segunda-feira, 29 de julho de 2013

Itamaraty minimiza suspeita de espionagem dos EUA em conselho da ONU

O ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) minimizou nesta segunda-feira (29) informação de que os Estados Unidos teriam espionado delegação brasileira e de outros países no Conselho de Segurança da ONU, em 2010.
Documentos sigilosos divulgados pela revista "Época" indicam que os Estados Unidos espionaram 8 dos 15 integrantes do grupo em maio daquele ano, para antecipar como seriam os votos sobre sanções contra o governo do Irã.
"Não chega a ser um segredo que exija um aparato de alta sofisticação você descobrir como é que um país vai votar no Conselho de Segurança. Por uma ação diplomática perfeitamente lícita e permitida - e que é mesmo da essência do nosso trabalho como diplomata - você pode muito bem através de contatos com diferentes missões, interlocutores [como] jornalistas, entre outros, ficar sabendo qual é mais ou menos a orientação de cada país", disse o chanceler em coletiva de imprensa.
Para ele, as denúncias mais recentes envolvendo espionagem norte-americana no Brasil "nos preocupam de uma maneira mais direta". "Porque tem a ver com práticas que aparentemente estão ocorrendo enquanto nós conversamos aqui", justificou.
Patriota lembrou que a Convenção de Viena garante o sigilo das comunicações de missões diplomáticas e ponderou que a inviolabilidade das informações é tarefa também dos chefes de postos diplomáticos. O ministro ponderou ainda que suspeitas de espionagem "são recorrentes".

"Quando houve iniciativa da intervenção militar norte-americana e britânica no Iraque em 2003 surgiram várias notícias falando de espionagem nas missões do México e do Chile, que eram membros não-permanentes do conselho de segurança naquela época", citou como exemplo.
FOLHA ..SNB 

Brasil volta a negociar uso de base de Alcântara com os EUA

Lisandra Paraguassu / Brasília - O Estado de S.Paulo
O governo brasileiro retomou as negociações com os Estados Unidos para permitir o uso da base de Alcântara (MA) pelo serviço espacial americano. As conversas, sepultadas no início do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, foram reiniciadas em termos diferentes e o Itamaraty espera ter um acordo pronto para ser assinado na visita da presidente Dilma Rousseff a Washington, em outubro.
 A intenção é abrir a base para que os americanos usem o local para lançamentos, mas sem limitar o acesso dos próprios brasileiros nem impedir que acordos com outros países sejam feitos. O governo vê a localização privilegiada de Alcântara - que, segundo especialistas, reduz em até 30% o custo de um lançamento - como um ativo que deve ser explorado, inclusive para financiar o próprio programa espacial brasileiro.
Depois de negociar com os americanos, o projeto é abrir as mesmas conversas com europeus e japoneses, entre outros. Calcula-se que um lançamento pode custar entre US$ 25 milhões e US$ 30 milhões.
A retomada das negociações com os americanos prevê uma espécie de aluguel do local para que os Estados Unidos possam lançar dali seus satélites. As discussões giram em torno das condições para esse uso, as chamadas salvaguardas tecnológicas esperadas pelo governo de Barack Obama. Reticentes a dar a outros países conhecimento de tecnologias consideradas sensíveis, os americanos querem usar a base, mas fazem exigências para impedir o acesso a informações, especialmente a dados militares.
"Secreto". As discussões vão estabelecer alguns limites, mas o assunto ainda é classificado como "secreto" pelo governo. No entanto, a hipótese de reservar áreas da base para uso exclusivo americano, como chegou a ser estabelecido no Tratado de Salvaguardas (TSA) assinado pelo governo Fernando Henrique Cardoso, em abril de 2000, nem sequer será considerada.
O excesso de restrições daquele tratado levou o documento a jamais ser ratificado pelo Congresso, e o acordo naufragou. Entre as exigências estava a de que determinadas áreas da base de Alcântara seriam de acesso exclusivo dos americanos, não sendo permitida a entrada de brasileiros sem autorização dos EUA.
Inspeções americanas à base também seriam permitidas sem aviso prévio ao Brasil, e a entrada de componentes americanos em contêineres selados poderia ser liberada apenas com uma descrição do conteúdo. Além disso, o governo brasileiro não poderia usar o dinheiro recebido para desenvolver tecnologia de lançamento de satélites, mas apenas para obras de infraestrutura.
A reação foi tão ruim que o Congresso enterrou o acordo em 2002. Ao assumir o governo, em 2003, o então presidente Lula foi procurado pelos americanos, mas não quis retomar o assunto.
Sem uso. Com localização ideal para lançamentos, a base é considerada estratégica para o programa espacial brasileiro, mas até hoje é subutilizada. Nenhum satélite ou foguete jamais foi lançado de Alcântara, seja porque o Brasil ainda não conseguiu desenvolver a tecnologia para usá-la, seja porque os acordos internacionais para utilização da base até agora não deram frutos. Um teste feito há dez anos terminou em tragédia, com a explosão do foguete e 21 pessoas mortas.
Ainda em 2003, Lula fechou um acordo com a Ucrânia para desenvolvimento de foguete, o Cyclone-4. Uma empresa binacional, a Alcântara Cyclone Space (ACS), foi fundada, mas até hoje não teve grandes resultados. O Brasil investiu 43% dos recursos previstos, mas até este ano a Ucrânia pôs apenas 19%. Na visita do presidente ucraniano Viktor Yanukovych ao Brasil, em 2011, houve a promessa de que o processo seria acelerado, o que não ocorreu. Este ano, o chanceler Antonio Patriota foi ao país e, mais uma vez, voltou com a promessa de que o foguete estaria pronto em 2014. Seria a estreia da base, se os americanos não a usarem antes.
SNB 
NOTA...o brasil na verdade tem e medo dos EUA eles já faz espionagem e há. agora tem base>
para lançar foguetes ja não basta ter base de espionagem o brasil e um pais sem estrategia militar
politico corruptos  sem diretiva falta patriotismo com a nossa bandeira o povo tem que protestar mesmo contra esta politica vagarosa de defender o nosso pais viva o brasil...........?

Rússia é única alternativa para Snowden


TV Estadão ...SNB

Computador busca sobrevida diante da ameaça dos tablets

SEATTLE - A morte do computador pessoal pode ser um exagero. Mas a indústria de computadores pessoais parece estar no limbo. O PC irá quase certamente enganar a morte por algum tempo, e uma das alternativas são os novos lançamentos que começam a chegar ao mercado.
É verdade que os dispositivos móveis como o iPad continuam ganhando espaço, mas os dispositivos portáteis provavelmente nunca irão satisfazer mestres de planilhas, editores de filmes e outros trabalhadores que dependem múltiplas telas e da precisão de um teclado e do mouse.
Ainda assim, há uma forte opinião entre muitos executivos do setor de tecnologia de que o PC irá perder relevância progressivamente.

"Na minha humilde opinião, o PC como o conhecemos está em um declínio contínuo e sendo relegado a um dispositivo de utilidade para as empresas ", disse Hector Ruiz, ex-executivo-chefe da Advanced Micro Devices, empresa que produz chips para PCs e outros dispositivos.

Futuro incerto. O clima em torno da indústria do PC tornou-se cada vez mais sombrio. O negócio está efetivamente em recessão, e não há recuperação à vista. Durante o segundo trimestre do ano, as vendas mundiais de computadores caíram cerca de 11%, no quinto trimestre consecutivo de declínio, a pior crise desde o advento do PC há mais de 30 anos.
A Intel, fornecedora dos chips da maioria dos PCs, e a Microsoft, que faz o Windows, sistema operacional da grande maioria dessas máquinas, entregaram resultados financeiros decepcionantes.

A grande revisão de software da Microsoft, o Windows 8, não aumentou as vendas e pode provocar efeito contrário ao esperado.

A outrora poderosa Dell, profundamente enfraquecida pela crise PC, está atolada em uma luta com acionistas em torno de um plano para alívio da pressão dos investidores.

Michael S. Dell, fundador da empresa, e a empresa de investimento Silver Lake, têm argumentado que eles iriam transformar a Dell em prestadora de serviços de software corporativo. A votação sobre o futuro da empresa é esperado para esta semana.

Concorrência. Enquanto as vendas de PCs para as empresas permanecerem estáveis, a demanda entre os consumidores caiu, em grande parte porque as pessoas estão preferindo gastar dinheiro em iPads, Kindle e outros tablets e celulares inteligentes.

Ainda assim, mais de 300 milhões de PCs devem ser vendidos no munto este ano. As vendas de tablets, enquanto isso, crescem explosivamente. Este ano, serão cerca de 200 milhões de unidades, número que pela primeira vez vai exceder o número de notebooks, a maior categoria de PCs, segundo pesquisa da Gartner.

Steve Jobs, o executivo-chefe da Apple, que morreu em 2011, previu alguns anos atrás que os PCs se tornariam algo como caminhões, usados por muitas empresas, mas em desvantagem em relação aos tablets, preferidos pelo grande público.

Uma teoria é a de que os consumidores estão postergando cada vez mais a compra de novos Pcs. "Ciclos de reposição estão sendo empurrados para a frente", disse Toni Sacconaghi, analista da Bernstein Research.

A visão mais pessimista é que uma grande parte da demanda dos consumidores por PCs nunca vai voltar. Daniel Huttenlocher, reitor da Universidade de Cornell, diz que os consumidores começaram a comprar PCs em grande número na década de 1990, porque não existia melhor dispositivo para entrar no Internet.

Mas o PC, disse ele, era sempre mais adequado como uma máquina de escritório para a produção de documentos, apresentações e outros trabalhos. Na sua opinião, tablets são melhores para o consumo de
conteúdo, ver filmes no Netflix ou navegar na Web.

No primeiro trimestre, 53% das vendas de computadores foram para o mercado consumidor enquanto 47% foram para o mercado comercial, estima a empresa de pesquisa IDC.

Muitos consumidores ainda vão preferir um PC para tarefas como edição de vídeos caseiros e escrever documentos. Mas tablets já estão invadindo o reinado dos PCs em muitos nichos profissionais, desde manuais de voo para pilotos até caixas registadoras em restaurantes.

Perdas. As grandes empresas da indústria de PC - especialmente a Microsoft e Intel - vão perder com o declínio do negócio. E a resposta para essas companhias é simples: redefinir o PC para torná-lo mais leve e portátil.

A Microsoft projetou o Windows 8 para funcionar bem em dispositivos touch-screen. Se o usuário preferir, ele pode optar pela interface clássica do desktop com mouse e teclado.

A Intel, por sua vez, aperfeiçoou seus chips para que eles sejam mais parcimoniosos no consumo de energia, requisito importante para dispositivos móveis.

As mudanças deram origem a um frenesi de cruzamentos em dispositivos, aproximando as fronteiras entre PCs e tablets. Agora, há notebooks que se transformam em tablets. Muitos notebooks vêm com telas sensíveis ao toque para saltar rapidamente entre diferentes modos de operação.

Microsoft e Intel estão apostando que os dispositivos que saem nos próximos meses vão finalmente começar a trazer os compradores de Pcs de volta às lojas.

A Microsoft planeja lançar uma nova versão de seu sistema operacional, o Windows 8.1, que responde às reclamações dos clientes em relação à versão anterior.

"Veremos nos próximos meses muito mais projetos dos fabricante de PC", disse Adam King, diretor de marketing de produto da Intel.
The New York Times...SNB

Tablet CCE Motion Tab, com tela de 7 ou 10", traz Android 4.1 a preço acessível

CCE está em nova fase depois de ter sido comprada pela Lenovo, e parece disposta a entrar na briga por um espaço no mercado de dispositivos com boas configurações e preços bem acessíveis. A empresa anunciou na última terça feira (25), em São Paulo, dois novos modelos de tablets Android que chegam ao mercado em setembro.Os modelos são bastante parecidos, diferentes apenas no tamanho da tela: um com 7 polegadas e outro com 10. Ambos possuem processadores dual-core Qualcomm Snapdragon de 1,2 GHz, 16 GB de armazenamento interno, 1 GB de RAM, câmera de 5 megapixels com flash e corpo resistente a impactos e à prova d'água. Além disso, os modelos rodam o Android 4.1 Jelly Bean, e possuem conectividade 3G, Wi-Fi e Bluetooth.Os novos tablets da CCE, mesmo com as boas especificações, possuem preço bastante acessível. O tablet com 7 polegadas, chamado de Motion Tab TD72G, tem preço sugerido de R$ 699. Já o modelo com 10 polegadas, o Motion Tab TD102G, sai por volta de R$ 899.
Os aparelhos, desenvolvidos pela CCE em parceria com a Qualcomm especialmente para o mercado brasileiro, começam a ser vendidos em setembro de 2013 nas principais lojas do país.
SNB

domingo, 28 de julho de 2013

65ª SBPC Ciência Sem Fronteiras anuncia bolsas para área espacial


SNB

Brasileiros desenvolvem robôs que entendem emoções

Pesquisadores da Escola Politécnica da USP estão se preparando para participar de um esforço mundial de criar uma nova geração de máquinas capazes de auxiliar os seres humanos em suas tarefas diárias.
Na área emergente da "Computação Afetiva", o objetivo é criar robôs ou agentes de software que possam se lembrar dos aniversários ou mesmo de fazer uma ligação importante, indo além dos assistentes de voz que já existem para celulares e computadores.
O primeiro desafio a ser enfrentado pela equipe será desenvolver um algoritmo capaz de reconhecer a emoção de seres humanos em diferentes meios, como vídeo, áudio e até redes sociais.
Para se ter ideia do tamanho do problema, um estudo recente mostrou que a frase "Eu sou um homem", pode ter 140 significados diferentes, dependendo do contexto, momento e entonação - e este é apenas um dos muitos exemplos.
Inclusão do português
Os professores Fábio Gagliardi Cozman e Marcos Pereira Barretto querem ser um dos pilares do grupo brasileiro que participará no esforço mundial para criar robôs capazes de compreender os humanos e agir de acordo com essa compreensão.
"Não queremos criar extraterrestres ou seres que vão dominar o mundo", brinca Barretto. "Assim como o carro nos ajuda na locomoção e uma máquina de café na preparação de uma bebida saborosa, a ideia é desenvolver seres que possam ser significativamente úteis aos humanos."
Mesmo estando relativamente fora do circuito principal de tecnologia robótica, os pesquisadores acreditam que o Brasil oferece muito espaço para a execução de um projeto científico tão ambicioso.
"A maior parte do trabalho já desenvolvido na área de Computação Afetiva serve para a língua inglesa", explica Barretto. "O trabalho da Poli, e de outros centros de pesquisa brasileiros, concentra-se no português do Brasil e constrói, tijolo por tijolo, as bases para que no futuro, quando a tecnologia alcançar maturidade necessária, nossa língua não fique de fora."
Linguagem das emoções
Já existem dispositivos que analisam no ato qual emoção caracteriza melhor um rosto numa foto. Contudo, essa técnica está longe de ser a ideal.
"A análise de fotos por vezes engana o observador, pois o algoritmo poderia identificar raiva, quando na verdade o fotografado estaria pronunciando uma vogal fechada", afirma Barretto.
O desafio então é ter os mesmos resultados dos algoritmos instantâneos, mas com imagens em movimento, que se aproximam das situações reais.
Os primeiros passos estão sendo dados pelos pesquisadores Diego Cueva e Rafael Gonçalves, membros da equipe.
Gonçalves desenvolveu um programa que percorre trechos de 5 segundos de vídeo e identifica as alterações na musculatura da face que caracterizam sentimentos de alegria ou medo, por exemplo.
De acordo com resultados preliminares, o trabalho consegue identificar quatro tipos de emoção em seres humanos - alegria, tristeza, raiva e medo - com 90% de acerto.
Brasileiros querem desenvolver robôs que entendem emoções
Cueva analisou a conotação que as palavras têm nos diálogos. Pegando trechos de áudio, o engenheiro comparou os dados de um algoritmo de reconhecimento de emoção de voz com informações publicadas no Twitter - "viagem", por exemplo, possui uma conotação mais positiva, enquanto "morte" é mais associada a coisas negativas.
Realismo
Apesar de promissores, os trabalhos desenvolvidos na Poli representam passos iniciais de uma área que tem muito a crescer.
E os pesquisadores brasileiros não entram na tendência ufanista que é muito comum de se ver na área: "Não tenho expectativa de ver esses robôs funcionando no meu tempo de vida", confessa Barretto.
"Simular o comportamento humano, mesmo em situações ridiculamente simples é estupidamente difícil", reconhece ele.
Ainda assim, os pesquisadores seguem confiantes: "Ainda estamos longe do objetivo principal, mas a cada dia descobrimos uma coisa nova," conclui Barretto.
SNB