domingo, 26 de agosto de 2012

Caça AMX lança bomba 'inteligente


ROBERTO GODOY - O Estado de S.Paulo
O caça bombardeiro AMX, o A-1 da Força Aérea, realizou uma série de ensaios de lançamentos de precisão com bombas "inteligentes" de 230 quilos, guiadas por meio de um laser. Depois de um voo planado, as armas chegam ao alvo com o erro máximo de oito metros. A distâncias curtas, a precisão final pode chegar a cerca de 50 centímetros.
Os testes foram feitos durante os primeiros dez dias de maio no Rio Grande do Sul, no estande de tiro de Saicã, próximo à Base Aérea de Santa Maria, sob o controle do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial. A bomba utilizada é de emprego geral, de queda livre - portanto, "burra". A capacidade de busca dos objetivos é obtida com o uso do sistema Lizard, fornecido pelo grupo israelense Elbit Systems - é um kit formado por um nariz e um anel eletrônicos, dotados de uma espécie de GPS acoplado a um buscador do raio laser que fará a indicação do ponto de impacto. Convertida em "inteligente", a arma passa a procurar um ponto específico.
A guiagem é executada por um conjunto de asas móveis, montadas na parte traseira, e acionadas pelos sinais do colar digital. Cada conjunto custa US$ 20.500, ou perto de R$ 40 mil. A empresa brasileira Avibrás Aeroespacial, de São José dos Campos, anunciou, em 2003, o domínio da mesma tecnologia. Mas o projeto não avançou. Conforme o presidente da Avibrás, Sami Hassuani, "o mercado internacional para essa classe de equipamentos é fechado, sob o controle de fornecedores da Inglaterra, EUA, França, Rússia e Israel".
Tríade estratégica. Os resultados das provas interessam particularmente aos planejadores do Ministério da Defesa, empenhados desde 2007 na criação da Estratégia Nacional de Defesa, sancionada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2009. Segundo um dos cenários desenvolvidos, o Brasil deverá dispor, a médio prazo, de uma força dissuasória baseada em uma tríade formada por uma frota de submarinos de ataque, de propulsão convencional e nuclear, associada a uma aviação de longo alcance e, em terra, um exército poderoso, ágil e com capacidade expedicionária.
O programa naval está em curso. É o Pro Sub, que produzirá, até 2017, um primeiro lote de quatro submarinos diesel-elétricos de 2 mil toneladas e, até 2023 ou 2025, um modelo atômico. T0dos serão armados com torpedos e mísseis. O custo da empreitada bate nos R$ 21 bilhões e envolve, além dos navios, nova base de operações e um estaleiro industrial, ambos em construção acelerada em Itaguaí, litoral do Rio.
Os projetos são efetuados pela brasileira Odebrecht Defesa e Tecnologia, em consórcio com a francesa DCNS. Silenciosos e invisíveis, os submarinos exercem papel intimidativo. Em ação, poderão disparar seus mísseis de cruzeiro contra pontos vitais de um provável inimigo a 300 quilômetros do ponto de lançamento. "É o equivalente a um ataque à Refinaria de Paulínia, interior de São Paulo, a partir de uma posição no mar, a 120 quilômetros de Santos", explica um engenheiro naval da Marinha.
A 300 quilômetros de São Paulo, na fábrica de Gavião Peixoto, a Embraer Defesa e Segurança recebe em etapas 43 jatos AMX para en1tregá-los na versão A-1M, modernizados e, assim, prontos para as missões de bombardeio de precisão. É provável que a Aeronáutica estenda a encomenda de forma a cobrir todas as 53 unidades da FAB. O contrato em andamento vale US$ 1 bilhão. O primeiro voo do primeiro protótipo foi no dia 19 de junho.
Há dez caças na linha de produção. O procedimento inclui a recuperação da fuselagem e chega até o novo radar Scipio, da Mectron, capaz de atuar em combate ar-ar, ar-terra e ar-mar contra alvos múltiplos. No caminho, ao menos 35 sistemas eletrônicos e um novo desenho para o painel, que passa a ser digital, de alta resolução. Com reabastecimentos no ar, escoltados pelos igualmente revitalizados caças supersônicos F-5M, os A-1M levarão o fogo a qualquer ponto da América Latina, Caribe, Atlântico Sul e parte da África.
O Exército está sendo modificado. Vai ganhar especialização da tropa, qualificação tecnológica avançada, blindados Guarani 6x6 - os primeiros 86, de um lote de 2044, já foram encomendados ao fabricante, a Iveco, por R$ 240 milhões - e um amplo pacote, que prevê veículos, novos canhões, antiaéreos e de campanha e, por R$ 1,2 bilhão, o sistema Astros 2020, da Avibrás, dotado dos mísseis táticos AV-TM,para uso na faixa de 300 quilômetros.
A ação de consequências rápidas é a reorganização física da Força Terrestre. As unidades de pronta mobilização estão sendo levadas para o interior do País, próximo das bases e facilidades de transporte da Aeronáutica. A Brigada de Paraquedistas vai para Anápolis (GO), onde está uma das maiores facilidades da FAB. A Brigada de Forças Especiais já está em Goiânia. Em Campo Grande (MS), a Defesa está montando um complexo militar que abrange as três Forças - de olho na sensível fronteira oeste.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, sustenta que " ser pacífico não é ser indefeso". Para ele, "o Brasil deve construir capacidade dissuasória que torne extremamente custosa a perspectiva de uma agressão externa ao nosso País". Amorim sustenta que a modernização das Forças Armadas "é necessária para prover os meios de prevalecer a posição nacional em eventuais conflitos".
Para o professor das Faculdades Rio Branco, Gunther Rudzit, o risco de abrasão diplomático-regional causada pela política de Defesa do Brasil "pode ser evitado, desde que haja uma boa coordenação com o Itamaraty".
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sábado, 25 de agosto de 2012

Defesa antimísseis pode causar conflito entre Washington e Pequim


O Pentágono anunciou sua intenção de expandir o sistema de defesa de mísseis asiático. Para tal, o grupo de navios com mísseis Aegisserá aumentado no Pacífico e, no sul do Japã,o será construído um radar poderoso, cujo alcance vai cobrir uma grande parte da China e do sul do Extremo Oriente russo.
Pequim já anunciou que os novos sistemas de defesa antimísseis perturbarão o equilíbrio de forças na região. No entanto, Washington insiste que os sistemas de defesa de mísseis serão orientados contra a Coreia do Norte, que está se aproximando da criação de armas nucleares.
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Ufólogos encontraram OVNI nas imagens de Marte


Alguns jornalistas afirmam que nas fotos se veem um OVNI. Os pontos flutuando acima do horizonte marciano realmente podem ser tomados por transportes alienígenas. Especialmente se passar a fotografia por vários filtros, como fizeram os ufólogos britânicos.
Os especialistas em óptica têm uma visão diferente. Segundo eles, os pontos são ou ligeiros danos da lente da câmera digital do Curiosity, ou partículas de poeira marciana.





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Ministra paraguaia alerta para possível guerra sul-americana


A ministra da Defesa do Paraguai, Maria Liz Garcia, questionou as decisões do Mercosul, contrárias à mudança de presidente no seu país e alertou para um possível cenário de guerra, caso a região de Chaco seja invadida pela Bolívia.

“Guerras nunca foram impulsionadas pelo povo. Foram incitados por governantes ambiciosos que empurram situações atípicas, tais como existem atualmente no Paraguai”, disse Liz Garcia.
“Temos de nos preparar para a guerra para viver em paz”, disse a ministra da Defesa do Paraguai sobre a nova situação geopolítica do país na América do Sul.
Em 29 de junho, os chefes de Estado da Argentina, Brasil e Uruguai, decidiram suspender temporariamente o Paraguai do Mercosul com o argumento de que a destituição do ex-presidente Fernando Lugo foi um obstáculo inaceitável para a continuidade do processo democrático no país,
Na mesma reunião em Buenos Aires, os presidentes Cristina Kirchner (Argentina), Dilma Rousseff (Brasil) e José Mujica (Uruguai) decidiram integrar a Venezuela ao Mercado Comum do Sul.
Em uma entrevista ao jornal ABC Color, no último sábado, dia 18 de agosto, Maria Liz Garcia disse que a Bolívia está atuando no território do Chaco paraguaio, além de ter entrado numa corrida armamentista com outros países sul-americanos.
Ela também acusou a Venezuela de “fortificar” instalações bolivianas e criticou os exercícios militares do Brasil realizados na fronteira do Paraguai, sem autorização.
Liz Garcia ainda declarou que o chanceler venezuelano Nicolas Maduro tentou iniciar um golpe a favor de Lugo, ao se reunir com militares paraguaios.
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Explosão na maior refinaria da Venezuela: pelo menos 24 mortos


Pelo menos 19 pessoas foram mortas e outras 48 ficaram feridas após uma explosão esta manhã na refinaria Amuay, a maior da Venezuela.

De acordo com relatórios oficiais, a explosão ocorreu devido a um vazamento de gás propano . "Isso criou uma nuvem que depois explodiu e causou incêndios em dois tanquesda refinaria e em áreas vizinhas ", disse Rafael Ramirez, chefe da PDVSA, enquanto o ministro do Petróleo, falando à televisão estatal.

De acordo com Ramirez, era uma "explosão na área de armazenamento do produto de um vazamento que, pelo tempo que foram reinantes, foi acumulado na área e em frente de uma fonte de ignição, que explodiu."

O surto também afetou casas e empresaspróximas ao complexo. "A explosão foi de uma magnitude significativa, de modo que nenhumdano apreciável de infra-estrutura e casas que estavam em frente da refinaria ", disse Ramirez. Por sua parte, o vice-presidente da Venezuela, Elias Jaua, confirmou via Twitter que os danos da explosão são "importantes" e disse que alguns dos feridos serão transferidos pelo ar para locais de maior complexidade.

O governador do estado de Falcón, Stella Lugo, disse que após a explosão "foi evacuado áreas tiveram de evacuar", enquanto que a população pediu calma . "É claro que ainda há um calor muito alto, mas porque eles estão consumindo o petróleo encontrado não há risco, segundo me disseram os técnicos, a ocorrência de outra explosão", disse ele.

A refinaria Amuay, parte do Centro de Refino de Paraguaná (CRP), é a maior da Venezuela e processa cerca de 645 mil barris de petróleo por dia.
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Satélite de telecomunicações argentino é qualificado no Laboratório de Integração e Testes do INPE


O modelo estrutural do futuro satélite de telecomunicações argentino, o ARSAT-1, deixou no dia 22 de agosto as instalações do Laboratório de Integração e Testes (LIT) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), onde esteve em campanha de testes que durou oito meses. As atividades coroaram três anos de preparativos e negociações entre o LIT/INPE e a ARSAT, empresa estatal argentina de telecomunicações.

A campanha marcou alguns recordes para o LIT/INPE, pois foi a primeira de qualificação de equipamento destinado a um satélite de telecomunicações. O ARSAT-1 foi também o maior equipamento em volume e massa - aproximadamente três toneladas quando carregado com combustível - já testado no Brasil.

Além de dar continuidade à longa cooperação entre o Brasil e a Argentina na área espacial, a experiência acumulada no desenvolvimento dos procedimentos, na instrumentação e na realização da campanha de testes trouxe para o LIT/INPE, e consequentemente para o país, experiência relevante para o futuro desenvolvimento do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas - SGDC.
 

Satélite argentino ARSAT-1 no LIT/INPE
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O banco do futuro se torna realidade


SÃO PAULO - No banco do "futuro", a presença de papel será raridade e aparelhos como iPhone e iPad terão presença constante. A ideia é educar o cliente para o uso de meios digitais em procedimentos corriqueiros, como um pagamento ou conferência de saldo. Por trás disso, está a ideia dos bancos de transformar as agências numa espécie de butique financeira.
A materialização dessas ideias tomará forma na próxima semana, quando os dois principais bancos privados do País, Itaú e Bradesco, inauguram agências conceito em São Paulo.
Ao justificar o projeto, os dois bancos assumem que as lojas da badalada Apple foram inspiração. Itaú e Bradesco usam a mesma linguagem para definir as novas agências: executivos definem a nova aposta como "uma experiência high tech, high touch", ou seja, com alta tecnologia e próxima ao cliente.
As duas primeiras experiências serão inauguradas em shoppings da capital paulista. O Itaú abrirá as portas no shopping Villa-Lobos na próxima segunda-feira, enquanto o Bradesco inaugura sua unidade no JK Iguatemi na quinta-feira. As empresas dizem que as novidades são "incubadoras de ideias" que podem ser expandidas para o resto da rede.
Nos detalhes, contudo, as apostas são um pouco diferentes. O Bradesco transformou a agência numa viagem ao futuro, com displays por todo lado, e escalou um robô, o Link 237, para das as boas vindas ao cliente. Os caixas eletrônicos são paralelos à parede, de modo a garantir privacidade ao correntista.
Já no Itaú a aposta é na estratégia adotada desde a fusão com o Unibanco, em 2008: trazer mais informalidade e ar de "lounge" à rede de atendimento. "A agência não tem mesa fixa de gerente - ele vai com o notebook aonde o cliente estiver", explica Fernando Chacon, diretor executivo do Itaú Unibanco.
"Uma das tendências é que as agências se especializem de acordo com a região em que atuam. Elas vão atuar por vocação, de atendimento a pessoa física ou jurídica, por exemplo", diz Chacon. "Na agência, há uma prateleira, que parece uma vitrine de joalheria, exibindo os produtos do banco. "Vamos acompanhar a reação do público para ver o que deverá ser multiplicado."
O executivo diz que uma das ideias estudadas é oferecer internet sem fio dentro do banco. No próximo ano, o Itaú deve abrir uma nova unidade nos mesmos moldes no Shopping Ibirapuera.
Investimento. O Bradesco investiu R$ 10 milhões nos últimos meses para desenvolver seu modelo de "agência do futuro". "O negócio bancário não muda. Na hora de discutir um financiamento imobiliário, o cliente vai querer falar com o que ele chama de ‘meu’ gerente", afirma Cândido Leonelli, diretor executivo do Bradesco. Por isso, o banco criou uma sala espelhada no mezanino da agência. Cada vez que um cliente entrar, porém, os vidros ficarão foscos, para manter a privacidade no atendimento.
Bradesco e Itaú terão funcionários que vão ajudar os clientes a conhecer melhor os procedimentos que podem ser realizados por meio de telefones celulares e computadores. "Nosso desafio é conseguir transferir para os meios digitais transações que o cliente achava que só poderiam ter com o gerente", diz Leonelli.
Não por acaso, as operações por meios digitais já se destacam no Bradesco. "Nós incluímos uma função de empréstimo por meio de smartphones sem fazer publicidade. Hoje, já realizamos R$ 10 milhões de empréstimos por mês via iPhone."
As duas instituições não dizem às claras, mas a ideia é tornar a circulação mais restrita aos clientes tradicionais. No Bradesco, não haverá caixas para pagamento de contas. No Itaú, o caixa "físico" será mantido, mas o atendimento será exclusivo aos correntistas.
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