quarta-feira, 17 de outubro de 2012

A disputa do anjinho e do diabinho


André Meloni Nassar
Em quem devo acreditar? No anjinho que sussurra no meu ouvido direito ou no diabinho que me provoca do lado esquerdo?
O anjinho abana-me com suas asas e diz que o Brasil é um país que já deu certo e está no caminho de se tornar uma liderança mundial. O diabinho espeta-me com seu tridente e tenta convencer-me de que estamos negligenciando, como sempre fizemos, os nossos problemas estruturais.
O anjinho cantarola que o mensalão está sendo julgado pelo STF com plena independência, o que comprova que o Brasil tem instituições que são maiores e mais perenes que os governos e os partidos no poder. O diabinho argumenta que vivenciamos uma perda de qualidade institucional e o elevado número de votos nulos, em branco e abstenções nas eleições municipais comprova que grande parte da população credita pouca confiança às instituições políticas.
O anjinho exalta as ações do Estado no combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas, que se estão tornando mais sofisticadas e complexas. O diabinho faz pouco caso das ações de controle nas fronteiras e lembra que comprar armas de fogo no mercado negro é mais fácil e barato que comprar antibiótico na farmácia.
O anjinho orgulha-se dizendo que foram tomadas medidas decisivas para estimular o crescimento da indústria no País, com elevação de tarifas, exigências de conteúdo nacional e desoneração tributária. O diabinho, embora consciente da importância da indústria em qualquer economia, lembra que no Brasil ela é protegida desde os tempos de Juscelino Kubitschek e o consumidor paga essa conta com produtos mais caros e obsoletos, e que esse não é o setor da economia mais dinâmico na geração de empregos.
O sangue sobe à cabeça do anjinho, que se enfurece e argumenta que a inovação tecnológica nasce na indústria e se espalha pelas demais áreas. Por isso é necessário que existam políticas de estímulo ao setor industrial. O diabinho, plácido, lembra que inovação depende de educação e nesse quesito o País não tem muito o que falar.
O anjinho, mais revoltado que nunca, diz que jamais se investiu tanto em universidades federais e que o Programa Ciência sem Fronteiras vai revolucionar a ciência brasileira. O diabinho, mais calmo que nunca, lembra que no Brasil prevalece o modelo em que a ciência (universidades) e a inovação (setor privado) são separadas, não estimulando multinacionais a investir em inovação aqui e levando as universidades a gerar ciência de retorno de longo prazo duvidoso.
O anjinho procura se acalmar e lembra que o Brasil é um dos poucos países do mundo que está crescendo, segue em ritmo de pleno emprego e, ao mesmo tempo, tem saúde e previdência universal para sua população. O diabinho exalta a geração de empregos no País e ri da ingenuidade do anjinho: qual o sentido de um sistema de saúde universal em que os recursos dos contribuintes se perdem numa longa cadeia de desvios e corrupção? E de que vale a universalidade da previdência hoje, sabendo que o sistema precisa ser reformado, dados o envelhecimento da população e a queda da taxa de natalidade? Não estaríamos, pergunta o diabinho, garantindo bem-estar acima do necessário às gerações atuais e extraindo-o das futuras?
O anjinho volta a ficar empolgado com o diálogo e saltita de alegria ao dizer que o País pôs em prática um dos mais bem-sucedidos programas de distribuição de renda do mundo, o Bolsa-Família. O diabinho, sem pestanejar, concorda com a importância do programa, mas retruca que de nada adianta distribuir renda sem reformar uma estrutura tributária que pune as pessoas de menor renda, pois são elas que poupam menos e gastam maior parcela da sua renda com consumo.
O anjinho regozija-se com o ciclo virtuoso por que passa a economia brasileira, com redução da taxa de juros, controle da inflação e grande crescimento do mercado de crédito. O diabinho diverte-se com o otimismo do anjinho e lembra que o Brasil não é um país pró-negócios e que boa parte do setor privado quer manter o emaranhado de leis e exigências existentes porque o custo Brasil o mantém protegido e livre de competição.
O anjinho, ainda maravilhado com o sucesso econômico que é o Brasil, discursa sobre os grandes avanços em infraestrutura que o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) está promovendo e defende a política do governo de permitir concessões privadas de longo prazo em setores controlados por empresas estatais. O diabinho praticamente perde as estribeiras porque, assim como ele reconhece que há avanços, o anjinho precisa concordar que a eficácia do PAC é muito baixa e as concessões privadas nos aeroportos são uma prova de que o modelo defendido não vai promover os investimentos necessários nem melhorar os serviços para a população.
O anjinho, que já havia entendido que o diabinho estava devotado a irritá-lo, lembra que o País é uma liderança mundial em ascensão e está exercendo seu poder por meio de cooperação internacional, transferência de tecnologia e internacionalização das empresas nacionais, sem uso de poder militar, como fazem os EUA, nem do modelo colonizador, como fizeram os países europeus. O diabinho diverte-se com a inocência do anjinho e argumenta que o destino de qualquer potência de recursos naturais, como é o caso do Brasil, mesmo que não queira, é ser catapultado ao posto de liderança mundial.
Anjinho e diabinho já estavam cansados do debate e minha cabeça, cheia de ouvir argumentos opostos. Ambos estavam certos. Mas se é verdade que o Brasil está avançando muito, e também é verdade que o País ainda tem diversos problemas para enfrentar, é o diabinho que tem mais razão. Apontar os desafios, portanto, é mais importante que ovacionar cegamente as conquistas. É o diabinho que opto por escutar.
* DIRETOR-GERAL DO ICONE
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Astrônomos amadores descobrem planeta com quatro sóis


Astrônomos amadores encontraram um planeta cujos céus são iluminados por quatro sóis. É o primeiro sistema solar desse tipo já identificado.
Ilustração feita do planeta PH1 - Haven Giguere/Yale
Haven Giguere/Yale
Ilustração feita do planeta PH1
No mundo, situado a pouco menos de 5 mil anos luz da Terra, orbita um par de estrelas que contam com um outro par de estrelas em sua volta.
A descoberta foi feita por astrônomos amadores utilizando o site Planethunters.org, projeto mantido pela Universidade de Yale de ''ciência cidadã'', por meio do qual voluntários procuram encontrar exoplanetas - mundos localizados fora do nosso sistema solar - com a informação obtida com o telescópio espacial norte-americano Kepler.
As chamadas estrelas binárias - um sistema estelar que consiste de duas estrelas orbitando um centro comum - não são incomuns, mas só foram encontrados alguns poucos planetas que orbitam em torno de duas estrelas. E nenhum dos já descobertos conta com outro par de estrelas.
O planeta foi batizado de PH1, em homenagem ao site Planethunters.
Seis vezes maior 
Acredita-se que o novo mundo seja um ''gigante gasoso'', maior do que Netuno e seis vezes maior do que a Terra.
''O ambiente do planeta é muito complicado, devido à pressão exercida pelas quatro estrelas. Mas, ainda assim, ele aparenta ter uma órbita estável. É algo realmente confuso e que torna essa descoberta tão divertida. Absolutamente, não é o que estávamos esperando'', afirma o cientista Chris Lintott, da Universidade de Oxford.
''Existem outros seis planetas bem estabelecidos gravitando em torno de estrelas binárias e eles estão muito próximos a essas estrelas. Então, creio que o que isso nos diz é que planetas podem ser formados nas partes internas de discos protoplanetários (a massa de gás denso a partir da qual se originam sistemas planetários) '', comenta.
A descoberta, opina Lintott, pode oferecer indícios sobre a formação de planetas em outras partes da galáxia.
Os dois voluntários que descobriram o PH1 fazendo uso do Planethunters.org foram os americanos Kian Jek, de San Francisco, e Robert Gagliano.
Descoberta
Os astrônomos amadores perceberam breves oscilações de luz causadas pela passagem do planeta em frente aos astros de seu sistema solar. Uma equipe de astrônomos profissionais em seguida confirmou a descoberta usando os telescópios do Observatório de Keck, em Mauna Kea, no Estado americano do Havaí.
Criado em 2010, o Planethunters.org se vale de informações tornadas públicas pelo telescópio espacial Kepler da Nasa e da leitura destes dados feitas por astrônomos amadores.
O Kepler foi inaugurado em março de 2009, com o intuito de buscar por planetas semelhantes à Terra orbitando em torno de outras estrelas.
Usuários do Planethunters.org têm acesso a informações aleatórias oferecidas pelo Kepler, ligadas aos astros observados pelo telescópio espacial.
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terça-feira, 16 de outubro de 2012

Rota Comando O Filme Nacional - Completo

RAFALE - Omnirole Incorpora novas Capacidades Ar-Ar


Nota da empresa Dassault Aviation

O caça omnirole RAFALE, alcançou dois eventos marcantes em outubro 2012,  a entrega do primeiro caça de produção equipado com o radar RBE2 AESA (Active Electronically-Scanned Array), e o teste inicial completado com sucesso da nova geração de mísseis de longo alcance ar-ar  MBDA METEOR.

Avançando nas novas capacidades ar-ar o caça Rafale B301, operando desde  o Centro de Testes da DGA Cazaux , localizado ao sudoeste da França, completou com sucesso no dia 04 de Outubro  e posteriormente também  no dia 10, dois testes exitosos do  “BeyondVvisual-Range air-to-air Missile (BVRAAM) MBDA Meteor (Míssil Além do Alcance Visual  Ar-Ar)

Em  22 de  Dezembro de 2010, a Agência Francesa de Armamentos  (DGA: Direction Générale de l’Armement), encomendou  200 mísseis Meteor. Uma semana após o contrato de integração do Míssil Meteor ao caça Rafale foi assinado com a indústria.

O míssil avançado propelido por um sistema  ramjet desenvolvido pela  MBDA, é projetado para missões de defesa aérea.O míssil interceptará o salvos a uma longa distância, e é um perfeito complemento para o míssil MICA, o qual é empregado para curta e média distâncias   em missões  de interceptação , dogfight e auto-defesa.

Em  02 de Outubro 2012, o primeiro caça Rafale F3 de produção  (o monoplace C137), equipado com o primeiro radar de produção do Thales RBE2 AESA 1, foi entregue à DGA, pavimentando o caminho  para a introdução no serviço operacional  do primeiro caça de combate europeu a explorar plenamente as avançadas tecnologias propiciadas pelo radar AESA.

A grande distância de detecção oferecida ao caça Rafale pelo radar  RBE2 AESA (entre outras capacidades operacionais relevantes)permitirá oo pleno emprego do míssil de última geração de grande capacidade e alcance como o ar-ar  Meteor.

O caça Rafale já é uma eficiente geração provada em combate (Afeganistão e Líbia),caça tático  omnirole (todas as funções),com o desenvolvimento ocorrendo para explorar a cada vez mais as suas tremendas capacidades, e incorporar novas. Assim como reultado  Rafale  tende a se tornar cada vez mais capaz e melhor no futuro.

O Caça Omnirole RAFALE

1. Os requisitos operacionais franceses foram estabelecidos para  286 Rafales. A Força Aérea receberá  228 aeronaves (em duas versões , monoplace Rafale C e a biplace Rafale B),enquanto a Marine Nationale receberá  58 Rafales M (monoplace).

2. Até o momento, 180 aeronaves de produção foram encomendadas para ambas as Forças. Conforme os atuais planos a produção deverá se estender até 2025.

3. Até 15  Outobro, 2012, 111 aeroaves d eprodução foram entregues às unidades (36 Rafale M para a Marine Nationale; 37 Rafale C e 38 Rafale B para a Força Aérea).

4. Uma década antes do ainda  a ser introduzido  (A decade before the still-to-come) o Lockheed Martin F-35 Joint Strike Fighter, o Rafale é a primeira aeronave a ser projetada desde o início para operar em bases em terra e em porta-aviões. O Rafale substituirá todas as aeronaves de caça  atualmente em uso pela Força Aérea francesa e Marine Nationale.

5. Missões do caça omnirole Rafale:

- Defesa aérea e superioridade aéare (air defence and air superiority);
- Apoio aproximado (close air support- CAS);
- Ataque a alvos de supefície (engagement of surface targets - with laser-guided bombs, all-weather stand-off precision weapons, or cruise missiles); SEAD/DEAD capabilities;
- Anti Navio (anti-ship attack);
- Ataque Nuclear (nuclear strike);
- Reconhecimento em tempo real  e reconhecimento estratégico (real time tactical and strategic reconnaissance (ground and naval targets));
- Reabastecimento em Voo (REVO ) (-flight refueling -“buddy-buddy” tanker capability para o Rafale M da Marine Nationale).

METEOR MISSILE

1.O míssil  Meteor está em desenvolvimento pela empresa  MBDA atendendo os requisites operacionais de seis nações europeias  (França, Alemanha, Itália, Espanha, Suécia e Reino Unido).

2. O aumento da proliferação de ameaças ar-ar  "state-of-the-art' é um desafio crítico para as forças aéreas modernas respondido pelo Meteor.

3. O BVRAAM Meteor e seus benefícios • Um rápido e ágil altamente manobrável,além do alcance visual ( beyond visual-range) ,armamento  ar-ar.

• A maior  (No-Escape Zone -NEZ) de qualquer armamento  ar-ar,  resultado de seu grande alcance, (high kill probability) para garantir superioridade aérea e sobrevivência da tripulação.
• um sistema de guia que é propiciado por um radar ativo  (active radar seeker) beneficiando-se das tecnologias desenvolvidas pela  MBDA para os Programas de Mísseis  ASTER e MICA.
• A capacidade de engajar alvos aéreo autonomamente, de dia e à noite, com todo o tempo  e em ambiente com alta interferência eletromagnética.
• Míssil equipado com espoleta de proximidade e impacto para destruir o alvo em todas as circunstâncias
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Estaleiro Carioca DGS Defence Produzido embarcação blindada com sistema antirradar produzida no país.

 Os motores Evinrude darão a agilidade necessária a um pioneiro projeto de três lanchas desenvolvido pelo estaleiro carioca DGS Defence para a Polícia Federal. Produzido com 100% de materiais recicláveis, o DGS 888 Interceptor é a primeira embarcação blindada com sistema antirradar produzida no país.
As lanchas serão utilizadas para interceptação e patrulha em locais de fronteira no Paraná, visando reprimir o contrabando e o tráfico de drogas. A primeira delas será entregue à Polícia Federal em um evento marcado para a noite desta quinta-feira, no cais do Iate Clube do Rio de Janeiro (RJ). Para garantir velocidade e precisão, a propulsão do DGS 888 Interceptor é feitas por três motores Evinrude que juntos geram 900 HP, permitindo velocidades superiores a 45 nós.
“Esta embarcação é única e reúne o que há de mais moderno em tecnologia náutica. O nível de blindagem é 3, que garante um alto grau de proteção, e a lancha tem tecnologia antirradar stealth, de baixa assinatura nos radares das outras embarcações, o que dificulta a sua visualização. O motor é algo estratégico em um projeto assim, ainda mais pelo fato de cada lancha pesar cinco toneladas”, explicou Abilio Di Gerardi, fundador e presidente do estaleiro DGS Defence.
A DGS 888 Interceptor possui cabine de alumínio e casco de co-polímero de etileno (plástico de engenharia de alto peso molecular, também usado em coletes a prova de bala, capacetes e na blindagem de aeronaves militares e viaturas de combate), materiais extremamente resistente e recicláveis.
A embarcação mede 8,88 metros de comprimento e três metros de largura, além de ser insubmergível e não pegar fogo. O casco mais do que resistente foi desenvolvido para ser um grande aliado dos agentes federais, que podem coloca-lo em contato com qualquer superfície, como pedra, areia e até  embarcações.
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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

bombas eletromagnéticas de israel


Sem barulho, sem fumaça, sem cheiro. A bomba é invisível: não levanta poeira, não abre nenhuma cratera. Sem mortes, sem macas tampouco… Entretanto, esta arma, improvável, existe. Seu nome: e-bomb, a bomba eletromagnética.
O efeito dos impulsos microondas sobre os sistemas eletrônicos foi descoberto um pouco por acaso, quando os exércitos constataram que, próximos de seus radares mais poderosos, os aparelhos eletrônicos entravam em pane. O campo eletromagnético criado depois de uma explosão atômica em alta atmosfera tinha as mesmas conseqüências.
Faltava estudar diversas soluções tecnológicas para a criação de uma gama variada dee-bombas a serem integradas em obuses, mísseis, aviões, caminhões, satélites, valises etc. Seus alvos? Os cabos e as redes de eletricidade, servidores, comunicações eletrônicas, computadores, e o coração dos bunkers – estes, difíceis de serem atingidos por outros meios. Conseqüências diretas? A interrupção momentânea ou definitiva das comunicações, das trocas de dados, dos sistemas de comando, dos aparelhos de detecção, de medida e de controle. Sua utilização visaria, no quadro de uma ofensiva aérea ou terrestre, a isolar o inimigo, a colocá-lo na incapacidade de controlar seus meios e suas forças ou de se informar sobre a situação da batalha em curso.

“IMPACTO NULO” SOBRE SERES VIVOS

As bombas eletromagnéticas pertencem à categoria das chamadas armas de energia direta – mais exatamente, à família das “microondas de forte potência” (MPF ou, em inglês, HPM, high power microwaves weapon). Não pertencem mais ao domínio da ficção científica. “Tais armas se inserem na evolução lógica das tecnologias de ataque e defesa”, comenta François Debout, subdiretor das estratégias técnicas da Diretoria Geral para Armamentos (STTC-DGA) francesa. Neste caso específico, trata-se de aparelhos de diferentes tamanhos (da valise ao caminhão), compostos de uma fonte de alimentação, de um gerador de impulso, de um tubo hiperfreqüência e de uma antena capazes de produzir impulsos eletromagnéticos muito breves e muito poderosos, com freqüência, alcance e direcionamento variáveis.
Seu impacto direto sobre os seres humanos é considerado nulo, na falta de prova em contrário. “Devido à brevidade dos impulsos microondas”, explica Debout, “não se produz agitação das moléculas de água suscetível de gerar uma elevação da temperatura corporal.” Em outros termos, essas microondas, teoricamente, não têm tempo de “cozinhar” os seres vivos que se encontram em seu raio de ação – salvo em casos de alguma falha que provoque uma exposição prolongada. Em contrapartida, todos os equipamentos elétricos e eletrônicos são vulneráveis a esses impulsos. Tanto mais que a miniaturização dos componentes aumenta sua sensibilidade ao meio eletromagnético.

CRESCE “CLUBE DA BOMBA ELETRÔNICA”

Muito provavelmente, os Estados Unidos possuem armas MPF montadas em mísseis e prevêem a instalação de outras em aviões com ou sem pilotos. Em compensação, estão nitidamente menos avançados nos programas de defesa contra esse tipo de aparelhos.
A França, por sua vez, realiza pesquisas sobre diferentes aspectos com a ajuda de laboratórios universitários (Limoges, Lille) e de escolas de Engenharia (Supélec e Polytechnique, no planalto de Saclay), “mas nenhum programa de desenvolvimento foi decidido”, afirma Debout, em nome da DGA. Como incluir armas MPF em equipamentos diversos? Como garantir a adequação alvo/meios, como evitar criar danos fratricidas ou colocar essa tecnologia em mãos inimigas na seqüência, por exemplo, da perda de um míssil equipado? Estas são algumas das questões que se colocam.
Além dos Estados Unidos, que parecem ter resolvido parcialmente ou esvaziado esses problemas, os mais avançados seriam – desde que se dê crédito aos relatórios do Departamento de Defesa norte-americano – os britânicos, os chineses, os alemães e principalmente os russos.

“UMA ARMA DE PRODUZIR ACIDENTES”

Em 1998, segundo o jornal sueco Svenska Dagbladet, a Austrália e a Suécia haviam comprado da Rússia, para a realização de testes, uma pequena arma MPF por uns 150 mil dólares. E, desde outubro de 2001, a empresa russa Rosoboronexport oferece equipamentos que entram nessa categoria – entre eles, o Ranets-e, um sistema móvel de defesa que age num raio de 10 quilômetros com impulsos de 10 a 20 nanossegundos e uma potência de 500 megawatts.
Em agosto de 2002, o secretário da Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, deu a entender que tais armas – consideradas em seu país como “não-letais” 5 – poderiam igualmente fazer parte do arsenal norte-americano em caso de guerra contra o Iraque: “You never know...” (“Sabe-se lá…”), contentou-se em responder. Para Debout, com ou sem e-bomb, a “guerra limpa” continua sendo um conceito insano: “De qualquer forma, eu me recuso a chamar essa arma de não-letal. Imaginem um avião ou trem de alta velocidade sendo atingido por um sistema desses…”
“Uma arma de produzir acidentes”, conclui, filosoficamente, Paul Virilio.

COMO FUNCIONAM AS BOMBAS ELETROMAGNÉTICAS (E-BOMBS)

 Qualquer um que já tenha enfrentado um apagão sabe que a experiência é extremamente desagradável. Depois da primeira hora sem energia, você passa a reconhecer o valor de todos os aparelhos elétricos que usa no seu dia-a-dia.
Mas isso não é nada comparado ao cenário geral. Se o apagão atingir uma cidade ou nação inteira e não houver recursos de emergência suficientes, as pessoas podem morrer expostas ao tempo, as empresas sofrerão perda de produtividade e toneladas de alimentos poderão se estragar. Em maior escala, a falta de energia poderia interromper as redes de computadores que mantêm o governo e corporações em funcionamento. Somos totalmente dependentes de energia; quando ela acaba, as coisas ficam complicadas rapidamente.
Uma bomba eletromagnética ou e-bomb, é uma arma projetada justamente para tirar vantagem dessa dependência. Esse tipo de bomba na verdade iria destruir a maior parte das máquinas que funcionam à eletricidade, ao invés de simplesmente cortar a energia de uma região. Geradores se tornariam inúteis, carros deixariam de dar partida, trens deixariam de funcionar e não haveria a menor possibilidade de se fazer uma ligação telefônica. Em questão de segundos uma bomba eletromagnética com potência suficiente poderia jogar toda uma cidade 200 anos de volta no passado ou deixar uma unidade militar totalmente inoperante.
Há décadas as Forças Armadas dos EUA, UE, Rússia, China investem na idéia de uma bomba eletromagnética e muitos acreditam que agora elas possuem esta arma no seu arsenal. Por outro lado, grupos terroristas podem estar construindo bombas eletromagnéticas com tecnologia menos avançada, movidos pela intenção de causar sérios estragos aos Estados Unidos e outros.
A idéia básica
A idéia básica de uma bomba eletromagnética ou de uma arma de pulso eletromagnético (PEM) é bastante simples. Esse tipo de arma é projetada para aniquilar circuitos elétricos com um intenso campo eletromagnético.
Se você já andou lendo como funciona o rádio ou como funcionam os eletroimãs, então você sabe que um campo eletromagnético mesmo não tem nada de especial. Os sinais de rádio que transportam AM, FM, a televisão e as chamadas de telefones celulares, todos são energia eletromagnética, assim como a luz  comum, o microondas e os raios X.
Uma transmissão de rádio de baixa intensidade induz uma corrente elétrica suficiente apenas para transportar um sinal até um receptor. No entanto, se a intensidade do sinal (o campo magnético) aumentasse consideravelmente, isso induziria uma corrente elétrica muito maior. Uma corrente grande o bastante seria capaz de fritar os componentes semicondutores de um rádio, desintegrando-os completamente.
Fica claro que comprar um rádio ou aparelhos elétricos novos seria a menor de suas preocupações. A intensa oscilação do campo magnético poderia induzir uma enorme corrente em praticamente qualquer outro objeto condutor de eletricidade, por exemplo, em cabos telefônicos, de eletricidade e até em canos de metal. Essas antenas involuntárias transmitiriam o pico de corrente a qualquer outro componente elétrico que estivesse no fim do trajeto, digamos, para uma rede de computadores conectada aos cabos telefônicos. Um surto de corrente grande o bastante poderia queimar dispositivos semicondutores, derreter a fiação, fritar baterias e até explodir transformadores.
Há várias maneiras possíveis de se criar um campo magnético dessa intensidade.
A ameaça do PEM nuclear
As bombas eletromagnéticas começaram a estourar nas manchetes há pouco tempo, mas o conceito de armamento baseado em PEM já existe há muito tempo.
A idéia remonta às pesquisas com armas nucleares na década de 50. Em 1958, testes norte-americanos com bombas de hidrogênio produziram alguns resultados surpreendentes. Uma explosão de teste sobre o Oceano Pacífico acabou estourando lâmpadas de postes no Havaí, a centenas de quilômetros de distância do local da detonação. A explosão chegou  a interferir em equipamentos de rádio em pontos tão remotos quanto a Austrália.
Os pesquisadores concluíram que a perturbação elétrica deveu-se ao efeito Compton, cuja teoria fora desenvolvida pelo físico Artur Compton, em 1925. Segundo Compton, fótons carregados de energia eletromagnética poderiam golpear elétrons e expulsá-los de átomos com números atômicos baixos. Os pesquisadores concluíram que, no teste de 1958, os fótons de intensa radiação gama produzida pela explosão arrancaram uma grande quantidade de elétrons dos átomos de oxigênio e nitrogênio existentes na atmosfera. Este fluxo de elétrons interagiu com o campo magnético da Terra, criando uma corrente elétrica alternada, que por sua vez induziu um potente campo magnético. Finalmente, o pulso eletromagnético resultante induziu intensas correntes elétricas em materiais condutores espalhados por uma extensa área.
Durante a Guerra Fria, o Serviço Secreto dos EUA temia que a União Soviética lançasse um míssil nuclear e o detonasse a cerca de 50 km de altitude sob Estados Unidos, com o objetivo de alcançar o mesmo efeito em maior escala. O temor era de que o surto eletromagnético resultante neutralizasse equipamentos elétricos por todo os Estados Unidos.
Este tipo de ataque ainda é uma possibilidade muito real, mas já deixou de ser a maior preocupação americana. Hoje o serviço secreto dos EUA presta muito mais atenção nos dispositivos PEM não nucleares, como as bombas eletromagnéticas. Essas armas não são capazes de afetar uma área tão extensa, pois não detonariam fótons a uma altura tão elevada sobre a Terra,  mas poderiam ser usadas para causar apagões em um nível mais regional.
 Armas PEM não-nucleares
Possivelmente os Estados Unidos tenham armas PEM no seu arsenal, embora não se saiba de que tipo elas são. Boa parte das pesquisas sobre PEM nos EUA vêm sendo feitas no campo dasmicroondas de alta potência (MAP).  Há muita especulação entre os jornalistas sobre se elas existem de verdade e se tais armas poderiam ter sido usadas em guerra do Iraque.
É bastante provável que as bombas eletromagnéticas de MAP dos EUA não sejam bombas propriamente ditas. Provavelmente elas se pareçam mais com fornos microondas  superpotentes, capazes de gerar feixes concentrados de energia de microondas. Uma possível aplicação consistiria num dispositivo MAP instalado em um míssil de cruzeiro, o qual teria, assim, poder para danificar alvos terrestres do alto.
Essa é uma tecnologia cara e avançada, portanto, fora do alcance de forças terroristas que não dispõem de uma quantidade considerável de recursos. Mas este não é o fim da história das bombas eletromagnéticas. Utilizando suprimentos baratos e conhecimentos rudimentares de engenharia, organizações terroristas poderiam facilmente construir um perigoso dispositivo de bomba eletromagnética.
No final de setembro de 2001, a revista Popular Mechanics publicou um artigo descrevendo esta possibilidade. O artigo tratava especificamente das bombas de gerador de compressão de fluxo (FCGs), as quais datam da década de 50. A concepção deste tipo de bomba eletromagnética, ilustrada abaixo, é razoavelmente simples e potencialmente barata; o desenho conceitual dessa bomba provém de relatório escrito por Carlo Kopp, um analista militar e, já faz algum tempo que está amplamente disponível ao público, mas ninguém seria capaz de construir uma bomba eletromagnética valendo-se apenas desta descrição.
Efeitos da bomba eletromagnética
Uma ofensiva com uma dessas bombas deixaria prédios em pé e pouparia vidas, mas ainda poderia destruir um exército de bom tamanho.
Há uma variedade de situações de ataque possíveis. Pulsos eletromagnéticos de baixa intensidade poderiam causar interferências temporárias em sistemas eletrônicos, pulsos mais intensos poderiam corromper importantes dados digitais e ondas de grande potência iriam fritar equipamentos elétricos e eletrônicos completamente.
Na guerra moderna, as várias modalidades de ataque poderiam completar uma série de importantes missões de combate. Por exemplo, uma bomba eletromagnética poderia efetivamente neutralizar:
·sistemas de veículos e transportes;
·sistemas, em terra, de mísseis e bombas;
·sistemas de comunicação;
·sistemas de navegação;
·sistemas de rastreamento de curto e longo alcances.
As armas PEM seriam particularmente úteis numa invasão, visto que os pulsos poderiam efetivamente neutralizar os abrigos subterrâneos. A maior parte dos abrigos subterrâneos são difíceis de atingir com bombas e mísseis convencionais. Uma explosão nuclear poderia efetivamente arrasar muitos destes abrigos, contudo o número de vítimas nas áreas vizinhas seria devastador. Um pulso eletromagnético poderia atravessar o solo e atingir o abrigo desligando luzes, sistemas de ventilação e de comunicações, até mesmo as portas elétricas. O abrigo ficaria completamente inabitável.
Por outro lado, os EUA também são altamente vulneráveis a ataques com armas PEM. Um ataque em larga escala com arma PEM em qualquer país poderia comprometer a capacidade de organização de suas forças armadas. As tropas em terra poderiam perfeitamente operar armamento não elétrico (como metralhadoras), mas não teriam como utilizar equipamentos para planejar um ataque ou localizar o inimigo. Um ataque com uma arma PEM poderia efetivamente rebaixar qualquer unidade militar ao nível de um exército guerrilheiro.
Embora sejam geralmente consideradas não-letais, as armas PEM poderiam facilmente matar pessoas se fossem direcionadas contra alvos específicos. Se um PEM desligasse a eletricidade de um hospital, por exemplo, qualquer paciente ligado a aparelhos de suporte vital morreria imediatamente. Uma arma PEM poderia ainda neutralizar veículos e trens, inclusive aeronaves em pleno voo, causando acidentes catastróficos.
Em última análise, o efeito de maior alcance de uma bomba eletromagnética poderia ser psicológico. Um ataque maciço com armas PEM desferido contra um país faria com que a vida moderna sofresse uma parada brusca, imediata. Haveria muitos sobreviventes, mas eles teriam que viver num mundo totalmente desolado, diferente do mundo em que vivemos.
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Irã copia EUA e já usa drones e armas cibernéticas


Existem cinco rodadas de resoluções contra o Irã no Conselho de Segurança das Nações Unidas para frear o programa nuclear iraniano. Os EUA e países aliados, incluindo a União Européia hoje, adotam sanções unilaterais ainda mais duras para impedir o regime de Teerã de possuir armas atômicas.
O argumento é de que o Irã, signatária do Tratado de Não Proliferação Nuclear, estaria desrespeitando convenções internacionais e ameaça a segurança regional.
Agora, o que a comunidade internacional pode fazer com o já existente arsenal cibernético e os drones iranianos? Primeiro, não existem convenções. Segundo, ao contrários das armas nucleares, estas já existem. O Hezbollah admitiu ter enviado um drone do Irã para sobrevoar Israel (acabou abatido) e o regime de Teerã já teria usado meios eletrônicos para atacar empresas de países árabes no Golfo Pérsico.
Estes armamentos, ao contrário dos nucleares, não costumam ser usados apenas para dissuadir adversários. O Irã já usa e usará ainda mais. Pior, não existe como criticar o  regime de Teerã quando o próprio telhado é de vidro. Os EUA, com Israel, já realizarem ataques cibernéticos contra os iranianos. E os americanos levaram adiante centenas, ou até mesmo milhares, de bombardeios com drones no Iêmen, resultando na morte de muitos militantes, mas também no de civis inocentes, incluindo mulheres e crianças.
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