segunda-feira, 28 de julho de 2014

Novo satélite brasileiro será lançado este ano

Rio Branco - Os trabalhos de montagem do novo satélite sino-brasileiro, CBERS-4, estão caminhando bem e o plano é lançá-lo da China por volta do dia 7 de dezembro, um ano após a perda do seu antecessor, o CBERS-3."O cronograma de trabalho está sendo cumprindo rigorosamente, sem nenhum problema até o momento", disse o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, em entrevista exclusiva ao Estado na reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), realizada na semana passada no Acre. "Estamos fazendo um esforço gigantesco com os chineses para que tudo funcione na hora certa, e por enquanto está funcionando dessa forma."
O CBERS-3 foi perdido em 9 de dezembro de 2013, após uma falha no foguete de lançamento chinês, modelo Longa Marcha 4B. Um dos motores do foguete parou de funcionar alguns segundos antes da hora, de modo que o satélite não atingiu a velocidade mínima necessária de 8 km/s para permanecer em órbita e, depois de ser liberado do foguete, começou imediatamente a perder altitude e caiu de volta na Terra - sendo completamente destruído durante a reentrada na atmosfera.
Coelho, que estava na China para assistir ao lançamento junto com o então ministro da Ciência e Tecnologia Marco Antônio Raupp, contou ao Estado como foi receber a notícia da perda do satélite, que carregava com ele enormes expectativas para o programa espacial brasileiro - dentro do qual o CBERS é peça absolutamente fundamental. "Foi um baque muito pesado para nós", disse. "Todo mundo ficou muito abatido; muita gente chorando."
Foi a primeira falha no lançamento de um Longa Marcha 4B registrada pelos chineses, que têm hoje talvez o programa espacial mais dinâmico e avançado do mundo. "Eles também ficaram bastante abalados e assumiram na hora a responsabilidade pela falha", contou Coelho.
Detritos
A investigação do acidente, segundo ele, revelou que o problema foi causado por um acúmulo de detritos na linha de combustível de um dos dois motores do foguete, que causou uma obstrução parcial da linha. A pressão aumentou demais por conta disso e o motor desligou automaticamente, para impedir uma explosão.
Depois disso, os chineses mandaram abrir e inspecionar os motores e linhas de combustível de todos os seus foguetes, para ter certeza de que o problema não acontecerá novamente.
Já no dia seguinte ao acidente, Coelho convocou uma reunião em Pequim e propôs adiantar o lançamento do CBERS-4 em um ano (inicialmente, seria lançado no final de 2015). "Eles trouxeram estudos preliminares mostrando que era possível, mas que seria muito difícil; exigiria providências enormes dos dois lados."
Por fim, ficou decidido que o lançamento seria adiantado, mas que o satélite precisaria ser montado e integrado na própria China, e não no Brasil (no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE, em São José dos Campos), como estava programado.
O CBERS-4 é um irmão gêmeo do CBERS-3, e suas peças já estavam todas na China para servirem de "sobressalentes", no caso de algum problema de última hora surgir antes do lançamento. Assim, em vez de trazer as peças de volta para o Brasil para montar o satélite e depois ter de enviá-lo de volta para a China, optou-se por montá-lo lá mesmo, com a participação dos engenheiros e técnicos brasileiros.
EXAME SEGURANÇA NACIONAL BLOG.SNB

domingo, 27 de julho de 2014

FLIGHT TECH CONQUISTA CONTRATO NA ÁFRICA

Flight Tech conquistou um contrato para o fornecimento do Mini-VANT Horus FT-100 e apoio logístico associado a um país na África. As primeiras unidades serão entregues até o segundo semestre de 2014, com a possibilidade de novas encomendas em 2015.

O contrato é a primeira exportação Brasileira de VANTs. Os VANTs Táticos Leves da empresa e suas tecnologias são originalmente concebidos em cooperação com o Exército Brasileiro, com a Marinha e com a Força Aérea. Horus FT-100 foi projetado em conjunto com o Exército Brasileiro, por intermédio do Instituto Militar de Engenharia (IME) e do Centro Tecnológico do Exército (CTEx), ambas instituições do Departamento de Ciência e Tecnologia, para ser usado em aplicações típicas de curto alcance realizados por pelotões, companhias ou mesmo batalhões.

Ele pode ser usado de forma eficiente para a aquisição de alvos, reconhecimento, segurança de perímetro, apoio à ações de infiltração e exfiltração. No setor privado, pode ser usado para aerolevantamento em diferentes aplicações, em geral, por clientes que exigem flexibilidade e mobilidade para as operações a distâncias curtas.

A Flight Tech é certificada pelo Ministério da Defesa do Brasil como uma Empresa Estratégica de Defesa e atua no desenvolvimento, produção e suporte de VANTs Táticos Leves para fins civis e de defesa.
Defesa net,, SEGURANÇA NACIONAL BLOG

terça-feira, 22 de julho de 2014

MARINHA LANÇA EDITAL PARA RECONSTRUÇÃO DA ESTAÇÃO ANTÁRTICA COMANDANTE FERRAZ

A partir da próxima quarta-feira (23), empresas nacionais e internacionais poderão ter acesso ao edital para a reconstrução da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), que teve parte de sua estrutura destruída após um incêndio em 2012.
O valor máximo das obras de reconstrução é de US$ 110,5 milhões, e a licitação busca seleção e contratação por menor preço de empresa especializada.
De acordo com o secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, contra-almirante Marcos Silva Rodrigues, diversas empresas nacionais e estrangeiras já demonstraram interesse em participar da reconstrução.
Ele explica que, apesar de nenhuma proposta ter sido apresentada na primeira concorrência, restrita a empresas nacionais, a expectativa agora é positiva, já que o estudo geotécnico do projeto foi refeito e abre a possibilidade de participação de consórcios integrados por concorrentes internacionais.
Segundo o contra-almirante, empresas de países como China, Inglaterra, Espanha e o próprio Brasil demonstraram interesse pelo projeto. Ele acredita que, apesar de as empresas brasileiras não terem experiência com construções na Antártica, elas possuemexpertise de obras em locais inóspitos, o que pode colocá-las em pé de igualdade na concorrência.

Ele lembra que, mesmo sem experiência específica nesse tipo de operação, o Brasil fez um grande esforço, depois do incêndio, para retirar as estruturas danificadas do local, sem interromper as pesquisas que vinham sendo feitas ao longo dos anos na Estação.
De acordo com o contra-almirante Silva Rodrigues, o trabalho feito pela Marinha brasileira recebeu elogios dos países signatários do Tratado de Antártica, que se mostraram impressionados com o comprometimento e a eficácia da operação ao realizarem uma inspeção no local.
“Era um momento difícil em que precisávamos dar uma resposta à comunidade internacional. Fizemos uma verdadeira operação de guerra, sempre em parceria com o Ministério do Meio Ambiente, e conseguimos mostrar totais condições de resposta”, explica ele.
A Antártica é considerada um dos continentes mais importantes do planeta por suas riquezas minerais e por concentrar 76% de toda a água doce do planeta. Desde o início do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), em 1982, o Brasil vem desenvolvendo importantes pesquisas nas áreas de Oceanografia, Biologia, Biologia Marinha, Glaciologia e Geologia, entre outras.
MINISTÉRIO  DA DEFESA SEGURANÇA NACIONAL BLOG,SNB