sábado, 8 de dezembro de 2012

A semana de Marte: novos planos e novos problemas


A NASA já anunciou a sua intenção de enviar a Marte mais um jipe-robô em 2020. O Conselho Nacional de Investigação dos EUA publicou um relatório em que expressa suas dúvidas sobre a capacidade da agência em corresponder às suas expectativas.

Além disso, o relatório afirma que muitos objetivos a longo prazo anunciados pela NASA, especialmente os voos tripulados, ainda não obtiveram apoio por parte da sociedade. O relatório indica aos cientistas a necessidade de elaborar um programa coerente de exploração espacial. Possivelmente com recurso à cooperação internacional.
Sob o signo de Marte
Na segunda-feira, nos EUA serão apresentados aos jornalistas os últimos resultados das pesquisas efetuadas pelo robô Curiosity. Foram desmentidos os rumores de que na superfície do planeta vermelho se tenha conseguido descobrir matéria orgânica que provasse a existência de vida. Foram realmente descobertos compostos orgânicos, mas é muito provável que se trate de poluição feita pelo próprio robô.
Na terça, em Moscou se realizou uma conferência de imprensa paralela. Foram discutidos os resultados do espectrômetro de neutrões russo DAN que está a bordo do jipe-robô. O DAN investigou a distribuição de hidrogênio na camada superior do solo de Marte. O hidrogênio indica, com uma alta probabilidade, a existência de gelo de água. Na área do percurso do Curiosity, a fração de massa do gelo de água no solo foi superior a 4% em algumas seções. Outra particularidade: a camada superior do solo, com a profundidade de cerca de um metro, se apresenta como uma formação de duas camadas: por baixo de 20-30 centímetros de solo “seco” se encontra uma camada que contém gelo de água.
Logo depois dos relatórios dos êxitos do Curiosity, a NASA anunciou que tenciona enviar o próximo jipe-robô para o planeta vermelho já em 2020. O projeto, segundo afirma a agência, faz parte de um programa, ainda não detalhado, do estudo de Marte programado para vários anos. A NASA tenciona, dessa forma, consolidar a sua posição de liderança nas investigações marcianas e dar o próximo passo para um voo tripulado.
Recentemente, e da mesma forma na sequência de mais um anúncio de resultados do trabalho do Curiosity, a NASA tinha aprovado a concepção e o lançamento da sonda fixa InSight para o estudo da composição interna do planeta. O prazo planejado para o lançamento era 2016. Depois de vários meses já se fala de um novo jipe-robô.
Segundo afirma a NASA, o novo projeto faz parte do orçamento quinquenal da agência. É uma declaração importante, visto que os grandes projetos têm tendência a crescer. É verdade que, relativamente ao novo jipe-robô marciano, se planeja reduzir os custos graças à repetição de muitos elementos usados no Curiosity. Um exemplo é a tecnologia de pouso suave graças a "grua aérea".
Também existe um plano de abordagem diferente do voo pilotado a Marte. Os representantes da NASA e da Roskosmos partilharam os planos do voo anual à EEI que deverá imitar um voo a Marte. E apesar de não se conseguir reproduzir na EEI o perigo principal da viagem, a radiação, os seus participantes Mikhail Kornienko (Rússia) e Scott Kelly (EUA) irão sofrer as consequências do fator principal desse voo – a imponderabilidade.
Contudo, terá a NASA, ou qualquer outra agência, força e meios para trilhar o caminho escolhido da mesma forma metódica e consequente, como foram os projetos Luna da URSS e Apollo dos EUA? Ou então a euforia dos últimos meses será apenas uma onda, levantada pelo êxito do Curiosity, que irá diminuir depois de passado o interesse inicial da opinião pública, alimentado pela sua ânsia por novidades.
Mas os problemas são comuns…
Os autores do recente relatório do Conselho Nacional de Investigação dos EUA não questionam a viabilidade dos estudos de Marte, mas alegam que a sociedade ainda não chegou a uma opinião unânime sobre as prioridades das futuras investigações e quais os objetivos a serem atingidos em primeiro lugar. É criticado, nomeadamente, o atual programa de voos tripulados da agência. Anteriormente, a NASA tinha declarado a sua intenção de enviar uma expedição tripulada a um asteroide até 2025, mas esse plano não é considerado como final nem pela NASA, nem pela comunidade internacional. A situação ainda é agravada pela falta de clareza no financiamento do programa espacial: os cortes orçamentais dos últimos anos atingiram fortemente o programa planetário em especial, pelo que a NASA foi obrigada a abandonar o projeto europeu ExoMars.
Os autores temem que o volume de projetos anunciados e a necessidade de manutenção do quadro de pessoal e equipamentos existentes sejam incompatíveis com o orçamento e, por isso, propõem à agência a otimização da sua infraestrutura, uma cooperação mais ativa com outras agências governamentais, empresas privadas e parceiros estrangeiros, reduzindo o número de programas em execução pela NASA. Os autores recomendam igualmente ao governo dos EUA que aumente o orçamento da agência. Por fim, eles consideram que a exploração espacial no futuro será, provavelmente, internacional e que a NASA deve elaborar o seu programa de forma a torna-lo atraente para as outras agências espaciais.
Há algo em comum entre as dificuldades que enfrentam os EUA e a Rússia na ciência espacial. Tal como os EUA, a Rússia não tiveram durante muito tempo, e continuam a não ter completamente definida, uma estratégia única para a exploração espacial. Algo desse tipo se começou a formar relativamente à investigação planetária automática depois da catástrofe da sonda Phobos-Grunt, que demonstrou a plena necessidade de aperfeiçoamento dos diversos componentes das expedições interplanetárias. Isso resultou na revisão do programa lunar, que agora alia aos objetivos de investigação os objetivos tecnológicos. É precisamente nas expedições lunares que se planeja aperfeiçoar as tecnologias que serão necessárias para o projetoExoMars, para o qual a Rússia entrou depois da saída dos EUA.
Mas esses planos esbarraram com um novo problema: devido aos atrasos na assinatura de novos contratos da Roskosmos com os subempreiteiros, os trabalhos das missões lunares se encontram em risco de falhar. O primeiro lançamento, no entanto, deve ser feito já em 2015. Essa circunstância ameaça igualmente o projeto ExoMars, cujo primeiro aparelho deverá ser lançado em 2016.
Não se trata das missões em particular, mas de todo um programa, que irá determinar o futuro da ciência planetária para os próximos dez anos, talvez mais. Se não se resolver isso a tempo, poderá já não se apresentar uma segunda oportunidade
VOZ DA RUSSIA SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Documentos obtidos por ISTOÉ revelam preferência da Aeronáutica pelo caça americano F-18. A tendência


CÉU DE BRIGADEIRO
O caça F-18 Super Hornet, além de ter um desempenho melhor, segundo
a FAB, custa quase a metade do valor orçado pela Dassault
Um relatório de análise da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac) da Força Aérea Brasileira (FAB), obtido com exclusividade por ISTOÉ, deve provocar uma reviravolta na concorrência para a compra dos caças, que se arrasta desde o governo FHC. O documento mostra que, contrariando as especulações em torno do programa F-X2, a FAB optou pelo caça americano F-18 Super Hornet, produzido pela Boeing. Entre os concorrentes estão o modelo francês Rafale e o sueco Gripen NG. O relatório estava pronto havia dois anos, mas tinha sido engavetado pelo então ministro da Defesa, Nelson Jobim. Na ocasião, o ministro levou ao Palácio do Planalto a preferência pelo Rafale, uma opção política que não considerou as análises técnicas contidas no documento produzido pela Aeronáutica. O ex-presidente Lula chegou a tornar pública uma preferência pelos franceses e com frequência emitia sinais de exagerada proximidade com o ex-presidente da França Nicolas Sarkozy. Diante da predileção da FAB pelo avião americano, resta saber agora qual será a decisão final da presidenta Dilma Rousseff. A tendência é acompanhar o relatório técnico. Dilma revelou a assessores que está disposta a bater o martelo sobre os caças antes do vencimento das propostas comerciais no próximo dia 31. O que lhe interessa, tem dito a presidenta, é saber qual negócio oferecerá mais vantagens ao desenvolvimento do País. E a FAB garante que a compra do modelo americano é a mais vantajosa.
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PRÓ-RAFALE
O ex-ministro da Defesa Nelson Jobim havia engavetado o relatório da FAB
Questões como preço, custo de manutenção, prazo de entrega e desempenho operacional são exploradas a fundo pelo relatório. O documento da FAB mostra, por exemplo, que o F-18 tem um custo de US$ 5,4 bilhões para o pacote de 36 aeronaves. É quase a metade dos US$ 8,2 bilhões orçados no Rafale. O Gripen NG, oferecido a US$ 4,3 bilhões, é o mais barato dos três, mas trata-se de um avião em desenvolvimento nunca testado em combate na versão oferecida, pondera a FAB. O caça francês, além de mais caro que os demais, possui valor de hora-voo de US$ 20 mil. O dobro do jato americano (US$ 10 mil) e três vezes o do sueco (US$ 7 mil). Para justificar a preferência pelos caças americanos, o relatório traz outro dado nunca mencionado nas discussões anteriores sobre o FX-2: o armamento empregado no Super Hornet é mais econômico e possui maior diversidade que o de seus concorrentes. No documento, a FAB alerta também para a necessidade de uma solução imediata sobre o programa de caças, em razão do risco de vulnerabilidade a que o Brasil estará exposto em breve. “A importância estratégica do F-X2 torna-se evidente diante de um quadro de obsolescência”, alerta a FAB.CÉU DE BRIGADEIRO

Questões como preço, custo de manutenção, prazo de entrega e desempenho operacional são exploradas a fundo pelo relatório. O documento da FAB mostra, por exemplo, que o F-18 tem um custo de US$ 5,4 bilhões para o pacote de 36 aeronaves. É quase a metade dos US$ 8,2 bilhões orçados no Rafale. O Gripen NG, oferecido a US$ 4,3 bilhões, é o mais barato dos três, mas trata-se de um avião em desenvolvimento nunca testado em combate na versão oferecida, pondera a FAB. O caça francês, além de mais caro que os demais, possui valor de hora-voo de US$ 20 mil. O dobro do jato americano (US$ 10 mil) e três vezes o do sueco (US$ 7 mil). Para justificar a preferência pelos caças americanos, o relatório traz outro dado nunca mencionado nas discussões anteriores sobre o FX-2: o armamento empregado no Super Hornet é mais econômico e possui maior diversidade que o de seus concorrentes. No documento, a FAB alerta também para a necessidade de uma solução imediata sobre o programa de caças, em razão do risco de vulnerabilidade a que o Brasil estará exposto em breve. “A importância estratégica do F-X2 torna-se evidente diante de um quadro de obsolescência”, alerta a FAB.Outro documento também obtido pela reportagem da ISTOÉ poderá pesar na decisão da presidenta. Trata-se de uma minuta de cooperação estratégica firmada em sigilo entre a Embraer e a Boeing, pela qual a companhia americana – maior fabricante mundial de aeronaves – se compromete a entregar o maior programa de off-set (contrapartida) já oferecido pelos EUA a qualquer país fora da Otan. O acordo estabelece, por exemplo, apoio à comercialização dos Super Tucanos A-29 e do avião de transporte KC-390 em mercados inacessíveis ao Brasil. Também está prevista a construção conjunta de um avião de treinamento para pilotos, que poderá ser vendido a países da América Latina, a integração de armamentos nos Super Tucanos e o desenvolvimento de um jato multiemprego de quinta geração para ser comercializado em nível mundial. Num gesto inédito, a Boeing se compromete ainda a abrir um centro tecnológico no Brasil. Oficialmente, a Embraer diz desconhecer o documento, mas garante que está capacitada para trabalhar em parceria com quaisquer dos fornecedores. Num encontro recente com o comandante da FAB, Juniti Saito, a presidenta Dilma foi enfática. “Precisamos ajudar a Embraer”, disse. Não ficou claro se ela já havia decidido pelo F-18, mas assessores garantem que a análise técnica nunca pesou tanto. 
Fotos: MC3 Jason Johnston; MARCOS DE PAULA/AE
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sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Marinha estadunidense acompanhará lançamento do foguete norte-coreano


A Marinha de Guerra dos EUA enviará seus navios para rastrearem o lançamento do satélite pela Coreia do Norte, declarou hoje o almirante Samuel Locklear, chefe do Comando Militar dos EUA no Pacífico.

“É lógico que navios de guerra dos EUA sejam utilizados nessa região, porque são capazes de rastrear a trajetória do foguete norte-coreano e de interceptá-lo”, disse ele.
Há pouco, Pyongyang anunciou sua disposição de lançar um foguete, que transportará um satélite, entre 10 e 22 de dezembro. O primeiro lançamento, em abril último, fracassou.
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China declarou que caça J-15 supera o Su-33


O caça de coberta chinês Shenyang J-15 supera o russo Su-33em muitas caraterísticas e não é um clone do avião russo, escreveu hoje, 6 de dezembro, o jornal People´s Daily Online, citando o porta-voz do Ministério da Defesa, Geng Yansheng.

Segundo a versão mais divulgada, os engenheiros chineses, ao desenvolverem o caça J-15 utilizaram muitos elementos do protótipo do Su-33 – o aparelho T-10K-3, comprado à Ucrânia na primeira metade dos anos 2000, em particular, o planador do J-15,  igual ao do aparelho russo. Segundo Geng Yansheng, a semelhança externa não faz de um avião cópia de outro.
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Peru adquire mísseis MBDA MM-40 Exocet Block 3


Marinha de Guerra del Peru (MGP) acaba de adquirir um lote de 16 mísseis antinavio MBDA MM-40 Exocet Block 3 e quatro sistemas de lançamento por um montante ao redor de 72 milhões de euros (US$ 94,1 milhões). Realizado em meados de novembro, o negócio foi firmado após um período de mais de três anos de tratativas. Os adiamentos na concretização da aquisição foram motivados pela falta de recursos e problemas de natureza contratual.
Os novos mísseis serão integrados a bordo das fragatas da classe Lupo BAP Aguirre (FM-55) eBolognesi (FM-57).
O MM-40 Exocet Block 3 é um míssil antinavio de comprovada eficiência, inclusive contra alvos costeiros. O míssil mede 5,78 metros de comprimento e 0,85 metros de diâmetro (corpo). Seu peso antes do lançamento é de 740 kg. O vetor é impulsionado na partida por um “booster” de propelente sólido alijável e durante o voo de cruzeiro por um propulsor turbojato. Sua velocidade de cruzeiro é da ordem de Mach 0.9 e o alcance chega a 180 km.
O Peru já adquiriu no passado mísseis da família Exocet modelos MM38 para fragatas da classe PR-72P e MM39 para dotar os helicópteros ASH-3D Sea King da Fuerza de Aviacion Naval da MGP.
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SISCENDA

A FAB está desenvolvendo o datalink tático Sistema de Comunicações por Enlaces Digitais da Aeronáutica (SISCENDA) que será compatível, futuramente, com sistemas semelhantes e interoperáveis da Marinha e Exército.

O uso de datalink na FAB iniciou com um projeto para instalar um sistema no ALX (A-29A/B) para se comunicar com o R-99 em 1998. O hardware de origem alemã tem software desenvolvido no país, como o sistema C2 do R-99. É a parte em operação, mas de forma global o SISCENDA ainda está na fase de concepção. O SISCENDA será implementado completamente em cerca de uma década.

O SISCENDA utilizará dois tipos básicos de enlaces: o ponto-a-ponto, para as comunicações entre dois participantes (basicamente ar-solo); e o enlace em rede TDMA (Time Division Multiple Access), para as comunicações entre vários participantes, principalmente em vôo. Ambos, empregando uma técnica de salto de freqüência, controlada por um algoritmo de criptografia, que garante que as comunicações ocorram, praticamente, imunes a interferências e a interceptações.O conjunto transceptor VHF/UHF (30-400MHz), processador ECCM (contra contramedidas), processador de dados capaz de realizar função de datalink ou comunicação digital de voz entre as aeronaves R-99 e estações de solo do SIVAM faz parte da família 400U da Rohde & Schwarz. Nas aeronaves A-29A/B serão usados os transceptores M3AR da série 6000. O F-5BR, AMX-M e F-X BR também serão equipados com o datalink alemão e serão compatíveis entre si.


O SECOS (Secure ECCM Comunications System) é o padrão de enlaces de dados do SIVAM, que faz repasse da síntese radar para os interceptadores, dando uma visão comum da área de operações. O SECOS foi escolhido em 1997. Faz uso de técnica TDMA, salto de frequência e criptografia.

O rádio modular controlado por software M3AR pesa menos de 4kg e pode aceitar os modos de contra-contramedidas HaveQuick (americano/OTAN), SATURN (britânico), SECOS (escolhido pela FAB) e UHF DAMA para comunicação de satélites, além de VHF de datalink de trafego aéreo (25/8.3kHz) e VHF AM e FM apenas com instalação de software.

O rádio muda de frequência a 200hops/segundo (SECOS 1) ou 500hops/s (SECOS 2) e 8.5hop/s na banda HF(se disponível). A transferencia de dados é de 64kbits/s ou maior para retransmissão de dados e vídeo na faixa V/UHF e 5,4kbps (9,6kbps por pouco tempo) na banda HF (não usado). As freqüências selecionadas e os modos de operação são controles por software e apresentados nas telas multifunção e UFPC.

Os rádios fazem parte da família de rádios multibanda e multifrequência programáveis da família M3XR e inclui versões navais M3SR/Serie 4400 e terrestre M3TR (adquirido pelo Exército) desenvolvidos desde 1997. A versão aérea também equipa os caças JAS-39 Gripen lote II e III. Com modem externo podem ter interface com o Link 4 (STANAG 5504), Link 11 (STANAG 5511), Link 16 e Link 22 (STANAG 5522).Datalinks da Marinha

A Emgerprom desenvolveu e produz o Módulo de Enlace Automático de Dados (EAD) para trocar dados táticos e comandos entre navios, submarinos e aeronaves equipados com o Sistema de Controle Tático (SICONTA) . Usa rádios HF e UHF operando com protocolos Link YB, Link 14 e Link 11. O EAD tem conceito modular e usa componentes comerciais (COTS).

Com o Link Y o EAD é capaz de transmissão e recepção de até 61 alvos; velocidade de transmissão de 300, 600 ou 1200 bps; modo de operação tipo transmissão única, Time Slot; número de slots máximo de 24 Slots; com modo de estação: controladora, dependente ou retransmissora.  Com Link 14 tem velocidade transmissão de 75 bps (padrão), ou até 1200 bps (programável)O IPqM desenvolveu tecnologias de datalinks usando os próprios rádios das aeronaves e navios. Estes datalinks tinham capacidade de contramedidas eletrônicas desenvolvidas pela CASNAV com algoritmos criptográficos e salto de frequêcia.

O IPqM usou a experiência com o TTI e do SICONTA funcionando em rede com o link das Fragatas e Corvetas para lançar um sistema nacional para as outras Forcas chamado ETB-1 (Enlace Tático Brasileiro).

A FAB escolheu o sistema da Rhode-Schwartz para equipar os R-99 do SIVAM com um link ponto-a-ponto (não funciona em rede) e complemente diferente do que a MB já vinha usando a anos.

Em uma reunião entre as três forcas a FAB apresentou a nova geração dois do Security Communication System (SECOS) para o ALX, FX e PX e outras aeronaves como sendo o que tinha de melhor.

O novo SECOS tem capacidade de mais de 200 saltos de frequência por segundo(CCME), acesso múltiplo compartilhado no tempo (TDMA), capacidade de até 32 participantes na rede, algoritmo criptográfico forte e interoperabilidade. Porém não é nacional, é considerado caro, e o alemães tem o código criptográfico.

Por questões contratuais da FAB com a Rhode-Schwartz e devido ao SIVAM ser a única fonte de renda para as três forcas, o SECOs passou a ser uma opção viável das forças conseguirem se entrelaçarem digitalmente as informações.

A MB considera seus sistemas já desenvolvidos melhores e acha que está dando um passo para trás com o SECOS. Um dos motivos é não funcionar em HF pois a FAB usa uma rede de retransmissão em terra para os sinais de VHF e UHF. No mar está rede não existe.

O PX também terá o sistema Link YB da MB para manter os dois sistemas de datalink em paralelo para suprir as carências do SECOS em comunicação a longa distância
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TECNOLOGIA - Força Aérea terá sistema nacional de datalink para comunicação entre aeronaves



A Força Aérea Brasileira assinou nesta quinta-feira (6/12) o contrato para o desenvolvimento do "Link BR2", tecnologia que vai permitir os aviões trocarem dados entre si em pleno voo. O acordo com a empresa Mectron, de São José dos Campos (SP), prevê que até 2016 o sistema deverá estar instalado em quatro caças F-5M, quatro A-29 e dois E-99, além de estações em solo, inclusive para uso do Exército e da Marinha. O planejamento prevê instalar o Link BR2 futuramente em um maior número de aeronaves, além de outros modelos, como helicópteros, aviões de patrulha e de reabastecimento em voo.
"O sistema de datalink é um multiplicador de força para qualquer Força Aérea", afirmou o Brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, Presidente da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), organização da FAB responsável por projetos de aquisição. O Link BR2 vai integrar mais aeronaves da Força Aérea em uma só rede, diferente dos modelos atualmente em uso, que são restritos a aeronaves específicas. Com o novo datalink será possível, por exemplo, um piloto conseguir visualizar todos os dados captados pelo radar de outro avião.
O Brigadeiro Baptista Júnior lembrou ainda que o contrato assinado envolve não apenas a aquisição do sistema, mas o seu desenvolvimento no Brasil. "É uma oportunidade para a indústria nacional, para que a gente traga não somente a fabricação do hardware, do rádio, daquilo que é fabricado, mas principalmente que a gente traga a inteligência que está dentro deste processo do datalink", explicou.
Já o presidente da Mectron, Gustavo Ramos, ressaltou que este contrato é importante para assegurar o desenvolvimento do Brasil na área de tecnologia. "É uma condição sine qua non fazer o desenvolvimento no Brasil para que a indústria nacional de defesa possa ter essa competência, atender a essas necessidades, absorver tecnologia com garantia de segurança nacional e depois exportar para outros países e crescer ainda mais", disse.
SAIBA MAIS - Leia a seguir entrevista com o Coronel-Aviador Francisco Guirado Bernabeu, um dos gerentes do projeto Link BR2, e o Coronel-Aviador Flávio Luis de Oliveira Pinto:
Agência Força Aérea - Qual a vantagem de uma aeronave utilizar datalink?
O datalink hoje representa um grande diferencial para uma Força Aérea, especificamente para aeronaves de combate, porque permite que elas troquem informações, por dados, sem a necessidade de comunicação por voz. Isso agiliza a comunicação entre os pilotos e aumenta muito a consciência situacional.
Agência Força Aérea - Como, na prática, ele pode ser utilizado?
Por exemplo, a síntese radar do E-99, uma aeronave que tem um radar bastante poderoso, pode ser repassada para um piloto de A-29, de maneira que este tenha condições de visualizar outras aeronaves, mesmo sem ter um radar à bordo Isso evita que o operador do E-99 e o piloto do A-29 tenham que estabelecer comunicação por voz.
Agência Força Aérea - E o Link BR2 serve para transmitir imagens também?
Serve. É possível a transmissão de imagens óticas ou de outros tipos de sensores, além de também mandar texto, o que também traz um grande ganho operacional. Uma aeronave pode enviar a imagem de um alvo para outra aeronave ou para um centro de comando e controle, a fim de verificar sua correta identificação e engajamento.Um comandante pode acompanhar visualmente o desenrolar de uma operação.
Agência Força Aérea - A adoção dessa tecnologia muda a forma de combater?
Muda. Por exemplo, utilizando o recurso do datalink, você pode enviar uma aeronave na frente, com o radar desligado, mas conhecendo todos os alvos à frente, repassados por uma aeronave que esteja mais atrás, esta sim com o radar ligado. Então, quer dizer, a aeronave da frente ao não utilizar o radar, vai estar mais escondida eletronicamente do que uma aeronave que esteja com o radar ligado. Essa aeronave da frente, portanto, pode se aproximar mais de seu alvo e fazer uso mais eficiente de seu armamento, por meio das informações passadas por outras aeronaves.
Agência Força Aérea - E é possível atirar utilizando os dados do Link BR2?Sim, será possível. Não faz parte do escopo deste projeto, mas já previmos a possibilidade de fazer a escravização e o guiamento de mísseis a partir de alvos captados por sensores de outras aeronaves e transmitidos via data link.
Agência Força Aérea - Como será a implantação do Link BR2 na FAB?Inicialmente nós vamos instalar o datalink em quatro aeronaves F-5M, quatro aeronaves A-29 e duas aeronaves E-99M. Com o datalink instalado nessas aeronaves, vamos fazer uma prova de conceito e testar todas as funcionalidades que foram planejadas. Depois que validarmos a solução, vamos implementar nas demais aeronaves da Força Aérea.

Agência Força Aérea - E o A-1 modernizado, terá o Link BR2?O Link BR2 já está sendo instalado no A-1, só que o A-1 está recebendo a primeira versão do link BR2. Neste contrato que estamos assinando, vamos ter o link BR2 com capacidades adicionais, mas essa nova versão será capaz de trocar dados com a versão instalada no A-1 .
Agência Força Aérea - Qualquer aeronave pode receber uma tecnologia como essa?
Sim, mas seu uso depende de como a aeronave vai ser utilizada em um cenário operacional. O equipamento datalink é mais ou menos do tamanho de uma caixa de sapatos. Nessa caixa haverá um rádio e o terminal datalink, com protocolos de comunicação e aplicativos para interagir com os pilotos e os sistemas das aeronaves
Agência Força Aérea - E que tipos de aeronaves devem receber datalink?Depende da missão dessa aeronave. Aeronaves de caça, aeronaves de reconhecimento, aeronaves de patrulha, de reabastecimento, de controle e alerta em voo, helicópteros.... qualquer aeronave que tenha uma função relevante no teatro de operações.
Agência Força Aérea - A FAB já utiliza algum tipo de datalink? Qual a diferença para o Link BR2?
Nós já utilizamos alguns datalinks. Nós temos um datalink que permite que apenas aeronaves F-5 conversem entre si; temos outro datalink para as aeronaves A-29, e temos o Link BR1, que permite a comunicação entre as aeronaves E-99 e R-99 com estações em solo. Foi a partir da experiência adquirida com esses datalinks, que conseguimos desenvolver os requisitos para o Link BR2, que vai permitir que todas as aeronaves possam conversar entre si com grande capacidade de transferência de dados. Será possível, com esse novo sistema, incluir mais de 1.000 aeronaves, em diversas redes, trocando dados, simultaneamente, entre s
Fonte: Agência Força Aérea ..segurança nacional blog