quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

4 razões para não se animar com o trem bala tão cedo

São Paulo – Quando o trem bala deixou de ser apenas um projeto quixotesco para se tornar uma meta perseguida pelo governo, lá na segunda metade da década passada, o objetivo inicial era ter um TAV (sigla para Trem de Alta Velocidade), já com alguns trechos funcionando em 2014 para a Copa do Mundo.O trem seria um exemplo de modernidade no país. Com um custo estimado em mais de 30 bilhões de reais, ele poderia percorrer os cerca de 510 quilômetros que separam Campinas e Rio de Janeiro(com parada em São Paulo) alcançando velocidade de até 350 km/h.
Com problemas nas licitações, como o desinteresse da iniciativa privada, e dificuldades nos editais, incluindo imbróglios jurídicos, o trem teve a previsão de inauguração adiada sucessivas vezes. Hoje, fala-se em 2020, com a licitação ocorrendo em setembro deste ano.
Mas, nesta semana, o Ministério Público Federal entrou com duas ações civis públicas para a “correção de irregularidades que podem gerar danos bilionários” ao Tesouro Nacional.
Esses questionamentos têm potencial para acarretar mais uma série de atrasos, antes mesmo do projeto sair do papel.

Confira os motivos, de acordo com as ações do MPF, que podem fazer os brasileiros mirarem além de 2020 para comprar a passagem Campinas-Sâo Paulo-Rio de Janeiro.

1. Inchaço da máquina administrativa
A proposta inicial era de haver uma “privatização” de serviço público, mas, de acordo com o MP, o contrário vai acontecer. Com a criação de uma empresa estatal para ser sócia do consórcio vencedor e a concessão de largos empréstimos, a máquina administrativa tende a ficar inchada – e a sofrer mais com possíveis e prováveis ônus da obra.

2. A obra será feita pelo Estado
O edital questionado pelo Ministério Público Federal prevê que as obras em si fiquem nas mãos do poder público. Isso violaria a Lei Geral das Concessões. Na prática, segundo o MP, a empresa contratada apenas estimaria o valor das obras, mas não as executaria. Se houver erro, ou mesmo alteração proposital dessa estimativa (para conseguir a parceria, por exemplo), o custo além do avaliado recairá sobre o país. “O Brasil possui histórico de imprecisão de preços de grandes obras públicas”, diz o MP, e a ideia de cancelar o edital seria justamente para evitar prováveis prejuízos.

3. Os estudos foram feitos em 2008 com dados de 2007
Em termos práticos: os dados usados no edital estão velhos. Além disso, o MP ainda avalia que a análise geológico-geotécnica foi elaborada a partir de uma quantidade de sondagens muito inferior às recomendações internacionais. As ações civis pedem o início de estudos complementares de viabilidade técnica e econômica – o que pode roubar mais anos do projeto.

4. Não há limites para investimentos públicos
No edital anterior havia uma cláusula determinando que, no máximo, 45% do capital total poderia vir de cofres públicos. Nesse novo edital, questionado pelo MP, esses limite foi retirado. Para o Ministério Público, “a ausência de limites transfere o risco de insucesso ou superfaturamento do empreendimento para o poder público e deve ser revista”.
EXEME ..SNB

MRE venezuelano: Chávez está vivo


O ministério das Relações Exteriores da Venezuela desmentiu oficialmente as informações ultimamente veiculadas sobre a morte de Hugo Chávez.

Os diplomatas não responderam, aliás, à pergunta sobre quando ao público seriam apresentados fotos e vídeos comprovativos.
Anteriormente o ex-embaixador do Panamá na Organização dos Estados Americanos, Gullermo Coches, alegou que teria sido registrada a morte do cérebro de Hugo Chávez.
"O mais provável é que o presidente foi desligado há 4 dias dos aparelhos de manutenção da vida", afirmou o político panamenho.
SNB

Embraer vence licitação da Força Aérea dos EUA

Roberto Godoy, de O Estado de S. Paulo   ,,SÃO PAULO - A Embraer foi selecionada para o fornecimento de 20 Super Tucanos de ataque para a Força Aérea dos Estados Unidos. É a segunda vez que a empresa brasileira vence a escolha da aeronave do programa de apoio aéreo leve –LAS, nas iniciais em inglês.
O contrato de US$ 427 milhões estava suspenso desde o início de 2012 por causa de uma ação judicial movida pela única outra concorrente, a americana Hawker, que discordava da seleção da Embraer Defesa e Segurança, em dezembro de 2011. A subsecretaria da aviação militar americana decidiu então, primeiro suspender, e depois reabrir, a concorrência. Os aviões serão repassados para as forças de autodefesa do Afeganistão, compondo a nova aeronáutica de combate do país.
Segundo Luiz Carlos Aguiar, o presidente da Embraer Defesa, a escolha tem outras vertentes, como a possibilidade de atingir um volume maior, abrangendo 55 aeronaves, no valor de US$ 955,5 milhões. Todo o empreendimento, destaca Luiz Aguiar, é conduzido com o parceiro americano, a corporação Sierra Nevada, de Sparks, no estado de Nevada.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira, por volta das 17 horas, no briefing eletrônico do Departamento de Defesa, o Pentágono, em Washington. Em Brasília, a presidente Dilma Rousseff e o ministro da Defesa, Celso Amorim, foram informados logo em seguida pelo subsecretário de Defesa americano, Ashton Carter.
A encomenda cobre o lote dos 20 aviões e mais as estações terrestres de treinamento, os componentes, as peças, e a instrução do pessoal técnico. A venda habilita o Super Tucano e a própria EDS no muito restrito mercado de Defesa dos Estados Unidos e alavanca as possibilidades de outros negócios. Para Aguiar, o potencial desse produto no mercado mundial – que era estimado em US$ 4,5 bilhões – agora crescerá bastante. "Precisamos redimensionar o tamanho do salto."
Entregas. O A-29 Super Tucano ganhou nome novo nos EUA, onde é tratado de Super-T. A Embraer vai produzir os aviões localmente, na fábrica de Jacksonville, na Flórida. As primeiras entregas estão previstas para meados de 2014. A montagem regular começa entre agosto e setembro.
De acordo com Eren Ozmen, o presidente da Sierra Nevada Corporation, o contrato LAS manterá 1,4 mil empregos diretos e indiretos em território dos EUA, envolvendo perto de 100 empresas do setor aeroespacial distribuidas por 20 diferentes Estados.
O Super-T ganhou novidades tecnológicas importantes durante o ano que durou o impasse na seleção LAS. Desde julho, ele passou a incorporar sistemas de armas de avançada tecnologia da Boeing Defesa, Espaço e Segurança, o que eleva significativamente o perfil do produto. A empresa foi selecionada pela Embraer para participar do plano destinado a adicionar novas capacidades ao turboélice.
A Boeing fornecerá determinados equipamentos de ponta, como o Joint Direct Attack Munition (JDAMS), espécie de kit que transforma bombas "burras" em versões "inteligentes", para ataques de precisão.
Cotado a US$ 25 mil a unidade, o conjunto será acompanhado do JDAM Laser, um acessório que permite expandir o raio de ação e reduzir a margem de erro. O pacote inclui as Small Diameter Bombs (SDB), modelos menores, mais leves, de última geração. Sem perda de poder de destruição, mas com maior alcance: 50 a 110 quilômetros. Cada uma sai por US$ 40 mil.
Os recursos passarão a ser oferecidos em todas as ações de vendas internacionais do avião.
A empresa brasileira venceu a disputa do programa da aeronave de Suporte Aéreo Leve (LAS, na sigla em inglês) em dezembro de 2011. Finalista derrotada, a Hawker Beechcraft, iniciou um processo judicial contestando o resultado.
Em fevereiro, antes da decisão da Justiça, a administração da aeronáutica militar dos EUA decidiu cancelar o contrato. Houve grande repercussão negativa.
Pouco depois, um novo procedimento foi iniciado, habilitando as duas corporações, e solicitando novas informações.
O T-6, produto da Hawker, ainda está em desenvolvimento e não se enquadrou nos requisitos da LAS. O Super Tucano é usado por forças de nove países e acumula pouco mais de 180 mil horas de voo, das quais cerca de 28,5 mil cumprindo missões de combate. Toda a frota em atividade soma 172 turboélices de ataque e treino. A aeronave emprega 130 diferentes configurações de armamento. Na configuração Grifo, definida pela aeronáutica da Colômbia, o A-29 realizou perto de 30 ações de bombardeio real contra alvos da guerrilha.
SNB

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Especial Antártida: A viagem

SNB

Embraer vence disputa para fornecer 20 aviões para Força Aérea dos EUA


A Embraer (EMBR3) venceu a norte-americana Beechcraft em uma disputa para fornecer 20 aviões leves de apoio para a Força Aérea dos Estados Unidos, que serão utilizados por militares do Afeganistão para treinamento e contra-insurgência.
A Embraer e sua parceira norte-americana, Sierra Nevada, ganharam o negócio de US$ 427,5 milhões, anunciou o Pentágono nesta quarta-feira (27).
As duas empresas ganharam um contrato de US$ 355 milhões inicial em dezembro de 2011, mas o negócio foi desfeito depois de ser questionado pela Beechcraft, então conhecida como Hawker Beechcraft. 

Entenda o impasse

No fim de 2011, a Força Aérea dos Estados Unidos definiu que a Sierra Nevada e a Embraer tinham ganhado o contrato para venda de 20 aviões Super Tucano A-29, assim como treinamento e suporte. De acordo com a licitação, as aeronaves da Embraer seriam fornecidas em parceria com a norte-americana Sierra Nevada Corporation (SNC) e seriam utilizadas para treinamento avançado em voo, reconhecimento e operações de apoio aéreo no Afeganistão.
Entretanto, a licitação foi paralisada em janeiro, quando a Hawker Beechcraft entrou na Justiça questionando a decisão.
Na época, a Força Aérea norte-americana disse que a seleção tinha sido justa e transparente.
"A concorrência e a avaliação de seleção foram justas, abertas e transparentes. A Força Aérea está confiante nos méritos de sua decisão de concessão do contrato e espera que o litígio seja rapidamente resolvido", divulgou, na época, em nota John Dorrian, porta-voz da Força Aérea norte-americana.
Porém, em meados de fevereiro de 2012, a Força Aérea informou ter cancelado o contrato, citando problemas com a documentação.  
Reuters) SNB

Como reagirá a China à venda de submarinos russos ao Vietnã?


Dois dos seis submarinos diesel-elétricos russos encomendados pelo Vietnã serão fornecidos já no ano em curso. Qual poderá ser a reação da China a este contrato no contexto dos litígios territoriais que o país tem com o Vietnã? Evidentemente, Pequim está descontente com o reforço do potencial naval militar de Hanói. Entretanto, a realização da transação russo-vietnamita não prejudicará os interesses chineses.

Ao todo, o Vietnã deverá receber seis submarinos do projeto 636, no valor total de dois bilhões de dólares. O preço contatual inclui também o desenvolvimento da infraestrutura terrestre para o baseamento de submarinos e a preparação de suas tripulações. Os submarinos abrangidos pelo contrato são uma variante profundamente modernizada dos submarinos soviéticos do projeto 877EKM Kilo, têm novos equipamentos eletrônicos e são capazes de portar mísseis de cruzeiro.
Comentadores militares chineses reagiram com profunda preocupação à perspetiva de o Vietnã receber novos submersíveis. O contra-almirante Yin Zhuo falou diretamente que os submarinos vietnamitas poderão ameaçar comunicações marítimas vitalmente importantes para a China, que passam através do estreito de Malaca e do mar da China Meridional. São as vias pelas quais a China recebe petróleo e outras matérias-primas de África e de países do Oriente Médio.
A China acompanha com especial atenção a atividade de submarinos estrangeiros no mar da China Oriental após  ter sido construída na ilha de Hainan uma nova base para submarinos atômicos chineses, inclusive munidos de mísseis balísticos Giant Wave (JL-2). As autoridades chinesas receiam que a atividade de Marinhas estrangeiras naquela região possa ameaçar suas forças estratégicas de dissuasão nuclear.
É evidente que a China está descontente com o reforço do potencial naval militar do Vietnã em uma altura em que as disputas territoriais se agravam entre os dois países. Mas a atitude chinesa para com o Vietnã é diferente do comportamento em relação a tais aliados próximos dos Estados Unidos como as Filipinas e o Japão, com que a China tem também litígios territoriais.
Apesar das contradições, a China está desenvolvendo com o Vietnã não apenas relações interestatais, mas também interpartidárias, atribuindo a elas cada vez maior importância. O Vietnã sempre desempenhou um papel-chave na política chinesa no Sudeste Asiático. Em 2011, o intercâmbio comercial entre os dois países superou 25 bilhões de dólares e continua a crescer. Enquanto em relação ao Japão e às Filipinas a China pode recorrer à política da pressão, o país tem por tarefa envolver o Vietnã na cooperação.
Por isso os chineses reagem com bastante moderação às compras vietnamitas de novos caças, lanchas de mísseis Molniya e de submersíveis à Rússia. Pequim entende que a envergadura da modernização militar vietnamita está longe dos esforços da China voltados para renovar as Forças Armadas e, no caso da redução da cooperação russo-vietnamita na esfera técnico-militar, é muito provável que o Vietnã coopere mais estreitamente com os Estados Unidos, o que contraria os interesses tanto da Rússia, como da China
VOZ DA RUSSIA   SNB

Dilma irá à Bolívia inaugurar corredor rodoviário interoceânico



A presidente Dilma Rousseff se reunirá, em 5 de abril, com os presidentes Evo Morales (Bolívia) e Ollanta Humala (Peru) para a inauguração do corredor rodoviário interoceânico, que vai ligar os oceanos Pacífico e Atlântico. A cerimônia foi anunciada nesta segunda-feira em La Paz, por Morales.


A cerimônia deve ocorrer na cidade boliviana de San José de Chiquitos, no departamento (estado) boliviano de Santa Cruz. A presença de Humala, considerado "convidado especial", segundo Morales, é para ratificar a ampliação da integração do Peru com o Brasil e a Bolívia. A negociação para as obras da rodovia começou em 2007, por intermédio de um acordo assinado pelos governos de Brasil, Bolívia e Chile.
Segundo dados do governo boliviano, o corredor rodoviário interoceânico terá um total de 2,7 mil quilômetros de extensão, dos quais 1.561 quilômetros estão em território da Bolívia, 947 quilômetros estarão em solo brasileiro e 192 quilômetros em área do Chile. A rodovia atravessará as regiões bolivianas de Santa Cruz, Cochabamba e Oruro, criando um acesso entre o porto brasileiro de Santos com as regiões de Arica e Iquique, no Chile.
Em janeiro de 2009, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva inaugurou dois trechos do corredor rodoviário interoceânico ao lado de Morales. Na ocasião, foram abertos para uso os trechos de Arroyo Concepción a El Carmen e de El Carmen a Roboré, ambos em território boliviano, na fronteira com o município brasileiro de Corumbá (MS).
De acordo com dados do governo brasileiro, o Brasil é um dos principais parceiros comerciais da Bolívia e um dos maiores investidores no país vizinho. Em 2008, o comércio bilateral movimentou US$ 4 bilhões, e no ano anterior alcançou US$ 2,5 bilhões.
O encontro de Dilma com Morales vai ocorrer um mês e meio depois do episódio ocorrido na cidade de Oruro, na Bolívia, no qual o boliviano Kevin Douglas Beltrán Espada, 14 anos, foi atingido por um sinalizador lançado durante o jogo entre o time de futebol do San José e o Corinthians pela Copa Libertadores da América, no Estádio Jesús Bermudez.
Um grupo de torcedores foi acusado pela morte do jovem boliviano. Dos 12 torcedores do Corinthians detidos na cidade de Oruro, na Bolívia, dois são considerados, pela polícia do país, autores do disparo do sinalizador.
Com informações da agência pública de notícias da Bolívia, ABI.



Agência Brasil
..SNB