sábado, 12 de janeiro de 2013

Lançamento vertical do míssil BrahMos


Na manhã da quarta-feira (9), desde uma nave de combate da Marinha de Guerra da Índia que se encontrava no Golfo de Bengala, foi realizado com êxito lançamento do míssil de cruzeiro supersônico fabricado pela empresa conjunta russo-indiana BrahMos Aerospace. O míssil sobrevoou 290 quilômetros e, tendo efetuado “uma viragem dupla em S”, atingiu o navio alvo perfurando-o por completo a um metro de altura sobre a linha de água.

Este foi o primeiro lançamento vertical do míssil BrahMos. O ministro da Defesa da Índia, Arackaparambil Kurien Antony, felicitou o capitão, a tripulação e a empresa produtora, exprimindo-lhes agradecimento “pela excelente demonstração do desempenho do míssil". A mídia indiana não indica o nome do navio que disparou o míssil. No entanto, vários analistas alegam que o teste do BrahMos poderia ser realizado a partir de um submarino ou uma plataforma submersa. Às provas similares programadas ainda para o fim do ano passado se referiu anteriormente o presidente da companhia russo-indiana, Sivathanu Pillai. “Se é assim na realidade, considera o diretor do Centro de análise de tecnologias e estratégias, Ruslan Pukhov, pode-se falar de enorme êxito da empresa conjunta do setor de armas defensivas”.
Continuando o tema de colaboração bilateral, o experto russo assinalou que BrahMos Aerospace serve de modelo para outros projetos russo-indianos que se desenvolvem no âmbito de tecnologias de ponta. Os dois países passam, numa envergadura cada vez mais ampla, do intercâmbio comercial à cooperação no desenvolvimento e fabrico conjunto de armamentos. Segundo o mesmo conceito têm sido criadas empresas conjuntas que produzem a versão biplace do avião T-50 de quinta geração e ainda a fábrica de aviões de transporte médios.
O míssil BrahMos é uma arma temível. Pode ser lançado não só a partir de instalações terrestres, aviões e navios de superfície, mas também submarinos. Trata-se do míssil de cruzeiro mais rápido e mais manobrável do mundo, cuja velocidade excede em três vezes a do som. O voo se efetua a altitudes de 10 a 14 mil metros, sendo o sistema de mísseis BrahMos praticamente invisível para os meios de defesa anti-aérea. Além disso, os preparativos para seu lançamento demoram apenas alguns minutos.
Segundo Sivathanu Pillai, o lançamento do míssil BrahMos desde submarino marca importante etapa no desenrolar do programa homônimo, porque após o referido teste a Marinha de Guerra da Índia poderia tomar decisão de equipar o promissor submarino convencional (ou seja, não nuclear) indiano com esses mísseis. Desenhadores e engenheiros russos estão prestes a oferecer à Índia o submarino do projeto Amur-1650. Na atualidade, o projeto russo prevê que o submarino seja dotado do sistema de mísseis Club, bem conhecido pela Marinha indiana. Neste sistema, os mísseis são lançados por meio de tubos de torpedo horizontais. Não obstante, se se levantar a questão de equipar o submarino com o sistema missilístico BrahMos de lançamento vertical, a parte russa sem demora alguma introduzirá modificações indispensáveis no projeto existente.
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França bombardeia jihadistas do Mali


BAMAKO - O Estado de S.Paulo
Aviões da França bombardearam ontem o Mali, ex-colônia francesa, em uma tentativa de conter o avanço de rebeldes islâmicos aliados à Al-Qaeda. O presidente malinês interino, Dioncounda Traoré, havia solicitado às Nações Unidas e a Paris ajuda militar na quinta-feira, depois que insurgentes tomaram uma cidade no centro do país.
Nações ocidentais e da região temem que o Mali se converta em um "Afeganistão africano": um território onde grupos que operam sob a bandeira da Al-Qaeda têm liberdade para impor uma versão ultrarradical da sharia (lei islâmica) e planejar ataques a alvos no exterior.
Em Paris, o presidente François Hollande disse que a ofensiva levará "o tempo que for preciso" e está amparada nas decisões do Conselho de Segurança das Nações Unidas. "O uso da força é necessário", justificou Hollande. "A própria existência do Mali está em perigo."
De acordo com a revista alemã Der Spiegel, forças especiais francesas teriam desembarcado no país. O número total de soldados que Paris pretende enviar não foi divulgado. Uma fonte diplomática ocidental no vizinho Níger disse ao jornal New York Times que os insurgentes têm entre 800 e 900 homens. Seis franceses foram sequestrados pelos rebeldes nos últimos meses.
Depois de semanas sem confrontos diretos com o Exército, os rebeldes tomaram, na quinta-feira, a cidade de Konna, avançando sobre o centro do país. Grande parte da população abandonou o local e as forças leais ao governo de Bamako viram-se obrigadas a recuar.
O Mali entrou em colapso em março, quando militares derrubaram o presidente Amadou Toumani Touré. Os generais alegavam que ele havia fracassado na luta contra a rebelião de grupos da etnia tuaregue, no norte do país, mas as potências ocidentais e nações da região recusaram-se a aceitar a ruptura na ordem constitucional.
O caos que se instalou favoreceu a aliança insurgente entre os tuaregues e radicais jihadistas, a qual assumiu, no mês seguinte, o controle do norte do Mali, incluindo a cidade histórica de Timbuctu, declarada patrimônio da humanidade pela Unesco. Hoje, os insurgentes dominam uma extensa faixa no Deserto do Saara, entre a Argélia, Mauritânia e o Níger.
Aval da ONU. Países vizinhos, organizados no bloco regional da Comunidade de Estados da África Ocidental (Ecowas, na sigla em inglês), a França e o governo americano conseguiram aprovar na ONU, em dezembro, uma resolução autorizando o uso da força contra os rebeldes malineses. O texto, entretanto, condiciona a intervenção internacional ao treinamento dos militares do Mali - medida que busca evitar novos golpes de Estado no país.
O objetivo inicial era aguardar até setembro para lançar a operação contra os radicais - espaço de tempo necessário para treinar as forças locais. Com o avanço rebelde de quinta-feira, no entanto, Hollande decidiu agir o mais rápido possível.
A diplomacia francesa pretende colocar em curso uma intervenção na qual as tropas terrestres sejam fornecidas pelo próprio Mali e por países do Ecowas, enquanto Paris fornece apoio aéreo, de inteligência e treinamento.
Outros países europeus, como a Alemanha, além dos EUA, também devem cooperar no esforço multinacional. Ontem à noite, o presidente Traoré decretou estado de emergência em todo país. A medida terá duração de dez dias. / AP
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sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Projeto Estudantil Estágio Superior do VLM-1


No âmbito do Acordo Brasil-Alemanha sobre cooperação técnico-científica (WTZ) foi iniciado um intercâmbio entre membros do DLR e do DTCA. O objetivo deste intercâmbio a nível acadêmico é a promoção de jovens universitários de ambos os países. Será dada aos estudantes a oportunidade de escrever projetos e trabalhos de conclusão de curso no país anfitrião respectivo.

De maio a agosto de 2011, o primeiro estudante a participar deste programa de intercâmbio, Timo Werkele, da Universidade Técnica (TU) de Braunschweig, trabalhou no Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) em São José dos Campos. Sua tarefa foi projetar um “Trade-off” de nível avançado para o Sistema de Propulsão de um futuro Veículo Lançador de Microsatélites, o VLM-1.O VLM-1 é um foguete brasileiro, cujo primeira missão será o lançamento da carga útil SHEFEX em um vôo parabólico (suborbital), objetivando o estudo de proteções térmicas para veículos de reentrada atmosférica. Devido ao aumento do mercado mundial de microsatélites previsto para os próximos anos, o escopo de utilização do VLM -1 será ampliado. Em consequência deste cenário, cria-se a possibilidade de uma trajetória suborbital e a inserção de uma carga útil (Microsatélites) em Órbita Baixa (LEO -”Low Earth Orbit”) com o intuito de inseri-lo nesse nicho de mercado de lançadores de satélites comerciais.

Nestes estudos como no desenvolvimento do VLM-1, adotou-se a filosofia de simplicidade nos projetos e aplicação das tecnologias já existentes nas indústrias para criar um produto “Design to Cost”. Assim, para viabilizar a expansão das missões do VLM-1 foi concluído um projeto preliminar de um novo sistema propulsivo para o último estágio do lançador, usando e modificando “Hardware” e sistemas existentes. O elemento essencial para criação deste projeto preliminar foi a comunalidade, ou seja, o uso de tecnologia e sistemas conhecidos para criar efeitos de sinergia e confiabilidade, impactando na diminuição dos custos.
Fonte: Relatório “40 Anos de Cooperação Teuto-Brasileira no Transporte Aéreo e Espacial” – Pág. 11

Comentário: Veja você leitor, nem eu sabia que esse projeto estava em desenvolvimento no IAE em parceria com o DLR. A informação que eu tinha era de que esse estágio superior seria fornecido pelos suecos em uma fase posterior do projeto para atender as missões europeias. Foi necessário num golpe de sorte eu ter localizado esse relatório, que eu desconhecia, e assim ter acesso a essa informação. Se os institutos do governo querem um maior apoio da sociedade brasileira, será preciso que os mesmos busquem uma maior integração com os meios de divulgação, para que assim possamos fazer a nossa parte e tentar ajudar o PEB em sua luta na busca por apoio político, coisa que só acontecerá, quando a sociedade começar cobrar atitude desses energúmenos.

BRAZILIAN SPACE..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Gripen NG: a new generation is ready. Are you?

Desembarco de forças internacionais no Mali


Contingente militar estrangeiro desembarcou em uma base militar situada na parte central do Mali.

Na quinta-feira (10) os islamistas tomaram controle de uma das cidades chave que até a data constituia um dos últimos baluartes das tropas governamentais no caminho dos combatentes ao sul do país.
Segundo testemunhas oculares do desembarco, na pista da base aérea de Sevare aterrissou o avião de transporte militar С-160 (opera nas Forças Aéreas da França, Alemanha e Turquia em substituição dos Hércules norte-americanos, anteriormente utilizados também por militares da África do Sul), levando a bordo, de acordo com a mesma fonte, efetivos de raça branca, entre outros soldados.

VOZ DA RUSSIA .SEGURANÇA NACIONAL BLOG

AEQ e FAB darão início aos testes com bomba guiada SMKB 83


Os excelentes resultados obtidos pela empresa AEQ durante a campanha de ensaios na Serra do Cachimbo no último trimestre de 2012 reforçaram a confiança da equipe que desenvolve a primeira família de bombas nacionais guiadas de última geração. O próximo passo será a campanha de ensaios de um artefato maior ainda.
O desenvolvimento da bomba SMKB 82 (de 227 kg), equipada com sistema de guiagem por GPS/Inercial, já foi concluído e agora a empresa se prepara para os testes com a SMKB 83 (de 454 kg). A SMKB 82 baseia-se na bomba de emprego geral Mk82 fabricada pela AEQ, mas equipada com um kit de guiagem desenvolvido em conjunto com a também brasileira Mectron.Este kit, o primeiro do gênero no Brasil, permite que bombas de queda livre sejam orientadas tanto para o sistema de posicionamento GPS americano quanto para o Glonass russo, garantindo a precisão de alvo durante o dia ou à noite, nas mais adversas condições atmosféricas. Com o kit, uma bomba “burra” pode ser lançada a altitudes superiores a 10 km, com um alcance entre 16 e 40 km e CEP de 6 metros máximo.
A cabeça de guiagem possui uma peculiaridade que garante a total independência do artefato em relação aos demais sistemas da aeronave. Trata-se de 
um sistema de comunicação sem fio, que elimina a necessidade do emprego de cabeamento entre o artefato e o painel de sistemas do piloto. Através de um microcomputador dedicado e desenvolvido pela Britanite-BSD/Mectron o piloto pode controlar a bomba. Outra vantagem deste sistema é que ele pode ser instalado em uma variedade de aeronaves e evita modificações eletrônicas que possam provocar interferências.
A AEQ, empresa do Grupo SDS Segurança & Defesa, possui um histórico de mais de quatro décadas no mercado de materiais explosivos. Ela herdou o histórico e o conhecimento da antiga divisão aeroespacial da Britanite-BSD. Além da SMKB e das bombas de emprego geral, AEQ também produz detonadores, bombas de fragmentação, bombas de detonação, foguetes não guiados e componentes para propelentes sólidos de foguetes. O Grupo SDS Segurança & Defesa foi criado em agosto do ano passado e foi concebida para participar do fortalecimento da Base Industrial de Defesa do país, em consonância com a Estratégia Nacional de Defesa (END)
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França diz que apoiará Mali no âmbito de resoluções da ONU



Reuters
A França vai apoiar o pedido do Mali por assistência militar para ajudar a conter uma ofensiva de rebeldes islâmicos, porém estritamente dentro do escopo das resoluções do Conselho de Segurança da ONU, disse o presidente francês, François Hollande, nesta sexta-feira.
O Mali pediu ajuda francesa na quinta-feira, após moradores de uma cidade no norte do país africano dizerem que os rebeldes, que controlam a maior parte do norte, que corresponde a dois terços do país, expulsarem o Exército oficial, em um grande revés para as forças do governo.
"Eu decidi que a França irá responder, junto com nossos parceiros africanos, ao pedido das autoridades malinesas. Nós faremos isso estritamente no âmbito das resoluções do Conselho de Segurança das Nações Unidas", disse Hollande durante um discurso para diplomatas e jornalistas.
"Nós estamos diante de uma gritante agressão que está ameaçando a própria existência do Mali. A França não pode aceitar isso", afirmou o presidente. "Nós estaremos prontos para acabar com a ofensiva dos terroristas, caso continue."
Uma resolução da ONU em dezembro autorizou o envio de uma força militar comandada por africanos e concordou que nações europeias poderiam ajudar a reconstruir o Exército do Mali, antes de uma operação maior em 2013.
Autoridades do governo francês recusaram-se a comentar as informações de que aeronaves militares, incluindo dois aviões de carga e quatro helicópteros carregando soldados que pareciam ocidentais, pousaram na quinta-feira em um aeroporto na cidade de Sevare, perto do local da mais recente ofensiva rebelde.
(Reportagem de Catherine Bremer, Alexandria Sage e Elizabeth Pineau) 
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