sábado, 5 de outubro de 2013

PRIMEIRO MICROSSATÉLITE BRASILEIRO PARA APLICAÇÕES MILITARES TEM PREVISÃO DE LANÇAMENTO PARA 2015

A empresa AEL Sistemas exibiu nesta sexta-feira, em Porto Alegre, o modelo do primeiro microssatélite brasileiro para aplicações militares, o MMM-1, previsto para ser enviado a órbita em dezembro de 2015, a partir da base de lançamento de Alcântara (MA). Pesando menos de 10 kg e com 30 cm de altura, o microssatélite poderá ser usado para fins de comunicação e monitoramento (sensoriamento remoto), entre outras missões. Como o Brasil hoje não produz satélites, depende de outros países para suprir a demanda nacional por esse tipo de tecnologia.
Por ser menor e mais leve, o equipamento é também mais barato, permitindo que o país incorpore essa tecnologia em maior escala. O investimento inicial no projeto é de R$ 43 milhões, e parte dos recursos virá da Finep - Agência Brasileira da Inovação.
A apresentação da maquete foi feita durante a Mostra de Equipamentos Espaciais e de Defesa, marcando também a inauguração do Centro de Desenvolvimento e Industrialização de Equipamentos Aeroespaciais da AEL, um espaço de 7,5 mil m². O novo centro deve fortalecer o projeto do Polo Espacial Gaúcho, fruto de parceria com o governo do Estado do Rio Grande do Sul, universidades, institutos e empresas locais. Estiveram presentes na inauguração o governador Tarso Genro e o prefeito de Porto Alegre em exercício, Sebastião Melo.
- Queremos que o Estado seja um polo espacial e de modernização tecnológica para o segmento de defesa. Esse tipo de projeto fortalece a soberania nacional - afirmou o governador. - Esta parceria nos ajudará a colocar o Rio Grande do Sul na vanguarda tecnológica do Brasil e do mundo - acrescentou Tarso.
No evento, o presidente da Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI), Ivan De Pellegrin, destacou as oportunidades que irão surgir a partir da criação do Polo Espacial Gaúcho.
- As mudanças ocorridas na estratégia nacional de defesa e os expressivos recursos disponíveis criam oportunidades de desenvolvimento para o Rio Grande do Sul - ressaltou.
Segundo o vice-presidente de Operações da AEL, Vitor Neves, a empresa terá "capacidade de produzir aviônicos e desenvolver sistemas de defesa inéditos no Brasil, caso dos sistemas de guerra eletrônica, veículos aéreos não-tripulados, tecnologia eletro-óptica, além de sistemas de guiagem de armamento e sistemas espaciais".
O presidente da Elbit Systems (grupo israelense do qual a AEL faz parte), Bezhalel Machlis, observou que "o Brasil é um dos mercados mais importantes e estratégicos" do mundo.
- Nos últimos 12 meses, a Elbit investiu dezenas de milhões de dólares no desenvolvimento e ampliação da capacidade tecnológica da AEL e na qualificação da equipe técnica - disse, acrescentando que o espaço inaugurado hoje deve se tornar "centro de excelência mundial".
Além do microssatélite, fizeram parte da mostra aviões não-tripulados (VANTs), o blindado Guarani, subsistemas espaciais e a tecnologia de propulsão MEMS.
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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Chefe estaleiro a ser demitido após incêndio Submarine

(RIA Novosti) - O diretor de um estaleiro do Extremo Oriente, onde um submarino nuclear pegou fogo recentementedurante as operações de manutenção, perderá seu cargo na próxima semana.
Vice-premiê russo Dmitry Rogozin, que está no comando do setor de defesa, informou nesta sexta-feira que "deu instruções" para aliviar o diretor do estaleiro Zvezda, Vladimir Averin, das suas funções.
"As instruções devem ser cumpridas na segunda-feira", disse ele.
Em 16 de setembro, isolamento de borracha e tinta velha dentro da K-150 principais tanques de lastro de Tomsk submarino de propulsão nuclear começou a queimar durante a operação de soldagem, enchendo os compartimentos dentro de fumaça.O Ministério da Defesa disse mais tarde que não havia fogo aberto no submarino e que 15 militares sofreram inalação de fumaça.Esta não é a primeira vez que um submarino russo pega fogo durante os trabalhos de manutenção. Em 2011, um incêndio também inutilizada a K-84 Ekaterinburg submarino nuclear russo, que permanece em reparo.
O submarino estava sendo reparado em doca seca no estaleiro Roslyakovo fora da cidade norte-ocidental de Murmansk quando andaimes de madeira ao lado dele pegou fogo e as chamas se espalharam para o ofício em 29 de dezembro de 2011. Ninguém foi morto no incêndio que se alastrou por horas.
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Rússia despreparados para lidar com espaço Alien Invasion - Oficial

RIA Novosti) - Uma autoridade militar espacial russo admitiu quarta-feira que o país será incapaz de agir Terra deve se tornar alvo de uma incursão interplanetário.
Sergei Berezhnoy, um assessor do chefe da Titov Espaço Control Center, disse que as autoridades de defesa aeroespaciais russos não foram incumbidos de preparar-se para a eventualidade de um ataque alienígena.
"Há problemas suficientes na Terra e no espaço próximo à Terra", Berezhnoy disse em resposta à pergunta de um repórter.
Potências espaciais do planeta são, em qualquer caso limitada em seu âmbito de ação para a criação de capacidades militares para além de limites da Terra. Sob os termos do Tratado do Espaço Exterior 1976, para a qual a Rússia é signatária, os estados não podem colocar armas de destruição em massa em órbita, embora as armas convencionais são permitidos.
O Titov Espaço Control Center, que é executado pelas Forças de Defesa Aeroespacial Russa, é a facilidade de controle do país primário militar e comercial por satélite.
A unidade opera atualmente cerca de 80 por cento da espaçonave orbital russa.
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terça-feira, 1 de outubro de 2013

Vazamento de complô da Al-Qaeda prejudicou inteligência

ERIC SCHMITT & MICHAEL SCHMIDT, THE NEW YORK TIMES - O Estado de S.Paulo
O impacto da divulgação de um complô terrorista da Al-Qaeda em agosto causou mais danos aos esforços americanos de contraterrorismo do que os milhares de documentos revelados por Edward Snowden, o ex-agente da Agência de Segurança Nacional (NSA).
Desde que foi revelada a informação de que os EUA interceptaram mensagens entre Ayman al-Zawahiri, sucessor de Osama bin Laden na chefia da Al-Qaeda, e Nasser al-Wuhasyshi, chefe da Al-Qaeda na Península Arábica, sobre um ataque iminente, analistas detectaram uma queda no uso por terroristas de um importante canal de comunicações que as autoridades monitoravam.
Desde agosto, os EUA buscam novas maneiras de monitorar as mensagens eletrônicas e conversas de líderes da Al-Qaeda. "As chaves não foram desligadas, mas houve um decréscimo na qualidade das comunicações", disse uma autoridade americana, que pediu anonimato.
A queda no tráfego de mensagens é diferente do que ocorreu após as revelações de Snowden, quando os terroristas, em vez de se afastarem das comunicações eletrônicas, começaram a falar sobre as informações que o ex-agente da CIA revelou.
Autoridades americanas dizem que as revelações de Snowden tiveram um impacto mais amplo na segurança nacional, incluindo os esforços de contraterrorismo. Isso inclui temores de que Rússia e China agora possuem detalhes sobre os programas de vigilância da NSA. Laços diplomáticos foram prejudicados, entre eles com o Brasil.
As comunicações entre Zawahiri e Wuhayshi foram consideradas os planos mais sérios contra os interesses americanos desde os ataques de 11 de setembro de 2001. Elas provocaram o fechamento de 19 embaixadas e consulados dos EUA por uma semana, até que a inteligência soubesse que o plano tinha por alvo a embaixada no Iêmen.
"Em resposta aos vazamentos de Snowden, a Al-Qaeda e grupos filiados tentaram mudar de tática, buscando aprender com o que está na imprensa e mudando a maneira de se comunicar", disse Matthew Olsen, diretor do Centro Nacional de Contraterrorismo.
Agentes americanos dizem que a revelação sobre o complô da Al-Qaeda teve um impacto significativo porque foi um evento específico que indicou para os terroristas que uma importante rede de comunicações vinham sendo monitorada. O declínio nas mensagens se deu entre agentes da Al-Qaeda no Iêmen. Já as revelações de Snowden não tiveram tamanha especificidade sobre redes de comunicações terroristas que o governo monitora.
"Era uma coisa imediata, direta e envolvia pessoas específicas em comunicações específicas sobre eventos específicos", disse uma autoridade americana sobre a conversa entre líderes da Al-Qaeda. "O material de Snowden tem muitas camadas e levará tempo para compreendê-lo. Não houve uma queda súbita de comunicações a partir dele. Muitos acham que não são impactados por ele e é uma coisa difícil de eles compreenderem."
Outros agentes de contraterrorismo discordam, dizendo que é difícil, se não impossível, separar o impacto das mensagens entre líderes da Al-Qaeda das revelações totais de Snowden. O declínio é, provavelmente, uma combinação das duas coisas. "Os bandidos não vão conversar eletronicamente sobre planos operacionais", disse um agente de contraterrorismo. Além disso, segundo ele, poderia levar meses ou anos para avaliar por completo o impacto das revelações de Snowden.
Na última década, a NSA investiu bilhões de dólares numa campanha clandestina para preservar sua capacidade de espionar conversas. A agência contornou ou decifrou boa parte da criptografia que protege sistemas comerciais e financeiros globais, segundo documentos divulgados por Snowden. O maior temor do governo é que, nos próximos meses, o nível de comunicações interceptadas continue a cair à medida que os terroristas encontrem novas maneiras de se comunicar. Certamente, levará algum tempo para descobrir os novos métodos e monitorá-los.
Uma maneira pela qual os terroristas poderão tentar se comunicar é por meio de mensageiros, que carregariam anotações em papel e pen drives. Se isso ocorrer, eles terão muita dificuldade em se comunicar, pois mensageiros demoram para transportar mensagens.
"O problema da Al-Qaeda é que ela não pode funcionar sem telefones celulares", disse um ex-funcionário de alto escalão dos EUA. "Eles sabem que nós os escutamos, mas os usam mesmo assim. Não se pode tocar uma organização sofisticada sem comunicações. Eles sabem disto, mas, para operar, precisam fazê-lo." / TRADUÇÃO DE CELSO PACIORNIK   *SÃO JORNALISTAS 
SNB

sábado, 28 de setembro de 2013

Gepard 1A2


SNB

OPERAÇÃO DO EXÉRCITO NA FRONTEIRA DO AMAPÁ MOBILIZA MILITARES


Abinoan Santiago
O 34º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) do Exército Brasileiro no Amapá iniciou na terça-feira (24) uma mega operação na fronteira do Amapá com a Guiana Francesa, em Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá. Batizada de 'Curare', a ação mobilizou 550 militares, helicópteros, embarcações e viaturas para combater crimes de fronteira.
De acordo com o sub-comandante do 34º BIS, tenente-coronel Ricardo Quadros, a operação tem o apoio de órgãos como a Agência Brasileira de Inteligência, Polícia Federal, Força Nacional de Segurança, Polícia Rodoviária e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Receitas Federal e Estadual, e ICMBio
"O Exército apoia a logística da operação para prover a segurança de todos esses órgãos para que tenham maior oportunidade de ampliar a sua forma de atuação na fronteira. Esse apoio é com alojamento, alimentação, e segurança", explicou Quadros. "O planejamento da execução de todas as atuações parte do Exército", acrescentou.

operação iniciou na terça-feira e continua no mês de outubro de 2013, no combate aos crimes de fronteiras. "A nossa preocupação é combater os crimes ambientais, tráfico de pessoas, garimpo clandestino e desrespeito aos limites de fronteira", pontuou o tenente-coronel do Exército, referindo-se às infrações mais comuns na região fronteiriça.
De acordo com Quadros, além de combater os crimes, a operação 'Curare' leva serviços sociais às comunidades. "Também estamos com serviços de odontologia, médico e farmacêutico", destacou.
O Exército Brasileiro não divulgou o balanço parcial dos dois primeiros dias da operação 'Curare' para não causar possíveis problemas no curso da operação em Oiapoque. "Vamos falar sobre o que apreendemos somente no término dela, que ainda não tem data definida em outubro", frisou Quadros.
 SNB

EXÉRCITO VAI REFORÇAR INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIAS DE DEFESA NO BRASIL

Uma das razões para o investimento é a defesa estratégica dos recursos naturais do país. Cerca de 1,2 bilhão de reais serão aplicados na próxima década para criar polo de produção de pesquisa tecnológica.
O Exército brasileiro quer investir em pesquisa, especialmente no desenvolvimento de novas tecnologias de defesa. Até 2025, cerca de 1,2 bilhão de reais vão construir o Polo de Ciência e Tecnologia do Exército em Guaratiba (Pcteg), Rio de Janeiro. Uma das razões para o investimento é a defesa estratégica dos recursos naturais do país.
O general Sinclair Mayer, Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, destaca que o espaço não vai servir apenas para a formação e pesquisa militar. Assim como ocorre na Escola Superior de Guerra, por exemplo, civis poderão estudar e pesquisar no complexo. "Temos hoje poucos peritos na área de defesa e temos o interesse de formar mais gente", adianta Mayer.
Os benefícios da pesquisa militar se aplicariam a outros campos. "Não se pode fazer um carro de guerra sem antes testar combustíveis", compara. Mas a preocupação com tecnologia não está restrita à produção de material bélico – também está relacionada à posição estratégica do país.
O modelo se assemelha ao usado pelo exército norte-americano, que além do desenvolvimento de armas, investe em áreas como logística, química e saúde.
Defesa de recursos
Para o pesquisador de assuntos militares da Universidade Federal de Juiz de Fora, Expedito Bastos, o Brasil precisa de investimentos na área de defesa, já que concentra recursos estratégicos privilegiados como grandes reservas minerais, petróleo e água doce. "O mundo tem por hábito buscar essas coisas quando precisa", argumenta o especialista. O general do exército reconhece a possibilidade, mas minimiza os riscos. "Existe preocupação com o futuro, mas a própria estratégia nacional de defesa prevê isso", afirma.
Para Bastos, uma melhora na defesa brasileira ainda não seria o bastante para fazer frente ao poderio militar de grandes potências, mas ajudaria a "diminuir a ânsia de que tentassem fazer alguma coisa contra nós". Outra preocupação é a situação fronteiriça, uma vez que alianças importantes de países vizinhos poderiam oferecer riscos ao Brasil.
Conhecimento centralizado
Os planos do Pcteg são de concentrar órgãos já existentes, como o Instituto Militar de Engenharia (IME) e outros braços técnicos, em um mesmo espaço, no estado do Rio de Janeiro, que já conta com cerca de 20% de toda a estrutura planejada.
O Exército tem parceiros no governo, mas planeja garantir o dinheiro por meio de parcerias público-privadas (PPPs). O primeiro investidor é o Ministério da Educação. O órgão não confirma o montante, mas diz que o investimento vai triplicar o número de vagas do IME.
A concepção do projeto é da década de 1980, quando a área militar de 25 quilômetros quadrados recebeu as primeiras instalações. Por lá já funcionam o Centro Tecnológico e o Centro de Avaliações do Exército. Além do IME, o espaço deve receber ainda o Instituto Militar de Tecnologia (IMT), o Centro de Avaliações do Exército (CAEx), o Centro de Desenvolvimento Industrial (CDI), a Agência de Gestão da Inovação (AGI), o Instituto de Pesquisa Tecnológica Avançada (IPTA), uma Incubadora de Empresas de Defesa (IED), o Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro (AGR), uma base administrativa e um batalhão de comando.
Conhecimento desperdiçado
Apesar de aprovar a iniciativa do Exército de investir em tecnologia, o estudioso de assuntos militares não acredita em uma mudança da situação. Ele cita que o Brasil passou por ciclos de investimento e sucateamento dessa força. Em cada uma dessas oportunidades, a descontinuação das pesquisas provocou a perda do conhecimento gerado e anos de trabalho foram perdidos, aponta Bastos. A culpa disso seria o planejamento em curto prazo – a visão para um governo ou dois – e não a montagem de uma estratégia mantida a longo dos anos.
Outra crítica de Bastos é quanto às parcerias internacionais, que trazem tecnologia externa, mas não fazem a transferência do conhecimento prevista nos contratos. Para ele, essa tentativa de troca é inválida se as duas partes não estiverem no mesmo patamar de desenvolvimento. Em casos assim, uma das partes vai ser meramente usuária do recurso. "É o que está acontecendo conosco", avalia.
Para o especialista, a virada depende não apenas de investimentos militares, mas da solução de problemas básicos do país, com educação de qualidade desde a base. Além disso, ele vê com ceticismo a garantia de recursos para a conclusão do projeto, uma vez que o Ministério da Defesa costuma ser penalizado em cada ajuste do orçamento da União. Este ano, a pasta foi a que mais perdeu no ajuste de contas. Dos 18,7 bilhões de reais inicialmente previstos, foram mantidos 14,2 bilhões no orçamento deste ano, incluindo a folha de pagamentos, previdência e a própria manutenção das estruturas já existentes.
 SNB