segunda-feira, 22 de julho de 2013

Mascote 'alienígena' visita astronautas na Estação Espacial Internacional

A Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) recebeu uma visita "extraterrestre" nesta segunda-feira. O mascote Paxi, da Agência Espacial Europeia (ESA, em inglês), flutuou pela cabine em um vídeo apresentado pelo astronauta italiano Luca Parmitano, um dos integrantes da 
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Expedição 36. O pequeno e sorridente boneco leva as cores da bandeira da Itália: verde, branco e 
Paxi é o mascote de um programa educativo da ESA voltado para crianças. Seu nome foi escolhido porque soa extraterrestre e lembra a palavra "paz". Mais de 500 sugestões de crianças entre 4 e 12 anos foram recebidas em uma competição internacional para batizar o amigável "alienígena". O nome foi escolhido pelo próprio Parmitano e foi sugerido por uma menina espanhola de 7 anos chamada Sara.
TERRA...SNB

Empresa do Programa Espacial Brasileiro paralisa obras na Base de Alcântara

Em meio os últimos pronunciamentos do Ministério da Defesa sobre a necessidade de o Brasil possuir seu próprio satélite de comunicação militar, para não ficar vulnerável às espionagens como as denunciadas por Edward Snowden, funcionários da Alcântara Cyclone Space (ACS), empresa binacional criada pelos governos do Brasil e da Ucrânia para explorar os serviços de lançamentos de satélites em bases comerciais, com o foguete ucraniano Cyclone-4, atestam que as obras do programa estão completamente paralisadas. 
Segundo fontes ligadas à Base Espacial de Alcântara, onde o programa é desenvolvido no país, cerca de dois mil contratados pela ACS foram dispensados nos dois últimos meses. O cenário no local é de abandono, como mostram as fotos enviadas ao Jornal do Brasil. A maioria dos equipamentos alugados já foi devolvido e aqueles que permanecem na base estão abandonados ao ar livre e sem qualquer manutenção, segundo as mesmas fontes.
A Alcântara Cyclone Space foi criada em 2003, no início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que priorizou o Programa Espacial Brasileiro, considerando a ACS seu produto principal. A criação da empresa se deu por meio de um contrato de capital binacional, provindos parte do Brasil e, em maior proporção, da Ucrânia, que detém os direitos de fabricação e tecnologia aplicada no foguete Cyclone 4, que partirá do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).
No mesmo período, um incêndio destruiu um grande trecho do CLA, durante o lançamento do foguete VLS. O fato gerou especulações sobre a possível desativação da base e transferência do programa espacial para outro estado, o que não aconteceu, assim como a completa recuperação da infraestrutura do lugar, após 10 anos do acidente. O Centro de Lançamento de Alcântara apresenta uma localização estratégica, próximo da linha do Equador e com a vantagem de ter o Oceano Atlântico a leste e ao norte. O que explica o fato dos foguetes lançados do local caírem no mar, longe de áreas habitadas.
As boas intenções prevaleceram no acordo inicial firmado entre a binacional ACS e o presidente Lula. O diretor-geral brasileiro da binacional, Roberto Amaral, assumiu o compromisso de trazer divisas para o Brasil, transferindo para os cientistas brasileiros a moderna tecnologia que a Ucrânia detinha, principal país no mundo a dominar a tecnologia espacial. A expectativa era de que os seis primeiros lançamentos comerciais acontecessem do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), em 2011. Para o estado do Maranhão, a ACS anunciou mudanças importantes, que chegariam com a geração de empregos para as obras no CLA e um novo planejamento urbano em Alcântara, para beneficiar os funcionários da empresa e toda a população do lugar. Escolas, hospitais e universidades seriam construídos com as verbas destinadas ao projeto.
De acordo com fontes ligadas à ACS, esse complexo funcionou nos últimos anos. O hospital erguido pela empresa dentro dos limites do CLA contava com tecnologia de ponta. A maioria dos funcionários da binacional eram moradores de Alcântara, muitos deles remanescentes das comunidades quilombolas que habitavam em massa a cidade de Alcântara. E foi na relação com as comunidades quilombolas que se deu um dos maiores imbróglios envolvendo a ACS. No momento em que a empresa binacional estava discutindo com o Ministério da Defesa o contrato de cessão de área de exploração dentro do CLA, o INCRA apresentou uma determinação judicial garantindo aos remanescentes quilombolas da cidade a posse de quase toda a península onde o CLA se situa.
A ação colocou por água abaixo a intenção do governo de expandir o programa espacial em outras partes de Alcântara. O projeto ficou limitado à área do CLA, ou seja, o sítio da ACS foi estipulado em menos de nove hectares da península. De acordo com o Ministério Público do Maranhão, há três ações propostas pelo órgão envolvendo esse caso. O MPF entende que a questão mais grave é o risco da perda de áreas tradicionais de comunidades quilombolas, por isso está movendo as ações, que tem o objetivo de garantir a integridade das comunidades. Pelas informações do MPF, em 2008 a Justiça Federal intimou a Agência Espacial Brasileira (AEB), por meio de acordo em que a Alcântara Cyclone Space e a AEB reconheceram os direitos dos quilombolas, havendo comprometimento, por parte da Cyclone Space, em realizar as obras somente no interior da área já demarcada ao CLA. A ação foi julgada com resultado favorável no mesmo ano da sua proposta pelo MPF. A outra ação é de 2003, objetivando garantir que nenhuma comunidade quilombola seja deslocada das áreas que ocupam atualmente e também exige ainda que elas tenham as suas áreas integralmente tituladas pelo INCRA. Esse processo ainda não foi julgado e está tramitando na 8ª Vara Federal de Justiça no Maranhão, enquanto o MPF aguarda pelo julgamento.
Os entraves não foram suficiente para conter novos investimentos destinados à ACS para trazer ao Brasil o Cyclone 4. Enquanto que nos limites do CLA somente o departamento de Recursos Humanos da empresa binacional está funcionando à pleno vapor, para demitir os pouco funcionários remanescentes de uma extensa folha de pagamento, na Câmara Federal o deputado Cláudio Cajado (DEM/BA) comemora a aprovação da proposta que ele sugeriu à Ministra Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, resultando no aumento do capital da ACS em US$ 420 milhões, aproximadamente. A proposta foi aprovada pelo governo brasileiro no dia 29 de maio. Agora, o capital da binacional ACS passará de US$ 498 milhões para US$ 920 milhões.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, afirmou que o aumento de capital aconteceu porque os recursos destinados ao desenvolvimento do foguete Cyclone 4 e a construção da base de lançamento do veículo no CLA foram insuficientes. Segundo ele, os novos investimentos serão divididos em partes iguais entre Brasil e Ucrânia. Raupp estima que com a injeção dos recursos as obras poderão ser retomadas.
As denúncias recebidas pelo Jornal do Brasil também dizem respeito ao motivo da paralisação das obras. Segundo as fontes, ao dispensar os funcionários, os chefes dos departamentos alegavam que “isso [demissões] está acontecendo porque a empresa [ACS] não pagou as empreiteiras”. Segundo o ministro, essa informação não é verdadeira. "As obras não foram paralisadas. Apenas diminuíram de intensidade por causa do regime de chuvas na região. A ACS é devedora às empreiteiras, mas como essas empresas são grandes, as obras não são paralisadas porque se deixou de pagar um mês", explicou Raupp, acrescentando que 40% das obras do sítio do Cyclone 4 estão concluídas.
O ministro anunciou também a construção da Torre de Lançamento, destruída no incêndio de 2003, além de pequenas melhorias e a modernizações dos sistemas de operação da base. O custo com a nova torre de lançamento foi na ordem de R$ 44 milhões. "O programa com a Ucrânia se justifica comercialmente por ter a oportunidade de prestar esse serviço de lançamento e por razões estratégicas e de interesse do Brasil de ter em Alcântara dois sítios de lançamento, um para o VLS e outro para o Cyclone 4", justificou o ministro.
O Ministério da Defesa pegou uma carona nas denúncias de Edward Snowden para reafirmar um dos seus discursos mais contundentes: que o Brasil precisa do próprio satélite de comunicação militar. O referido veículo mencionado pela Defesa é o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), cuja construção está avaliada em quase R$ 1 bilhão. A licitação está em nome da empresa Visiona Tecnologia Espacial SA, parceria entre a Telebrás e a Embraer e a conclusão do processo licitatório está previsto para o final de julho e o contrato deve ser assinado em agosto. A operação deve começar só em abril de 2016, quando completa 32 meses da assinatura do contrato, em acordo com as regras licitatórias. A construção do satélite geoestacionário foi solicitada pelo ministério da Defesa em anos anteriores. Em 2009, a previsão de conclusão do projeto era para 2014, ao custo de R$ 700 milhões.
Atualmente, o Brasil aluga a Banda X do satélite para a Embraer, que tem como controlador a mexicana Telmex, por R$ 14 milhões anual. O país depende de oito empresas estrangeiras particulares para estabelecer seus canais de comunicação via satélite dentro do próprio território, gerando um custo anual de R$ 100 milhões. Na rede mundial, o sistema funciona com os servidores-raiz da internet passando todo o seu fluxo de informações pelo controle do Departamento de Comércio dos EUA. O mesmo acontece com as redes de fibra óticas responsáveis por conectar os países. Concluindo, todas as informações passam obrigatoriamente pelo território americano.
As pesquisas feitas recentemente pela ACS são otimistas mediante os entraves ocorridos envolvendo a tecnologia espacial no Brasil. A estimativa para lançamento de satélites até 2020 chega a 1.145, sendo 244 deles de natureza comercial. A binacional pretende lançar de três a quatro satélites por ano. Porém, a operação comercial de lançamentos de satélites no CLA vai depender do relaxamento de um acordo com os Estados Unidos, considerando que 80% dos satélites lançados pelos países e com essa finalidade são de origem americana. "O Ministério das Relações Exteriores está retomando negociações com os EUA em relação à definição de um novo acordo de salvaguardas tecnológicas. O acordo do passado está sendo rediscutido em outras condições", garantiu o ministro Marco Antônio Raupp, se referindo ao acordo de salvaguardas tecnológicas barrado pelo Congresso em 2002.
Para o ministro Raupp, o novo acordo com o governo americano vai viabilizar os negócios da binacional ACS, oferecendo maiores oportunidades no mercado mundial, levando em conta que os clientes americanos detêm uma parcela significativa desse ramo. "Se fizermos acordo com os EUA, não será difícil depois fazer o mesmo com o Japão e a Europa", disse Raupp, acrescentando que o Brasil tem acordos de salvaguarda tecnológica com a Ucrânia e a Rússia. No caso da Ucrânia, os especialistas brasileiros não veem vantagens no negócio para o Brasil, pelo fato do acordo assinado entre os países não permite que o país tenha acesso às tecnologias espaciais associadas ao Cyclone 4. A proibição existe pela proporcionalidade de participação financeira brasileira no programa.
Com tantos acordos ainda indefinidos, a população de Alcântara ainda viverá por um tempo, também não definido, com o cenário que hoje domina a cidade, marcado por ruínas de grandes obras inacabadas, em contraste com os prédios históricos. A atmosfera mística preservada pelas comunidades quilombolas, por enquanto, é o que existe de real no sentimento do povo da cidade, que fica a uma hora de São Luis, a capital do Maranhão.
Jornal do Brasil
Cláudia FreitasSNB

Sobre a Kryptus

A Kryptus é uma empresa 100% brasileira focada em prover soluções de Segurança da Informação. É voltada, principalmente, para clientes que demandam alto nível de segurança e domínio tecnológico.
Fundada em 2003 na cidade de Campinas, a Kryptus desenvolve, integra e implanta uma gama de soluções de hardware, firmware e software, incluindo desde semicondutores até sistemas complexos de gestão de processos com certificação digital, contando com um time de desenvolvimento altamente qualificado nas áreas de Engenharia Criptográfica e Segurança da Informação.

A Kryptus foi a pioneira na área de semicondutores para aplicações criptográficas ao desenvolver e introduzir o primeiro processador acelerador AES do mercado brasileiro. Recentemente, seu módulo criptográfico ASI-HSM foi o primeiro e é o único HSM a ser homologado pelo ITI no seu nível máximo de segurança (MCT7 NSF2 NSH3), promovendo um passo importante na indústria de hardware criptográfico brasileira.

 
No âmbito governamental, soluções Kryptus protegem sistemas, dados e comunicações tão críticas como a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil), a Urna Eletrônica Brasileira e Comunicações Governamentais civis e militares.A Kryptus tem como política da qualidade garantir o pleno atendimento das necessidades do cliente oferecendo Soluções de Segurança da informação com qualidade, melhorando continuamente seus processos e cumprindo os prazos acordados.

Para tanto, a Kryptus opera e mantém Sistema de Gestão da Qualidade certificado ISO 9001:2008, com o seguinte escopo: "Projeto e desenvolvimento de sistemas para segurança da informação. Prestação de serviços de consultoria e cursos em segurança da informação".

O certificado de qualidade ISO 9001:2008 está disponível aqui.
As tentativas de fraudes no setor bancário e financeiro evoluem muito rapidamente, mas as soluções dos líderes de mercado são tipicamente mais do mesmo. A Kryptus entrega soluções de segurança com um pensamento fora da caixa, pensadas e projetadas com o objetivo de oferecer máximo ROI e a menor manutenção do mercado.

Lançados para o setor bancário no CIAB FEBRABAN 2012, as soluções Morphing-ID, Protector e CompactHSM garantem excelentes níveis de proteção para os canais Internet e ATM.
Aplicações militares e de segurança pública requerem simultaneamente altos níveis de proteção, robustez e praticidade de uso. A Kryptus entrega soluções estratégicas para este segmento, como cifradores de link e infraestrutura para certificação digital.
Em conjunto com a Orbisat, a Kryptus é a única empresa da América Latina e uma das poucas no mundo que possui soluções para os sistemas de Identificação Amigo-Inimigo (IFF Modo 4) de aeronaves militares.
Identificação forte, controle de acesso lógico, controle de acesso físico, desmaterialização de processos, garantia de origem e autenticidade, valor legal, sigilo e confidencialidades são somente alguns dos benefícios que a Certificação Digital pode trazer à sua organização. Soluções Kryptus de certificação digital estão em clientes como a AC Raiz da ICP-Brasil, SERPRO, Receita Federal, TSE e VALID Certificadora.

A Kryptus é a líder nacional em soluções para infraestrutura de chaves públicas.
Alguns exemplos incluem o primeiro acelerador AES ASIC (chip) comercial do país, o primeiro e único HSM (hardware security module) homologado NSF2-NSH3, que também é o único equipamento desta classe “peer-reviewed” do mundo, a arquitetura de segurança da nova urna eletrônica brasileira e a plataforma anti-phising “SurfDog”.
Clientes e usuários finais de nossas soluções incluem Abin, Braskem, Itamaraty, Presidência da República, VALID Certificadora, CPqD Telecom, CTI, TSE, MT4 e Banco do Brasil, dentre outras.


Empresa certificada pela BSI
SNB

domingo, 21 de julho de 2013

Negociações avançadas para comprar dois lotes de F-16 para a Força Aérea da Colômbia

 governo colombiano para a aquisição de um primeiro lote de multirole F-16C / D EUA empresa Lockheed Martin(representado na Colômbia por Felipe Alfonso Jaramillo Jaramillo y Cia).
Durante a celebração da recente F-AIR 2013-o último fim de semana, o ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzón visitou o estande fechado empresa dos EUA, a fim de observar e test-simulador vôo do F-16, Lockheed exibido pelo
E também durante a feira o vice-ministro, de Defesa de Políticas Públicas e Assuntos Internacionais, Jorge Bedoya, visitaram o estande da Lockheed e também pode experimentar o simulador de vôo.
Interesse da Colômbia seria para ser capaz de adquirir umlote inicial de dez F-16C e dois F-16D (biposto), novo e, em seguida, um segundo lote da mesma aeronave a partir de 2015.
Refira-se, ainda, que a Sra. Vice-Ministro da Defesa, Diana Quintero , teve a oportunidade de Manning uma CF-18 's' demo Team 'da Real Força Aérea Canadense , durante uma das manifestações da equipe de acrobacias aéreas como parte do F 
SNB

Grupo C3 e da Força Aérea Colombiana lançamento da sonda estratosférico

SNB

BRASIL PODE SER ALVO DE ESPIONAGEM ECONÔMICA, DIZ EX-AGENTE DA NSA

Carla Ruas
Direto de Washington (EUA)
  
O ex-funcionário da Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (NSA) Thomas Drake, 56 anos, revelou ao Terra que o Brasil pode ser alvo de espionagem econômica. Durante entrevista feita em Washington, Drake disse que as informações coletadas pelos EUA podem ter sidos usadas para motivos que vão além da ameaça terrorista.
 
Edward Snowden e a espionagem da NSA
 
Drake trabalhou durante dez anos como consultor técnico da empresa Booz Allen Hamilton– a mesma que empregava Edward Snowden, que revelou por meio da imprensa como o governo americano usava programas que permitem consultar os registros de ligações e extrair informação de servidores de gigantes da internet em todo mundo. Em 2001, Drake virou funcionário da própria NSA, chegando ao alto cargo de executivo sênior, com amplo acesso aos programas de coleta de dados.
 
Desiludido com a má gestão da agência e o comprometimento da privacidade dos americanos, ele começou a vazar informações secretas ao Congresso e depois à imprensa. Por este motivo, em 2007, foi forçado a renunciar e em seguida foi acusado de espionagem – o primeiro de oito casos até hoje no governo Barack Obama. Em 2011, Drake fez um acordo e foi condenado apenas por mau uso do sistema de computadores, cumprindo um ano de liberdade condicional.
 
Hoje, Drake acredita que pagou um preço alto pela sua indiscrição. Há dois anos trabalha vendendo computadores porque não consegue outro emprego. Por outro lado, se orgulha de ter inspirado Snowden a revelar novos segredos e está escrevendo um livro sobre a NSA. Veja a seguir os principais trechos da entrevista: 
 
Terra -  Você trabalhou para a NSA por quase 20 anos. O que você sabe sobre os programas de espionagem revelados por Edward Snowden?
 
Thomas Drake - Eu ainda trabalhava na NSA quando o Prism (monitoramento de dados feitos pelos serviços da internet) foi implementado. O programa estava na fase de desenvolvimento. Mas você tem que entender que esses programas de vigilância secreta começaram bem antes do Prism. Eles começaram logo depois dos atentados de 11 de setembro com o programa Stellar Wind, no qual eu trabalhei. Logo depois dos atentados terroristas, acho que foi 4 de outubro, o presidente Bush assinou uma diretiva secreta, que nunca se tornou pública, autorizando a NSA a entrar em acordos secretos com empresas de telecomunicação para obter informações privadas através de telefones, e-mail, uso da internet e de cartões de crédito - as pessoas ainda não sabem a extensão do programa de coleta de dados sobre cartões de crédito. Então os programas revelados por Snowden são uma continuação desse sistema, só que ainda mais poderosos.
 
Terra - Você passou a trabalhar na sede da NSA exatamente no dia 11 de setembro de 2001. Como o ataque da Al-Qaeda mudou a postura da agência com relação ao respeito à privacidade?
 
Drake - Os ataques terroristas mudaram a conversa completamente. Você tem que entender que a NSA tinha informações sobre os atentados e não compartilhou com o governo. Então eles se sentiram muito culpados. Se o governo tivesse tomado medidas com base nessas informações, poderia ter prendido os terroristas e evitado os ataques. Mas a NSA não compartilhou, em parte por causa da burocracia, e em parte porque eles não sabiam o que fazer com essas informações. Então, depois do 11 de setembro, a agência recebeu milhões de dólares do Congresso para melhorar o seu sistema e ficou completamente obcecada em recolher a maior quantidade de informação possível. Sem se importar com leis ou a privacidade dos cidadãos.
 
Terra - Que tipo de informação a NSA tinha sobre os atentados de 11 de setembro?
 
Drake - Os nomes de pessoas possivelmente envolvidas, endereços de casas, transcrição de comunicações... e nada disso foi compartilhado. E esse é um dos motivos pelos quais aconteceram os atentados. O governo falhou. E a NSA teve papel fundamental neste erro. Eu testemunhei sobre isso no Congresso durante as investigações sobre os atentados do 11 de setembro.
 
Terra - Você acredita que esse erro levou a NSA a expandir seus programas de espionagem nos países estrangeiros?
 
Drake - A filosofia da NSA é a seguinte: no exterior eles sempre fizeram tudo o que quiseram. Só que antes, buscavam informações apenas de estrangeiros e tinham que ter um bom motivo. Agora, a NSA quer acesso aos dados de qualquer cidadão. E isso é uma violação dos direitos de privacidade dos cidadãos americanos e de outros países. O Brasil é um exemplo disso, a Alemanha é outro. E eles estão fazendo isso através de acordos com agências internacionais desses países ou acordos entre as empresas de telecomunicação dos Estados Unidos com as desses países. Após os atentados, o governo também começou a usar os programas de espionagem contra seus próprios cidadãos, o que vai contra a quarta emenda da nossa Constituição. E naquela época nem existiam as leis que de alguma forma tornaram isso legal. Para a NSA, todo mundo é suspeito.
 
Terra - De acordo com o jornalista do The Guardian Glen Greenwald, o Brasil é um alvo prioritário para a NSA. O que eles querem com o Brasil?
 
Drake - O Brasil é um país em ascensão. É uma potência econômica na América. E os Estados Unidos sempre tiveram essa sensação de que a América do Sul faz parte do nosso quintal. Além disso, as novas reservas de petróleo fazem parte desse interesse. Aliás, este é um dos segredos mais profundos sobre o qual ninguém quer falar: espionagem econômica (informação financeira, econômica ou tecnológica). O governo americano diz que não faz espionagem econômica como a França ou a China. Mas a verdade é que a NSA está profundamente envolvida com espionagem econômica. Eu não posso provar isso que estou falando, porque estou fora da agência já faz um tempo. Mas quando eu saí da NSA, eles tinham todas as ferramentas para realizar espionagem econômica. E é muito claro para mim que quando se amplia programas de vigilância, não só se obtém mais informações, como as usa para outros fins.
 
Terra - Como a espionagem econômica se justifica sob a desculpa da ameaça terrorista?
 
Drake - Bem, ela se justifica de forma indireta. Lembra que a NSA é obcecada em recolher todo o tipo de informação possível. E os terroristas têm de usar recursos financeiros e vários meios para poder agir. O problema é que quando se tem acesso a toda essa informação, é conveniente utilizar para outros fins. E este é o segredo mais profundo que eu acredito ainda precisa ser divulgado: A NSA está aproveitando ao máximo o seu sistema de vigilância, que é global, e nós ainda não vimos toda a extensão deste uso.
 
Terra - O que você acha que a NSA pode fazer com este tipo de informação?
 
Drake - Bem, isso abre muitas oportunidades. Essas informações podem dar um entendimento profundo sobre a economia de outro país e assim ajudar na sua própria acensão econômica. Embora eu não tenha provas de que isso aconteceu. Mas se neste processo eles violarem as leis de outros países pouco lhes importa. Eles não se importam com estrangeiros. Você tem que lembrar do tipo de atitude que eles têm.
 
Terra - O que você pensa sobre Edward Snowden? Há muitos paralelos entre você e ele?
 
Drake - Eu fui o primeiro desta leva de delatores e denunciantes. O soldado Bradley Manning foi preso um mês depois de eu ter sido acusado de espionagem. E há outras pessoas que atualmente estão cumprindo pena por serem delatores do governo. Eu sofri retaliação por ter reclamado da NSA dentro do sistema legal e por falar com uma repórter depois que esgotei todos os canais internos. Snowden viu a minha história como um exemplo - especialmente porque ele tinha documentação atual sobre o que se tornou um sistema de vigilância extraordinariamente grande usado de forma rotineira. Então ele teve que fugir dos Estados Unidos para ter qualquer esperança de liberdade.
 
Terra - Você insistiu que nos comunicássemos através de e-mails criptografados. Por que tomou essa precaução?
 
Drake - Eu tenho que assumir que alguém está lendo meus e-mails por causa do que eu passei. E eu quero tornar esta leitura um pouco mais difícil para a NSA, usando criptografia. Eles estão interessados em mim porque eu posso confirmar as acusações de Snowden sobre as bases desses programas e como eles evoluíram ao longo do tempo. Além disso, quando falo com repórteres eu sei que todos eles de alguma forma estão sendo vigiados pelo governo. Até mesmo você.
 
Espionagem americana no Brasil
 
Matéria do jornal O Globo de 6 de julho denunciou que brasileiros, pessoas em trânsito pelo Brasil e também empresas podem ter sido espionados pela Agência de Segurança Nacional dos Estados Unidos (National Security Agency - NSA, na sigla em inglês), que virou alvo de polêmicas após denúncias do ex-técnico da inteligência americana Edward Snowden. A NSA teria utilizado um programa chamado Fairview, em parceria com uma empresa de telefonia americana, que fornece dados de redes de comunicação ao governo do país. Com relações comerciais com empresas de diversos países, a empresa oferece também informações sobre usuários de redes de comunicação de outras nações, ampliando o alcance da espionagem da inteligência do governo dos EUA.
 
Ainda segundo o jornal, uma das estações de espionagem utilizadas por agentes da NSA, em parceria com a Agência Central de Inteligência (CIA) funcionou em Brasília, pelo menos até 2002. Outros documentos apontam que escritórios da Embaixada do Brasil em Washington e da missão brasileira nas Nações Unidas, em Nova York, teriam sido alvos da agência.
 
Logo após a denúncia, a diplomacia brasileira cobrou explicações do governo americano. O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, afirmou que o País reagiu com “preocupação” ao caso.
 
O embaixador dos Estados Unidos, Thomas Shannon negou que o governo americano colete dados em território brasileiro e afirmou também que não houve a cooperação de empresas brasileiras com o serviço secreto americano.
 
Por conta do caso, o governo brasileiro determinou que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) verifique se empresas de telecomunicações sediadas no País violaram o sigilo de dados e de comunicação telefônica. A Polícia Federal também instaurou inquérito para apurar as informações sobre o caso.
TERRA..SNB

China lança três satélites de Pesquisa

RIA Novosti) - A China Long March-4C foguete portador orbitou com sucesso três satélites para experiências científicas, no sábado, a agência estatal de notícias Xinhuainformou .
O lançamento ocorreu em 03:37, horário de Moscou no sábado [23:37 GMT no domingo] a partir da plataforma de lançamento no Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan em Taiyuan, capital do norte da China província de Shanxi.
Os três satélites - Chuangxin-3, Shiyan-7 e Shijian-15 - será utilizado ", principalmente para a realização de experimentos científicos em tecnologias de manutenção do espaço", informou a agência.
Foi o lançamento do 179 por um foguete Longa Marcha.
SNB