbina mais potente devido ao peso maior projetado. Os demais requerimentos do projeto como radar AESA, novos sistemas de autoproteção e novos sistemas de comunicação deveriam ser aplicados também na atual versão.
Dados informados pela SAAB para a nova versão, a monoplace, atualmente denominada “E”, previam um peso vazio de 15.700lb (7.120kg), peso máximo de decolagem de 36.400lb (16.500kg), combustível interno de 7.300lb (3.300kg) e capacidade de cargas externas de 13.000lb (5.900kg)¹.
No programa FX2 o diretor da SAAB no Brasil justificava o relativamente discreto aumento de peso de 300kg com relação versão anterior pela introdução de novos materiais estruturais, mais leves 2.
A partir de meados do ano de 2.010 começou a ser divulgado em revistas especializadas3 o aumento do peso vazio para 7.500kg da versão  monoplace. No ano seguinte informações disponibilizadas pelo Departamento de Defesa e Proteção Social da Suíça (DDPS) corroboraram essa  informação 4.
Em 2012 a publicação da SAAB, a Spirit,5  já apontava um aumento do peso vazio para 7.600kg. Em 2.013 o Departamento de Defesa suíço atualizou os dados da aeronave, divulgando um peso vazio de 7.800kg 6. O peso máximo de decolagem (MTOW) permanece até hoje o mesmo, 16.500kg, com um aumento de 100kg de capacidade de  combustível interno, indo para 3.400kg. O aumento projetado das dimensões do caça permanecem o mesmo: 10cm longitudinalmente e 20cm de envergadura.
Na sessão da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, CRE, em 27 de fevereiro deste ano7 o presidente da Comissão Programa Aeronave de Combate (COPAC) divulgou a capacidade de cargas externas de 5.200kg, o que refirmava um peso vazio de 7.800kg. Diga-se de passagem confirmadas pela empresa como sendo o “Basic Mass Empty” (BME), da versão monoplace. “BME”  é um conceito que inclui a parte integral da aeronave, os fluidos, combustível residual, a estrutura da ponta da asa onde se encaixa o míssil (chamada “wingtip”) e o canhão vazio.
Em junho deste ano foi apresentado pela empresa um novo aumento do peso vazio: pelo caderno técnico da aeronave, disponível no site dela8 agora está projetado um peso vazio de 8.000kg, permanecendo o peso máximo de decolagem em 16.500kg e capacidade interna de combustível em 3.400kg. O peso vazio fora confirmado pela empresa como “BME”. A versão monoplace do caça apresenta atualmente apenas 5.000kg de cargas externas, em contraponto aos 5.900kg anunciados pela empresa no período inicial. É importante  frisar que as imagens da aeronave armada encontra-se bem acima da atual capacidade e ainda são propagadas na mídia, inclusive pela própria empresa.
O impacto nas capacidades
A turbina do Gripen em operação é a Volvo RM12. É uma versão mais potente da General Eletric F404-402, desenvolvendo  18.100lb em pós-combustão e 12.100lb em potência militar (potência máxima sem pós-combustão), apresentando um consumo específico de combustível (massa de combustível queimada por hora dividida pela potência que produz) de 1.79 lb/hr/lbf e 0.844 lb/hr/lbf naqueles 2 regimes respectivamente.
A turbina da versão “NG” é mais moderna, derivada da F414-400 do Super  Hornet, denominada F414G. Apresenta potência  0,22% maior em pós-combustão (22.050lb ante 22.000lb), desenvolvendo a mesma potência em regime militar (14.000lb). A General Electric não informa o consumo específico de combustível, mas aponta para uma maior eficiência quanto a F404. Ressalta-se que a versão “NG” é mais pesada, um pouco maior e, mantendo praticamente todo o design, gera mais arrasto. Esses fatores fazem com que o desempenho dinâmico do voo exija mais combustível que a versão “C/D”.
Com uma vantagem de cargas externas de apenas 300kg,  capacidade externa de combustível entre a nova e a atual versão é a mesma. Uma versão “NG” com 2 tanques externos de 300 galões (1.135L) estará carregando 23,5% a mais de combustível que a versão “C/D” na mesma configuração. Na configuração com 2 tanques de 450 galões (1.700L), o NG estará levando 19,3% a mais.
O processo de seleção de um caça para a Força Aérea da Suíça foi iniciado em janeiro de 2.008, 4 meses antes do nosso. Ao contrário do FX2, o candidato da SAAB foi a versão “C/D”, tendo os testes de voo sido realizados em território suíço 9, nas condições e dimensões deles, ao contrário do nosso, realizado na Suécia e com apenas 10 horas de voo no total. 10
A Força Aérea Suíça realizou 26 voos de interceptação sobre o seu pequeno território com o Gripen “C/D”. Destes, em 4 o caça sueco não concluiu a missão tendo de pousar com o nível de combustível abaixo da reserva de segurança.9 É evidente que no Brasil o caça não poderá voar com menos combustível externo ainda. Operará com pelo menos 2 tanques de 1.135L, mesmo com as operações em rodovias previstas pelo Comando Geral de Operações Aéreas (COMGAR).
A FAB selecionou para o FX2 os caças Lockheed Martin F-35 Lightning II, Sukhoi Su35BM, EADS Typhoon, Dassault Rafale, Boeing Super Hornet e o SAAB GripenNG. Apenas o último pertence a uma classe de peso abaixo dos demais. No FX1 foram selecionados o Sukhoi Su35, Dassault Mirage 2000mk2 (denominado “BR”), Lockheed Martin F-16CJ e o SAAB Gripen C/D. De caça pesado apenas havia o russo, com os caças americanos e francês médios-leve e o Gripen sendo um caça leve. O Mirage 2000mk2 tem capacidade de 6.000kg de cargas externas, peso vazio de 8.200kg, 3.200kg de capacidade interna de combustível e peso máximo de decolagem de 17.500kg. O F-16  tem 6.700kg de capacidade de cargas externas, peso vazio de 9.165kg, 3.220kg de capacidade interna de combustível e peso máximo de decolagem de 19.185kg. Pelo projeto inicial o GripenNG, devido a uma estrutura proposta significativamente mais leve que, juntamente com o motor mais eficiente, o caça sueco poderia se “ombrear” com esses 2 caças “benchmarking” do ocidente,  o Mirage e F-16.
Atualmente o Gripen NG, numa configuração ar-ar, que é a mais leve das configurações, com 2 mísseis de curto alcance, 4 mísseis de  longo alcance (uma configuração ar-ar básica) e com 2 tanques de 1.700L ficaria no limite da capacidade. (O caça francês e o americano portam tanques sob as asas de 1.700L e 2.270L respectivamente). É impossível ao “NG” carregar 2 bombas inteligentes da classe de 2.000lb com 2 tanques de menor capacidade disponível, teria de ser com apenas 1 tanque, ou levar 1 bomba dessa classe com 2 tanques grandes sem depreciar a quantidade de combustível.
Vale ressaltar que o caça com 2 mísseis de curto alcance nas pontas das asas, apenas  2 pilones em cada asa, as discretas “iscas” para mísseis (chamadas decoys e flares) e o armamento do canhão interno, ou seja, uma configuração praticamente “limpa”, já estará carregando 877kg de cargas externas. No rodapé do artigo os leitores poderão constatar as configurações da aeronave com o peso das munições, adaptadores, tanques e pilones, que não são informações classificadas: são disponibilizadas pelos  fabricantes e forças aéreas.
Considerações finais
Numa entrevista realizada via internet pelo jornal O Globo e pela agência Defesanet na data de 29 de janeiro deste ano 11 sobre o tema da decisão do FX2, um dos jornalistas questionou o presidente da COPAC, brigadeiro Crepaldi Affonso, sobre o problema do aumento de peso da aeronave. Ele respondera curta e laconicamente que “o caça teria os requisitos da FAB”. Depois disso o Gripen já teve a capacidade de cargas externas diminuídas em mais 200kg.
Com um problema de projeto que vem se agravando literalmente ano a ano, onde a capacidade de cargas externas despencou de 5.900kg para 5.000kg, o peso vazio aumentando de 7.100kg para 8.000kg, o Presidente da COPAC não apresentou uma reposta condizente com o problema apresentado.
E é importante que se ressalte o “silêncio” sobre o problema por parte de alguns veículos especializadas em defesa, que é de ciência deste próprio autor o conhecimento por parte dos editores.  A título de observação, esses veículos são patrocinados pela SAAB que, diga-se de passagem, realiza propaganda maciça na mídia especializada.
Basic Mass Empty: 8.000kg (fluids, residual fuel, internal cannon,  wingtip)
Pilot’s weight: 100kg
Internal fuel: 3.400kg
External payload 5.000 kg
Total- Max Takeoff Weight (MTOW): 16.500kg
Basic Flight Design Weight:
Decoys (BriteCloud) and flares: 90kg
Weight cannon’s ammunition: 31 kg (120 cartriges of 27mm)
2xA-darter=186kg
4 wings pylons (2x 155kg+2x130kg)= 570kg
Total: 877kg
Strike missions =877+pod(208kg)+pylon(30kg)= 1.115   strike- basic configuration
Fuel: JP-8 300 gallons=2.040lb
300gallons (1.135L): empty tank (130kg)+ fuel (925kg). Total: 1.055kg
450gallons (1.700L): empty tank  (167kg)+ fuel (1.388kg). Total: 1.525kg
290gal tank (833kg of fuel+130kg tank)+pylon= 1.093kg –centerline
Centerline pylon:125kg (including ejector rack)
Wing pylon:130kg (including ejector rack)
“wet” wing pylon to 4.000lb :155kg (including ejector rack)
IRIS-T=87,5kg
Friuli bombs: (1.000lb class) 465kg+ 60kg kit= 525 kg
500lb: 270kg + 50kg  kit= 320 kg
4 small diameter bomb ((SDB)  GBU-39, 40, 42 4x130kg total 520kg) +
adapter BRU61(145kg)=665kg
Meteor (long range missile) (175 kg)+ adapter (60kg)= 235kg
AIM 120D BVR missile (161,5 kg)+launcher LAU-7 (48,5kg) = 210kg
A-Darter (brazilian short-range missile)= 93kg.
MAR-1 (brazilian anti-radiation missile): 265 kg +launcher (70 kg)=335 kg
SkyShield Pod: 454kg
RecceLite pod : 200kg
Litening pod: 208kg
RBS 15ER (anti-ship missile)=630 kg (don’t need launcher)
BRU 69 (2-bomb rack)= 95kg
BRU 61 (small diameter bomb rack) = 145kg
ALKAN (2-bomb rack) 4036=60kg
F-414-400 ground consumption: start=10lb.   Taxi em IDLE 15lb/min  Taxi normally  duration: 5 min. (5 min.=75lb+10lb start=85lb)=31kg
BPEN1000 (Friulli penetration bomb)=1.000kg
Laser Guided Bombs (LGB)- US NAVY site
GBU-10 Model C/B, D/B, E/B: weight: 2,110.25 lbs (957kg);
GBU-10 Model G/B, H/B, J/B, K/B: weight: 2,129.58 lbs;:
GBU-12 Series:weight: 606.67 lbs
GBU-16 Series:weigth: 1092 lb
Air-to-Air missions
Basic (877kg)+ 2x450gal (3.050kg)+4 Meteor+2 centerline pylons (250kg)= 4.997kg
Interception: with 3 tanks (2x450gal+1x290gal)+2 A-darter= 5.020kg
SEAD (Supression of Enemy Air Defenses)
b.strike(1.115kg)+2x415gal (1.570L  2.830kg)+Skyshield (455kg)+1 centerline pylon+ 2MAR-1 (670kg) = 5.200kg
b.strike(1.115kg)+2x300gal (2.110kg)+SkyShield (455kg)+1 centerline pylon+2 MAR-1 (670kg) = 4.475kg
Strike missions:
Basic configuration (1.115kg)+ 2x450gal (3.050kg)= 4.165kg
+1 BPEN (penetration bomb)+1 centerline pylon (1.125kg)= 5.290kg
+1 GBU 10+1 centerline pylon (1.080kg)=5.250kg
+ 2 GBU 16 (990kg)=5.155kg
+3 GBU 12 (825kg)+1 centerline pylon=5.115kg
Basic configuration (1.115kg)+ 2x300gal tank (2.110kg)= 3.225kg
+2 BPEN+2 centerline pylons (=2.250kg)= 5.465kg
+2 GBU 10+ 2 centerline pylons (=2.150kg)= 5.380kg
+3 GBU 16 (1.485kg) + centerline pylon (=1.610kg)= 4.835kg
+2 GBU 16 (990kg)+2 Meteors (470kg)+2 centerline pylons (=1.550kg)=4.935kg
+3 FP83 (1.575kg)+ centerline pylon= 4.925kg
+2 FP83 (1.050kg) + 2 Meteors (470kg) (=1.720kg)= 4.935kg
+ 4 FP82 (1.280kg)+2 centerline pylons (1.520kg)= 4.745kg
+4 GBU 12 (2×2 GBU(1.110kg) +w. 2xAlkan403669(120kg) =(1.220kg))+2 centerline pylons (250kg)+2 Meteors (=2.010kg)= 5.165kg
+ 6 GBU 12 (4 GBU  w. 2xbomb adapter BRU-61 (standard USAF adapter) at centerline (1.290kg))+2centerline pylons+2GBU12 wings(=2.090kg)= 5.305kg
+ 2 SDB (1.330kg)+2 Meteor (centerline)+ 2 centerline pylons (=1.990kg)= 5.155kg
+2 RBS15 (1.260kg)+2 Meteor (centerline)+2 centerline pylons (=1.860kg)= 5.085kg    
FONTE: Jornal GGN / Luis Nassif Online ..Por Manuel Flávio Vieira
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Amazul e FDTE assinam acordo para participar do programa do submarino nuclear brasileiro

A Amazul – Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A. e a FDTE – Fundação para o Desenvolvimento Tecnológico da Engenharia assinaram, na sexta-feira (5/9), acordo de parceria para a realização de pesquisa, desenvolvimento e implantação do Projeto Conceitual do Complexo Radiológico do Estaleiro e Base Naval (EBN) da Marinha do Brasil, que está sendo projetado pelo Centro Tecnológico da Marinha (CTMSP).
A Marinha do Brasil tem investido na expansão e desenvolvimento da tecnologia brasileira com objetivo de proteger e garantir a soberania brasileira no mar. Com esse propósito, Brasil e França firmaram acordo que deu início ao programa de desenvolvimento de submarinos. O programa viabilizará a produção do primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear e mais quatro submarinos convencionais. A primeira fase de implantação do programa prevê a construção de um Estaleiro e de uma Base Naval (EBN) em Itaguaí, no Rio de Janeiro. O Complexo Radiológico são áreas em que serão aplicadas normas nacionais e internacionais de segurança nuclear, daí a necessidade de um rigoroso projeto conceitual, anterior às fases seguintes do projeto e de construção do complexo. Essas áreas compreendem a manutenção de reatores nucleares, instalações marítimas, suporte e instalações do SN-BR (submarino de propulsão nuclear), instalação de proteção física e gestão de emergência, entre outras.
Neste complexo, que a Marinha constrói em parceria com a Odebrecht, serão realizadas as etapas de construção, montagem, integração, lançamento, operação e manutenção dos novos submarinos. O complexo integra o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub), que está sendo conduzindo pela Cogesn – Coordenadoria Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, com apoio do CTMSP e da Amazul.
O acordo, assinado pelo diretor-presidente da Amazul, vice-almirante Ney Zanella dos Santos, e pelo diretor-superintendente da FDTE, André Steagall Gertsenchtein, estabelece que a fundação fará em conjunto com a Amazul a pesquisa, desenvolvimento e implantação do Projeto Conceitual, e também a elaboração de documentos, incluindo estudos, relatórios técnicos, pareceres, especificações técnicas e de compras, referentes à parte de concepção do projeto, sob a responsabilidade do CTMSP. A duração total do projeto está prevista para 20 meses.
Amazul - A missão da Amazul, estatal constituída em agosto de 2013, é viabilizar o desenvolvimento do submarino de propulsão nuclear, tecnologia imprescindível para que o País exerça a soberania plena sobre as águas jurisdicionais brasileiras. Para executar seus projetos e oferecer serviços tecnológicos, a Amazul retém, atrai e capacita recursos humanos de alto nível, e busca se associar com organizações públicas e privadas de alto nível tecnológico.
Ney Zanella dos Santos lembrou que esta não é a primeira vez que a Marinha do Brasil – agora por intermédio da Amazul – se une à Universidade de São Paulo, apoiada pela FDTE, para gerar inovação e progresso para a ciência e a engenharia nacionais, agregando valor a projetos de grande interesse para a sociedade brasileira, em prol do desenvolvimento nacional. André Steagall Gertsenchtein afirmou que a Marinha é, de certa forma, a razão pela qual a FDTE foi instituída, uma vez que foi a Força a contratante do primeiro projeto da fundação o Computador G10.
FDTE – A FDTE, fundação de notória especialização na área de pesquisa e desenvolvimento, com mais de 40 anos de experiência nas mais diversas áreas da engenharia, foi criada por um grupo de professores da Escola Politécnica da USP com o objetivo de promover o desenvolvimento tecnológico da engenharia brasileira. A instituição é reconhecida pela importante contribuição que tem dado ao país nas questões ligadas ao seu desenvolvimento. Grandes feitos contribuíram para esse reconhecimento. Nasceu do Laboratório de Sistemas Digitais o histórico “Patinho Feio”, como foi chamado o primeiro computador brasileiro, construído em 1972. Com o patrocínio da Marinha foi desenvolvido o G10, que se tornou o segundo computador genuinamente brasileiro, também criado pela FDTE. Entre os resultados do projeto, surgiram profissionais capacitados, diversas ramificações na difusão do conhecimento e empresas nacionais para atuarem no setor.
FONTE: R7
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PSafe Total Windows tem três tipos de verificação para melhor segurança do usuário

Perder dados pessoais, ter a privacidade violada, ter fotos íntimas reveladas para o mundo, perder dinheiro devido ao roubo de dados e muito mais. Tudo isso é sinônimo de insegurança digital. Como uma doença no computador, os malwares são pragas que contaminam milhares de PCs, mas com o PSafe Total Windows você tem à disposição três níveis de proteção para blindar sua vida online: Verificação Rápida, Verificação Manual e Verificação Completa.
Já passou da hora de parar de negligenciar sua segurança na internet, escolha o tipo de proteção que mais se adequa ao seu perfil e garanta uma experiência online livre de riscos. O PSafe Total Windows continua sendo executado em segundo plano 24 horas por dia sete dias por semana para não deixar seu computador desprotegido sequer por um momento.

Por que três tipos de Proteção

Você deve estar se perguntando por que o PSafe Total Windows tem três tipos de verificação. A resposta é bastante simples: cada um dos três processos tem um funcionamento próprio e é importante que você conheça a diferença entre eles.

Verificação Rápida

Basicamente, a Verificação Rápida é realizada nos drivers, programas e arquivos que você mais utiliza. Ou seja, são verificados os pontos-chave do sistema operacional, para garantir que você está seguro em poucos segundos.

Verificação Completa

Já a Verificação Completa faz um exame profundo em todo o computador para encontrar possíveis arquivos infectados. Por isso, são analisados o sistema do PC, os programas mais usados, os processos em execução, os itens de inicialização e todos os arquivos.

Verificação Manual

Por fim, na Verificação Manual, o usuário escolhe qual arquivo ou programa deve ser verificado pelo PSafe Total Windows.Os três tipos de verificação contam com os dois motores de defesa da PSafe, que garantem que seu computador estará protegido online e offline. Além disso, a base de vírus da PSafe é atualizada constantemente.
É recomendado que todo usuário faça pelo menos uma Verificação Completa semanalmente. Mas se você esquecer, não precisa se preocupar! O PSafe Total Windows também conta com o sistema HIPS (Host-based Intrusion Prevention System ou, em tradução livre, Sistema de Prevenção de Intrusões com base no Host), que monitora em tempo real todas as atividades do computador, e outros sistemas de comparação, que analisam o comportamento do possível malware. Assim, diante de qualquer conduta estranha por parte de algum arquivo ou programa, o usuário será notificado, podendo evitar a infecção do PC.

Lixeira

Caso o PSafe Total Windows detecte um malware, o antivírus o encaminhará diretamente para a Lixeira do próprio programa. Neste local, o arquivo ou programa passará pelo chamado processo de vacinação, ou seja, eliminação do vírus ou malware para que possa ser liberado para uso normalmente. O período para a desinfecção é de 40 dias e é aconselhável que o usuário não restaure o arquivo para evitar nova infecção do computador.
Por esses motivos, fique protegido usando o PSafe Total Windows. Aproveite e baixe agora o melhor antivírus gratuito! E tem para Android também!
FONTE: PSafe Blog
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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Empresas nacionais apreensivas com compras na área de defesa

Até opositores da gestão de Dilma Rousseff reconhecem que a presidente está atenta ao que ocorre em Defesa, tendo atuado em diversas partes, especialmente no fortalecimento das Empresas Estratégicas de Defesa – decisão fundamental para evitar desnacionalização no setor. Recentemente, o governo anunciou que empresas dos setores aeroespacial e de defesa vão receber, já neste ano, novo incentivo para o desenvolvimento de projetos e produtos. Serão R$ 291 milhões não reembolsáveis que beneficiarão estudos, absorção de tecnologias, sistemas de vigilância e supervisão de bordo. Trata-se do plano Inova Aerodefesa, que tem o objetivo de impulsionar a produtividade e competitividade do setor.

O projeto é parte de um programa maior do Governo Federal chamado Inova Empresa, que prevê a articulação de órgãos, entre eles o Ministério da Defesa (MD), para dar apoio financeiro a projetos por meio de instituições de fomento. Os recursos vêm da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Fundo Tecnológico (Funtec) do BNDES. Entre as instituições apoiadas pelo Inova Aerodefesa estão Embraer – é a preferida do governo – Avibras, Odebrecht e Imbel. Estão previstas propostas sobre comunicações submarinas e sonar nacional; visão multiespectral para veículos blindados; radares; desenvolvimento de fibra de carbono; e bateria de uso militar. Os departamentos de ciência e tecnologia das Forças Armadas vão trabalhar em conjunto com as empresas contratadas.

O setor recebeu muito bem, como não poderia deixar de ser, a decisão, muito boa no sentido de impulsionar a inovação. O Brasil tem muitos engenheiros capacitados à inovação. Um exemplo de nossa capacidade está no sucesso do programa da Marinha de desenvolvimento do míssil antinavio nacional. Mas os observadores estão atentos e detectam problemas. Frisam que de nada adianta ter o produto novo, realmente brasileiro, se os orçamentos para o setor de defesa ficam congelados, contingenciados ou cortados. Diz uma fonte: “O comprador desses novos produtos é o próprio governo, através das Forças Armadas, que sempre sofre cortes no orçamento. E, se o próprio governo não compra, fica difícil exportar”. E acrescenta que o Brasil está perdendo mercado na América do Sul, em razão da política bolivariana de dar colher de chá a países menos pujantes.

A construção naval tem a quarta maior carteira de encomendas do mundo, mas o Brasil comprou lanchas para Marinha e Exército na Colômbia. A própria Emgepon, uma respeitada empresa do Ministério da Defesa, vai usar o projeto colombiano no navio de patrulha fluvial, mesmo estando o Brasil muito à frente no segmento.

A União das Nações Sulamericanas (Unasul), uma espécie de Organização dos Estados Americanos (OEA) sem os Estados Unidos, já definiu qual avião de treinamento irá usar: a aeronave Unasul I, equipamento produzido pela Fábrica Argentina de Aviones Brigadier San Martín. Quatro empresas nacionais estão credenciadas a suprir o avião a ser montado na Argentina: Novaer, Akaer, Flight Technologies e Avionics. Mas, com a crise da dívida, não há muito entusiasmo de parte dos fabricantes brasileiros para o Unasul I.

Fonte: Monitor Mercantil/Sergio Barreto Motta

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sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Brasil dá incentivos fiscais para armamento banido pela ONU

O governo brasileiro concede, desde novembro de 2013, incentivos fiscais à produção de foguetes que utilizam munição "cluster", um tipo de armamento banido pela ONU.
Entidades ligadas à defesa dos direitos humanos alertam para os danos causados por essas munições e para os riscos de elas serem usadas por grupos terroristas como o Estado Islâmico.Bomba cluster que não explodiu após ser lançada é encontrada em uma área a pouco mais de 40 quilômetros da cidade iraquiana de Arbil, em 2003. Um grupamento de soldados britânicos especializados em explosivos atuou na região para desativar as bombas. Dezenas de crianças iraquianas morreram ao tentarem manusear as bombas de forma incorreta Shamil Zhumatov/Reuters
Os armamentos "cluster" são bombas ou foguetes 'recheados' com minibombas. Quando estão a caminho do alvo, os foguetes principais, também chamados de contêineres, se abrem e espalham as munições por áreas que podem atingir o tamanho de quatro campos de futebol.
Aquelas que não explodem ao tocar o solo podem permanecer ativas e explodir a qualquer momento quando tocadas por acidente -- a exemplo das minas terrestres comuns --, colocando em risco a vida de civis em áreas urbanas ou rurais.
O fato de continuarem ativos mesmo após o fim do conflito e a falta de precisão em relação às áreas atingidas são as principais críticas a esse tipo de armamento.
As bombas e munições "cluster" foram utilizadas durante a Guerra do Vietnã, na ocupação do Líbano por tropas israelenses e, mais recentemente, durante a guerra civil na Síria.
Em 2008, a ONU implementou uma convenção que bane a produção, a estocagem, o uso e a venda de munições "cluster" que não tenham dispositivos sofisticados de autodestruição ou autodesativação e que pesem menos de 4 quilos.
UOL apurou que as munições produzidas no Brasil oscilam entre 1,8 kg e 2,5 kg -- mais leves, portanto, do que o que determina a convenção da ONU.
O Brasil, assim como países como a Rússia e China, não aderiu à proibição imposta pela ONU, o que tecnicamente o libera da proibição imposta pela entidade. Até o momento, 113 países aderiram à convenção.

Incentivos

Os incentivos fiscais dados pelo Governo Federal para a produção dos foguetes que transportam as munições "cluster" fazem parte do Retid (Regime Especial Tributário para a Indústria Nacional de Defesa), um sistema que isenta empresas previamente selecionadas e que produzem bens ou serviços considerados estratégicos pelo Governo Federal.
Na prática, o governo deixa de arrecadar tributos para baratear os custos de produção desse tipo de produto. Segundo a Receita Federal, em 2014, o programa vai conceder R$ 60 milhões em incentivos fiscais.

Saiba como funcionam as bombas cluster

A empresa que fabrica os foguetes de fragmentação no Brasil é a Avibras Divisão Aérea e Naval S.A, empresa sediada em Jacareí, a 84 km de São Paulo. Segundo dados do Ministério da Defesa, ela fabrica ao menos três modelos de foguetes do tipo: o SS-40, SS-60 e o SS-80. 
O SS-60 e o SS-80 (com alcance de até 60 km e 80 km, respectivamente)  podem carregar ogivas de até 150 quilos com 70 minibombas, cada uma pesando menos de 4 quilos.
Para o coordenador da CMC (Cluster Munition Coalition), Gabriel Silva, a concessão de incentivos fiscais para a produção desse tipo de armamento vai contra a imagem internacional do Brasil.
"O Brasil tenta passar uma imagem de país pacífico, mas se beneficia com a produção e o comércio desse tipo de arma, que é tão prejudicial às populações civis. Os danos humanitários são enormes, e o Brasil parece ignorar isso.
"É contraditório que o Brasil seja parte da convenção contra minas terrestres e não seja da convenção contra munições 'cluster'. A maior parte das vítimas desse tipo de munição são crianças e mulheres", afirma.
"O Governo, o Exército e a Avibras afirmam que as bombas "cluster" produzidas no Brasil atendem às demandas das Nações Unidas, mas o fato é que eles dizem isso com base em testes em áreas extremamente controladas, no interior de Goiás. Num cenário de conflito real, não há como garantir que essas munições serão manuseadas de forma correta. Não temos como garantir que elas vão atender às determinações da ONU", diz ainda Gabriel. 

Outro lado

Procurado pelo UOL, o Ministério das Relações Exteriores diz que o Brasil não aderiu à convenção da ONU por entender que a medida tinha elementos discriminatórios ao permitir que munições "cluster" tecnologicamente mais avançadas continuassem a ser produzidas.
O Ministério diz ainda que a convenção "não bane efetivamente a produção ou o uso de munições 'cluster'" e que "sua relevância é, portanto, questionável".
Os armamentos "cluster" são bombas ou foguetes 'recheados' com minibombas. Quando estão a caminho do alvo, os foguetes principais, também chamados de contêineres, se abrem e espalham as munições por áreas que podem atingir o tamanho de quatro campos de futebol.
Aquelas que não explodem ao tocar o solo podem permanecer ativas e explodir a qualquer momento quando tocadas por acidente -- a exemplo das minas terrestres comuns --, colocando em risco a vida de civis em áreas urbanas ou rurais.
O fato de continuarem ativos mesmo após o fim do conflito e a falta de precisão em relação às áreas atingidas são as principais críticas a esse tipo de armamento.
As bombas e munições "cluster" foram utilizadas durante a Guerra do Vietnã, na ocupação do Líbano por tropas israelenses e, mais recentemente, durante a guerra civil na Síria.
Em 2008, a ONU implementou uma convenção que bane a produção, a estocagem, o uso e a venda de munições "cluster" que não tenham dispositivos sofisticados de autodestruição ou autodesativação e que pesem menos de 4 quilos.
UOL apurou que as munições produzidas no Brasil oscilam entre 1,8 kg e 2,5 kg -- mais leves, portanto, do que o que determina a convenção da ONU.
O Brasil, assim como países como a Rússia e China, não aderiu à proibição imposta pela ONU, o que tecnicamente o libera da proibição imposta pela entidade. Até o momento, 113 países aderiram à convenção.

Incentivos

Os incentivos fiscais dados pelo Governo Federal para a produção dos foguetes que transportam as munições "cluster" fazem parte do Retid (Regime Especial Tributário para a Indústria Nacional de Defesa), um sistema que isenta empresas previamente selecionadas e que produzem bens ou serviços considerados estratégicos pelo Governo Federal.
Na prática, o governo deixa de arrecadar tributos para baratear os custos de produção desse tipo de produto. Segundo a Receita Federal, em 2014, o programa vai conceder R$ 60 milhões em incentivos fiscais.
A empresa que fabrica os foguetes de fragmentação no Brasil é a Avibras Divisão Aérea e Naval S.A, empresa sediada em Jacareí, a 84 km de São Paulo. Segundo dados do Ministério da Defesa, ela fabrica ao menos três modelos de foguetes do tipo: o SS-40, SS-60 e o SS-80. 
O SS-60 e o SS-80 (com alcance de até 60 km e 80 km, respectivamente)  podem carregar ogivas de até 150 quilos com 70 minibombas, cada uma pesando menos de 4 quilos.
Para o coordenador da CMC (Cluster Munition Coalition), Gabriel Silva, a concessão de incentivos fiscais para a produção desse tipo de armamento vai contra a imagem internacional do Brasil.
"O Brasil tenta passar uma imagem de país pacífico, mas se beneficia com a produção e o comércio desse tipo de arma, que é tão prejudicial às populações civis. Os danos humanitários são enormes, e o Brasil parece ignorar isso.
"É contraditório que o Brasil seja parte da convenção contra minas terrestres e não seja da convenção contra munições 'cluster'. A maior parte das vítimas desse tipo de munição são crianças e mulheres", afirma.
"O Governo, o Exército e a Avibras afirmam que as bombas "cluster" produzidas no Brasil atendem às demandas das Nações Unidas, mas o fato é que eles dizem isso com base em testes em áreas extremamente controladas, no interior de Goiás. Num cenário de conflito real, não há como garantir que essas munições serão manuseadas de forma correta. Não temos como garantir que elas vão atender às determinações da ONU", diz ainda Gabriel. 

Outro lado

Procurado pelo UOL, o Ministério das Relações Exteriores diz que o Brasil não aderiu à convenção da ONU por entender que a medida tinha elementos discriminatórios ao permitir que munições "cluster" tecnologicamente mais avançadas continuassem a ser produzidas.
O Ministério diz ainda que a convenção "não bane efetivamente a produção ou o uso de munições 'cluster'" e que "sua relevância é, portanto, questionável".

Fonte: UOL
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