sábado, 22 de dezembro de 2012

Brasileira que teria tido filha sequestrada pelo pai na Líbia está em segurança


Andrei Netto, Correspondente
PARIS - A embaixada do Brasil em Trípoli, na Líbia, está abrigando e oferecendo suporte jurídico à brasileira Cecília von Adamovich, que afirma ter sido espancada e ter tido a filha sequestrada pelo pai, líbio, no último domingo. O caso veio a público pelas redes sociais na última quinta-feira. Neste sábado, o embaixador do Brasil na capital, Afonso Carbonar, confirmou ao Estado que a jovem está sob seus auspícios, recuperando-se de agressões que teria sofrido. Auxiliada por uma advogada especializada, ela já registrou queixa para recuperar a menor.
O caso chegou ao conhecimento das autoridades brasileiras em Trípoli no último domingo, quando Cecília buscou apoio na embaixada. Segundo o relato feito pela brasileira em uma página criada no Facebook para divulgar o caso, ela seria casada com um cidadão líbio com quem morava na Suécia, onde teve a filha. O casal teria se divorciado após "constantes agressões verbais e físicas". Ainda na Suécia, ela teria obtido a guarda total da menina.
Após a separação e a decisão da Justiça, Cecília teria cedido aos pedidos do ex-marido e aceitado viajar para a Líbia ao seu encontro, junto com a filha. Desde sua chegada a Trípoli, entretanto, a brasileira teria passado a sofrer agressões, que teriam aumentado de intensidade até se transformarem em cárcere privado, segundo sua versão. Cecília reclama ainda de ter sido obrigada a usar véus islâmicos e de se alimentar em separado, além de suspeitar que sua comida estivesse envenenada ou contivesse sedativos. A brasileira também teria sido vítima de agressões físicas por parte do marido e de um cunhado.
Machucada e supostamente sedada, Cecília teria sido levada até a embaixada do Brasil, onde teria sido abandonada sem sua filha, que seguiria em poder do ex-marido em Trípoli. Desde então a brasileira não tem mais notícias da menina, a qual teme jamais voltar a encontrar.
Ao tomar conhecimento do caso, o embaixador Afonso Carbonar ofereceu abrigo à jovem, que recebe apoio logístico e emocional e assistência jurídica da representação do Brasil. "Ela chegou no domingo claramente abalada. Demos toda a atenção psicológica e chamamos uma advogada líbia especializada no tema", disse Carbonar ao Estado, confirmando a gravidade do caso: "Cecília tinha marcas de machucados pelo corpo. Ela nos informou que havia sido espancada pelo marido e pelo cunhado".
Na noite de sábado, Cecília pediu para não falar à reportagem alegando cansaço e abalo. Pelo Facebook, porém, ela tem se manifestado. "As autoridades dizem que vou revê-la, mas que a corrupção aqui é muita", escreveu em um de seus posts. "A família dele tem muito dinheiro e o pai é advogado conhecido. Como o irmão dele disse, depois de ter me espancado muito, aqui sou mulher. Aqui não sou ninguém."
De acordo com o embaixador, uma queixa já foi registrada na polícia e neste domingo uma primeira sessão de entendimento será realizada pelas autoridades. Conforme Carbonar, pelo direito de família líbio, a mãe tem o direito da guarda. Por outro lado, a criança só poderá deixar o país com o consentimento dos dois pais. 
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Missão militar no Mali deve demorar seis meses


GUSTAVO CHACRA, CORRESPONDENTE/ NOVA YORK - O Estado de S.Paulo
O início da ofensiva militar no norte do Mali contra grupos radicais islâmicos ligados à Al-Qaeda deve demorar entre seis meses e um ano, apesar de o Conselho de Segurança da ONU ter aprovado por unanimidade uma resolução autorizando o envio de tropas ao país.
"Nossa prioridade não é a via militar, mas política, com a reconciliação entre as autoridades em Bamako (capital de Mali) e grupos armados do norte que tenham se distanciado de organizações terroristas. Isso pode demorar meses. Neste período, vamos reconstruir o Exército de Mali com apoio das forças africanas. Em alguns momentos, terão de enfrentar a Al-Qaeda", disse o embaixador da França na ONU, Gerard Araud, que comandou as negociações para a aprovação da resolução, acrescentando que o processo pode levar de "seis meses a um ano".
Em março, um golpe militar derrubou um governo democraticamente eleito em Bamako. Grupos radicais islâmicos ligados à Al-Qaeda assumiram o poder no norte do país. Após meses de negociações e com o crescente temor de que a região se transforme em um novo oásis para terroristas, o Conselho de Segurança aprovou o envio de 3,3 mil soldados da Comunidade Econômica do Oeste Africano.
"Uma intervenção militar em Mali não pode somar mais abusos aos já cometidos contra a população de todos os lados. Mas esta resolução da ONU corretamente implementa garantias de direitos humanos para reduzir o risco", afirmou Corinne Dufka, do Human Rights Watch.
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Empresa brasileira já é a quarta distribuidora de armas nos EUA


Roberto Simon - O Estado de S.Paulo
O Brasil tem um papel cada vez mais importante no mercado armamentista dos EUA: a marca gaúcha Forjas Taurus tornou-se a quarta maior distribuidora de armas no país da National Rifle Association, ao lado de gigantes como Smith&Wesson. Um em cada cinco revólveres comprados por americanos em 2012 veio da fabricante brasileira, que hoje vende mais nos EUA do que no próprio Brasil.Essa rápida expansão no território americano é parte de uma estratégia maior da holding Taurus, que nos últimos anos vem adotando uma estratégia mais agressiva para ampliar exportações. Segundo a diretora de relações com investidores, Doris Wilhelm, no topo da lista de destinos cobiçados pela empresa está África e América Central – segundo a ONU, as duas regiões do mundo com maior número de mortes por arma de fogo.
A lei militar brasileira impede que a indústria bélica nacional revele o número de armas exportadas, tampouco os destinos exatos das vendas. Divulgam-se apenas "blocos geográficos" para onde vão esses produtos. Em 2012, 55% das armas da Taurus foram vendidas ao "bloco norte-americano" (EUA, Canadá e México). A empresa tinha uma receita líquida de US$ 409 milhões em 2009. Este ano, impulsionada pelas exportações, ela deve fechar nos US$ 700 milhões.
Doris afirma que os EUA são o maior mercado da Taurus e o único em que a esmagadora maioria das vendas é para pessoas, e não forças estatais de segurança pública e militar. "Estamos falando de um mercado de consumo: civis americanos comprando armas como hobby, esporte, caça e defesa pessoal. A cultura americana é ‘outro bicho’. A Segunda Emenda (da Constituição) garante o direito de portar armas e defender sua propriedade."
A empresa brasileira tem uma fábrica no norte de Miami desde 1983. No ano passado, comprou por US$ 10 milhões a Heritage Manufacturing, especializada em réplicas de armas do velho oeste, usadas em uma modalidade conhecida como "plinking" – tiro ao alvo com latinhas em locais abertos, ao clássico estilo cowboy do deserto.
New York Times afirmou na terça-feira que a Taurus seria uma possível compradora da fabricante do fuzil AR-15 Bushmaster, usado no massacre de Newtown. A companhia brasileira diz que a informação é "meramente especulativa".
Nos dois dias úteis após a tragédia, as ações da Taurus caíram cerca de 10%. Segundo analistas, o mercado "teme" a aprovação de restrições a esse comércio.
Mas, como as demais empresas do setor de armamento nos EUA, a Taurus acabou beneficiada pela débâcle econômica de 2008 e pela polarização política no governo Barack Obama. O motivo é psicológico: em meio à sensação de insegurança, americanos tradicionalmente compram mais armas. O pânico após o furacão Katrina fez com que 2005 fosse o ano mais lucrativo às empresas do setor.
Top 4. Segundo Matthias Nowak, pesquisador do centro Small Arms Survey (SAS), com sede na Suíça, o Brasil é desde 2001 o quarto maior exportador das chamadas "armas pequenas", categoria que abrange revólveres, pistolas, submetralhadoras, fuzis de assalto, entre outros. O País é colocado atrás apenas de EUA, Itália e Alemanha e à frente da Rússia, maior herdeira da indústria bélica soviética.
Para analistas, são essas as "verdadeiras armas de destruição em massa" – as que mais provocaram mortes no mundo. Segundo o centro suíço, os últimos dados disponíveis são de 2009 e indicam que o Brasil exportou US$ 382 milhões dessas armas. Mas Nowak acredita que a cifra real seja muito maior e critica a falta de informações públicas.
Bruno Langeani, do Instituto Sou da Paz, também reclama da falta de transparência e afirma que "não há mais sentido" em vetar a divulgação dessas exportações, pois vários compradores revelam os números.
"Ao investir no fortalecimento da indústria bélica nacional, o governo Dilma Rousseff torna ainda maior a necessidade de transparência", defende.
No ranking do SAS que avalia o acesso à informação sobre essas exportações em cada país, o Brasil tem hoje nota 7,5 em uma escala crescente de o a 25. Em 2009, era de 8,5; em 2006, era 9.
Empresa busca expansão na África e América Central. Com uma nova estratégia para diversificar exportações, a Taurus está de olho em mercados de regimes africanos em transição política e países da América Central em luta contra o narcotráfico. Essas regiões têm o maior índice de homicídios por armas de fogo do mundo, segundo o escritório da ONU para controle de drogas e crime (UNODC). ONGs como a brasileira Sou da Paz temem que parte das armas acabe nas "mãos erradas".
A Taurus diz fornecer armas para governos, de acordo com as normas do Exército e submetida ao direcionamento político do Itamaraty. "Se a arma vai parar em outro destino, nós não temos o menor controle sobre isso. Cabe ao Itamaraty julgar que o governo não é confiável", diz Doris Wilhelm, da Taurus.
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Avibras faz vant para a Copa 2014


AGÊNCIA O VALE A Copa do Mundo de 2014, que será disputada no Brasil, pode usar aeronaves fabricadas no Vale do Paraíba nas ações de segurança. Trata-se do Vant, sigla de Veículo Aéreo Não Tripulado, que a Avibras Aeroespacial está projetando em São José.

Batizado de ‘Falcão’, a aeronave é o primeiro Vant nacional na classe de 800 quilos e poderá ser usado em missões de vigilância, reconhecimento e patrulha.

Aviões operados por controle remoto são largamente utilizados pela Força Aérea norte-americana em missões no Oriente Médio.

Autonomia/ Segundo a Avibras, a plataforma do Falcão é feita em fibra de carbono, que garante maior leveza ao veículo e aumenta o espaço útil.

Tem mais de 15 horas de autonomia e leva 150 quilos de carga. O Vant está configurado para tirar fotos e filmar com alta qualidade, de dia ou à noite. Tem um radar de detecção de alvos móveis e link de satélites, com alcance de 1.500 km.

A Avibras já investiu R$ 60 milhões e conta com o apoio das três Forças Armadas e também da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos). Os sistemas são 100% nacionais.

Espera-se que as Forças Armadas definam os requisitos do sistema, ainda neste ano, para iniciar a fase de industrialização do projeto
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sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Caças índios SU-30 serão equipados com mísseis de cruzeiro supersônico Brahmos


Os caças índios Su-30MKI da fabricação russa serão equipados com mísseis de cruzeiro supersônico Brahmos, informou nesta sexta-feira uma fonte do Ministério da Defesa da Índia.

Segundo a fonte, tal acordo foi assinado entre a joint venture russo-indiana Brahmos e a empresa russa Rosoboronexport.
Brahmos é um míssil de cruzeiro supersônico de dois estágios. Seu peso constitui 2,55 toneladas, comprimento – 8,3 m, alcance – 290 km. Até 2020, a Índia pretende comprar à Rússia 130 unidades do Su-30MKI, assim seu número na Força Aérea da Índia atingirá 270.
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Polo Tecnológico de Guaratiba


Um projeto ousado do Exército promete consolidar em breve uma grande área em Guaratiba como um centro de referência nacional em tecnologia militar. A instituição deve concluir até o fim deste ano o anteprojeto e o estudo de viabilidade de um novo polo, que reunirá pesquisa e ensino, no terreno onde já funciona atualmente o Centro Tecnológico do Exército (Ctex), às margens da Avenida Dom João VI (antiga Avenida das Américas). A grande novidade é a previsão de transferência até 2015 do Instituto Militar de Engenharia (IME) da Urca para este novo espaço.
 
- A ideia desse polo já existia desde a década de 1980 e foi sendo aperfeiçoada. Agora, com a melhoria do acesso à região (após a inauguração do corredor expresso Transoeste), acreditamos que este é o momento ideal para realizarmos o projeto - adiantou o chefe do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército, general Sinclair Mayer.
 
Para colocar em prática a iniciativa, o Exército prepara um modelo inédito de parceria público-privada (PPP), cujos detalhes ainda estão em estudo. Representantes do Ministério do Planejamento virão ao Rio no próximo dia 10 para conhecer o espaço e começar as discussões. Segundo o general Mayer, a primeira fase do projeto, cuja conclusão está prevista para 2015, deve custar cerca de R$ 1,5 bilhão. Além do novo IME, está prevista para começar nessa etapa inicial a construção do Instituto Militar de Tecnologia, cuja função básica será dar apoio à indústria nacional de Defesa, e do Instituto de Pesquisa Tecnológica Avançada, que irá trabalhar com a área de inovações.A ideia do Exército é conseguir concluir todo o projeto, denominado Polo Tecnológico de Guaratiba, até 2020. O espaço deve abrigar também uma Agência de Gestão da Inovação. Haverá ainda uma área reservada para uma incubadora de empresas. A intenção é que haja troca de experiências.
 
- Praticamente toda a tecnologia militar tem aplicação civil - destacou Mayer.
 
A PPP poderá usar essa tecnologia como moeda de troca para a captação de recursos, mas a exploração de serviços também deve ser um dos atrativos para a iniciativa privada. Há a possibilidade, por exemplo, de construção de um shopping em parte do terreno, com a concessão de 30 anos.
 
Com as novas obras, o Exército pretende triplicar a área construída, que atualmente é de 60 mil metros quadrados. Está prevista também a construção de uma pista de pouso e decolagem para veículos aéreos não-tripulados, que poderão ser desenvolvidos no polo. O terreno total tem 26 quilômetros quadrados, mas, pensando na questão ambiental, a instituição não pretende avançar muito na ocupação.
O projeto de levar o IME para Guaratiba ganhou força pela necessidade de ter um lugar que pudesse abrigar um número maior de alunos. Atualmente, o instituto forma cerca de cem engenheiros por ano, e a intenção é chegar a 300 no novo espaço, sem contar com os cursos de pós-graduação.
 
- Hoje em dia, o perfil do nosso estudante mudou. Metade deles é de outros estados, e a Urca não tem o espaço ideal para os alojamentos - acrescentou o general, lembrando que a previsão para o terreno de Guaratiba é ter 1.400 unidades habitacionais.
 
Para o prédio da Urca, que fica na Praça General Tibúrcio, a intenção do Exército é manter o foco na educação. Há a possibilidade de que ali se instale o Departamento de Ensino, responsável pela coordenação das escolas militares, ou a Escola Superior do Estado-Maior. O IME está na Urca desde 1942, mas já havia passado por outros quatro locais. No século passado, foi sediado nas ruas Barão de Mesquita, na Tijuca, e Moncorvo Filho, no Centro.
 
CTex já desenvolve projetos
 
Além de envolver o Ministério do Planejamento, a captação de recursos para o projeto do Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército deve ter vínculos com os ministérios da Educação, da Defesa e da própria Ciência e Tecnologia. Do total de R$ 1,5 bilhão, ainda não há uma estimativa precisa de quanto seria investido pela iniciativa privada.
 
Atualmente, 800 pessoas trabalham no Ctex, que já desenvolve trabalhos como o piloto do sistema de monitoramento eletromagnético de fronteiras, com radares. Ao todo, há 45 projetos em andamento.
O Globo.Segurança Nacional Blog

Rússia estreita laços militares com Irã e envia destroyer


Um navio destroyer russo está atracado no porto de Bandar Abbas, no Irã, com o objetivo de estreitar as relações militares entre russos e iranianos, disse um alto oficial da Marinha do país persa, informa a Press TV.

"Marshal Shaposhnikov, um destroyer russo, ancorado neste porto, mostra a parceria entre Irã e Rússia", disse o vice-almirante-Hossein Azad.
Segundo a TV iraniana, o Comandante Almirante russo, Serguei Alekminski disse que a Rússia enviará em 2013 uma frota de navios e fragatas para uma visita a um porto iraniano.
O comandante Habibollah Sayyari disse em fevereiro que as forças navais de vários países vizinhos manifestaram desejo de enviar frotas para o Irã, e que Teerã está pronto para recebê-los.
A Rússia, ao lado da China, é um dos poucos países que defende o governo iraniano nas reuniões da ONU. Para Israel e EUA, o Irã está próximo de desenvolver uma bomba nuclear.
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