quarta-feira, 5 de março de 2014

- Forças Armadas da Rússia


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Entenda as razões da Rússia para a crise na Ucrânia

O presidente americano, Barack Obama, fez uma proposta dar fim à crise, segundo informações de oficiais da Casa Branca. Ele pediu aos russos para que suas tropas na Crimeia retornem às bases no mar Negro.Em troca, seria criada uma missão internacional de monitoramento para proteger os direitos de grupos étnicos russos na região.
A proposta foi discutida por Obama com a chanceler Angela Merkel em um telefonema na terça-feira. Até o momento, o Kremlin não comentou publicamente a oferta de Obama.
A proposta foi feita em antecipação ao encontro em Paris, na França, entre o secretário de Estado americano, John Kerry, e o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.
Kerry já havia descrito a intervenção russa como "um ato descarado de agressão em violação da lei internacional, em violação da Carta das Nações Unidas".
Em coletiva na terça-feira, ele acusou Moscou de esconder suas verdadeiras intenções na Ucrânia por meio de "intimidação e falsidade".
A Rússia, por sua vez, afirma que quer proteger os direitos humanos dos cidadãos russos na Ucrânia.
Mas, qual a justificativa para enviar tropas para a região da Crimeia? Entenda:

Qual o interesse russo na Crimeia?

A Rússia tem uma ligação histórica com a península desde a época de Catarina a Grande, no século 18, quando os russos conquistaram o sul da Ucrânia e a Crimeia, tomando a região do Império Otomano. Em 1954, a Crimeia foi presenteada à Ucrânia pelo líder soviético Nikita Khrushchev, de origem ucraniana.
Apenas dez anos antes, Joseph Stálin tinha deportado toda a população tártara da Crimeia, cerca de 300 mil pessoas, sob a acusação de cooperação com a Alemanha de Hitler.
Quando a Ucrânia conquistou a independência, em 1991, o presidente russo Boris Yéltsin aceitou que a Crimeia continuasse parte da Ucrânia, com a frota russa do Mar Negro permanecendo em Sevastopol, alugando instalações do governo ucraniano.

Há base legal para as ações da Rússia?

De acordo com o Memorando de Budapeste, de 1994, EUA, Rússia, Ucrânia e a Grã-Bretanha concordaram em não ameaçar ou usar força contra a integridade territorial ou independência política da Ucrânia, ou pressionar o país economicamente.
A Rússia, no entanto, afirma que o envio de soldados à Ucrânia visa a proteção dos cidadãos russos.
Existe uma maioria étnica russa na república autônoma da Crimeia. A frota russa no Mar Negro está em Sevastopol, cidade onde a maior parte da população tem passaporte russo.
Mas os Estados Unidos insistem que não há base legal para o envio de soldados e acusa o governo russo de violar seu compromisso com a soberania ucraniana. O resto do G7, grupo formado pelas maiores economias do mundo, concorda com os EUA.
Segundo os termos do acordo com a Ucrânia, a Rússia pode manter 25 mil soldados na península. Atualmente o país conta com 16 mil na região.

Qual é a resposta da Rússia às acusações?

Inicialmente, a Rússia negou desrespeito ao Memorando de Budapeste. Mas o governo agora afirma que a situação na Ucrânia está piorando depois que o que eles chamam de "extremistas radicais" tomaram o poder no país. Segundo os russos, isso ameaça as vidas e a segurança dos moradores da Crimeia e de outras regiões no sudeste do país.
Os russos também afirmam que o novo governo ucraniano está "pisoteando" o acordo de 21 de fevereiro assinado pelo presidente deposto Viktor Yanukovych.
Quando Yanukovych fugiu de Kiev, a oposição tomou o poder. Mas, no começo daquela semana, para tentar diminuir a tensão durante a crise, os dois lados haviam chegado a um acordo para restaurar a Constituição aprovada em 2004 e reduzir os poderes do presidente.
O acordo foi assinado por Yanukovych, líderes de oposição e três chanceleres da União Europeia.
Mas os desdobramentos em Kiev fizeram com que o acordo ficasse rapidamente obsoleto. E ele não foi assinado pela autoridade russa presente naquele momento.Para os nacionalistas, Stepan Bandera é um herói da independência mas, para os russos, ele é um fascista

Moscou afirma com frequência que os protestos na Praça da Independência, em Kiev, foram tomados pela extrema direita do país, que desde então aproveitou para tomar o poder em um novo governo que inclui "nazistas mal disfarçados".
Dois grupos, o Setor Direito e o Svoboda (Liberdade), são citados frequentemente e há referências regulares ao nacionalista dos tempos da Segunda Guerra Stepan Bandera, visto como um herói para alguns mas acusado por outros de ser um colaborador nazista.
A extrema direita era minoria nos protestos, que conseguiram apoio em vários setores da sociedade. No entanto, direitistas se envolveram em confrontos violentos e símbolos nacionalistas eram vistos com frequência na praça.
O partido nacionalista Svoboda tem quatro cargos no governo. Oleksandr Sych é o vice-primeiro-ministro e Oleh Makhnitsky é o procurador-geral interino. O partido também lidera as pastas da agricultura e ecologia, mas o líder, que foi acusado de antissemitismo, não faz parte do governo.

O novo governo é contra a Rússia?

Parte do problema é que o governo que assumiu na semana passada tem pouca ligação com o leste da Ucrânia, onde os russos predominam.
Uma de suas primeiras ações foi revogar uma lei de 2012 que reconhecia o russo como uma língua regional oficial. A decisão foi criticada em toda a Ucrânia.

Cidadãos russos correm perigo na Crimeia?

Na semana passada, ocorreram distúrbios na capital da Crimeia, Simferopol, quando manifestantes pró-Rússia e grupos que apoiam os novos líderes ucranianos entraram em confronto diante do Parlamento.
Depois de virem à tona informações de que soldados russos estavam ocupando a Crimeia, Moscou acusou o governo ucraniano que enviar homens armados para desestabilizar a península. Mas a península da Crimeia já estava nas mãos dos russos.

A situação da Crimeia abre precedente para outras cidades ucranianas?

As circunstâncias nas cidades do leste, como Donetsk e Kharkiv, podem ser comparadas à situação na Crimeia. Houve protestos a favor dos russos nas duas cidades, onde o idioma predominante é o russo.
Correspondentes descreveram como os manifestantes de Donetsk gritavam "Putin, venha".

Existe uma 'crise humanitária'?

Há informações não confirmadas na imprensa russa de que 675 mil ucranianos já cruzaram a fronteira e entraram na Rússia desde o começo do ano.
Mas um canal de televisão russo fez uma reportagem mostrando o que chamou de "catástrofe humanitária" usando imagens de poloneses cruzando a fronteira, algo não relacionado com a crise.
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terça-feira, 4 de março de 2014

O Poder do Exército Russo


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Marinha da Rússia vai receber três novas corvetas mísseis até o final de 2015,

RIA Novosti) - A Marinha da Rússia vai receber três novas corvetas mísseis até o final de 2015, comandante da Marinha almirante Viktor Chirkov nesta quarta-feira.
"A Marinha está esperando a corveta Veliky Ustyug este ano e mais dois navios de guerra da mesma classe em 2015", disse Chirkov.
O Ministério da Defesa ordenou um total de nove Projeto 21631 (Buyan-M) corvetas para a Marinha, com pelo menos seis navios a serem atribuídos à Flotilha Cáspio.
As duas primeiras corvetas Buyan-M, o Grad Sviyazhsk eo Uglich, entrou em serviço com a flotilha, no início deste ano, disse Chirkov.
O estaleiro Zelenodolsk, com base na república da Rússia Tartaristão, começou a construção do sexto corveta da série, o Vyshny Volochek, em agosto do ano passado.
Uma corveta Buyan-M tem um deslocamento de 949 toneladas e uma velocidade máxima de 25 nós. Ele está armado com Kalibr (SS-N-27) mísseis anti-navio, de 100 mm e 30 mm de armas, bem como Igla-1M mísseis de defesa aérea.
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EB – ADQUIRE O MÍSSIL SAAB RBS 70 MKII

Nelson Düring
Editor-Chefe DefesaNet

Exécito Brasileiro deu o sinal liberando a  SAAB Dynamics de comunicar a  assinatura do contrato de venda do  sistema de míssil  MANPADS RBS 70 VSHORAD ( Sistema de Defesa Aaérea de  Curto Alcance - Very Short Range Air Defence System). O contrato alcança um valor de aproximadamente  U$D 12,5 milhões de Dóilares, incluindo os mísseis, lançadores de mísseis e os equipamentos associados como os sistemas de treinamento.

Os leitores de DefesaNet tiveram o privilégio de ter a notícia em primeira mão quando noticiamos a Reunião de Comando da 1ª Brigada de Artilharia Antiaérea (Ver matéria Link).

 
O Contrato
 
A negociação entre o Exército Brasileiro e a SAAB Dynamics teve como pano de Fundo o então chamado Sistema Integrado de Artilharia Antiaérea do Exército Brasileiro (SIAAEB) posteriormente formatado no Projeto Estratégico do Exército - Defesa Antiaérea (PEEDAAe).

Era prevista para a Artilharia Antiaérea (AAe) de baixa altitude, até 3.000 metros um sistema integrado de mísseis e artilharia de tubo. Os mísseis dividiam-se em dois tipos guiados e não guiados.

Para o sistema de Baixa Altura Telecomandado foi escolhido o sistema sueco RBS 70 e para não guiado o russo IGLA.

A compra do RBS (Robotik System) 70 Mark II pelo Exército Brasileiro equivale à aquisição do Modelo Geração 3 Plus(+). A empresa SAAB Dynamics o chamou de RBS 70 MkII

O Míssil está baseado na 3ª Geração do RBS 70, produzidos entre 1990 e 2004, porém inclui upgrades, que também estão na última geração (5ª), o RBS NG.

Um dos detalhes é o visor termal BORC, que equipa o RBS70 NG, a única diferença é que no NG ele está incorporado ao dispositivo de disparo enquanto no RBR 70 MkII está montado de forma modular ao dispositivo de disparo.

O míssil também é aperfeiçoado. Incluso o sistema pode disparar o míssil de última geração, o BOLIDE.

O valor do contrato U$D 12,5 milhões de dólares inclui várias contrapartidas comerciais (Off Set), que excedem o valor da aquisição. Há vários itens oferecidos:

 
- Tecnologia de simuladores;
- Cursos de Manutenção;
- Visor Termal COND, entre outros.
 
A lista final dos itens das contrapartidas ainda serão definidos entre o Exército Brasileiro e a SAAB Dynamics. Nem o Exército Brasileiro definiu quais serão os interlocutores industriais da SAAB Dynamics.

O acordo compreende um número não revelado de lançadores portáteis de:  mísseis tipo RBS 70 Mk II, simuladores, 6 equipamentos de visão noturna , um conjunto de teste , ferramentas de manutenção , peças de reposição , equipamentos associados , e treinamento para operadores e mantenedores da arma. Nove militares do Exército já estão em treinamento na Suécia.

Embora o foco primeiro sejam os grandes eventos, tais  como: a  Copa do Mundo 2014 e as Olimpíadas 2016   Os sistemas tem o uso final no  programa PROTEGER  (Sistema Integrado de Proteção de Estruturas Estratégicas Terrestres), do Exército Brasileiro.

Par a Copa do Mundo, fonte consultada por DefesaNet,  informou que o número a ser recebido será o suficiente para atender, conforme as necessidades estratégicas, as 12 sedes dos jogos.

O Sistema RBS 70 MkII

O  RBS 70 (Robotik System 70), foi adquirido por 19 países localizados em todos os cinco continentes, com mais de 1.600 sistemas  RBS 70, incluindo mais de 17.000 mísseis vendidos. Capacidades únicas do sistema, confiabilidade e  muito baixo custo do ciclo de vida são muito apreciados por todos os usuários em diferentes países..

Com um sistema de guia por feixe de raios laser o  RBS 70 MkII pode ser aplicado a múltiplas configurações de sistemas que variam desde o clássico sistema MANPADS (Sistema de Defesa Aérea Portátil), para uso por infantaria, como  integrado em veículos ou sistema de defesa aérea local baseado em um radar de alerta como o BRADAR SABER 60  com o  Centro de Operações de Artilharia Antiaérea (COAAe), bem como sistemas de defesa aérea de navios integrados operando remotamente.

As várias configurações de sistema tornam o RBS 70 MkII altamente adequado para a proteção de defesa aérea estática de infraestrutura importantes , proteção de unidades móveis ou para a proteção de eventos. Sua operação telecomandada e a opção de autodestruição o tornam compatível para operação em áreas urbanizadas.
 
Características
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O RBS 70 foi desenvolvido como um completo sistema de mísseis, com o potencial de ser integrado na maioria dos veículos sobre rodas ou sobre lagartas.

O RBS 70 é superior a outros mísseis portáteis de defesa de aérea competidores, devido à sua capacidade de engajar todos os tipos de alvo, longo alcance de interceptação, superior a 7km, e cobertura de altitude desde o solo a mais de 4.000m.

O exclusivo guiamento  por feixe de laser permite utilização em qualquer ambiente, sem qualquer interferência (jamming) sobre o guiamento do míssil.

A Espoleta pode funcionar tanto por impacto como proximidade e também emprega raios laser,o que a torna imune a contramedidas.

A 3ª geração Plus  do sistema RBS 70 tem transmissores laser não resfriados, minimizando tanto o tempo de reação, quanto o suporte logístico. O sistema de nova geração incorpora:

- míssil para qualquer alvo Aéreo;
- imageador térmico de encaixe BORC;
- integração para operar com alertas antecipados;
- interrogador IFF digital;
- Sistema de guia com acuracidade aperfeiçoada;
- simulador de treinamento baseado em PC, e,
- fonte externa de energia para treinamento.
 
Características:

- Guiagem míssil por feixe Laser
- Alcance efetivo  250 – 7.000 m
- Altitude:  0 – 4.000 m
- Preparação para o combate: 30 segundos
- Recarga menos de 6 segundos (MANPADS)
- Velocidade Máx Mach 2 (similar a do Bolide)
- Aceleração p/ Velocidade Máx 4 segundos
O Míssil
O míssil tem característica dual, tanto pode ser empregado contra alvos aéreos como terrestres, sendo efetivo contra todos os Armoured Personnel Carriers( APCs) atuais: M2/3 Bradley, Marder, BMP, Patria, Piranha, etc.

A vida útil do Míssil adquirido é de 15 anos.

Alcança Mach 2 (cerca de 2.400 km/h), em 4 segundos.
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