sexta-feira, 18 de julho de 2014

CHINESES ACEITAM PROPOSTA BRASILEIRA DE CONSTRUÇÃO DO CBERS-4A

 O ministro da Ciência, Tecnologia e Indústria de Defesa da República Popular da China, Xu Dazhe, afirmou nesta quarta-feira (16) que seu país concorda com a proposta brasileira de construção do exemplar 4A do Satélite Sino-Brasileiro de Sensoriamento Remoto (Cbers, na sigla em inglês).
O assunto foi tratado com o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina, e com o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Braga Coelho, nas visitas que o dirigente chinês fez a AEB e ao MCTI. Dazhe também disse que a continuidade do programa Cbers, com a produção dos satélites 5 e 6, deve ser incluída no Plano Decenal firmado entre Brasil e China e que será discutido em reunião até o final do ano.
Quanto ao Cbers-4, o ministro chinês disse seu processo de integração, compartilhado por técnicos dos dois países, está dentro do cronograma e o lançamento programado para 7 de dezembro próximo. Na oportunidade, Dazhe convidou o ministro Campolina a ir à China acompanhar o lançamento.
Na parte da manhã, quando visitou a AEB, o ministro chinês ainda manifestou interesse no programa Ciência sem Fronteiras Espacial (CsF-Espacial) afirmando que seu país tem interesse em aumentar as oportunidades para bolsistas brasileiros em suas instituições de ensino. Disse também que há o manifestou interesse de cientistas da China em desenvolver estudos junto com grupos de pesquisas em unidades brasileiras.
Dazhe destacou que a China também tem interesse na presença brasileira no plano de desenvolvimento de infraestrutura espacial para alta tecnologia em formatação pelo país. Manifestou ainda a satisfação para os chineses em ter uma presença mais ampla de brasileiros na sexta unidade do Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Exterior (Unoosa), que será instalada na China em novembro deste ano. Hoje, existem duas representações na África, uma na América Latina, da qual o Brasil já faz parte, uma na Ásia e uma no Pacífico.
Além do presidente da AEB também participaram do encontro na sede da instituição os diretores Petrônio Noronha de Souza, de Política Espacial e Investimentos Estratégicos, Marco Antônio de Rezende, de Transporte Espacial e Licenciamento, e o chefe da Assessoria de Cooperação Internacional, José Monserrat Filho.
Nesta quinta-feira (17) o presidente da Agência Espacial participou de solenidade no Palácio do Planalto, quando assinou Memorando de entendimento entre a AEB e a Administração Nacional Espacial da China (CNSA) sobre cooperação em dados e aplicações de sensoriamento remoto por satélite.
Cooperação – O Unoosa é o órgão das Nações Unidas (ONU) responsável pela promoção da cooperação internacional nos usos pacíficos do espaço exterior estando ligado as atividades do Comitê das Nações Unidas para o Uso Pacífico do Espaço Exterior (Copuos).
Por meio do Programa das Nações Unidas sobre Aplicações Espaciais, o Unoosa promove workshops internacionais, cursos de formação e projetos-piloto sobre temas que incluem sensoriamento remoto, navegação por satélite, meteorologia por satélite, tele-educação e ciências espaciais básicas para o benefício dos países em desenvolvimento.
Ele também mantém uma linha direta 24 horas como o ponto focal das Nações Unidas para os pedidos de imagens de satélite durante desastres e gerencia a Plataforma das Nações Unidas para a informação baseada em Espaço de Gestão de Desastres e Resposta de Emergência (ONU-Spider).
* A série do próximo Cbers é 4A e não 4B como anteriormente informado.
Fonte: Coordenação de Comunicação Social (CCS-AEB)
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Bater de Boeing Putin insiste em uma investigação objetiva (Kremlin)

Em uma conversa telefônica com o primeiro-ministro holandês Mark Rutte, o presidente russo, Vladimir Putin, sublinhou a necessidade de conduzir uma investigação completa e objetiva sobre o acidente do Boeing Malásia no leste da Ucrânia, anunciou sexta-feira Kremlin em um comunicado.
"O chefe do Estado russo ressaltou a importância de uma investigação internacional objetiva e abrangente sobre as causas e circunstâncias do acidente de avião. Neste contexto, a necessidade de um cessar-fogo imediato e incondicional em sudeste da Ucrânia é cada vez mais urgente ", lemos, em substância, no comunicado.
Vladimir Putin também ofereceu suas condolências ao acidente de avião que a Malásia tem muitas vítimas, a maioria dos quais são holandeses.
De acordo com o ministro dos Transportes da Malásia Liow Tiong Lai, 173 holandeses, malaios 44, 27 australianos, nove indonésios, New Britain, quatro alemães, quatro belgas, três filipinos, um canadense e um neozelandês estavam a bordo do vôo MH17 que garantiu a ligação entre Amesterdão e Kuala Lumpur.
 RIA Novosti
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sábado, 12 de julho de 2014

Lançamento bem sucedido de foguete Angara aumenta indepdência espacial





O veículo de lançamento ecologicamente limpo Angara-1.2PP é o primeiro projetado depois da dissolução da URRS, e sua estreia ocorreu em 9 de julho a partir do cosmódromo de Plesetsk, na unidade federativa de Arkhanguelsk. O voo foi executado por completo.
A separação da primeira etapa na região determinada no mar de Barents ocorreu após quatro minutos da ignição. Depois de 21 minutos do lançamento, a maquete de carga útil caiu da segunda etapa na região determinada do polígono de Kura, na península da Kamtchatka. A distância total percorrida pelo foguete foi de 5.700 km.
Inicialmente, o primeiro lançamento do Angara leve havia sido planejado para o dia 25 de junho, mas, devido a verificações complementares, acabou sendo adiado. Em 28 de junho, o sistema automático cancelou o lançamento a 19 segundos da ignição. O presidente Vladímir Pútin, que observava o lançamento por teleconferência, determinou que esclarecessem as causas do acontecido, e o lançamento fDescobriu-se que o Angara não decolou devido à detecção de vazamento em uma válvula de drenagem não relacionada com o motor. A Roscosmos (agência espacial russa) tomou a decisão de consertar o Angara no próprio cosmódromo e, no dia 9 de julho, o lançamento foi finalmente realizado.
As diferentes configurações do instrumento se diferenciam pelo número de unidades de foguetes das quais é formada a primeira etapa. O Angara lançado é uma versão intermediária do foguete que permitiu testar o funcionamento da primeira e segunda etapas.
Futuramente, os foguetes pesados Angara serão equipados com uma terceira etapa a hidrogênio, o que permite levar de Plesetsk cargas muito mais pesadas. O primeiro voo pilotado do Angara pesado deve ocorrer em 2018 a partir do cosmódromo de Vostótchni, na unidade federativa de Amur.
Junto com a nova classe de foguetes, a Rússia obteve acesso independente e garantido ao espaço. De agora em diante, o país pode lançar satélites de todos os tipos às orbitas terrestres baixa e geoestacionária sem necessidade de acordo com o Cazaquistão, onde está localizado o cosmódromo de Baikonur.
Além disso, a produção desses foguetes não depende de terceiros contratados, pois, por motivos de segurança estratégica, a família foi completamente projetada e produzida por um consórcio de empresas russas e localizadas em território nacional.
A utilização do Angara também eleva consideravelmente o índice de sustentabilidade dos lançamentos: enquanto o Próton utiliza combustível prejudicial ao meio ambiente UDMH, a combinação querosene-oxigênio utilizada pelo Angara é menos tóxica.
Apelo comercial
O membro-correspondente da Academia Russa de Cosmonáutica Tsiolkovski, Andrêi Ionin, acredita que, em paralelo à criação da família Angara, que não será explorada comercialmente, a Rússia precisa iniciar a criação de um foguete pesado mais barato.
“O Angara no cosmódromo de Plesetsk não tem futuro comercial, é importante que se entenda isso. Sua tarefa é levar à órbita satélites federais, criados por conta do orçamento”, diz o especialista.
Segundo ele, o país precisa passar gradualmente à criação de veículos de lançamento pesados, porém baratos, a exemplo da empresa privada americana SpaceX, que já produz foguetes por cerca de 70 milhões de dólares.
“Para não perder o mercado de lançamentos comerciais, é necessário continuar a exploração dos Prótons, que custam cerca de 100 milhões por lançamento, e começar a desenvolver um foguete no valor aproximado de 50 milhões de dólares por lançamento, para não cedermos este segmento por completo à SpaceX no futuro”, acrescenta Ionin.
No entanto, o primeiro lançamento bem sucedido do Angara não é de pouca importância para o Ministério da Defesa, segundo o acadêmico da Academia Russa de Cosmonáutica Tsiolkovski, Igor Marinin.
“O Angara permite que, de Plesetsk, se leve carga à órbita geoestacionária, o que é muito importante não só para lançamentos comerciais de satélites de comunicação, mas também para o Ministério da Defesa, pois, agora, graças ao fato de que de Plesetsk serão lançados foguetes pesados, nós nos desvinculamos da dependência de lançamentos do interesse do Ministério da Defesa de outro estado", explica Marinin.oi adiado mais uma vez.
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