domingo, 24 de março de 2013

Rússia prorroga acordo espacial com Estados Unidos

O Primeiro-Ministro Dmitri Medvedev assinou um decreto para estender o acordo de cooperação entre a Rússia e os Estados Unidos para a utilização e a exploração do espaço sideral até 2020, segundo informou o Governo russo no sábado, 23.A prorrogação da validade do acordo corresponde aos interesses da Rússia e vai ajudar a promover a implementação eficaz de seus programas espaciais, bem como os projetos comuns russo-americanos no espaço, incluindo a exploração da Lua e de Marte" – informou o comunicado no site oficial do Governo.
Outro alvo do acordo é a Estação Espacial Internacional, para onde os astronautas americanos viajam a bordo de naves e foguetes russos.
Originalmente assinado em 17 de junho de 1992, o acordo de cooperação espacial russo-americano entre a NASA e a Agência Espacial Russa (Roscosmos) foi prorrogado em 1997, 2002 e 2007.
A cooperação espacial russo-americana é vista como um dos aspectos mais bem-sucedidos nas relações bilaterais.
DÍARÍO DA RÚSSIA...SNB

Gasoduto iraniano: Paquistão desafia os EUA


Embora a ONU jamais tenha imposto sanções contra o setor de energia do Irã, o governo dos EUA opôs-se à decisão do Paquistão, de iniciar afinal a construção de um óleo-gasoduto que o unirá ao Irã. Para os EUA, o negócio implicaria "violação das sanções impostas pela ONU contra o programa nuclear do Irã".[Ler (em inglês): "Saving the Peace Pipeline"]. Ao que parece, os EUA mais uma vez confundem suas próprias leis e as leis da comunidade internacional.
Por Kaveh L Afrasiabi, no Asia Times Online
Na segunda-feira (11) passada, o Presidente Mahmoud Ahmadinejad do Irã e o Presidente do Paquistão, Asif Zardari, deram início oficial à construção da porção paquistanesa do óleo-gasoduto, que percorrerá 1.600 quilômetros. Batizado de "óleo-gasoduto da paz", o projeto começou a ser traçado em 1994, como projeto trilateral Irã-Paquistão-Índia (IPI). (Em 2009, apesar de suas graves carências de energia, mas pressionada pelos EUA, a Índia abandonou o projeto).Como seria de esperar-se, a grande imprensa-empresa ocidental já adotou ativa posição contra o gasoduto Irã-Paquistão. Foi chamado de "delírio", "sonho fantasioso", com repetidos comentário sobre a impossibilidade de o Paquistão conseguir arcar com gastos da ordem de US$1,5 bilhão, para completar uma linha de transmissão de gás pela qual passarão, por dia, 750 milhões de pés cúbicos de gás natural, diretamente bombeados para o coração da economia paquistanesa sequiosa de energia.
Nada justifica o pessimismo "jornalístico". Com o Paquistão atormentado por racionamentos de energia, numa economia que precisa crescer, esse gasoduto é "assunto de interesse nacional do Paquistão", como disse a Ministra de Relações Exteriores", Hina Rabbani.
Os dois países também assinaram acordo para construir uma refinaria em Gwadar, província do Baloquistão, no sudoeste do Paquistão, com capacidade para refinar 400 mil barris de petróleo. Especialistas estrangeiros, como Dan Millison do Banco de Desenvolvimento Asiático [orig. Asian Development Bank (ADB)], é otimista. Millison defendeu uma avaliação feita pelo ADB, sobre o "óleo-gasoduto da paz" baseada exclusivamente em aspectos econômicos e considerando a crescente demanda por energia no subcontinente.
A grande questão é: quando o óleo-gasoduto Irã-Paquistão estiver completado, como a Índia conseguirá resistir à tentação de renovar o pedido para conectar-se a ele, questão que permanece adormecida? Em 2005, o Primeiro-Ministro da Índia, Manmohan Singh disse que "estamos desesperadamente carentes de energia e de novas fontes de energia".
Do ponto de vista dos EUA, o anúncio feito por Ahmadinejad-Zardari na fronteira entre Irã e Paquistão, significa várias coisas, de várias faces: em primeiro lugar, o negócio é o primeiro grande desafio importante, em palco internacional, contra as sanções unilaterias que os EUA impuseram ao setor de energia do Irã. A significação do desafio vai bem além das relações bilaterais entre os dois vizinhos na Ásia e bem pode servir como exemplo a ser seguido por outras nações.
[Depois do evento, a porta-voz do Departamento de Estado Victoria Nuland disse: "Estamos gravemente preocupados, se esse projeto realmente avançar, que tenhamos de disparar a Lei das Sanções contra o Irã" - segundo matéria da Agência France-Presse. - "Temos jogado limpo com os paquistaneses sobre essas preocupações. Já vimos esse gasoduto ser anunciado 10, 15 vezes antes, no passado. Temos de ver, portanto, o que realmente acontece"].
Em segundo lugar, o óleo-gasoduto é uma oportuna brecha, para Teerã, que padece sob pressões econômicas do ocidente. Enfraquece a política de alavancagem dos EUA nas negociações nucleares, que estão em ponto crucial.
A terceira razão pela qual o óleo-gasoduto é má notícia para os EUA é que ele põe Washington em rota de confrontação com o Paquistão, seu importante parceiro na "guerra ao terror", destinado a desempenhar papel chave no Afeganistão depois da retirada dos EUA, planejada para 2014. O dilema dos EUA é como esperar que o Paquistão desempenhe papel de maior estabilizador, se, simultaneamente, os EUA o ameaçam com sanções (colaterais), nos termos da Lei das Sanções norte-americana?
Em quarto lugar, os EUA preocupam-se, em silêncio, sobre alguma futura virada na Índia, que estimule uma atitude de desafio pelo Paquistão. Qualquer movimento dos paquistaneses para contornar as pressões norte-americanas, pode levar Nova Delhi a voltar a pensar em se conectar ao óleo-gasoduto iraniano.
Se isso acontecer, os EUA comerão o pão que o diabo amassou para evitar grandes torvelinhos em sua política para a Índia, ou enfrentar novas e graves dores de cabeça em sua política externa em todo o mundo. Teste limite para a hegemonia dos EUA no pós-Guerra Fria, o sucesso ou o fracasso da política de sanções dos EUA contra o Irã afeta todo o quadro da política global dos e da liderança global dos EUA.
Para impedir que a questão entre em espiral incontrolável, é indispensável que os EUA produzam política mais realista para o Irã - política que considere a viabilidade de um acordo para "suspender a suspensão", pelo qual o Irã poria fim ao enriquecimento de urânio a 20%, em troca do fim das principais sanções.
O acordo para a construção do óleo-gasoduto Irã-Paquistão evidencia que os EUA estão cada da mais isolados na batalha pelo Irã. As sanções dos EUA contra o Irã não passam de violência sem qualquer plano de jogo. Quanto mais depressa os políticos dos EUA entenderem isso, melhor.
Fonte Redecastorphoto. Traduzido pelo Coletivo de Tradutores da Vila Vudu
SNB

Os estranhos" da Antártida

Elena Kovachich 

Um antigo lago foi encontrado na zona de atividade sísmica. Na conseqüência de um terremoto formou-se uma brecha no fundo lago. Das entranhas da Terra chegaram à superfície seres antes desconhecidos. Eles cresceram rapidamente e transformaram-se em enormes monstros. Agora a humanidade está à beira da catástrofe. Poucos conseguirão salvar-se dos “estranhos”.

É um enredo típico de blockbuster ou realidade assustadora? Cientistas peterburguenses encontraram vida extraterrestre. Genéticos do Instituto de física nuclear afirmam que micro-organismos do lago Vostok, debaixo do gelo na Antártida, não correspondem a nenhuma das classes conhecidas. Seu DNA coincide em menos de 86% com espécies conhecidas de bactérias. E isto significa que temos “estranhos”. Como é impossível identificar o achado, vale a pena falar não de descoberta de bactéria, mas apenas de descoberta de DNA desconhecido- explicou à Voz da Rússia o chefe da expedição Ártica e Antártica Valery Lukin:
“Por enquanto nós descobrimos apenas o DNA dessa bactéria. Pesquisas preliminares não deram ainda qualquer informação sobre a fisiologia desse organismo, sobre as condições de sua habitação. Não temos ainda essas informações. Nós descobrimos que certo modelo simplesmente existe. É parte integrante do meio ambiente. Mas, nós não sabemos mais nada sobre este organismo.”
Para obter informação mais completa os cientistas necessitam continuar as pesquisas. Trata-se, sobretudo, do uso de métodos de microbiologia clássica, de modos de cultivo de amostras em caldo de cultura para estudo ulterior dos “desconhecidos”. Mas já se pode agora afirmar que eles não nos oferecem nenhum  risco – salienta o especialista.
“Este microorganismo vive em condições ímpares, que não se encontra mais em nenhum lugar, com exceção do lago Vostok. Elas não existem na Terra. E quando ele for trazido para a superfície ele simplesmente morrerá. Porque ele não está adaptado para viver nas condições existentes na superfície. Por isso ele não pode representar qualquer ameaça à humanidade.”
Então este enredo de filme de terror não ameaça a humanidade na vida real. É verdade que não se exclui a possibilidade de existirem outros seres desconhecidos debaixo da couraça de gelo do lago. O Vostok é um ecossistema fechado ímpar, totalmente isolado da atmosfera da Terra. É o único análogo de oceanos debaixo do gelo, encontrados em outros planetas – nos satélites de Júpiter e Saturno. A descoberta de novas espécies de bactérias nos ajudaria a saber mais sobre as formas de vida na Terra, sobre a evolução e mudança do clima.
Há cerca de 30 anos prossegue a escavação do gelo que cobre o lago antártico. Entretanto apenas no ano passado os exploradores polares consequiram chegar à sua superfície. Na academia de ciências este acontecimento foi comparado à descida em Marte. Durante milhões de anos o lago esteve totalmente isolado da superfície terrestre. Ninguém sabe quem vive lá e de onde surgiu esta vida. Mesmo se são apenas bactérias, seu estudo pode se tornar um avanço na ciência. Mais do que isto, com a ajuda dos métodos usados para classificação destes organismos – dizem os cientistas – pode-se criar métodos de busca de formas de vida extraterrestres.
VOZ DA RUSSIA ...SNB

sábado, 23 de março de 2013

O Ministério do Interior abre licitação para adquirir rifles de assalto Paraguai à Polícia Nacional


Ministério do Interior do Paraguai, abriu um concurso para a aquisição de 735 fuzis 5,56 milímetros para a Polícia Nacional .
A Ordem solicitou cotações para que a quantidade de armas de fogo, calibre 5,56 milímetros x 45 NATO, com o modo de disparo seguro, carregador semi-automático e automático de 35 balas (mínimo), 3 kg de peso máximo, 735 milímetros de comprimento máximo e 655 milímetros com bunda extraídos com retraído cabeça e focinho velocidade de 700 m / s (aproximadamente).
Pede também que as ferramentas não devem ser utilizados para desmontar / montar a arma tem de ter sido testado em condições adversas e extremas (neve, água, areia, etc), de manutenção e de operação deve ser fácil e confortável, capaz de ser usado por hábil e sinistro, tendo selector de fogo de ambos os lados da arma, deve ter slides parar para permitir a mudança do carregador sem ter que recarregar a arma quando ela fica sem munição, taxa de incêndio, pelo menos 700 tiros por minuto , cabeça do cilindro telescópico pelo menos cinco posições, o corpo e os mecanismos do rifle deve ser de aço de alta qualidade, deve ter cinco Picatinny trilhos fixa (costas, baixo, frontal, superior esquerdo e direito) e freio de boca rifle deve ser .
As armas devem ser entregues em sua totalidade dentro de 120 dias após o concurso previsto.
A data para apresentação de propostas é até 28 de novembro deste ano .
SNB

O uruguaio Força Aérea manifesta interesse em F-5 Tiger III do Chile


 Montevidéu tem acontecido durante a visita de uma delegação da Força Aérea do Chile em Montevidéu, enquadrado nas comemorações pelos 100 anos da aviação militar no Uruguai, que contatos foram feitos com a transferência de até 12 F-5 Tiger III para aForça Aérea Uruguaia . A FACh chegou com um grupo de F-5 Tiger III (que incluiu um treinador de dois lugares), acompanhada por um avião-tanque Boeing KC-135 que reabastecido duas vezes no ar para um voo para Punta Arenas juntou Montevidéu (1300 milhas) quase vôo de três horas. Além disso, fora do registro, verificou-se que o custo de 12 unidades seria em torno de 80 milhões.
O uruguaio Força Aérea está em pleno processo de seleção de uma aeronave interceptadora para complementar os radares 3D Lanza , já que atualmente só tem aviões A37b Dragonfl e IA58 Pucará (suplementada por PC-7U), tanto de ataque ao solo e não têm os recursos necessários para uma interceptação rápida e guiado por um radar a bordo. Entre osaviões testados incluem o Yak-130 russo e L-15 Chinês (ambos capazes multirole avançada formadores), mas o interesse não muito tempo atrás expressa (novamente) para aeronaves F-5, um avião que tem sido historicamente o FAU favorito.
O F-5 Tiger III da FACH é uma aeronave que tem sido continuamente melhorado os padrões de geração com radar multimodo Elta EL/M-2032, sistemas melhorados RWR, HOTAS, HUD EL-OP 2 e capacete DASH III míssil Python III, IV e, mais recentemente, o Derby de mísseis BVR que implicou alterações recentes aviônicos da aeronave.
SNB

Bola de fogo' cruza o céu dos EUA; Nasa fala em meteoro


Uma "bola de fogo" cruzou o céu da costa leste dos Estados Unidos na noite desta sexta-feira (22). Segundo veículos de mídia americanos, trata-se de um meteoro. 
Uma reportagem da rede "CBS DC" afirma que o meteoro foi visto nos Estados do Delaware e de Nova Jersey, por volta das 19h53 (hora local).A câmera de segurança de um estacionamento em Seaford, no Delaware, registrou imagens do momento exato em que a "bola de fogo" cruza o céu da cidade.
De acordo com o especialista Bill Cook, chefe do escritório de Meio Ambiente da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), o fenômeno "parece ser um evento único de meteoro". 
Baseado nas imagens do vídeo, o especialista diz ainda que a bola de fogo parece "se movimentar para o sudeste" do país.
O meteorologista Dan Satterfield , ouvido pela rede de TV "WBOC", também falou em meteoro e disse, citando testemunhas, que ele se partiu em três pedaços e se dissipou rapidamente no espaço. 
Baseado nesses relatos, o especialista adiantou que "ao que parece, ele não chegou a atingir o chão". Outras testemunhas relataram à "CBS DC" terem ouvido um estampido.
Em fevereiro, um meteoro que passou sobre a região russa de Tcheliabinsk, nos montes Urais, deixou mais de mil pessoas feridas.
A partir de então, o tema não tem mais saído dos noticiários, e os astrônomos vêm pedindo métodos mais eficazes de detecção dos astros que podem se chocar com a Terra.
UOLNOTICIAS........SNB

ESPAÇO - R$ 9 bi para formar mão de obra


Estimativas apontam para a necessidade de contratação de mais de 3 mil profissionais nos próximos dois anos
Para evitar um apagão de mão de obra no desenvolvimento de suas atividades espaciais, o governo pretende acelerar a formação de profissionais altamente qualificados no setor, com investimentos de R$ 9,1 bilhões no período 2012-2021.
Caso todas as promessas de investimentos realmente saiam do papel, estimativas extraoficiais apontam a necessidade de contratação de mais 3 mil profissionais nos próximos dois anos. O número engloba não só cientistas e engenheiros aeroespaciais, mas também especialistas envolvidos em outras áreas da cadeia produtiva, como físicos, químicos e técnicos de laboratório.
Segundo o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), José Raimundo Coelho, pelo menos quatro ações sendo preparadas para atacar o déficit de engenheiros aeroespaciais: a abertura de cursos de graduação especializados em universidades federais, o envio ao exterior de 300 estudantes de mestrado e doutorado, a importação de profissionais estrangeiros e novos concursos públicos.
Hoje existem apenas seis faculdades no país com graduação em engenharia aeroespacial. "Isso não é suficiente. A demanda por especialistas vai ser muito grande", diz Coelho. Ele afirma que está negociando a criação de novos cursos com três universidades federais: a UFF (Federal Fluminense), a UFCE (Ceará) e a UFRN (Rio Grande do Norte). "Quando a agência foi instalada, há 19 anos, não havia nenhum apelo para esses cursos. Hoje é bem diferente."
Nos níveis de mestrado e doutorado, o plano é enviar cerca de 300 estudantes ao exterior, dentro do programa Ciência Sem Fronteiras. Até agora, a concessão de bolsas na área se resume a dez alunos de mestrado da Universidade de Brasília, que foram completar sua formação em engenharia aeroespacial na Ucrânia.
Estamos estudando a iniciativa de contratá-los. Parte pela própria AEB, parte pela Alcântara Cyclone Space (empresa binacional constituída entre o Brasil e a Ucrânia) e parte pela indústria nacional", diz Coelho. A fim de ampliar o número de brasileiros estudando em centros de referência mundial, uma proposta de mandar mais 300 mestrandos e doutorandos, a partir de 2014, foi levada ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) no mês passado. Os países-alvo são principalmente Rússia, Ucrânia, Estados Unidos, Japão, França e Itália.
Até a importação de especialistas, aproveitando a disponibilidade de mão de obra por causa da crise internacional, entrou no radar do governo. "Queremos atrair gente de fora. Sabemos até de americanos que perderam emprego na Nasa. A Espanha também tem um programa especial muito ativo e possui mão de obra disponível", observa Coelho. Segundo ele, os estrangeiros poderão ser alocados em universidades ou em órgãos oficiais envolvidos com o programa espacial, como o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA).
A estratégia de atacar o risco de déficit de profissionais se complementa com a abertura de concursos. Na AEB, que funciona com pessoal cedido de outras instituições, a meta é fazer o primeiro concurso em quase duas décadas de história. Um projeto de lei foi aprovado na Câmara dos Deputados, criando um quadro próprio da agência, e ainda tramita no Senado. O primeiro concurso, tão logo seja autorizado, abrirá vagas para 120 a 150 pessoas. "Daremos prioridade às áreas mais técnicas", afirma Coelho, garantindo que pelo menos 80% dos cargos serão para as atividades-fins.
Para ele, não é mais possível trabalhar apenas com cargos comissionados, que têm salários relativamente baixos e são muito instáveis. "É um desastre. No princípio, a AEB se restringia a conversar com os órgãos executores do programa espacial. Hoje, assumimos diretamente uma parte do programa. Não concebemos mais uma agência sem um quadro de pessoal próprio."
Para a Associação Aeroespacial Brasileira, uma entidade civil que congrega representantes do setor, o governo precisa agir urgentemente para resolver esses problemas. "Já temos um déficit de quadros", diz o presidente da entidade, Paulo Moraes Júnior.
De acordo com ele, um tema que aflige o setor é a aposentadoria de "dezenas" de profissionais no Inpe e no DCTA, agravando a escassez de mão de obra. "É um processo que tem ocorrido a conta-gotas. Se não houver uma reposição gradual, o problema vai se tornar crítico até 2015″, ressalta Moraes, ele mesmo um engenheiro do DCTA que vai se aposentar no fim do ano que vem.
A associação vê demanda por mais 3 mil profissionais, nos próximos dois anos, mas destaca que não basta apenas formar gente. A preocupação é assegurar também que o programa espacial não será descontinuado e que não vão faltar oportunidades. "Isso geraria uma desmotivação muito grande", pondera.
O Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE), lançado em janeiro, define prioridades para o período 2012-2021 e busca justamente dar mais previsibilidade aos principais projetos do setor. Ele prevê investimentos anuais perto de R$ 900 milhões, não só com base no orçamento da própria AEB, mas incluindo parcerias internacionais ou com empresas. É o caso do veículo lançador de satélites Cyclone-4, desenvolvido com a Ucrânia, e o satélite geoestacionário de defesa e comunicações estratégicas, que tem recursos da estatal Telebras.
A projeção de investimentos é uma gota no oceano de US$ 276 bilhões que a indústria espacial de todo o mundo movimentou em 2010 (último dado disponível). Países como Brasil, Argentina, México, Coreia do Sul, África do Sul, Cazaquistão e Ucrânia têm investido uma média de US$ 100 milhões a US$ 200 milhões por ano. Novos atores, como Austrália, Taiwan, Indonésia, Tailândia, Malásia, Bolívia, Chile e Venezuela têm investido entre US$ 20 milhões e US$ 50 milhões
SNB