quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Rússia alerta Israel e EUA que ataque ao Irã seria 'desastroso


STEVE GUTTERMAN - Reuters
MOSCOU - A Rússia fez um duro alerta a Israel e Estados Unidos para que não ataquem o Irã, argumentando que não há indícios de que a República Islâmica esteja desenvolvendo armas nucleares, disse a agência de notícias Interfax nesta quinta-feira, 6. "Alertamos àqueles que não são estranhos a soluções militares... que isso seria muito nocivo, literalmente desastroso para a estabilidade regional", disse o vice-chanceler Sergei Ryabkov à agência.Um ataque ao Irã poderia "desencadear profundos choques nas esferas de segurança e econômica, o que iria reverberar bem além das fronteiras da região do Oriente Médio", acrescentou Ryabkov.
As autoridades russas já fizeram alertas semelhantes no passado, mas as declarações de Ryabkov parecem indicar uma crescente preocupação de Moscou com as ameaças israelenses de atacar instalações nucleares iranianas.
Os EUA e seus aliados suspeitam que o Irã pretenda desenvolver armas atômicas, embora Teerã insista no caráter pacífico das suas atividades. Líderes israelenses vêm adotando uma retórica cada vez mais agressiva nessa questão, gerando rumores de que um ataque poderia ocorrer antes da eleição presidencial norte-americana de novembro.
Ryabkov insistiu na tese russa de que não há sinais de caráter militar no programa atômico iraniano, e que o monitoramento da agência nuclear da ONU é suficiente para tranquilizar o mundo. "Nós, como antes, não vemos sinais de que haja uma dimensão militar no programa nuclear iraniano. Nenhum sinal. Vemos algo diferente - que há material nuclear... no Irã que está sob controle de inspetores, especialistas da Agência Internacional de Energia Nuclear", afirmou.
Contradição 
"Esse material nuclear não está sendo desviado para necessidades militares, isso é oficialmente confirmado (pela AIEA)". Mas essas declarações contradizem preocupações manifestadas pela própria AIEA. Na semana passada, a agência disse que o Irã duplicou nos últimos meses o número de centrífugas de enriquecimento de urânio em uma usina subterrânea.
Os inspetores também têm tentado sem sucesso obter acesso a uma instalação militar onde há suspeitas de terem ocorrido testes de explosivos relacionados ao desenvolvimento de ogivas atômicas.
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Rússia testou com sucesso conjunto de mísseis Club-K


Tiveram êxito, os testes do conjunto de mísseis em containerClub-K  X-35UE, realizados esta terça-feira, informou uma fonte no consórcio Morinformsistema-Agat que efetuou os testes.

“Os testes realizados voltaram a provar que não oferecemos aos clientes um modelo ou maquete, mas um conjunto de mísseis real que permite transformar qualquer barco em navio armado de mísseis”, frisou a fonte.
Ela lembrou que o conjunto Club-K foi exibido em várias exposições internacionais e provocou grande interesse dos clientes estrangeiros.
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EUA testam bomba de alta precisão


Os militares norte-americanos testaram com sucesso a bomba de alta precisão GBU-44/E Viper Strike no estado norte-americano do Novo México. Segundo a empresa desenvolvedora MBDA, o projetil atingiu com sucesso oito alvos que se moviam a alta velocidade.

Os testes da bomba foram realizados a partir de um avião multi-funcional Cessna Caravan. Na próxima vez a bomba será lançada de um avião de transporte KC-130J Harvest HAWK dos Marines dos EUA.
A GBU-44/E Viper Strike é um projétil planador de alta precisão que pesa até 20 kg e é guiado a laser e auxiliado por GPS. A bomba é capaz de atingir tanto alvos fixos como em movimento na terra e no ar
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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Farsa eleitoral em Angola


O Estado de S.Paulo
João Santana, o marqueteiro do ex-presidente Lula, ganhou dinheiro fácil em Angola: o presidente José Eduardo dos Santos, que o contratou, venceu com mais de 70% dos votos a eleição de 31 de agosto. Eram favas contadas. Santos governa Angola desde 1979 e a votação foi uma mera formalidade, porque ele e seu partido, o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), que tem 5 milhões de militantes entre os cerca de 20 milhões de habitantes, exercem controle absoluto sobre o país. Como se trata de um dos principais atores estratégicos da África e é um parceiro disputado por Brasil, China e EUA, além de Portugal, o processo eleitoral no país era vital para manter esses interesses - e Santos não decepcionou ninguém, salvo aqueles que esperavam uma genuína evolução para a democracia.
Angola, um dos países que mais recebem investimentos externos do Brasil desde o governo Lula, abriga 25 mil brasileiros. Nos últimos cinco anos, Angola obteve do BNDES empréstimos de US$ 3,2 bilhões para financiar obras de empresas brasileiras, e outra linha de crédito, de US$ 2 bilhões, já está aprovada. Em 2011, o país só perdeu para a Argentina como maior destino dos empréstimos internacionais do BNDES. Para executivos brasileiros em Angola, as relações entre os dois países continuaria confortável ainda que a oposição vencesse, mas o "triunfo" de Santos garante o cumprimento dos atuais contratos.
Observadores internacionais atestaram a "lisura" do pleito, embora não houvesse necessidade de fraudar nada, pois Angola tem dono. A "vitória eleitoral", no entanto, tinha o objetivo de dar ao governo de Santos o verniz de legitimidade de que ele precisava para contornar uma ainda incipiente, mas consistente, pressão popular capitaneada por angolanos com menos de 20 anos e que, portanto, não têm a terrível memória da guerra civil (1975-2002). Essa nova geração tende a externar mais suas críticas ao governo, sem se importar com uma possível desestabilização do país - temor que o MPLA explora para desestimular uma eventual "primavera angolana".
Desde o fim da guerra civil, o governo de Santos investiu num amplo programa de reconstrução, instilando a esperança de que a enorme riqueza gerada pelo petróleo - o país é o segundo maior produtor da África - pudesse enfim tirar da miséria milhões de angolanos, cuja expectativa de vida é de 48,1 anos, segundo dados de 2010 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. O principal motor desse projeto é a China, que venceu os EUA, com sobras, na disputa por influência em Angola. O problema americano é a memória de seu apoio à União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita) na guerra civil contra o MPLA, que estava na órbita soviética na guerra fria. A China não tem esse problema: não participou do conflito interno e não faz cobranças relativas a direitos humanos. Ademais, Pequim não se importa com o ambiente de corrupção generalizada em Angola - ao contrário, adaptou-se perfeitamente a ele.
O resultado do esforço angolano é que o país experimenta um "milagre econômico", com crescimento médio de 12,5% ao ano desde 2003. A intenção do presidente Santos, nesse contexto, é preparar terreno para sua sucessão, sem permitir nenhum risco para a manutenção do MPLA no poder. O vice escolhido por Santos - Manual Vicente, ex-presidente da petrolífera estatal Sonangol e atual ministro da Economia - é visto como seu provável substituto quando não puder mais se reeleger, em 2022.
A farsa eleitoral, portanto, faz parte da estratégia de Santos de garantir essa transição, tendo pouco a ver com democracia de verdade. A propósito das críticas da oposição angolana sobre as possíveis fraudes, Marco Aurélio Garcia, assessor da Presidência brasileira, disse que "há poucos países no mundo hoje onde eleições não sejam postas sob suspeita, sobretudo pelos que perdem". Ou seja: para o governo brasileiro, cujos investimentos ajudaram a consolidar o poder de Santos, a reivindicação da oposição angolana por eleições realmente honestas é apenas choro de perdedor
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Com CCE, Lenovo mira liderança no Brasil em três anos


RODRIGO PETRY - Agencia Estado
SÃO PAULO - O plano da Lenovo com a aquisição da CCE no Brasil é tornar-se líder do setor. "Nossa meta é conquistar a liderança no mercado de computadores em três anos", afirmou o presidente da CCE, Roberto Sverner, que seguirá no comando da operação da Lenovo no Brasil, assim como toda a atual equipe de gestão. A aquisição de 100% da CCE pela Lenovo foi anunciada nesta quarta-feira pelo valor de R$ 300 milhões (US$ 147 milhões).
O CEO global da Lenovo, Yang Yanquing, destacou que o mercado brasileiro de computadores é o terceiro maior do mundo e o único no qual a companhia não está entre as três maiores do mercado. "Queremos ampliar nossa fatia de mercado (no Brasil) e a marca CCE se insere nessa estratégia de ataque. Podemos crescer muito rápido entre os consumidores", afirmou, ressaltando que a proximidade da Copa do Mundo e dos Jogos Olímpicos aumentam a atratividade do mercado brasileiro.
A expectativa da empresa é de que todas as aprovações e normas regulatórias estejam finalizadas até o primeiro trimestre de 2013. Os planos da Lenovo para a CCE não preveem reestruturações no quadro de funcionários. "A equipe de gestão da CCE, que será essencial às nossas operações no Brasil, conhece bem o consumidor e vai nos ajudar a estabelecer rapidamente uma presença forte no varejo", afirmou Yanquing.
Durante e após a fase de transição não haverá interrupção das operações de fabricação e entrega dos produtos das duas empresas. Tanto a marca CCE quanto Lenovo seguirão no mercado. A estratégia será expandir as marcas de forma independente. A Lenovo vai agregar sua cadeia global de fornecimento de componentes para fabricação dos produtos e a CCE, as fábricas e o conhecimento do mercado local.
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FAB e Embraer concluem revisão preliminar do KC-390


Reuters
SÃO PAULO, 5 SET - A Força Aérea Brasileira (FAB) e a Embraer Defesa e Segurança concluíram em agosto a revisão preliminar de projeto do jato de transporte militar KC-390, informou a Embraer em comunicado nesta quarta-feira.
A Embraer apresentou ao Comando da Aeronáutica entre 20 e 29 de agosto as características técnicas das soluções de projeto adotadas para a estrutura e os diversos sistemas da aeronave, incluindo as definições dos principais componentes e suas interfaces.
A fabricante disse que "o projeto alcançou a maturidade esperada para a fase atual", sem entrar em detalhes.
A Embraer está desenvolvendo o KC-390 sob contrato com a FAB, que tem aprovação final sobre a seleção dos sistemas da aeronave considerados de interesse estratégico, como propulsão, aviônica, missão, autoproteção, manuseio e lançamento de cargas, entre outros.
No fim de junho, a Embraer fez um acordo com a norte-americana Boeing para suporte comercial do cargueiro, ampliando o mercado potencial da aeronave e garantindo que a fabricante brasileira dispute potenciais contratos em países como os Estados Unidos.
O próximo grande evento do KC-390 será a revisão crítica de projeto, antes o início da fabricação dos protótipos.
(Por Carolina Marcondes) 
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Irã diz tratar ameaças israelenses como se fossem norte-americanas


Reuters
O Irã não faz distinção entre interesses norte-americanos e israelenses, e irá fazer retaliações contra ambos caso sofra um ataque, disse um comandante militar iraniano nesta quarta-feira.
As declarações surgiram depois de a Casa Branca desmentir relatos da imprensa israelense de que Washington estaria negociando com Teerã para evitar uma futura guerra entre Irã e Israel, e num momento em que o presidente norte-americano, Barack Obama, se defende das acusações eleitorais de ser brando demais com a República Islâmica.
Os EUA e Israel suspeitam que o Irã tenha a intenção de desenvolver armas nucleares, mas Washington diz que ainda há tempo para que a diplomacia resolva o impasse. O Irã diz que seu programa atômico se destina apenas a fins pacíficos.
"O regime sionista separado da América não tem significado, e não devemos reconhecer Israel como sendo separado da América", disse Ali Fadavi, comandante naval da Guarda Revolucionária do Irã'', à agência de notícias Fars.
"Com base nisso, hoje só os norte-americanos assumiram uma posição ameaçadora contra a República Islâmica. Se os norte-americanos cometerem a menor das tolices, eles não vão embora da região (Oriente Médio) em segurança", acrescentou.
O Irã possui mísseis capazes de alcançarem Israel e alvos norte-americanos na região, e tem nos últimos meses realizado exercícios militares e apresentado armas modernizadas, para mostrar que pode se defender em caso de ataque contra suas instalações nucleares.
O governo de Israel, que vê no Irã uma ameaça à sua própria existência, tem adotado um discurso cada vez mais belicoso contra seu inimigo persa. Israel certamente espera apoio dos EUA caso se decida por um ataque, embora o mais graduado general norte-americano tenha declarado que Washington não pretende se envolver num novo conflito no Oriente Médio.
"Não quero ser cúmplice se eles optarem por isso", disse o chefe do Estado-Maior dos EUA, general Martin Dempsey, ao jornal britânico Guardian.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, encerrou abruptamente uma reunião do seu gabinete de segurança, dizendo que algum dos seus participantes havia divulgado detalhes sigilosos das deliberações sobre o Irã.
Qualquer decisão de entrar em guerra contra o Irã precisaria, pela lei israelense, da aprovação do gabinete de segurança. Uma fonte governamental disse, sob anonimato, que tal decisão não foi discutida na reunião de terça-feira.
(Reportagem de Yeganeh Torbati) 
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