sábado, 28 de setembro de 2013

OPERAÇÃO DO EXÉRCITO NA FRONTEIRA DO AMAPÁ MOBILIZA MILITARES


Abinoan Santiago
O 34º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) do Exército Brasileiro no Amapá iniciou na terça-feira (24) uma mega operação na fronteira do Amapá com a Guiana Francesa, em Oiapoque, a 590 quilômetros de Macapá. Batizada de 'Curare', a ação mobilizou 550 militares, helicópteros, embarcações e viaturas para combater crimes de fronteira.
De acordo com o sub-comandante do 34º BIS, tenente-coronel Ricardo Quadros, a operação tem o apoio de órgãos como a Agência Brasileira de Inteligência, Polícia Federal, Força Nacional de Segurança, Polícia Rodoviária e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama), Receitas Federal e Estadual, e ICMBio
"O Exército apoia a logística da operação para prover a segurança de todos esses órgãos para que tenham maior oportunidade de ampliar a sua forma de atuação na fronteira. Esse apoio é com alojamento, alimentação, e segurança", explicou Quadros. "O planejamento da execução de todas as atuações parte do Exército", acrescentou.

operação iniciou na terça-feira e continua no mês de outubro de 2013, no combate aos crimes de fronteiras. "A nossa preocupação é combater os crimes ambientais, tráfico de pessoas, garimpo clandestino e desrespeito aos limites de fronteira", pontuou o tenente-coronel do Exército, referindo-se às infrações mais comuns na região fronteiriça.
De acordo com Quadros, além de combater os crimes, a operação 'Curare' leva serviços sociais às comunidades. "Também estamos com serviços de odontologia, médico e farmacêutico", destacou.
O Exército Brasileiro não divulgou o balanço parcial dos dois primeiros dias da operação 'Curare' para não causar possíveis problemas no curso da operação em Oiapoque. "Vamos falar sobre o que apreendemos somente no término dela, que ainda não tem data definida em outubro", frisou Quadros.
 SNB

EXÉRCITO VAI REFORÇAR INVESTIMENTOS EM TECNOLOGIAS DE DEFESA NO BRASIL

Uma das razões para o investimento é a defesa estratégica dos recursos naturais do país. Cerca de 1,2 bilhão de reais serão aplicados na próxima década para criar polo de produção de pesquisa tecnológica.
O Exército brasileiro quer investir em pesquisa, especialmente no desenvolvimento de novas tecnologias de defesa. Até 2025, cerca de 1,2 bilhão de reais vão construir o Polo de Ciência e Tecnologia do Exército em Guaratiba (Pcteg), Rio de Janeiro. Uma das razões para o investimento é a defesa estratégica dos recursos naturais do país.
O general Sinclair Mayer, Chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, destaca que o espaço não vai servir apenas para a formação e pesquisa militar. Assim como ocorre na Escola Superior de Guerra, por exemplo, civis poderão estudar e pesquisar no complexo. "Temos hoje poucos peritos na área de defesa e temos o interesse de formar mais gente", adianta Mayer.
Os benefícios da pesquisa militar se aplicariam a outros campos. "Não se pode fazer um carro de guerra sem antes testar combustíveis", compara. Mas a preocupação com tecnologia não está restrita à produção de material bélico – também está relacionada à posição estratégica do país.
O modelo se assemelha ao usado pelo exército norte-americano, que além do desenvolvimento de armas, investe em áreas como logística, química e saúde.
Defesa de recursos
Para o pesquisador de assuntos militares da Universidade Federal de Juiz de Fora, Expedito Bastos, o Brasil precisa de investimentos na área de defesa, já que concentra recursos estratégicos privilegiados como grandes reservas minerais, petróleo e água doce. "O mundo tem por hábito buscar essas coisas quando precisa", argumenta o especialista. O general do exército reconhece a possibilidade, mas minimiza os riscos. "Existe preocupação com o futuro, mas a própria estratégia nacional de defesa prevê isso", afirma.
Para Bastos, uma melhora na defesa brasileira ainda não seria o bastante para fazer frente ao poderio militar de grandes potências, mas ajudaria a "diminuir a ânsia de que tentassem fazer alguma coisa contra nós". Outra preocupação é a situação fronteiriça, uma vez que alianças importantes de países vizinhos poderiam oferecer riscos ao Brasil.
Conhecimento centralizado
Os planos do Pcteg são de concentrar órgãos já existentes, como o Instituto Militar de Engenharia (IME) e outros braços técnicos, em um mesmo espaço, no estado do Rio de Janeiro, que já conta com cerca de 20% de toda a estrutura planejada.
O Exército tem parceiros no governo, mas planeja garantir o dinheiro por meio de parcerias público-privadas (PPPs). O primeiro investidor é o Ministério da Educação. O órgão não confirma o montante, mas diz que o investimento vai triplicar o número de vagas do IME.
A concepção do projeto é da década de 1980, quando a área militar de 25 quilômetros quadrados recebeu as primeiras instalações. Por lá já funcionam o Centro Tecnológico e o Centro de Avaliações do Exército. Além do IME, o espaço deve receber ainda o Instituto Militar de Tecnologia (IMT), o Centro de Avaliações do Exército (CAEx), o Centro de Desenvolvimento Industrial (CDI), a Agência de Gestão da Inovação (AGI), o Instituto de Pesquisa Tecnológica Avançada (IPTA), uma Incubadora de Empresas de Defesa (IED), o Arsenal de Guerra do Rio de Janeiro (AGR), uma base administrativa e um batalhão de comando.
Conhecimento desperdiçado
Apesar de aprovar a iniciativa do Exército de investir em tecnologia, o estudioso de assuntos militares não acredita em uma mudança da situação. Ele cita que o Brasil passou por ciclos de investimento e sucateamento dessa força. Em cada uma dessas oportunidades, a descontinuação das pesquisas provocou a perda do conhecimento gerado e anos de trabalho foram perdidos, aponta Bastos. A culpa disso seria o planejamento em curto prazo – a visão para um governo ou dois – e não a montagem de uma estratégia mantida a longo dos anos.
Outra crítica de Bastos é quanto às parcerias internacionais, que trazem tecnologia externa, mas não fazem a transferência do conhecimento prevista nos contratos. Para ele, essa tentativa de troca é inválida se as duas partes não estiverem no mesmo patamar de desenvolvimento. Em casos assim, uma das partes vai ser meramente usuária do recurso. "É o que está acontecendo conosco", avalia.
Para o especialista, a virada depende não apenas de investimentos militares, mas da solução de problemas básicos do país, com educação de qualidade desde a base. Além disso, ele vê com ceticismo a garantia de recursos para a conclusão do projeto, uma vez que o Ministério da Defesa costuma ser penalizado em cada ajuste do orçamento da União. Este ano, a pasta foi a que mais perdeu no ajuste de contas. Dos 18,7 bilhões de reais inicialmente previstos, foram mantidos 14,2 bilhões no orçamento deste ano, incluindo a folha de pagamentos, previdência e a própria manutenção das estruturas já existentes.
 SNB

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

LAÇADOR- Profissionais de Saúde das Forças Armadas atendem no RS


As Forças Armadas realizaram, nos dias 23 e 24 de setembro, uma ação cívico-social (ACISO) na cidade de Nova Santa Rita (RS). A iniciativa fez parte da Operação Laçador, exercício simulado na Região Sul do Brasil. Veja a reportagem:
 Fonte: Agência Força Aérea ..  SNB

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Governo deve adiar decisão sobre caças da FAB para 2015

Daniel Rittner e Leandra Peres

A não ser que haja uma reviravolta no escândalo de espionagem eletrônica protagonizado pelos Estados Unidos, a presidente Dilma Rousseff está praticamente convencida a adiar para 2015 a compra de novos caças à Força Aérea Brasileira (FAB), deixando o capítulo final da novela em torno do projeto FX-2 para um eventual segundo mandato.
Segundo auxiliares diretos da presidente, a decisão já estava muito perto de ser tomada, a favor da americana Boeing. Mesmo com as manifestações de junho e com as dificuldades orçamentárias, Dilma ainda estava disposta a fechar negócio para adquirir um lote inicial de 36 caças F-18 Super Hornet, avaliado em pelo menos US$ 5 bilhões. A revelação de que ela teria sido alvo direto de espionagem pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos mudou completamente o humor de Dilma, que já confidenciou a assessores sua intenção de não assinar nenhum contrato nos próximos meses.
Nas palavras de um auxiliar, se o presidente Barack Obama "tivesse entregado uma pasta com todas as escutas e emails interceptados" de Dilma e da Petrobras, teria sido mantida a visita de Estado a Washington e ainda havia possibilidades reais de levar adiante o negócio. Apenas uma mudança radical de postura da Casa Branca seria capaz de reabrir imediatamente a última fresta para um acordo com a Boeing, mas a chance de avanços em 2014 é "zero" porque "não se anuncia compra de caças em ano eleitoral", segundo fontes do Palácio do Planalto. Com isso, a decisão fica automaticamente para 2015, em um segundo mandato da petista ou cabendo a quem lhe suceder.
O novo cenário do FX-2, no entanto, não inverte a balança para o lado dos franceses. No governo Lula, a escolha dos caças Rafale chegou a ser cantada pelo ex-presidente brasileiro, quando recebeu o colega francês Nicolas Sarkozy no país, em 2009. De lá para cá, o favoritismo da Dassault - fabricante do jato - se esvaiu, diante da proximidade cada vez maior entre Boeing e Embraer.
O Palácio do Planalto recebeu relatos de que já houve um mal-estar entre a francesa DCNS e a Marinha envolvendo a transferência de tecnologia no contrato para a construção de quatro submarinos de propulsão convencional. O contrato abrange também a parte não nuclear - como o casco - do primeiro submarino nuclear brasileiro. A percepção de problemas recentes desestimula a equipe presidencial a apostar em uma nova parceria de longo prazo com a França, com os caças, numa encomenda inicial de 36 jatos, mas que pode chegar a 124 unidades no longo prazo.
Dilma também recebeu a informação de que o governo indiano, após um acordo para adquirir até 126 caças em um período de dez anos, enfrenta dificuldades na absorção de tecnologia pela Dassault. Essa foi a primeira venda dos caças Rafale a um país estrangeiro e a experiência da Índia é acompanhada com atenção pelos assessores presidenciais.
Os caças suecos Gripen, terceira opção entre os finalistas do FX-2, são vistos no Planalto como um "projeto" e ainda não convenceram o entorno político de Dilma. Até agora, a ofensiva da fabricante Saab não foi capaz de desfazer a percepção de que sua escolha seria uma espécie de tiro no escuro, embora o próprio governo da Suécia já tenha encomendado 60 unidades do Gripen NG (New Generation) - a Suíça adquiriu outros 22 jatos. Os caças têm entrega a partir de 2018.
A Saab busca usar a seu favor o fato de que o caça ainda está em desenvolvimento. Caso Dilma se decida pelo Gripen NG, a fabricante sueca promete a produção de 80% da estrutura do avião no país. Também oferece o financiamento integral para os equipamentos, de forma a aliviar o orçamento da FAB, com o início do pagamento seis meses após a entrega da última das 36 unidades - ou seja, daqui a cerca de 15 anos.
Um dos fatores citados no governo contra uma decisão imediata é a falta de espaço fiscal para encomenda desse porte. O financiamento a longo prazo resolve uma parte do problema, ao evitar desembolso da Aeronáutica nos próximos anos, mas pode ter efeito no cálculo da dívida.
As manifestações populares de junho são apontadas por alguns observadores como mais um complicador, que ajudaram no adiamento do leilão do trem de alta velocidade Rio-São Paulo-Campinas. O Planalto, entretanto, não aponta os protestos de rua como elemento-chave na decisão de Dilma sobre os caças.
O novo adiamento cria um problema concreto para a proteção do espaço aéreo: a FAB conseguiu prolongar a vida útil dos caças Mirage 2000 C/D usados que comprou da França, em 2005, mas o ciclo operacional dos jatos termina inevitavelmente no fim deste ano. Eles serão desativados, em definitivo, e não há mais nenhum caça de interceptação disponível na frota da Aeronáutica.
Para remediar o problema, a Embraer está modernizando e adaptando caças F-5, usados tradicionalmente para defesa aérea e ataque ao solo. Eles complementam, mas não eliminam a necessidade de compra dos novos aviões, que são de múltiplo emprego e de geração superior.
Em 2005, após sepultar a primeira versão do projeto FX, o governo Lula decidiu comprar um lote de 12 Mirage usados para não ficar unicamente na dependência dos caças F-5. É esse o dilema que reaparece agora, fazendo surgir novamente especulações em torno da compra de outro lote de aviões usado, como solução "tampão" até o desfecho da concorrência.
A compra dos novos caças se transformou numa novela que já dura mais de 13 anos e atravessou governos de três presidentes diferentes. Alegando que sua prioridade de gastos era com o Fome Zero, Lula extinguiu o primeiro processo de disputa, batizado como FX. Na época, a Dassault era favorita, oferecendo os caças Mirage 2000/BR. Corriam por fora os russos da Sukhoi.
O sepultamento da primeira concorrência foi até bem vista pelos militares, diante da constatação de que surgia uma nova geração de caças. Isso permitiu, na reabertura da disputa em 2008, quando passou a ser chamada de FX-2, a apresentação de propostas com aviões mais modernos.
Dilma, assim que assumiu, desacelerou o processo de decisão e evitou dar um desfecho nos dois primeiros anos de mandato. Nos últimos anos, havia grande expectativa de que finalmente o martelo fosse batido. Em agosto, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado, o comandante da FAB, tenente-brigadeiro Juniti Saito, havia declarado que a decisão da presidente seria tomada "em curto prazo".
O ministro da Defesa, Celso Amorim, também vinha dando indicações de que a escolha final estava prestes a ser feita. Depois do anúncio, ainda há negociações até a assinatura do contrato.
VALOR ..SNB

OPERACIONAL - Militares treinam resgate na água

Se alguém um dia estiver no meio do mar precisando de socorro, certamente, a pessoa que mais vai querer encontrar é este homem da foto. Ele é o Sargento Gilson de Araújo, da Força Aérea Brasileira, e tirar gente da água é uma de suas especialidades. Nesta semana, o Sargento e mais de 200 outros militares participam do exercício Carranca 2, em Florianópolis (SC), onde treinam missões de busca e salvamento. 

"Não basta ter coragem. É preciso ter treinamento e muita técnica", diz o Sargento De Araújo. Além de saber saltar do helicóptero, nadar, conhecer os primeiros socorros e os métodos para remoção das vítimas, ele conta que também é necessário cuidar do aspecto psicológico. "Precisamos acalmar a pessoa, que muitas vezes está desesperada. Temos que conversar, saber passar tranquilidade", explica. 

No exercício Carranca 2, o treinamento ocorreu na Baía Sul, uma área de mar próxima à Base Aérea de Florianópolis. Uma equipe de avaliadores acompanhou tudo de perto, em um barco, para analisar os procedimentos e sugerir melhorias para a técnica utilizada pelos Esquadrões da Força Aérea equipados com helicópteros. A “vítima” também era um militar da FAB. Mas o treinamento não foi fácil. Antes das 8 horas da manhã, a temperatura era de 18ºC em terra. Durante o resgate, com o vento do helicóptero, o Sargento De Araújo enfrentou uma água bem mais fria.
Para fazer parte dessa equipe de "resgateiros", como são chamados, os militares precisam concluir o curso de Busca e Salvamento, ou curso SAR, da sigla em inglês Search and Rescue. Há ainda várias formações complementares, como mergulho, paraquedismo e operações especiais. Um primeiro passo para muitos dos resgateiros é a Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), onde se formam como Sargentos da Força Aérea.

Mas além do resgateiro, outro profissional também encara o salvamento como um desafio: o piloto do helicóptero. Fazer a aeronave permanecer estável a uma pequena altitude da água não é tarefa fácil. "Tudo o que passa na nossa cabeça é o nosso treinamento, que foi feito de forma intensa.", conta o Tenente Marcel Garcia. A técnica utilizada é o chamado método Kapoff, que utiliza o guincho da aeronave para fazer o resgate. 

Os dois fazem parte do Esquadrão Pelicano, baseado em Campo Grande (MS). A unidade é a única da FAB focada apenas em missões de busca e resgate.
 Fonte: Agência Força Aérea

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

OPERACIONAL - FAB treina busca de aeronave desaparecida

Um caça F-5FM com dois Oficiais da FAB cai em uma área montanhosa próxima ao litoral de Santa Catarina. Como o avião tem uma camuflagem em tons esverdeados e o próprio uniforme dos pilotos também é verde, a missão vira um desafio para os tripulantes do avião SC-105 Amazonas, acionado para a busca. Mas em menos de duas horas de voo, eles avistam um paraquedas e cumprem mais uma tarefa no exercício Carranca 2, que acontece a partir da Base Aérea de Florianópolis (SC). 

Na missão de hoje, o centro de coordenação informou como área de buscas uma região com mar, montanhas, fazendas e praia. O avião SC-105 passou a voar baixo, em um turbulento voo a aproximadamente 300 metros de altitude. A todo instante, curvas fechadas para um perfil de voo que é um verdadeiro "pente fino" na área. As montanhas também eram um desafio, com subidas e descidas a cada obstáculo no terreno.No SC-105 que cumpriu essa missão, duas poltronas se destacam na parte de trás. Nelas ficam sentados os dois observadores, militares que têm a missão de tentar avistar qualquer indício do objetivo buscado. "O segredo é muito treinamento. O Esquadrão Pelicano tem uma equipe de observadores muito boa, muito bem treinados", conta o Suboficial Eliézer Alves, um dos observadores nesta missão. Eles se revezam: o SC-105 leva duas duplas que trocam de lugar a cada 30 minutos. 

Com fones de ouvido e microfone, eles conversam a todo instante com os pilotos, que precisam manter o avião em uma altitude e velocidade adequadas para o trabalho dos observadores. É preciso ainda se preocupar com o relevo, nuvens e o clima. "É uma missão que exige muito da tripulação porque o pessoal tem que estar constantemente atento e tem o compromisso de estar observando tudo o que acontece. Ou seja, a gente não tem o privilégio de deixar que o sobrevivente passe e não seja observado", lembra o Tenente Francis Guilherme Pereira, um dos pilotos do SC-105 nessa missão de treinamento.No treinamento de hoje, o Tenente Guilherme também teve uma surpresa: foi ele quem avistou primeiro o paraquedas colocado ali pela direção do exercício. "A responsabilidade de localizar é dos observadores. Os aviadores vão tentar colocá-los na melhor posição. Mas a gente pode ajudar sim", conta. "A própria aeronave nos ajuda muito na pilotagem. É uma aeronave nova, com todos os recursos disponíveis hoje na aviação. Tudo para facilitar o trabalho da tripulação", completa.

Em um voo deste tipo, o SC-105 leva até dez militares: três pilotos, dois mecânicos, um rádio-operador e quatro observadores. A aeronave conta com poltronas e até macas para descanso daqueles que estiverem nos momentos de descanso. A autonomia máxima é de 7 horas na missão de busca.
Recebidos a partir de 2009 pelo Esquadrão Pelicano, os turbohélices SC-105 Amazonas são aviões especialmente preparados para a missão de busca. Vistos de fora, se destacam pelas duas imensas bolhas de onde os observadores conseguem enxergar todo o terreno à sua frente. Também há sistemas de comunicação por satélite fundamentais para o contato com o centro de coordenação das buscas e com helicópteros envolvidos no resgate. Para missões no mar, o SC-105 também pode lançar botes e kits de sobrevivência. 

Responsabilidade sobre 22 milhões de Km²

Baseado em Campo Grande (MS), o Esquadrão Pelicano mantêm suas aeronaves de alerta 24 horas por dia, todos os dias. E, quando a sirene toca, um avião precisa estar no ar em menos de uma hora. "A gentedecola de Campo Grande sem hora, sem data pra voltar. Então depois de horas e A missão de busca visual acontece a baixa altitudehoras de busca, depois de dias e dias de busca, às vezes Carnaval, Natal, Ano Novo... A gente encontrar um sobrevivente é motivo de muita satisfação e a certeza do dever cumprido", lembra o Suboficial Eliézer, com 32 anos de serviço na FAB, sendo 13 somente no Esquadrão Pelicano.

Para missões deste tipo, a FAB também conta com aviões P-3AM do Esquadrão Orungan, de Salvador (BA); P-95 dos Esquadrões Phoenix e Netuno, de Florianópolis (SC) e Belém (PA); e SC-130 Hércules, do 1º Grupo de Transporte de Tropa, do Rio de Janeiro (RJ). No entanto, o Pelicano é a única unidade especializada nessa missão e também conta com helicópteros H-1H.

Por força de tratados internacionais, o Brasil tem a responsabilidade de realizar missões de busca e salvamento não só sobre seu território, mas também em uma ampla região do Oceano Atlântico. Somando-se tudo, a área total é superior a 22 milhões de Km², maior que a área somada de todos os países da América Latina.

 Fonte: Agência Força Aérea...SNB

Embraer compra a Atech, empresa de inteligência e estratégia em defesa

Companhia de tecnologias em segurança faturou R$ 50 milhões no ano passado e é uma das desenvolvedoras do reator para o submarino nuclear brasileiro

Nesta terça-feira (24), a Embraer deu mais um passo em direção à consolidação no mercado de defesa e segurança. Agora, a tradicional empresa de aviação nacional é a única dona da Atech, empresa de consultoria especializada, estratégia e inteligência de segurança nacional. O valor do negócio não foi divulgado.
A empresa é uma das principais fornecedoras de tecnologia para proteção de fronteiras na região amazônica, pelo Sistema de Vigilância e Proteção da Amazônia (Sivam). Em novembro de 2012, a empresa venceu uma licitação da Marinha para participar do desenvolvimento do reator do submarino nuclear brasileiro. O contrato estava avaliado em R$ 231 milhões.
A Embraer já era dona de 50% da Atech Negócios em Tecnologias desde 2011, quando comprou metade do negócio por R$ 36 milhões. Para este ano, a empresa espera um incremento de até 60% no faturamento. Em 2012, a empresa faturou R$ 50 milhões.
IG...SNB