terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Com guerra cibernética, segurança ganha atenção

Os sofisticados ataques feitos a sites de bancos americanos nos últimos meses - e a suspeita de autoridades dos Estados Unidos de que eles tenham partido do Irã - reavivou o debate sobre a guerra cibernética e trouxe de volta uma pergunta inquietante: qual é, afinal, o grau de vulnerabilidade dos sistemas que controlam a infraestrutura crítica de um país, como os de abastecimento de energia e água, finanças, transportes, telecomunicações e operações militares?

Entre os especialistas, é consenso que o Brasil não está no centro de questões geopolíticas capazes de motivar ataques de ativistas hackers ou governos hostis, mas o tema entrou definitivamente no radar de instituições que vão do Banco Central ao Exército, além de empresas como Eletrobras e AES Eletropaulo.

"[Geopolítica] é o tipo de coisa que pode mudar e é bom estarmos prevenidos para não termos dificuldades no futuro", disse Marcelo Yared, chefe do departamento de tecnologia da informação (TI) do Banco Central.

Uma das medidas que vêm sendo adotadas por órgãos e companhias que administram sistemas críticos é isolar os softwares de controle de serviços públicos da infraestrutura de internet. Assim, o acesso aos programas fica preservado, mesmo que alguém consiga invadir a rede.

Foi isso o que fez o BC, no qual se encontram sistemas de controle essenciais, como de transferência de recursos financeiros e o de administração de reservas internacionais do país. O isolamento não garante segurança absoluta, mas fecha a principal porta usada para ataques virtuais, disse Yared.

A política de acesso às informações é outro ponto relevante. Os especialistas não cansam de repetir que o elo mais fraco na cadeia de segurança digital é humano. Tecnologias de controle sofisticadas podem ser comprometidas se os usuários forem displicentes, sem falar, claro, nos casos deliberados de roubo de informações ou espionagem. Definir quem pode acessar o quê e visualizar esse movimento ajuda a evitar riscos.

O BC fez uma revisão de seus procedimentos e adotou medidas para controlar o acesso de dispositivos móveis de armazenamento, como os pen drives, além de passar a monitorar todos os aparelhos que tentam se conectar à sua rede interna.

A dependência crescente dos sistemas informatizados estimulou a criação de grupos especializados nas Forças Armadas e no governo. Em agosto de 2010 entrou em funcionamento o Centro de Defesa Cibernética (CDCiber), criado pelo Exército para proteger sistemas fundamentais relacionados a operações militares, caso da artilharia anti aérea. "Nossos sistemas de comando e de defesa são altamente dependentes de redes de computadores", disse o general José Carlos dos Santos, comandante do CDCiber.

Esses sistemas já foram blindados, afirmou o general, mas o CDCiber também tem feito outros trabalhos, o que inclui alertar os responsáveis em outras instituições sobre os riscos que surgem com frequência na internet. Desde o surgimento do vírus Stuxnet, em 2010, outras ameaças semelhantes foram descobertas, como os vírus Duqu, Flame, Wiper e Gaus. Em comum, eles carregam o alto potencial de interromper e danificar serviços críticos, além de roubar informações confidenciais. É uma ameaça diferente dos vírus comuns, com os quais os criminosos virtuais tentam obter ganhos financeiros.

O general Santos já fez apresentações sobre o assunto na Casa da Moeda, na Petrobras e no Ministério de Minas e Energia. "É uma interação no sentido de conscientizar sobre a existência de ameaças", afirmou.

A avaliação no governo é que o nível de atenção aumentou nas áreas mais sujeitas a algum tipo de risco. "As próprias entidades estão conscientes e vem acompanhando a questão de perto", afirmou Rafael Mandarino, diretor do departamento de segurança da informação e comunicações do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI). Não há dados específicos sobre a incidência de ameaças desse tipo registradas no país.

O desafio para quem controla sistemas de automação relacionados a serviços essenciais é que eles não podem ser desligados de uma hora para outra ao sinal de algum problema, como acontece com sistemas de TI menos sensíveis. Fazer isso pode atingir milhares de usuários e ter repercussões indesejadas.

Responsável por quinze empresas de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Eletrobras criou em 2009 um comitê de segurança da informação que reúne representantes de todas as companhias do grupo. A proposta é estabelecer diretrizes e políticas de proteção comuns a todas essas organizações. A rede de automação é um dos principais pontos de atenção. "Os equipamentos [nessa área] são muito específicos; não podemos substituir essas máquinas da mesma forma que trocamos os computadores de mesa. É outro planejamento", disse Fernando Spencer, especialista em segurança da Eletrobras.

A estratégia da Eletrobras envolve o contato mínimo dos sistemas de automação com os ambientes de TI, além do investimento em camadas adicionais de proteção nos equipamentos e softwares de automação. Para Spencer, essas camadas compensam a eventual defasagem dos sistemas de automação. "Se a porta de casa não é segura, mas eu tenho guarda, cerca elétrica, câmeras de vigilância etc, dificilmente serei assaltado", disse o especialista.

Para a AES Eletropaulo - responsável pelo fornecimento de energia elétrica em 24 cidades do Estado de São Paulo, incluindo a capital - a experiência global de sua empresa-mãe, a AES, tem sido fundamental para estabelecer as políticas de segurança digital no Brasil. A AES avalia o nível de automação das estruturas e a exposição geopolítica de todos os países onde tem operação. No Brasil, nenhum dos aspectos foi considerado preocupante até agora, disse Gustavo Pimenta, vice-presidente de desempenho e serviços da AES Eletropaulo. Apesar disso, a companhia tem dedicado atenção ao assunto: "É um tipo de ataque que está no nosso radar", afirmou o executivo.
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Armée Française au Mali . Opération SERVAL . 12 janvier 2013

Les Rafales s'envolent vers le Mali. Opération SERVAL . 13 janvier 2013

Islamitas tomam mais uma cidade no Mali


AE - Agência Estado
BAMAKO - O ministro da Defesa da França, Jean-Yves Le Drian, disse nesta segunda-feira, 14, que insurgentes islamitas tomaram a pequena cidade de Diabali, na parte norte do país. Já o diário francês Le Monde afirmou que a França aumentará seu contingente de tropas no país da África Ocidental, de 500 para 2.500 soldados. Segundo o jornal, os soldados franceses ficarão estacionados na capital do Mali, Bamako, e na cidade nortista de Mopti.Os militares franceses começaram a intervenção no Mali na semana passada, após um pedido feito pelo presidente malinês Dioncounda Traore, para frear uma ofensiva militar dos islamitas que controlam a parte norte do país africano e avançam em direção ao centro.
Le Drian disse que os insurgentes "tomaram Diabali, uma pequena cidade, após um duro combate e uma resistência tenaz dos soldados do Mali, que no entanto estavam pouco equipados no momento". Segundo ele, após a aviação francesa bombardear posições dos insurgentes no final de semana, os islamitas avançaram para a região oeste do fronte, perto da fronteira com a Mauritânia. Le Drian disse que os combates não serão fáceis. Os islamitas estão "armados até os dentes, muito determinados e bem organizados."
Já os rebeldes tuaregues que combatem no norte do Mali, na parte controlada pelos islamitas, afirmaram nesta segunda-feira que estão "prontos" a lutar contra os fundamentalistas religiosos. A declaração partiu de um chefe combatente tuaregue e foi dada à agência France Presse (AFP).
Os tuaregues, inicialmente, começaram a luta para obter a independência da parte norte do país, o Azawad. Algumas tribos se aliaram aos islamitas, mas outras lutam contra os fundamentalistas. "Estamos prontos a ajudar os franceses, já estamos envolvidos na luta contra o terrorismo", disse Moussa Ag Assarid, oficial do Movimento de Libertação Nacional do Azawad.
Também nesta segunda-feira, a Embaixada da França no Mali enviou um e-mail ordenando a imediata retirada de todos os cidadãos franceses que vivem na cidade de Segou. A ordem de retirada foi confirmada pela dona de um hotel em Segou. Segundo ela, os franceses começaram a ir embora hoje, após a queda da cidade de Diabali. Com o avanço, os islamitas agora estão a 80 quilômetros de Segou e a apenas 400 quilômetros da capital do Mali, Bamako.
As informações são da Associated Press e da Dow Jones
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Islamitas do Mali contra-atacam e ameaçam a França com represálias


Os islamitas retomaram a ofensiva no Mali ao atacar e dominar nesta segunda-feira uma cidade 400 km ao norte de Bamako e ameaçaram atingir o coração da França, que bombardeia há quatro dias suas colunas e posições, provocando duras perdas.
O Conselho de Segurança da ONU deve se reunir na tarde desta segunda-feira, a pedido da França, que deseja informar a seus aliados sobre a situação no país africano e sobre sua intervenção militar.
"Os islamitas atacaram hoje (segunda-feira) a localidade de Diabali (centro). Vieram da fronteira mauritana, onde foram bombardeados pelo exército francês", declarou à AFP uma fonte dos serviços de segurança do Mali.
O ministro francês da Defesa, Jean-Yves Le Drian, reconheceu nesta segunda-feira que embora os islamitas estejam em retirada na frente leste, continua havendo um ponto difícil no oeste, onde encontra-se Diabali.
A França confirmou as primeiras informações de testemunhas de que Diabali havia caído em mãos dos jihadistas.
A aviação francesa bombardeou pela primeira vez no domingo posições islamitas no norte do país, em pleno território jihadista, atacando campos de treinamento e depósitos logísticos.
"A França atacou o islã. Em nome de Alá, vamos atingir o coração da França. Em toda parte. Em Bamako, na África, na Europa", declarou à AFP Abu Dardar, um dos líderes do Mujao (Movimento para a Unidade e a Jihad na África Ocidental) no norte do Mali.
Outro chefe do Mujao disse a uma rádio francesa que, com a sua intervenção militar, a França havia aberto as portas do inferno e caído em uma armadilha "muito mais perigosa que Iraque, Afeganistão ou Somália".
A França se proclamou "em guerra contra o terrorismo" no Mali, segundo a expressão do ministro Le Drian, e deteve o avanço em direção ao sul do país dos grupos armados islamitas que há nove meses controlam o norte do Mali, a Al-Qaeda no Magreb Islâmico (AQMI), o Ansar Dine (Defensores do Islã) e o Mujao.
Jihadistas 'no paraíso'
Um porta-voz do Ansar Dine se recusou a fornecer um balanço dos bombardeios franceses, limitando-se a afirmar que "todos os mujahedines mortos foram ao paraíso".Mais de 60 jihadistas morreram no domingo na cidade de Gao e em sua periferia devido aos intensos bombardeios das forças francesas nesta cidade do norte do Mali, declararam nesta segunda-feira habitantes e autoridades dos serviços de segurança.
Gao, Kidal e a histórica Timbuctu são as três principais cidades do norte do Mali - uma região majoritariamente desértica - que estão em mãos dos islamitas há nove meses.
Em Timbuctu, os islamitas realizaram nos últimos meses apedrejamentos e amputações.
Bloquear o avanço "dos terroristas, nós já fizemos. O que começamos agora é a ocupar as bases de retaguarda terroristas", explicou no domingo o ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, que considera que a intervenção francesa na linha de frente será "questão de semanas".
Mas as famílias de sete reféns franceses em mãos de grupos islamitas no Sahel temem que a intervenção francesa coloque em perigo a vida dos cativos.
Por sua vez, os primeiros voos de aviões de transporte militar britânicos para apoiar a operação das Forças Armadas francesas no Mali começarão nesta segunda-feira a partir de uma base do noroeste da França, informou a Força Aérea francesa.
A Grã-Bretanha anunciou no sábado que forneceria ajuda logística à intervenção francesa, mas que não mobilizaria tropas em situação de combate.
A Alemanha anunciou nesta segunda-feira que iria estudar um possível apoio logístico, médico ou humanitário à intervenção francesa no Mali, que recebe um amplo apoio internacional, embora a China seja mais reticente.
Também se aceleram os preparativos para a mobilização de uma força de países do oeste africano, com o aval da ONU, para desalojar os grupos vinculados à Al-Qaeda.
Os primeiros elementos das tropas dos países da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) já estão prontos e serão dirigidos por um general nigeriano, Shehu Abdulkadir.
A Nigéria enviará 600 homens. Níger, Burkina Faso, Togo e Senegal também anunciaram um envio de 500 homens cada um, enquanto Benin fornecerá 300
(AFP)SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Chefe do Exército da Índia aumenta ameaça de retaliação sobre Paquistão


SANJEEV MIGLANI - Reuters
O chefe do Exército da Índia ampliou a ameaça de retaliação contra o Paquistão pelo assassinato de dois soldados na Caxemira, dizendo que pediu a seus comandantes no terreno para serem agressivos em face de provocação.
Os comentários duros do general Bikram Singh, nesta segunda-feira, acontecem em meio à crescente indignação popular pela suposta decapitação de um dos soldados mortos e parecem ter o intuito de aumentar ainda mais a tensão com o Paquistão, embora analistas afirmem que um colapso nas relações é altamente improvável.
O Paquistão acusa a Índia pela mais recente crise nas relações.
Os dois países já travaram três guerras, duas pela Caxemira, desde a independência em 1947 e agora possuem armas nucleares.
Descrevendo a decapitação do soldado como "horrível", Singh disse em entrevista coletiva: "Nós nos reservamos ao direito de retaliar em um momento e lugar de nossa escolha".
Os combates da semana passada foram o pior incidente de violência na Caxemira, região do Himalaia que ambas as nações reivindicam, desde que os dois lados concordaram com um cessar-fogo há nove anos.
Ambos os Exércitos perderam dois soldados cada nos confrontos em trechos da linha de cessar-fogo de 740 quilômetros este mês. A cabeça de um dos soldados foi cortada, segundo o governo indiano, inflamando os ânimos no país e levando a família do soldado a iniciar uma greve de fome exigindo que seu corpo seja trazido de volta.
"O ataque em 8 de janeiro foi premeditado, uma atividade pré-planejada. Tal operação exige planejamento, reconhecimento detalhado", disse Singh.
As observações vieram horas antes de comandantes locais se encontrarem em um ponto de passagem na linha de cessar-fogo, pela primeira vez desde o início dos combates, para tentar reduzir as tensões. Não houve informações imediatas sobre o que aconteceu na reunião.
Singh disse que o Exército indiano honraria o cessar-fogo na Caxemira, desde que o Paquistão fizesse o mesmo, mas iria responder imediatamente a qualquer violação da trégua.
"Espero que todos os meus comandantes na linha de controle sejam agressivos e ofensivos em face de provocação e fogo", declarou.
O Paquistão chamou as alegações indianas de propaganda e culpou o país por violações na linha de cessar-fogo.
O cessar-fogo na Caxemira entrou em vigor em novembro de 2003, sobrevivendo até mesmo à crise nas relações após os ataques a Mumbai em novembro de 2008 por um grupo militante baseado no Paquistão. 
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Tempestades magnéticas atingirão a Terra em 2013


A Terra passará por cerca de uma dezena de fortes tempestades magnéticas em 2013, segundo previsões do Ministério de Situações de Emergência da Rússia.

Este ano serão registradas de 30 a 40 tempestades geomagnéticas. Dentre elas, de 5 a 10 serão bastante intensas. No ano passado, o planeta passou por 30 destes eventos, sendo cinco consideradas fortes.
O fenômeno é um distúrbio que ocorre quando o campo magnético e a atmosfera da Terra são atingidos pelos fluxos de radiação provenientes das erupções solares. Ocasionalmente, quando rajadas de vento solar alcançam o planeta, as ondas radioativas se chocam com a magnetosfera, alterando a direção e a intensidade do campo magnético terrestre.
Em casos extremos, as tempestades geomagnéticas podem causar queda de energia elétrica, interferência no funcionamento dos satélites de comunicação e nos instrumentos de navegação e ainda podem provocar efeitos imprevisíveis sobre o clima global.
VOZ DA RUSSIA.. SEGURANÇA NACIONAL BLOG