quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Rússia impulsiona Frota do Mediterrâneo para Evacuação de Potencial - Kremlin

RIA Novosti) - A Rússia reforçou a sua presença naval no Mar Mediterrâneo para uma possível evacuação de cidadãos russos da Síria, o chefe do Kremlin de funcionários nesta quinta-feira.
Perguntado por que a Rússia está aumentando sua força-tarefa na região, Sergei Ivanov, disse: "Acima de tudo, dada a presença ali de navios de desembarque anfíbio, eles são destinados para uma possível evacuação de cidadãos russos."
Da Rússia, vice-ministro da Defesa, Anatoly Antonov disse mais cedo nesta quinta-feira que o aumento da presença do país no Mediterrâneo é "uma reação legítima, natural e previsível para o desenvolvimento da situação" na região.
"Nossas ações estão em estrita conformidade com o direito internacional e da Carta das Nações Unidas", frisou, acrescentando que o Mar Mediterrâneo é "muito perto das fronteiras da Rússia."
No entanto, ele ressaltou que a presença naval da Rússia no Mar Mediterrâneo não deve ser interpretado como uma indicação de que o país pretende ter um papel activo em qualquer conflito regional, disse ele.
"Nossos navios são uma garantia de estabilidade regional, numa tentativa de conter outras forças que estão prontos para lançar operações militares na região", disse 
SNB

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Sonda da Nasa vai analisar a tênue atmosfera da Lua

SALVADOR NOGUEIRA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Nasa está voltando à Lua para estudar uma coisa que quase ninguém sequer imaginava que existisse: a atmosfera lunar.
Se tudo correr bem, a sonda não tripulada Ladee (sigla para Explorador do Ambiente de Poeira e Atmosfera Lunar) deve decolar nesta sexta-feira, iniciando uma série de primazias para o programa espacial americano.
Será a primeira decolagem da Instalação de Voo Wallops, centro da Nasa na Virgínia. Até então, os lançamentos costumavam ser feitos a partir do Cabo Kennedy, na Flórida.
Também será a primeira espaçonave a manter comunicação com o pessoal em terra por laser, em vez de rádio, além da órbita terrestre.
Tudo para analisar a poeira que, ao que tudo indica, se eleva da superfície lunar, por motivos ainda não totalmente compreendidos.QUASE NADA
Chamar o objeto de estudo da Ladee de "atmosfera" chega a ser uma gentileza. Para os efeitos práticos, a Lua não tem um invólucro gasoso como a Terra. O que há, na melhor das hipóteses, são partículas do solo em suspensão.
Só elas poderiam explicar um estranho brilho observado na borda da Lua no nascer do Sol, visto pelos astronautas das missões Apollo nas décadas de 1960 e 1970.
Da Terra, é possível estudar a atmosfera de outros mundos no Sistema Solar por meio das ocultações, nas quais o astro a ser investigado passa à frente de uma estrela de fundo.
Analisando a luz que passa de raspão pelo objeto de estudo, é possível determinar a existência de uma atmosfera e até sua composição.
Isso já foi feito para a Lua, sem resultado apreciável. "Pelo que sei, nas ocultações estelares pela Lua, não há nenhuma assinatura de atmosfera, o que significa que ela deve ser de pressão muito baixa e inferior ao limite de detecção", diz Roberto Vieira Martins, astrônomo do Observatório Nacional que estuda objetos além da órbita de Netuno usando essa técnica.
Ou seja, a Ladee está num território novo. A Nasa estima que a densidade da atmosfera lá seja um centésimo de milésimo da terrestre.
Numa órbita baixa ao redor da Lua (até 20 km da superfície), a sonda tentará colher grãos de poeira que possam estar em suspensão e medir a luminosidade emanada por eles no horizonte, para detectar sua natureza e composição exata.
Outro experimento importante da sonda é de cunho tecnológico. Ao usar laser para a comunicação, ela pode iniciar a aposentadoria do rádio como forma de transmissão de dados no espaço profundo. As vantagens são a energia bem mais baixa para enviar e receber pulsos de luz e a maior velocidade de transmissão de dados.
A espaçonave deve passar cem dias em sua fase científica, depois dos quais ela naturalmente decairá em sua órbita, até colidir com o solo lunar. A Nasa espera receber dados da sonda, que custou US$ 280 milhões, até o momento do choque.
SNB

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Para diretor do Google no Brasil, é possível ficar incógnito na internet

Ainda é possível navegar anonimamente na internet, e é "errada" a percepção de que nossos e-mails são espionados, defende Fabio Coelho, diretor-geral do Google no Brasil.
A gigante da internet esteve entre as empresas alvo de críticas recentemente, após reportagens do jornal britânico "The Guardian" --com base em documentos vazados pelo ex-técnico da CIA Edward Snowden --revelarem vínculos entre essas empresas e o esquema de vigilância montado pela agência de segurança americana NSA.Em entrevista à BBC Brasil durante congresso da BM&FBovespa, no final de semana, em Campos do Jordão (SP), Coelho não comentou as revelações de Snowden, mas declarou que "não há quebra de privacidade" no Google.
No Brasil, o tema está em discussão no Congresso com o projeto do Marco Civil da Internet, que deve regular questões como privacidade online e retirada de conteúdo da web.
Confira, a seguir, trechos da entrevista com Coelho.Há uma percepção crescente de que o Gmail, o e-mail do Google, não tem privacidade. O que estou escrevendo no meu e-mail está sendo lido por alguém sem o meu consentimento?
É uma percepção errada. Absolutamente não. Não há quebra de privacidade na plataforma do Google.
Então de onde vem essa percepção?
Há muita desinformação e uma tentativa de trazer para discussão um tema que não é central. Logicamente o Gmail é uma plataforma enorme, que tem uma base de usuários gigantesca, há uma preocupação de que os termos de privacidade sejam bem conhecidos por todos.
Existe uma preocupação do Google em resguardar a privacidade das pessoas?
Um dos grandes ativos do Google é a confiança, e vamos continuar educando as pessoas com relação às opções de privacidade disponíveis na nossa plataforma. Mas, como todo assunto da internet é um assunto novo, é um processo em andamento.
Mas o Google tem políticas de privacidade muito claras, e nosso objetivo é trazer isso à luz para que as pessoas possam saber quando elas querem navegar com determinados elementos que permitem que a navegação se transforme em serviços e em entendimento dos seus hábitos ou quando querem navegar anônimas, o que também é uma opção.
E o Google sempre divulgou os pedidos feitos pelo governo, por meio de seu relatório de transparência.
Têm crescido os pedidos dos governos?
Sim. As autoridades têm de fazer os pedidos da forma correta e respeitando o devido processo legal, e entregamos os dados quando consideramos que se esgotaram todas as instâncias.
Recentemente, o Google Brasil negou em audiência pública que tenha fornecido dados à NSA americana. Isso prejudicou o Google?
O que tem que ser avaliado é a quantidade de usuários que o Google tem, que são bilhões ao redor do mundo. A gente tem uma relação de confiança (com os internautas) que já dura 15 anos. É uma empresa preocupada com a transparência dos seus dados. Mas não podemos discutir o que existe de acordo entre o governo americano e empresa (Google) americana quanto à divulgação de dados.
Quanto ao YouTube, há a preocupação de que cresçam os pedidos por retirada de conteúdo da plataforma?
Somos a favor da liberdade de expressão, com respeito às leis do país. Seguimos o devido processo legal. Mas há no YouTube cem horas de conteúdo [adicionado] por minuto. É uma plataforma libertadora. Quanto mais gente usar, mais pedidos [para remoção de conteúdo] haverá. É uma plataforma com um bilhão de usuários.
Está mudando a nossa forma de encarar a privacidade na internet?
É um processo de amadurecimento, como qualquer processo digital, em que vamos de [uma fase] de baixo conhecimento para [outra de] mais conhecimento, o que é saudável. Elas [as pessoas] têm o direito de tratar sua privacidade como acharem desejável. É uma opção pessoal.
Se estou preocupada com a minha privacidade online no Google, o que devo fazer?
Você pode existir incógnito na web sem ninguém te perceber. Você começa [pelas configurações] de "child safety" [segurança para a navegação de crianças] e avançar até ficar completamente incógnito.
[Em seguida à entrevista, a assessoria de imprensa do Google informou que essas configurações podem ser definidas no navegador Chrome por meio deste link]
Quais os principais produtos em crescimento no Brasil? Podemos observar tendências?
São muitas, por exemplo a plataforma Android, já que o Brasil é um dos mercados que mais crescem no uso de smartphones no mundo. E o YouTube, que representa a democratização da produção e do consumo de conteúdo, produzido por pequenas, médias e grandes organizações ou por pessoas.
O Brasil é um dos cinco maiores mercados para o YouTube no mundo e tende a ficar entre os três maiores.
BBC BRASIL...SNB

Israel faz teste com sistema antimíssil e eleva tensão no Oriente Médio

O Estado de S. Paulo
Em meio à expectativa de um ataque americano à Síria, o Exército de Israel testou nesta terça-feira, 3, um sistema antimíssil financiado pelos Estados Unidos no Mar Mediterrâneo. O exercício fez com que o governo russo elevasse seu nível de alerta na região e aumentou a tensão no Oriente Médio, que espera pela retaliação ao regime de Bashar Assad, acusado de usar armas químicas contra a população civil síria.O lançamento ocorrido pela manhã foi noticiado primeiramente pela mídia russa, que citou autoridades do Ministério da Defesa dizendo que dois objetos balísticos tinham sido lançados do centro do Mediterrâneo para o leste, na direção da Síria.
A notícia abalou os mercados financeiros até que o Ministério da Defesa de Israel anunciou ter feito, junto com o Pentágono, um teste do míssil Sparrow, que simula os mísseis de longo alcance da Síria e do Irã, e é usado para exercícios para o sistema antimísseis israelense Arrow, apoiado pelos EUA.
"Israel rotineiramente lança mísseis ou drones (aeronaves não tripuladas) para testar sua própria capacidade de defesa balística", disse uma fonte americana em Washington.
O ministro da Defesa israelense, Moshe Yaalon, minimizou uma pergunta de repórteres sobre se o lançamento não teria ocorrido num momento inoportuno. Ele disse que Israel tem que trabalhar para manter sua vantagem militar e isso implica testes de campo. "Vamos continuar a desenvolver e a pesquisar e a equipar as Forças de Defesa de Israel com os melhores sistemas do mundo", afirmou.
Não houve relatos de que os mísseis tenham atingido a Síria. Fontes do governo sírio disseram a agências de notícias russas que os mísseis caíram no mar, sem maiores danos.
"A trajetória desses objetos vai da parte central do mar Mediterrâneo na direção da parte leste da costa do Mediterrâneo", disse um porta-voz do ministério russo da Defesa à agência Interfax.
Navios de países ocidentais têm se posicionado no Mediterrâneo e no mar Vermelho desde um ataque em 21 de agosto no subúrbio de Damasco. EUA e Françam acusam Assad de ter usado armas químicas contra a população civil, matando 1,4 mil pessoas. O governo sírio nega responsabilidade pelo incidente. / REUTERS....SNB

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Projeto orçado em R$ 1,3 bilhão Primeiro A-1M será entregue a FAB

A Embraer fará amanhã (03/09) a entrega do primeiro caça AMX modernizado para a Força Aérea Brasileira (FAB) numa cerimônia fechada em sua fábrica de Gavião Peixoto (SP), onde estão concentrados os programas de defesa, e da qual participarão apenas militares da FAB. O programa de modernização do caça, designado na FAB como A-1M, envolve um total de 43 aviões e está avaliado em cerca de R$ 1,3 bilhão, segundo a Aeronáutica. O AMX é a principal ferramenta de dissuasão da FAB, configurado para ataque ar-superfície e usado em missões de interdição, apoio aéreo e reconhecimento. Com novos sistemas aviônicos (eletrônica de bordo), armamentos e sensores, o AMX estará capacitado para executar operações de combate pelos próximos 20 anos, afirma o brigadeiro José Augusto Crepaldi, presidente da Copac (Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate), órgão responsável pelos programas de aquisição e modernização de aeronaves da FAB. O AMX também voltará a assumir papel de destaque na linha de frente da defesa das fronteiras terrestres do país e nos limites das águas juridicionais Brasileiras, onde já atuam o A-29 Super Tucano e o caça F-5 modernizado. Em abril deste ano, a FAB recebeu a última aeronave F-5 modernizada, de um total de 46 que, assim como o AMX, receberam novos sistemas eletrônicos, um radar multímodo e capacidade de utilizar armamentos mais modernos. A Embraer também está fazendo a modernização de um segundo lote de 11 aeronaves F-5, adquiridas da Jordânia por US$ 5 milhões. O contrato de modernização de 57 unidades do F-5, segundo a FAB, terá um custo total de R$ 820 milhões.Segundo o presidente da Copac, os programas de modernização de aeronaves em curso têm garantido a manutenção de mão de obra com alto valor agregado e destacado nível de especialização nos quadros da Embraer. "Sem esses programas a Embraer não teria como manter esses funcionários e agregar mais conhecimento e habilidade no que se refere à integração de sistemas, hoje considerada a grande tônica no domínio do software operacional de uma aeronave." Os novos sistemas que equiparão a frota de AMX, segundo o brigadeiro Crepaldi, são similares aos que já existem nos caças F-5 e na aeronave turboélice de treinamento Super Tucano. "A comunalidade (similaridade) entre os equipamentos das três aeronaves traz vantagens de segurança, na medida em que os pilotos podem fazer uma progressão operacional mais rápida e segura e também menores custos de treinamento e de suporte logístico", diz. No Brasil, além da Embraer, mais duas empresas estão participando da modernização do AMX: a Mectron, com o radar multimodo (ar-solo e ar-mar) do avião e a AEL Sistemas, na parte de sistemas aviônicos. A última entrega de AMX está prevista para 2017.A AEL Sistemas, controlada pelo grupo israelense Elbit, é uma das principais parceiras da Embraer e da FAB nos programas de modernização de aeronaves. "Graças a um programa de transferência gradual de tecnologia hoje temos capacidade de produção e manutenção no Brasil dos sistemas aviônicos fornecidos para o AMX", afirma o vice-presidente de operações da AEL, Vitor Neves.
"Além da manutenção da soberania nacional, a modernização das aeronaves AMX está contribuindo também para a absorção de novas tecnologias pela indústria nacional nas áreas de aviônica e sistema de autodefesa, integração de radar e mísseis, desenvolvimento do software embarcado, entre outras", afirma o brigadeiro da Copac. Desde 2009 a frota de AMX da Itália, que desenvolveu o avião em conjunto com o Brasil, tem sido utilizada em missões no Afeganistão, como parte das Forças da Organização do Tratado Atlântico Norte (Otan). A Itália também decidiu modernizar seus AMX e estender a vida útil das aeronaves até 2020 mas, de acordo com o presidente da Copac, o programa não prevê tantos avanços quanto o brasileiro. "A modernização do AMX italiano foi mais modesta e menos complexa em relação ao projeto brasileiro, pois eles precisavam capacitar o avião para voar num tempo de vida mais curto, até a chegada do caça americano F-35, que foi adquirido", diz. A FAB investiu cerca de US$ 3 bilhões no desenvolvimento do AMX, na década de 80. O projeto deu à Embraer a base tecnológica necessária para o desenvolvimento da sua linha de jatos comerciais.
SNB

soberania feridos por um país parceiro,


 NBR..SNB   
   

Hackers poderão invadir carros e casas com o advento da 'internet das coisas'

NICK BILTON
DO "NEW YORK TIMES"
Imagine estar dirigindo por uma via expressa a 100 km/h e seu carro subitamente perder o controle, causando um acidente que fira dezenas de pessoas. Agora imagine que você nada teve a ver com o acidente, porque hackers tomaram o controle do carro.
Charlie Miller, pesquisador de segurança do Twitter, e Chris Valasek, diretor de informações de segurança na IOActive, uma companhia que pesquisa o tema, recentemente demonstraram como hackers podem tomar o controle de veículos.
Eles bloquearam completamente a capacidade do motorista: freios inativos, direção distorcida. Tudo isso com o apertar de um botão.
Os pesquisadores tomaram o controle de um Toyota Prius e de um Ford Escape, modelos híbridos (também usam motor elétrico) que já circulam nos Estados Unidos.
E se os hackers e os pesquisadores de segurança estão indo além de esforços para invadir --ou proteger-- contas de e-mail e bancárias e evitar outras trapaças digitais, hoje exploram brechas a fim de violar a segurança tecnológica de residências ou, em casos extremos, matar pessoas que usem aparelhos médicos implantados.
"Hoje não há muitas maneiras de permitir que os hackers conduzam ataques remotos: Bluetooth, sensores remotos nos pneus, unidades de telemetria", diz Miller. "Mas quando os carros estiverem conectados à internet, as coisas ficarão mais fáceis para os atacantes."
As montadoras de automóveis e o governo estão cientes de tal vulnerabilidade. De fato, Miller e Valasek receberam verba da Darpa (Agência de Pesquisa Avançada de Projetos de Defesa) para pesquisar métodos que permitiriam evitar ataques. O maior medo é o futuro, porque os carros serão mais computadorizados --ou podem se tornar completamente automáticos.
Para eles, carros que podem ser invadidos por hackers são um desdobramento preocupante para pessoas que não gostam nem de usar o "cruise control", recurso de velocidade constante.
FECHADURAS WI-FI
E, para agravar a paranoia, os pesquisadores alertam que nossas casas são ainda mais vulneráveis a invasores digitais do que nossos carros. Ao menos se ladrões de casas trocarem seus pés-de-cabra e suas alavancas por laptops e sistemas de rastreamento de wi-fi.
Aparelhos como o Lockitron, uma fechadura para casas que funciona por wireless e pode ser aberta com um smartphone, podem servir de caminho para que ladrões tecnologicamente competentes invadam casas. Não é que tal tecnologia seja ruim, afinal, ela está na empresa mais avançada no ramo de segurança doméstica sem fio.
"Criamos a Lockitron do zero tendo em mente a segurança", afirma a companhia em comunicado, reconhecendo, porém, que "qualquer pessoa que alegue que é impossível invadir seu sistema estaria errada".
Os hackers também poderiam usar nossos televisores e webcams, monitorando tudo que estamos fazendo e dizendo. Lâmpadas de próxima geração conectadas à web podem ser alvo de interferência. Refrigeradores digitais podem ser desligados, o que faria sua comida estragar sem que o dono soubesse.
SMARTPHONES
Alguns desses ataques seriam apenas piadas, ainda que causadoras de problema. Pesquisadores alertam que os vasos sanitários Inax Satis, que têm controle Bluetooth que permite que sejam acionados por um app em smartphones, podem ser atacados de modo a espirrar água para cima, e não para baixo.
Alertada de que seus produtos estão vulneráveis, a Inax informou que lançou uma atualização de segurança em agosto. Sim, no futuro você terá de baixar atualizações de segurança para seu vaso sanitário!
E há os temores comuns quanto aos smartphones. Na conferência de hackers BlackHat, Kevin McNamee, diretor da Kindsight Security Labs, demonstrou como tomar o controle de um celular com sistema Android inserindo códigos por meio do jogo "Angry Birds". Depois de tomar o controle do aparelho, McNamee conseguiu remover fotos e dados pessoais sem que o proprietário tivesse consciência.
Outros pesquisadores assumiram o controle de um iPhone por meio de um adaptador de energia --sim, um pequeno fio elétrico branco-- e conseguiram capturar senhas e e-mails, em aparelhos com sistema operacional iOS até a sexta e atual versão.
APARELHOS MÉDICOS
Mas alguns dos pesquisadores de segurança mais avançados estão pensando em invasões ainda mais assustadoras, de aparelhos médicos implantados.
Barnaby Jack, conhecido por ter invadido um caixa automático e conseguido tirar dinheiro sem cartão, demonstraria no evento BlackHat como é possível invadir aparatos médicos no corpo humano, como marcapassos, para matar alguém.
Infelizmente, Jack, que estava na casa dos 30 anos, morreu pouco antes da apresentação, de causas ainda desconhecidas. Ele costumava ser descrito como "hacker ético", e esperava demonstrar tal ataque como alerta aos fabricantes.
REALIDADE x TEORIA
Será que a saída é cavar buracos em nossos quintais, enterrar nossos computadores e smartphones e nunca mais dirigir? Alguns pesquisadores dizem que muitas dessas demonstrações são provocantes, mas ainda assim teóricas e não configuram um risco concreto imediato.
"Às vezes existe uma grande distância entre os pesquisadores e o mundo real. A ideia é justamente antecipar e reduzir os problemas, mas não é incomum que as conferências discutam tecnologias exóticas que ainda não afetam nossa vida diária", disse Chris Rohlf, fundador da Leaf Security Research, uma consultoria de segurança.
"À medida que a tecnologia é incorporada a aparelhos, o foco quanto à segurança crescerá. Onde existe tecnologia, há hackers", diz.
"Não conseguimos descobrir como deter ataques contra navegadores de web em computadores pessoais, mesmo depois de 10 anos de tentativas, e por isso não há razão para imaginar que possamos deter 100% dos ataques contra carros ou outros aparelhos no futuro", diz Miller.
Tradução de PAULO MIGLIACCI
FONTE FOLHA ..SNB