sexta-feira, 21 de junho de 2013

O Brasil diante da turbulência

O Estado de S.Paulo
O dólar disparou em todo o mundo, nos últimos dois dias, numa reação talvez desproporcional à fala de Ben Bernanke, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). No Brasil, a moeda americana chegou a R$ 2,26, ontem, recuou ligeiramente depois de forte intervenção da autoridade monetária e voltou a subir. No meio da tarde, o dólar havia subido o,42% em relação ao euro, 1,62% diante do iene e 2,30% nas trocas com o real. Bernanke, no entanto, havia tentado transmitir um recado tranquilizador, negando a hipótese de qualquer mudança brusca na política de estímulos à economia dos Estados Unidos.
Os juros básicos devem continuar entre zero e 0,25% enquanto o desemprego permanecer acima de 6,5% e a inflação estiver no máximo em 2,5% (atualmente a alta de preços é inferior à meta de longo prazo, de 2%). Além disso, a irrigação do mercado com a compra de títulos no valor de US$ 85 bilhões mensais só será reduzida gradualmente. A diminuição poderá começar até o fim do ano, se as condições da economia continuarem melhorando.
Se tudo correr muito bem, o programa talvez seja encerrado no meio de 2014. Nenhum indicador funcionará como gatilho e a mudança será gradual, insistiu o presidente do Fed. Não se pretende pisar no freio, mas desacelerar com cuidado, esclareceu. Todo esse cuidado foi inútil, pelo menos no resto da quarta-feira e ao longo da quinta. Os operadores do mercado financeiro reagiram como se Bernanke houvesse anunciado a rápida eliminação dos estímulos monetários e em breve o dólar devesse tornar-se escasso.
Não há como estimar com alguma segurança, neste momento, os novos pontos de equilíbrio entre o real e as principais moedas, nem quanto tempo será necessário para uma acomodação dos mercados. No Brasil, há quem projete a estabilização em R$ 2,30 ou mesmo R$ 2,40 por dólar, mas é difícil saber quanto há de cálculo e quanto de torcida nessa profecia. Conversa sobre tendência do câmbio nem sempre é apenas um exercício técnico. No fim da semana passada, a mediana das projeções coletadas no mercado pelo Banco Central (BC) estava em R$ 2,10 para o fim de 2013. Para dezembro de 2014 a previsão era de R$ 2,15. Não houve grande mudança nos fundamentos da economia nacional, nos últimos dias, nem na orientação anunciada pelos dirigentes do Fed.
A enorme agitação nos mercados cambiais deve ser explicável por uma combinação de fatores - insegurança, efeito manada, valorização excessiva de uma só parte da mensagem do Fed e, é claro, muita especulação. Mas é inútil, diante de um quadro como esse, esperar de um dia para outro um retorno à moderação e à racionalidade.
Tampouco adianta lamentar a injustiça dos fados. Governos precisam estar preparados para enfrentar solavancos e para impedir maiores estragos na economia. Mas também precisam, antes de tudo, agir com suficiente prudência, no dia a dia, para manter o País pouco vulnerável a turbulências financeiras.
O Brasil tem muita munição para responder aos desafios do mercado, neste momento, segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega. De fato, as reservas cambiais, na vizinhança de US$ 370 bilhões, devem ser mais que suficientes para intervenções durante algum tempo.
Só nessa quinta-feira, no entanto, o BC jogou no mercado cerca de US$ 3 bilhões. Isso foi necessário porque o Brasil está especialmente vulnerável à agitação nos mercados. Diante do real o dólar subiu mais do que em relação a outras moedas, tanto de países desenvolvidos quanto de emergentes. A segunda maior variação da moeda americana foi em relação à lira turca (1,85%). Mas a intervenção turca no mercado ficou em cerca de US$ 150 milhões.
Inflação elevada, baixo crescimento econômico, piora da situação fiscal e contas externas em deterioração já motivaram a imposição de um viés de baixa às perspectivas do País pela Standard & Poor's. A Moody's acaba de anunciar uma reavaliação, possivelmente negativa, do quadro brasileiro. Não dá para o governo, mais uma vez, culpar os estrangeiros pelas vicissitudes nacionais.
SNB

Colômbia Avibrás sua oferta de lançamento de foguetes múltiplo sistema Astros 2020

Divisão de Artilharia do Exército da Colômbiasolicitou citações, modelos de pesquisas de ordem de mercado que são oferecidos, os títulos e as condições para a seleção e aquisição de sistemas de lançamento múltiplo de foguetes em quantidades que não 9 baterias confirmadosUma das empresas foi convidado para os brasileiros Avibras Aeroespacial , que irá oferecer seu modelo ASTROS 2020 (Mk.7)recém-concebidos e adquiridos pelo Exército Brasileiro.
Para esta empresa, a Colômbia é um parceiro estratégico, com quem e, no passado, manteve conversações sobre o sistema ASTROS, modelo que as manifestações foram realizadas em 2007 ou 2008 no departamento de Huila, (centro do país ), com excelentes resultados.
A partir desta demonstração erroneamente declarou que o exército colombiano e implantado este sistema tem uma afirmação que não corresponde à realidade.
O modelo 2020 é um sistema que pode operar o AV-MT 300 Missile Matador (tático cruzeiro) eo foguete guiado SS40G (180 milímetros), com intervalos prolongados de até 300 quilômetros e um desempenho mais eficaz, reduziu os danos colaterais e menos funcionários e veículos foguete (até 25%).
O sistema ASTROS, nível de bateria consiste de um veículo de comando e controle, seis lançadores múltiplos, seis veículos de fornecimento de munições, um controle de fogo do veículo, um carro na garagem e um tempo de carro.
Cada lançador Astros 2020 artefatos podem disparar 16 saves. O AV míssil tático MT-300, você pode usar uma única ogiva de 200 quilos de alta ogiva de fragmentação explosiva ou 24 antipessoal ou antitanque granadas. Este míssil usa GPS e orientação inercial, permitindo alta precisão.
SNB

EN 214 - Inauguração da Fábrica do Blindado Guarani


SNB

A ‘nova cara’ dos M113 dos Fuzileiros

Tecnológico do Corpo de Fuzileiros Navais entregou o primeiro lote de sete Viaturas Blindadas Especiais Sobre Lagartas para a Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE). O serviço esta sendo feito a partir de “kits” fornecidos pela Israel Military Industries (IMI) e sob supervisão dessa empresa israelense.
Ao todo serão 30 veículos modernizados para o padrão MB1. Atualmente existem 24 do tipo transporte de tropa M113A1, dois do tipo M577A1 posto de comando, dois do tipo M125A1 porta-morteiro, um M113A1G de socorro e um XM806E1 oficina.
As melhorias incluem um motor Caterpillar C7, transmissão 3200SP Allison, kit de flutuabilidade, tanques de combustível externos, alternador de 200 amp e estação de armas Platt MR555 Mod 2.
O contrato foi feito em novembro de 2008 e as entregas ocorrerão até 2014. Todos os 30 veículos foram incorporados pela Companhia de Viaturas Anfíbias em 1977. Com a modernização, eles deverão operar por mais 20 anos.
Na foto abaixo o M113 dos Fuzileiros ao lado de um M113 do Exército em exposição durante a LAAD 2013.
SNB

País precisa investir em defesa cibernética, diz Amorim

ELEONORA DE LUCENA
De São Paulo
A descoberta de um sistema de megaespionagem nos EUA preocupa o Brasil e é preciso investir em "defesa cibernética". Quem faz o alerta é o ministro da Defesa Celso Amorim. Ele próprio desconfia que pode ter sido alvo de escutas telefônicas no passado.

O ministro advoga o desenvolvimento de um pensamento de defesa para a região, que priorize os recursos naturais. "O Brasil é um país muito rico, tem muitas reservas naturais. E esses recursos naturais podem ser objeto de cobiça", afirma. Para ele, é necessário criar uma base industrial de defesa comum na América do Sul.

Nesta entrevista, concedida em São Paulo, Amorim, 71, trata da Comissão da Verdade e comenta as manifestações pelo país, que, na sua visão, refletem o distanciamento entre as estruturas de governo e a população.

O que está acontecendo no Brasil?
Não é só no Brasil. Isso é um tipo de enigma que temos que decifrar. Há uma pluralidade de agentes, gente ligada e não ligada a partidos. Tem pessoas reclamando especificamente da passagem de ônibus, onde começou tudo. Não é só no Brasil. Nós aqui não temos problema de desemprego entre os jovens como ocorre na Europa. Há, talvez, um desejo de maior participação. Não é nesse governo ou no anterior. É uma coisa genérica que aflora de tempos em tempos afloram. É preciso entender as razões desse mal estar.

Onde está esse mal estar?
Sempre se tem uma coisa para reclamar, alguma razão para um mal estar. As estruturas de governo em geral acabam levando a um certo distanciamento entre a população e o poder, qualquer que seja o poder. Quando a economia está crescendo muito ou há um projeto novo sendo realizado, isso às vezes se dissolve um pouco. Mas volta e meia reaparece. A atitude da presidente Dilma --eu sou suspeito para falar porque sou do governo-- é muito positiva ao dizer que respeita o direito de se manifestar. A defesa do direito de se manifestar é o primeiro passo para se ter um diálogo e se poder entender. As razões podem ser difusas. É preciso entender esse desejo de participação mais direta da população. Não de se criar uma democracia direta, como é na Suíça, onde tudo tem referendo. Mas há esse desejo participativo.

Quais são as consequências políticas desse movimento?
Talvez isso acentue a necessidade de uma reforma política que de alguma maneira aproxime todas as estruturas de poder dos cidadãos e dos jovens em geral. Todos temos que desenvolver mecanismos, canais de comunicação para que essas inquietações sejam expressas. Não vejo consequência negativa para o partido A ou B.

As Forças Armadas podem ser chamadas?
Não vejo isso acontecer. Os órgãos de segurança pública tem perfeito controle da situação. A questão é saber se agem com maior rigor ou com maior comedimento. É um equilíbrio às vezes delicado, mas acho que isso é encontrável.

Como o sr. analisa essa megaespionagem envolvendo governo e empresas privadas descoberta nos EUA?
Vou fazer uma brincadeirinha. Fiquei até decepcionado que em 2009 eles se interessaram pela Turquia, África do Sul, pela Rússia e não se interessaram pelo Brasil. É porque falamos tudo com muita clareza, talvez. Em 2009 não participei da parte financeira, mas estava lá. Tive uma reunião com o ministro das relações exteriores inglês. Não sei se a nossa reunião não foi gravada também.

Mas como essa megaespionagem afeta o Brasil?
Isso faz parte desse mal estar não só no Brasil, mas no mundo. Essa ideia de que há um controle total sobre a vida dos cidadãos, que a liberdade é permanentemente cerceada. No Brasil, que eu saiba, não ocorre nada parecido. Mas de um modo geral isso cria um clima de mal estar com as estruturas políticas e poder no mundo inteiro. Sempre tem que encontrar um equilíbrio. Se você tem uma ameaça muito premente, talvez em certos momentos...

Mas os brasileiros que estão conectados não podem estar sendo espionados?
Podem também, é óbvio. Mas o que se conhece é mais das agências norte-americanas. Agora saiu sobre a britânica. Não me consta que nada tenha saído sobre as agências brasileiras. Mas brasileiros podem ser sim [espionados]. É uma coisa especulativa. Pessoas que estão em posições-chave podem ser objeto de uma vigilância mais constante. Vou dizer francamente. Em dois momentos eu achei que o meu telefone não aqui no Brasil, um deles até aqui no Brasil não sei por qual agência, que os meus telefones estavam sendo gravados. Um, quando meu morava nos EUA e era embaixador na ONU. Cuidava de três comissões sobre a questão do Iraque. Meu telefone começou a fazer um ruído muito estranho, e, quando acabou a comissão sobre Iraque, acabou o ruído também. Alí havia um foco óbvio.

O sr. pediu alguma investigação?
Não, porque o que eu falava lá, falava em público. Curiosamente, quando eu saí do governo Lula mas continuei com muitas atividades sobre a questão nuclear, a questão do Irã e recebia telefonemas de embaixadas, também achei estranho meu telefone particular aqui no Brasil, no Rio. Mas também já sumiu. Descobriram que eu sou ministro da Defesa, ficaram mais... Eu não sei quem. Foram duas situações que eu suspeito, mas nem tenho certeza. Nem da onde partiu, nem o que foi. Pode ter sido coincidência, mas a gente desconfia das coincidências.

Do ponto de vista da defesa, isso preocupa o Brasil?
Claro, por isso temos que ter a defesa cibernética. Para evitar que entrem nos nossos sistemas, que saibam o que a gente está planejando. Por isso criamos um centro de defesa cibernética no Exército, com recursos não se comparam com o que eu acho que seriam necessários. Deve ser mais ou menos um terço do que gasta a Inglaterra em defesa cibernética, cerca de R$ 70 milhões.

Isso garante?
Não, é um passo, pois não se tinha nada. É uma estrutura de defesa cibernética que tem se concentrado em grandes eventos. Ninguém vai se tronar totalmente invulnerável. Leio que a maior ameaça aos EUA é o ataque cibernético. E eles são o país que tem as estruturas mais bem protegidas.

O sr. falou de recursos orçamentários insuficientes. É preciso aumentar os gastos em defesa?
A área de defesa em sido razoavelmente bem tratada dentro desse contexto de dificuldades. O fundamental é a sociedade passar a considerar a defesa como uma coisa importante. Quanto mais o Brasil se projeta no mundo, mais importante isso se torna. É razoável pretendermos um aumento progressivo. Hoje em dia temos 1,5% do PIB em gastos com defesa. A média dos Brics é 2,5%. Em 10 anos deveríamos chegar a 2%.

As pessoas se perguntam por que queremos um submarino nuclear. Queremos porque o Brasil tem a maior costa atlântica do mundo e provavelmente a maior reserva de petróleo no fundo do mar no mundo. Isso exige um tipo de defesa que equipamentos mais tradicionais não são capazes de dar. O submarino é de propulsão nuclear, não terá armas. A vantagem é que permite ficar mais tempo submerso, dá mais autonomia para ficar submerso e não ser detectado, e, portanto capaz de defender.

Quando se pensa em defesa, se pensa em novas ameaças, que são reais: pirataria, narcotráfico, terrorismo. Mas não podemos estar seguros de que as chamadas velhas ameaças não se reproduzirão. O Brasil é um país muito rico, tem muitas reservas naturais. E esses recursos naturais podem ser objeto de cobiça. Pode até se conceber que conflitos entre terceiros países tenham reflexos no nosso. Até para eu isso não aconteça, temos que mostrar que temos uma certa capacidade. Aí entra o submarino nuclear, a defesa antiaérea, que aviões, sistema de comunicação nas fronteiras. Temos quase 17 mil km de fronteira com outros países, É muita coisa.

Dez vizinhos. Oito mil km de litoral, o maior litoral atlântico do mundo. Hoje em dia, o Brasil está fazendo cada vez mais parte dos clubes que tomam decisões no mundo. Então, tem que tomar conta da sua própria defesa.

Falando em ameaças convencionais, a criação da quarta frota norte-americana na região preocupa? Ela está relacionada com essa cobiça estrangeira que o sr. mencionou?
Não quero fazer um discurso de que estão todos querendo aqui. Não é bem assim. Não acho que a quarta frota foi feita por isso. Ela existiu, foi desativada e reativada. A quarta frota é, na realidade, uma frota virtual. O que não quer dizer que... Os americanos dizem que estão preocupados com narcotráfico, a pirataria. O fato é que isso, em certas situações, pode representar um incomôdo para o Brasil.

Mas o anúncio da reativação da quarta frota mais ou menos coincidiu com o anúncio o Pré-Sal, não?
Mais ou menos. Coincidiu com isso, com outras situações na região. Também com certos problemas na África. É motivo, sim, de preocupação. Ainda que sua existência seja de forma virtual, o fato de eles colocarem um olhar para cá. Não é por serem os EUA. Se fosse a China, a Rússia ou da Inglaterra, a preocupação seria idêntica. Nós queremos é manter o Atlântico Sul como uma zona de paz e cooperação, livre de armas nucleares.

Nós não sabemos o que esta quarta frota pode conter, que navios seriam chamados. Digamos que aja um problema que não seja conosco. Mas que navios portadores de armas nucleares façam parte de uma mobilização. Que problemas podem provocar? Existe essa preocupação em manter o Atlântico Sul como uma zona de paz. Mas para isso nos temos que cuidar da nossa defesa. Temos que ter uma cooperação com outros países, tanto na América do Sul, quanto da África. Temos trabalhado nesse sentido, intensificado nossa colaboração com países africanos.

A questão das bases dos EUA no continente preocupa?
O caso mais concreto foi na Colômbia e isso foi discutido. Acordos dos EUA com a Colômbia passaram a incluir cláusula especifica de respeito à integridade territorial dos Estados e soberania. Temos uma relação de muita confiança dentro do conselho de defesa sul-americano. Falo de qualquer base estrangeira. Qualquer aproximação mais forte, com presença física dentro do território sul-americano, claro que será motivo de preocupação.

O poder norte-americano está cadente no continente?
Os EUA são a maior potência do mundo. Não só econômica, mas cultural. 70% dos programas de entretenimento, se não for novela, são americanos. Esse poder não vai terminar de uma hora para outra. Não é contra ninguém. No conceito novo de defesa se pensa em capacidades, em ter capacidade, o que já serve de dissuasão para quem quer que seja. Aquela grande insegurança, quando houve a polêmica bases dos EUA na Colômbia, arrefeceu. Houve medidas de confiança. As forças armadas estão se falando mais na América do Sul, têm havido reuniões periódicas, temos trabalhado com transparência, até fazendo operações conjuntas.

Além disso, temos que, paulatinamente, criar uma base industrial de defesa comum. É uma coisa de muito longo prazo, que pode levar, 30, 40 anos, mas tem que começar. Como o Brasil é o mais aditado hoje na indústria de defesa, alguns projetos nasceram aqui. É o caso desse avião cargueiro que, no Brasil, vai substituir o Hércules. A argentina participa dele, a Colômbia estuda participar, além de países de fora da região. Outro exemplo: aprovamos no conselho de defesa sul-americano um avião treinador básico. É uma ideia argentina, mas estamos ajudando no projeto. Precisávamos de lança patrulha robusta para combater narcotráfico na Amazônia. Resolvemos comprar da Colômbia. Poderíamos ter comprado da Suécia ou de outros países. Da mesma maneira, vendemos supertucanos para a Colômbia. Entendo que não é vender, mas contribuir para o desenvolvimento da indústria local.

Temos, assim, várias dimensões: criação de confiança; indústria de defesa e criar um pensamento sul-americano comum, que leve em conta as hipóteses que são mais prováveis para nós. Valorizo nossa cooperação com EUA e Canadá. Os problemas deles não são os nossos. Nós temos que combater o terrorismo como em qualquer lugar do mundo, mas não temos uma guerra global contra o terror, como identificação quase que religiosa. Temos que ver os nossos problemas. Quando olho para a América do Sul e nossos problemas comuns, o principal deles vai ser a defesa dos nossos recursos naturais. A América do Sul é grande produtora de alimentos, grande detentora de recursos de energia, maior detentora de água, grande detentora de biodiversidade. A especificidade sul-americana é a defesa dos recursos naturais. A nossa prioridade tem que ser a América do Sul e tem que haver um pensamento sul-americano em função dos nossos problemas. Não é um pensamento único, tem que admitir uma pluralidade de situações, mas com elementos comuns. O principal é a questão da defesa dos recursos naturais.

Depois do desmonte nos anos 1990, a indústria bélica no país entrou em processo de desnacionalização. Isso preocupa?
Não sou contra qualquer associação. O problema é saber como se maneja as associações. Aconteceu com uma empresa brasileira que produzia um componente essencial para o combustível de lançadores de satélite. Era uma petroquímica, foi comprada por uma petroquímica maior, e a petroquímica foi vendida para a Alemanha. Outro dia quisemos comprar esse combustível da Alemanha e disseram que não vendem porque é estratégico. Temos que voltar a desenvolver, e estamos tratando disso. Isso aconteceu há 20, 15 anos. Há essa preocupação. Acabamos de inaugurar, na Iveco, uma linha de fabricação do Guarani, em função de encomenda do Exército. A Fiat é uma empresa europeia, mas está no Brasil há muitos anos e a patente do veículo é do Exército brasileiro. No caso do submarino nuclear jamais poderíamos fazer sozinhos. No caso da aviação temos a Embraer. Na defesa antiaérea, vamos comprar um sistema russo, mas não vamos comprar ele pronto. Vamos usar radares brasileiros. Há empresas como a Avibras. Por outro lado, criamos uma legislação muito importante para empresas estratégicas de defesa. Exige valor agregado no país, controle decisório no país. O Brasil tem que fazer valer o seu poder de barganha. Os países que têm potencial de crescer na área de defesa são os emergentes, porque suas necessidades de defesa vão aumentar. Isso nos dá um enorme poder de barganha. Queremos ter certeza de que a absorção de tecnologia vai ocorrer. A presidente Dilma está muito preocupada com isso.

Sobre a novela dos caças, qual a perspectiva de decisão?
Não cheguei ao ponto de poder dizer assim: últimos capítulos. Estamos chegando perto dos últimos capítulos. Não tenho bola de cristal. A parte minha já foi feita. Estamos num processo ativo de análise que permita a presidente tomar uma decisão. Creio eu que possa ser tomada neste ano.

O fato de a Embraer ter ganho uma concorrência nos EUA de alguma maneira influencia a decisão?
É uma resposta que eu prefiro nem dar, porque qualquer resposta que eu dê vai dar uma leitura errada.

A Comissão da Verdade pede documentos e alguns integrantes defendem a revisão da lei da Anistia. As Forças Armadas dizem que eles não existem e resistem a admitir a tortura. Como desatar esse nó?
Temos buscado cooperar o máximo com a Comissão da Verdade. Obviamente não vou dizer que seja um processo fácil. Mandei uma quantidade enorme, mais de 500 mil documentos, e as pessoas têm que ir lá pesquisar. Inclusive cinquenta volumes encadernados do antigo EMFA. Não sei se tem o que a Comissão da Verdade está procurando, mas há vários documentos de várias naturezas que eram secretos e que foram mandados também para o arquivo nacional. Pessoalmente estive sempre muito empenhado em facilitar o diálogo e a comunicação entre a comissão e as forças. Até promovi um almoço com membros da Comissão e comandantes das Forças. Para possibilitar esse diálogo criamos mecanismos para que isso continue. Temos respondido às perguntas.

Os documentos existem? Não tenho nenhuma razão para não crer no que me dizem os comandantes. O que eles dizem é que o que tinha foi destruído. Acho até que isso tem uma certa lógica, independentemente do ponto de vista sobre o fato. Não estou discutindo a legitimidade ou legalidade da destruição. Alegam que a legislação da época permitia. Não me pronuncio sobre isso. Eles dizem que foi destruído e que não tem. Se alguns da reserva levaram para casa, isso é outra questão. A maneira como a Comissão da Verdade tem prosseguido, inclusive com audiências públicas, vai contribuir para que se saiba mais proximamente, com o grau de precisão possível, o que aconteceu. Haverá sempre insatisfação, mas tenho trabalhado com o máximo de abertura. Estou convencido que os comandantes têm procurado cooperar também.

A revisão da lei da anistia não está na agenda do governo. O momento histórico que estamos vivendo é esse. A lei que criou a Comissão da Verdade, por praticamente unanimidade no Congresso, se baseia em certos pressupostos. Ela reafirma a vigência da Lei da Anistia. Esse é o quadro legal que existe.

O sr. sente polarização, ressentimento?
O interesse do Brasil é conhecer a verdade. Quanto mais a gente reforça essa ideia de dois lados, mais difícil fica conhecer a verdade plenamente e passar para o futuro. A Comissão da Verdade é para apurar os fatos. E os fatos falam por si só uma vez apurados.

Como as Forças Armadas acompanham esse processo. Reavivou feridas?
Não vejo. As palavras, às vezes aqui ou ali, podem causar incômodo. Um ou outro procedimento. Mas percebem que o momento histórico do Brasil exige uma cooperação efetiva com a comissão que está encarregada de apurar os fatos. Acho que têm cooperado e reafirmado decisão de cooperar. É preciso que essa confiança se crie, se desenvolva. Tenho confiança nisso.

Vai sempre haver interpretações do que os fatos foram, sempre vai haver alguma diferença. Com o tempo, a sociedade brasileira vai formar sua visão histórica e vai compreender melhor. O importante é apurar os fatos e fazer com que eles apareçam. Mais tarde haverá interpretações diferentes. Tem gente que até hoje interpreta a revolução francesa. Tem gente que acha que foi um grande avanço, tem gente que não. Isso é coisa para os historiadores. O importante é que os fatos sejam apurados na sua maior integralidade e nós estamos cooperando com isso.

Qual a diferença entre Lula e Dilma?
Um pensador disse que diz o estilo é o homem. Agora o estilo é uma mulher. As posições básicas são muito parecidas, mas cada momento apresenta seus próprios desafios. Eu me sinto bem nos dois governos.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom)
Ministério da Defesa
SNB

quinta-feira, 20 de junho de 2013

VANT – Veículo Aéreo Não Tripulado PROJETO FINEP

O VANT é um termo genérico que identifica uma aeronave que pode voar sem tripulação, projetada para operar em situações perigosas e/ou repetitivas em regiões consideradas de risco ou de acesso restrito.  O VANT que vem sendo desenvolvido pela 360 Aeronáutica é um veículo leve que pode ser operado remotamente, ou efetuar missões programadas sem necessidade de um operador.

O aparelho será equipado com sensores de posição via satélite, rádio transmissor, câmera infravermelha, câmera de vídeo e software embarcado para identificação de pessoas e objetos previamente programados. Utilizará motores elétricos, mais confiáveis, limpos, silenciosos, econômicos e fáceis de manutenção. Será equipado com células fotovoltaicas o que permite o recarregamento de energia durante o vôo e sua permanência no ar por periodos de vários dias.
É destinado a aplicações civis para execução das seguintes tarefas:
  • busca marítima ou terrestre;
  • monitoramento de queimadas;
  • identificação de áreas de risco em tempo real;
  • vistoria aérea em linhas de transmissão elétrica;
  • monitoramento de reservas naturais;
  • monitoramento em áreas de produção agrícola.
Um veículo aéreo não tripulado equipado com motorização elétrica e células fotovoltaicas será visto pelos clientes como uma opção ecologicamente correta e mais econômica para aplicações que envolvam monitoramento.
O projeto foi aprovado em setembro de 2009 na terceira fase do PRIME (Programa Primeira Empresa Inovadora) da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) do Ministério da Ciência e Tecnologia.
SNB

Drone Vendas florescer em tempos de austeridade


O uso de não-tripulados drones de vigilância e ataques anti-guerrilha-alvo tem sido recentemente foco de controvérsia ética e política.Apesar de toda a crítica, e numa altura em que os orçamentos de austeridade estão a provocar cortes profundos nas encomendas para o combate tripulada, transporte e aviões-tanque, os construtores de aviões não tripulados estão prosperando.
Para os planejadores da defesa e estrategistas militares, as múltiplas capacidades de missão de drones, suas tecnologias sofisticadas e sua adequação para guerra não convencional dá-lhes uma clara vantagem sobre programas de aeronaves tripuladas, que cada vez mais se parecem com um resquício de planejamento da Guerra Fria.
Variando em tamanho de mão-lançados unidades de reconhecimento para o combate urbano para gigante experimental ofício vigilância movido a energia solar destinado a permanecer no ar por até cinco anos, a drones, formalmente conhecido como veículos aéreos não tripulados, ou UAV das, não são baratos, mas são cada vez mais onipresentes.
David Kilcullen, assessor de contra-insurgência, que trabalhou com o general David Petraeus do Exército dos EUA no Iraque e no Afeganistão, disse que 70 países já estavam envolvidos com drones de alguma forma.
Michael Richter, diretor da indústria aeroespacial e de defesa de banca de investimento para o banco de investimento Lazard, em Los Angeles, disse que a lei sequestro de orçamento dos EUA iria cortar os gastos de defesa dos EUA para 551,000 milhões dólar no próximo ano a partir de 587.000 milhões dólar este ano, com uma nova queda na perspectiva para 505 dólares bilhões em 2015 e 2016.
Ainda assim, os programas de cibersegurança zumbido e é provável que sejam relativamente resistentes aos cortes devido à sua importância crítica percebida, disse.
Drones dos EUA já em uso operacional incluem a mão-lançado AeroVironment RQ-11 Raven, efetivamente, uma câmera voadora que fornece suporte para as tropas em combate corpo a corpo, ea Northrop Grumman RQ-4 Global Hawk, que pode ser programado para operar praticamente de forma autônoma, sem um controlador em terra.O Global Hawk pode tirar da Califórnia, voar através dos Estados Unidos para mapear o estado de Maine, e depois voltar para a Califórnia.
Mais familiar ao público por causa de ataques de alto perfil contra a Al Qaeda e outros alvos são General Atomics 'MQ-1 Predator eo MQ-9 Reaper.
Programas de desenvolvimento incluem a Northrop Grumman X-47B, um robô de combate baseado em transportadora experimental. O programa deu um passo adiante recentemente com uma catapulta lançando os EUA a partir de porta-aviões George HW Bush, após testes bem sucedidos em terra de desembarques usando prender os fios.
Micah Zenko, um membro no Conselho de Relações Exteriores, EUA, disse que espera que drones armados seria capaz de realizar missões baseadas transportadora daqui a cinco anos.
Outro empreendimento de alta tecnologia é um programa de pesquisa Águia Solar da Boeing, programado para começar a testar no próximo ano e pretende desenvolver uma aeronave que poderia ficar no ar por até cinco anos.
Philip Finnegan, diretor de análise corporativa da Teal Group, uma firma de consultoria aeroespacial sediada em Fairfax, Virginia, disse esperar que o orçamento de 2014 dos EUA para propor reduções em programas de aviões não tripulados já existentes em favor de "sistemas de última geração, furtivos, com mais poder, e capaz de operar de forma autônoma se preso por adversários. "
Entre os principais concorrentes para os fabricantes de aviões não tripulados dos EUA, Sr. Finnegan lista empresas israelenses - em alguns casos, trabalhando com parceiros indianos - e programas brasileiros destinados a necessidade do país para patrulhar as fronteiras da selva distantes e um litoral Atlântico longo.
Também despontando como futuros concorrentes, em vista do Sr. Finnegan, são turco Aerospace Industries; Denel, aeroespacial estatal Sul-Africano e grupo de tecnologia de defesa, e algumas empresas chinesas.
No campo mais tradicional de aeronaves militares pilotado, alguns novos jogadores com o objetivo de segmentos de nicho com potencial de longo prazo substancial. Um exemplo é a Embraer, do Brasil, que é a adição de capacidades militares convencionais e não-tripulada de vôo para o seu negócio de aviação comercial do núcleo. Na frente militar convencional, seus KC-390 twin-jet transporte aéreo tático e avião-tanque está programado para fazer o seu primeiro voo até o final de 2014, com entrada em serviço prevista para 2016.
O KC-390 é destinado a um mercado global potencial tão grande quanto $ 50 bilhões, de acordo com Luiz Carlos Aguiar, diretor de defesa da Embraer e da divisão de segurança.Sr. Aguiar, disse que a empresa estava projetando 1.250 milhões dólares em receitas militar deste ano, um aumento de 25 por cento a partir de 2012. Sua equipe identificou mais de 2.000 aeronaves no segmento de KC-390 do mercado, dos quais 723 estão dentro do alcance potencial da Embraer, deixando de fora os mercados fechados para que a controles de exportação ou outros fatores. O programa já possui 60 cartas de intenção das forças aéreas da Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, República Checa e Portugal.
"Nós vamos anunciar em breve possíveis futuras parcerias, incluindo um estudo conjunto com a Boeing", disse Aguiar.
Na frente aeronaves não tripuladas, a Embraer detém uma participação controladora em uma joint venture com a Avibras do Brasil e uma empresa israelense, com o objetivo de construir e vender aviões teleguiados para o trabalho de vigilância para reforçar o controlo das fronteiras brasileiras.
Para aviões militares tripulados, ao contrário, a perspectiva é sombria.
Para Lockheed Martin F-35 , o furtivo chamada geração multirole avião quinto, que é o maior programa do mundo atual militar desenvolvimento, Richard Aboulafia, vice-presidente da Teal Group, prevê que a aquisição da Força Aérea dos EUA é "provavelmente a cair cerca de 1.200 para 1.400 unidades ", quase metade dos atuais planos de comprar mais do que 2400 e muito abaixo do inicialmente projetado 3100. Os EUA Marine Corps poderia tomar outra 420, modificada para o portador convencional ou de curto decolagem e vertical operações de desembarque, e 260 da Marinha os EUA, disse ele.
Grã-Bretanha, que é parceira no programa - BAE Systems tem uma participação de 12 por cento - concordou em comprar 138 unidades.
Outros compradores, por agora, incluir a Turquia, o que poderia levar 116 e, potencialmente, como muitos como 200; Austrália, como muitos como 100; Itália, 90; Canadá, 65, a Holanda, 60 a 85, a Noruega, 56, o Japão, 42; Dinamarca, 30, e Israel, 20.
Vários clientes são relatados para ser infeliz sobre entregas atrasadas eo aumento dos preços, no entanto, e todos esses números ainda podem mudar. A Itália já cortou sua ordem de 131 e na Dinamarca a partir de 48.
Olhando para fora dos Estados Unidos, Aboulafia disse que os programas militares mais europeus têm potencial limitado.
A França já anunciou uma redução na sua aquisição total da Dassault Aviation Rafale lutador para 225 de 286. A Índia, por sua vez, no início do ano passado nomeou o Rafale como a sua primeira escolha para 126 aviões - mas não se comprometeu a uma ordem.
Com as economias do Sul da Europa austeridade no modo completo, o Eurofighter Typhoon também está vendo cortes nas compras projetadas pela Espanha, que confirmou em agosto que planejava adiar a sua compra de 12 dos aviões.
SNB