sábado, 18 de agosto de 2012

Indústria brasileira de defesa apresenta inovações durante a primeira Mostra BID-Brasil


Fuzil  de Assalto IA-2, da Imbel  7.6.2 MM
Lado a lado no pátio do Correio Aéreo Nacional (CAN), um VBTP-MR Guarani 6X6 e um turboélice de treinamento e ataque leve A-29 Supertucano, dois destaques dos programas de reequipamento das forças armadas e produzidos pela indústria de defesa brasileira
A avançada câmera de imagem térmica CORAL-CR, da ARES (Fotos: Roberto Caiafa)

Evento exibe aeronaves, radares, VANT, veículos blindados, embarcações pneumáticas, entre outros produtos de defesa

O chefe do Departamento de Produto de Defesa (Deprod), do Ministério da Defesa, general Aderico Mattioli
O turboélice A-29 Super Tucano, um sucesso de vendas da Embraer, tem a seu favor uma extensa ficha de êxitos colhidos em combate
A nova plataforma de lançamento do Veículo Lançador de Satélites (VLS), em Alcântara, é uma das atividades na área de defesa com a presença da Jaraguá Equipamentos Industriais
O radar SABER M-60, lado a lado com o utilitário militar Agrale Marruá AM 20, base transportadora do avançado sistema de controle para a artilharia antiaérea, desenvolvido pela OrbiSat, empresa controlada pela Embraer Defesa e Segurança. O projeto, que conta com a parceria do Centro Tecnológico do Exército (CTEx), integra o novo Sistema de Defesa Antiaérea do Exército Brasileiro
Nos dias 17 e 18 de agosto, aconteceu a Mostra BID-Brasil, reunindo cerca de 50 empresas brasileiras que compõem a Base Industrial de Defesa e Segurança (BID). A Mostra, promovida pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), com apoio da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), e do Ministério da Defesa, foi realizada na Base Aérea de Brasília. 
Este evento, inédito no País, reúniu em Brasília as principais soluções tecnológicas produzidas pela indústria de defesa nacional. Foram apresentadas soluções e equipamentos como aeronaves, radares, VANT (veículo aéreo não tripulado), veículos blindados e embarcações pneumáticas. Entre os expositores, estão alguns dos líderes do setor, como Embraer, OrbiSat, Atech, AVIBRAS, Iacit, CBC, Condor, Flight Technologies, AEL, Emgepron, Imbel, SKM e Mectron.
Além de conhecer os projetos ligados à defesa nacional, os visitantes podurem verificar como tais tecnologias estão sendo aplicadas no dia a dia da sociedade. “Muitos desses projetos iniciam-se no âmbito da defesa nacional, mas a tecnologia é dual (militar e civil) e passa a ser aplicada em soluções civis”, comentou o contra-almirante (R1) Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, vice-presidente executivo da ABIMDE.
O Atrasorb é um produto que pode tanto renovar o ar dentro dos novos submarinos da Marinha, como manter assepsia completa do ambiente numa sala de cirurgia, o que demonstra a dualidade de emprego de boa parte da tecnologia desenvolvida em defesa
Segundo ele, os exemplos são os mais variados, desde projetos de purificadores de ar, concebidos inicialmente para serem empregados em submarinos e que passaram a ser adotados em salas de cirurgias e de pesquisas científicas.   Robôs subaquáticos, projetados para atuar em áreas de conflito e realizar o desarme de minas também, passaram a ser empregados na indústria de óleo e gás, sendo comumente encontrados em operações nas plataformas de petróleo, evitando a exposição de mergulhadores a possíveis riscos.
O VANT da Flight Technologies 
Já o VANT tem papel importante tanto no setor militar quanto no civil. As Forças Armadas vêm adotando esse equipamento há muitos anos no patrulhamento de áreas remotas. Já a sua aplicação no controle ambiental também pode ser verificada, como no combate a queimadas, por exemplo, ou mesmo no levantamento de áreas desmatadas. “Esses e muitos outros exemplos mostram que a nossa indústria de defesa é capaz de fornecer muitas soluções, as mais avançadas e atender tanto ao setor militar quanto ao civil. Os investimentos em novos projetos e novas pesquisas são essenciais para a manutenção desse potencial. A Mostra BID-Brasil tem esse objetivo de revelar o que já é possível encontrar no País”, ressaltou o vice-presidente da ABIMDE.
General Mattioli (Deprod-MD) e o contra-almirante (R1) Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, vice-presidente executivo da ABIMDE
Para o chefe do Deprod, general Aderico Mattioli, trata-se de uma oportunidade para a indústria de defesa nacional mostrar a qualidade de seus produtos a potenciais compradores. “O Ministério da Defesa vem se articulando, nos últimos meses, para alavancar o setor e assegurar maior participação na balança comercial do País".
O lançador/simulador de treinamento do MSS 1.2, fabricado pela Mectron
O míssil MSS 1.2, sistema de arma anticarro portável de médio alcance, guiado a laser
O míssil antiradiação MAR-1, da Mectron, juntamente com o MAA-1 Piranha de combate aéreo em curto alcance 
A lançadora Astros MK-6 empregada pelo Exército Brasileiro, da Avibras, tendo ao lado a viatura 4x4 VBL Comando da nova versão modernizada (foto abaixo), e que também será empregada nas novas baterias Astros 2020 e Astros FN
No dia 17 foi realizado o workshop de Soluções de Defesa, voltado para os adidos militares estrangeiros com palestras de representantes dos Ministérios da Defesa e de Relações Exteriores, da Apex-Brasil e da ABIMDE. Segundo o presidente da Apex-Brasil, Mauricio Borges, a Mostra BID-Brasil será uma oportunidade para as empresas nacionais apresentarem soluções e equipamentos voltados às políticas públicas de defesa e segurança. “Esses produtos e serviços têm importante presença na pauta de exportação”.
 O FUTURO DO SETOR
O setor de defesa no Brasil está em plena ascensão. A ABIMDE, representante oficial do segmento no país, possui, atualmente, 170 empresas associadas. De acordo com a entidade, as companhias que atuam no mercado de defesa geram, juntas, 25 mil empregos diretos e 100 mil indiretos, movimentando mais de US$ 3,7 bilhões/ano, sendo US$ 1,7 bilhão em exportação, e US$ 2 bilhões em importação.
O Embraer KC-390 deve voar em 2014, revolucionando a aviação de transporte não só do Brasil mas como de diversos compradores e parceiros do programa industrial desta moderna aeronave de carga/reabastecimento em voo
Conforme estudo realizado pela ABIMDE, esse número pode mais que dobrar nos próximos 20 anos devido aos grandes projetos anunciados pelo governo nos últimos meses. A expectativa é de que os investimentos girem na ordem de US$ 120 bilhões a longo prazo, sendo US$ 40 bilhões já anunciados para programas voltados para vigilância das fronteiras marítimas, aéreas e terrestres do país, entre eles o Sisfron (Sistema de Vigilância da Fronteira), o Sisgaaz (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul), o Prosuper (Programa de Aquisição de Navios de Superfície) e o F-X2 (que dotará a Força Aérea Brasileira de aeronaves de caça e ataque de última geração).
O VBTP-MR Guarani 6X6, armado com a torreta REMAX, da Ares (arma de 12,7 mm giroestabilizada)
Neste ângulo, é possível ver bem a instalação da torreta REMAX, da Ares, utilizando uma metralhadora pesada de 12,7 mm
De acordo com a entidade, até 2020, o Brasil tem a possibilidade concreta de praticamente dobrar o número de postos de trabalho altamente especializados. A estimativa é de que o setor gere cerca de 48 mil novos empregos diretos e 190 mil indiretos. Já para 2030, a expectativa é ainda melhor, passando para 60 mil novas vagas diretas e 240 mil indiretas. Esse cenário pode colocar a indústria brasileira em 15º lugar no ranking dos grandes players mundiais de defesa.
Um fator que pode ser primordial para consolidar o setor no país é o apoio do governo. Em 2011, a presidenta Dilma Rousseff assinou a Medida Provisória nº 544, que estabelece mecanismos de fomento à indústria brasileira de defesa. Trata-se de um desdobramento do Plano Brasil Maior que visa ao aumento da competitividade da indústria nacional a partir do incentivo à inovação tecnológica e à agregação de valor. Em março deste ano, a medida foi aprovada e transformou-se na Lei nº 12.598 – que, agora, será regulamentada sob a coordenação do Ministério da Defesa.
Munições de médio e grosso  calibre produzidas pela Engeprom no RJ
Sistema de purificação de água Super H2 Life, capaz de ser rapidamente instalado em qualquer localidade onde forças militares estejam acantonadas. O painel de controle do equipamento (foto abaixo) deixa bem claro a facilidade de uso do sistema.
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Nasa prepara primeira viagem do Curiosity pelo solo de Marte


Depois de pousar no planeta vermelho, dispositivo espacial moverá suas seis rodas pela primeira vez. Após testes, destino será local que reúne três tipos de terreno. No caminho, robô analisará fragmentos rochosos.
A Nasa revelou nesta sexta-feira (17/08) os próximos passos do robô Curiosity, que pousou em Marte no início de agosto. O dispositivo iniciará sua primeira viagem em solo, parte de uma jornada de dois anos para determinar se planeta mais parecido com a Terra já abrigou vida, informaram cientistas.
O robô de uma tonelada, alimentado por um gerador nuclear, pousou em uma grande cratera em Marte no último dia 6 de agosto, com o objetivo de buscar materiais orgânicos e outros compostos químicos considerados chave para a vida.
Dentro de algumas semanas, o dispositivo deverá deixar o local onde pousou. A eficiência motora do Curiosity será testada nos próximos dias. Para isso, o robô movimentará suas seis rodas para trás e para frente pela primeira vez. A seguir, ele deverá avançar cerca de três metros, girar 90 graus, e retornar dois metros.
"Haverá muitas primeiras vezes para o Curiosity nas próximas semanas, mas os primeiros movimentos das rodas, a primeira vez que o robô realmente se move será algo especial", disse o gerente da Nasa Mike Watkins.
Até o fim da próxima semana, os testes de todos os instrumentos científicos a bordo serão concluídos. O laser do robô deverá provar que consegue pulverizar um leito de rocha. Um pequeno telescópio analisará, então, o material vaporizado para testar que minerais contém.
O sistema combinado, conhecido como "ChemCam" (abreviação de química e câmera, em inglês), foi desenvolvido para fazer cerca de 14 mil medições ao longo da missão do Curiosity. Os cientistas utilizarão as informações coletadas para determinar a composição química do material analisado.
Parada inicial
Após os testes, a primeira parada será Glenelg, a 500 metros do robô. O local reúne três tipos de terreno e abriga camadas de rocha sobrepostas. A viagem até lá levará de quatro a seis semanas, dependendo de quantas paradas os cientistas decidirem fazer.
No caminho, o robô deverá recolher e analisar fragmentos rochosos. Em Glenelg, espera-se que o dispositivo coloque sua broca em ação pela primeira vez. A seguir, o robô se dirigirá para o Monte Sharp, uma montanha com mais de 5 mil metros de altura.
"Suponho que iremos desviar nossas atenções para o Monte Sharp em algum momento próximo ao fim do ano", informou John Grotzinger, cientista-chefe da missão. Prevê-se que a viagem de sete quilômetros até a base da montanha dure vários meses.
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Adolescente morre durante operação do BOPE em comunidade do Rio

Na madrugada deste sábado o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) da Polícia Militar do Rio realizou uma operação na comunidade do Arará, em Benfica, na Zona Norte da capital. A operação seguia informações do setor de inteligência sobre a presença de lideranças do tráfico naquele local.Durante a incursão, um menor de 15 anos foi encontrado ferido em uma das vielas da comunidade. Ele foi socorrido e levado pelos policiais até o Hospital Geral de Bonsucesso, onde morreu. O Bopemanifesta seu pesar pela perda da família e reafirma sua confiança na polícia da pacificação para que casos como esse não voltem a ocorrer. A unidade abriu uma averiguação sumária para apurar todas as circunstâncias da operação. A ocorrência foi registrada na 37ªDP (Ilha do Governador).
Na ação houve confronto. Um criminoso morreu e outro foi preso. Os policiais apreenderam uma pistola .40, uma pistola 380, um carregador de .40, um carregador de 380, um carregador de fuzil AK47, 79 munições de 7.62, 02 munições .40, seis munições de 380, um rádio transmissor, 12 cheirinhos da loló, 16 sacolés de maconha hidropônica, 115 sacolés de haxixe, 191 sacolés de maconha, 56 sacolés de crack, 402 sacolés de cocaína e um caderno de anotações do tráfico.

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Missil Ant Tank Da Mectron


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EN 175 - Exército recebe recursos para aquisição de material de defesa

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FAB participa de mostra de produtos de defesa


Entre os dias 17 e 19 de agosto, a Força Aérea Brasileira (FAB) participa da Mostra Base Industrial de Defesa (BID-Brasil), que acontece no hangar do Correio Aéreo Nacional, na Base Aérea de Brasília. A mostra é promovida pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos e o Ministério da Defesa, e contou o apoio da FAB.
O evento, inédito no país, reuniu empresas de diversos segmentos que apresentaram soluções e equipamentos como aeronaves, veículos aéreos não tripulados, embarcações pneumáticas, viaturas blindadas, radares, armas não letais, entre outros.

Além de conhecer projetos ligados à defesa nacional, os visitantes podem verificar como essas tecnologias estão sendo aplicadas no cotidiano do cidadão comum. É o que afirma o Tenente Engenheiro Paulo Rigoli, do Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE). “A descoberta de novas tecnologias, além de influenciar a abertura de novas linhas de pesquisa, também pode migrar e beneficiar o meio civil”, conta.

O IAE levou para a mostra dois projetos mísseis de fabricação nacional. Um deles, guiado por infravermelho, é utilizado em combates aéreos. O outro é um míssil para destruir radares inimigos, que está com o projeto em desenvolvimento.

No estande da FAB também é possível conferir peças e equipamentos nacionalizados pelo Centro de Logística da Aeronáutica (CELOG), que geraram, somente em 2012, uma economia em torno de seis milhões de reais para o país. “É importante estimular a prospecção de novos projetos porque isso gera desenvolvimento tecnológico e fortalece a indústria nacional”, afirma o Tenente Engenheiro Éder Galdiano, do CELOG. 

O Tenente-Brigadeiro do Ar Juniti Saito, Comandante da Aeronáutica, visitou amostra e conheceu de perto os estandes de diversas empresas. Acompanhado deOficiais Generais do Alto Comando, o Comandante interagiu com os produtos e se mostrou muito satisfeito com o que viu. 

Adidos militares estrangeiros participaram de um workshop, no qual foram apresentados projetos e políticas públicas de defesa e segurança. O adido aeronáutico da Colômbia, Coronel Enrique Lozano, disse que o evento é uma oportunidade de criar parcerias. “A mostra é uma oportunidade de conhecer empresas e projetos em que podemos nos tornar futuros parceiros, como o KC-390,desenvolvido pela FAB e EMBRAER”, disse.
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Disparates de Gabrielli


O Estado de S.Paulo
Revisão, para baixo, dos programas de investimentos; redução das metas de produção; definição mais racional das prioridades; reconhecimento do fracasso de diversos poços, o que implicou o aumento contábil dos gastos; o registro do primeiro prejuízo trimestral em 13 anos. Embora esses fatos decorram do que aconteceu na Petrobrás por vários anos, o público - acionistas e também contribuintes interessados nos resultados da empresa, pois ela é controlada pelo governo - só ficou sabendo deles nos últimos meses.
Sua revelação se deve à atual direção da empresa, presidida por Maria das Graças Foster, no cargo desde fevereiro. No entanto, para seu antecessor imediato, José Sergio Gabrielli, nada mudou na empresa depois da troca de sua direção. O que houve foram apenas adaptações nos projetos de investimentos, em razão de sua "maturação".
É a ideia de continuidade da gestão da Petrobrás que seu ex-presidente tenta defender na entrevista a Thiago Décimo (Estado, 15/8), para mostrar que tudo o que está sendo revelado pela atual diretoria e as decisões que vêm sendo tomadas são parte daquilo que ele próprio, Gabrielli, e sua diretoria estavam fazendo. Decisões importantes da atual diretoria e que afetaram de maneira drástica os resultados da empresa, como a admissão de que estão secos muitos poços perfurados pela estatal na área do pré-sal, foram consideradas pelo ex-presidente simples medidas contábeis "universais".
São, de fato, decisões contábeis. Adotá-las, no entanto, é um ato de responsabilidade administrativa. Quando se anunciam investimentos em novos poços, os valores são contabilizados como despesas; quando se constata que o poço está seco, os valores são lançados como despesas. Nos resultados do segundo trimestre, a Petrobrás fez isso com diversos poços, o que contribuiu de maneira decisiva para que a empresa registrasse déficit de R$ 1,3 bilhão no período.
Para Gabrielli, não há nada a estranhar no fato de que justamente nos resultados relativos ao primeiro período trimestral de inteira responsabilidade da nova diretoria tenha sido reconhecido o fracasso desses poços. "Isso é clássico, não há nada de novo nisso", disse ao Estado.
Dados sobre o desempenho recente e as projeções para os próximos anos mostram que a Petrobrás perdeu eficiência. Não ampliou sua produção e vai demorar para recuperar-se. Atribui-se boa parte das perdas à queda da eficiência da Bacia de Campos, que responde por até 85% do petróleo consumido internamente. Ao apresentar o plano de negócios da Petrobrás para o período 2012-2016, sua presidente Graças Foster não deixou dúvidas quanto à gravidade da situação, ao afirmar ser necessário que "aumentemos urgentemente a eficiência operacional da Bacia de Campos". Embora tenha reconhecido que "as intervenções necessárias nos campos mais maduros são maiores, com a necessidade de mais sondas", Gabrielli alegou que "a opção de investir em exploração afeta a produção". É uma forma de admitir que, sob sua direção, a Petrobrás não investiu adequadamente na produção.
Quanto à decisão de construir quatro refinarias no Nordeste, Gabrielli disse que ela se baseou no fato de que a empresa pretendia tornar-se grande exportadora de produtos refinados, sobretudo para a Europa e para os Estados, pois o consumo doméstico estava estagnado havia dez anos. O que ocorreu, depois de tomada a decisão, foi uma mudança brusca na tendência dos mercados interno e externo. Nos últimos seis ou sete anos, a demanda interna de gasolina, como reconheceu Gabrielli, aumentou 40%.
O que ele não conta é que a empresa que dirigia não conseguiu acompanhar a mudança nem executar o plano original. As refinarias não saíram do papel, na maior parte dos casos. Quando saíram, como no caso da de Pernambuco, seus custos alcançaram valores exorbitantes, de cerca de dez vezes o orçamento original. Ainda assim, as obras estão muito atrasadas.
Não é à toa que a atual diretoria decidiu incluir em seu programa de investimentos só projetos exequíveis, e não mais anúncios de inspiração meramente políticas como os das refinarias.
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