segunda-feira, 6 de agosto de 2012

BOEING - Apresentou oportunidades em Porto Alegre e São José dos Campos


Boeing e fornecedores do Super Hornet, apresentam oportunidades para a indústria brasileira em conferências em Porto Alegre e São José dos Campos. Oportunidades incluem componentes do sistema aviônico, materiais compostos avançados e atividades relacionadSÃO PAULO, 6 de agosto de 2012 – A Boeing e 12 de fornecedores de seu caça F/A-18E/F Super Hornet destacaram as oportunidades disponíveis para a indústria brasileira  em conferências realizadas no dia 31 de julho emPorto Alegre e 1 de agosto, em São José dos Campos. Um programa com ampla participação da indústria local é um dos itens da proposta de venda do F/A-18E/F Super Hornet apresentada pela Boeing para a licitação de caças do governo brasileiro, conhecida como F-X2.

“A participação de tantos fornecedores do Super Hornet nas conferências e as oportunidades nelas apresentadas demonstram o comprometimento da Boeing e de seus fornecedores em trabalhar com a indústria brasileira de maneira a aproveitar os pontos fortes das empresas locais e lançar as bases para um crescimento de longo prazo,” disse Susan Colegrove, diretora regional de parcerias estratégicas internacionais da Boeing Defense, Space & Security.

A seguir, algumas das oportunidades apresentadas:
· A Raytheon identificou oportunidades para a fabricação e suporte local de componentes do sistema de rastreamento e visualização de alvos por infravermelho ATFLIR (Advanced Targeting Forward Looking Infrared pod) e os sistemas aviônicos do radar AESA APG-79, com varredura eletrônica ativa.
· A Northrop Grumman planeja trabalhar com empresas aeroespaciais brasileiras em atividades relacionadas a materias compostos avançados, como produção de materiais compostos, ferramentas para a fabricação de compostos, ferramental de montagem e produção de peças com compostos avançados e grandes componentes de montagem.
· A GE Aviation descreveu oportunidades relacionadas à inspeção, teste, manutenção e suporte de motores.

Os demais fornecedores do Super Hornet presentes nas conferências foram empresas como BAE Systems, Eaton, GKN, Harris, Honeywell, Moog, Parker Aerospace, UTC Aerospace Systemse Woodward.

O encontro realizado em São José dos Campos contou com a presença de representantes da Embaixada dos Estados Unidos e de quase 80 empresas do estado de São Paulo. O evento foi organizado pelo Centro para Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista (CECOMPI)  e pela  Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ) .

Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, FIERGS, foi a responsável pela coordenação da conferência em Porto Alegre, que atraiu representantes de mais de 50 empresas do estado do Rio Grande do Sul.

Sobre a Boeing

A Boeing é a maior companhia aeroespacial do mundo e líder na fabricação de aeronaves comerciais e sistemas de defesa, espaciais e de segurança. Uma das grandes exportadoras dos EUA presta suporte a companhias aéreas e clientes governamentais nos Estados Unidos e 150 países aliados. Os produtos e serviços desenvolvidos sob medida pela Boeing incluem aeronaves comerciais e militares, satélites, armas, sistemas eletrônicos e de defesa, sistemas de lançamento, sistemas avançados de informação e comunicação, logística e treinamento baseados em desempenho.

A Boeing emprega mais de 170.000 pessoas nos Estados Unidos e em 70 países. Além disso, a liderança da companhia é reforçada pelas centenas de milhares de pessoas que trabalham para os fornecedores da Boeing em todo o mundo. 
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Cobham ganha contrato de design e produção do radome do jato de transporte Embraer KC-390


Stevenage, Reino Unido - A Cobham Antenna Systems foi a empresa vencedora do contrato para realizar o design e a manufatura dos radomes de nariz do jato militar de transporte KC-390, atualmente em desenvolvimento para a Força Aérea Brasileira pela Embraer.
 
"Nos estamos olhando mais a frente ao avançarmos no relacionamento da Cobham com a Embraer, iniciado durante o programa do caça bombardeiro leve AMX" disse Fred Cahill, vice presidente da Cobham Antenna Systems "Nos esperamos realizar todo o design preliminar do radome de nariz do KC-390 e o detalhamento das atividades construtivas ainda neste ano, com a manufatura dos protótipos da aeronave e sua qualificação devendo ocorrer durante 2013, deixando tudo pronto para  o primeiro voo do protótipo em março de 2014".
 
A Cobham fabrica uma grande variedade de radomes aeronáuticos que precisam possuir os exatos níveis de tolerância e resistência para atenderem requerimentos diversos nas áreas de aerodinâmica, colisão com pássaros (bird strike), resistência a luz solar direta, baixo RCS (Radar Cross Section), proteção balística do conjunto radar/radome sem interferir na performance de emissão/recepção de sinais, dentre outros requisitos. 
 
Os radomes fabricados pela Cobham são usados em aeronaves, navios e plataformas baseadas em terra, cobrindo tanto o mercado militar quanto o civil. Importantes programas industriais usam os radomes Cobham, como por exemplo, o conjunto completo de radomes do Eurofighter Typhoon, o radome do nariz do treinador avançado sul-coreano LIFT (Lead in Fighter/Trainer) KAI T-50 Golden Eagle, o radome principal de vigilância para o helicóptero NFH-90, e mesmo os radomes de comunicações Satcom (satélitais) dos TGV (High Speed Trains) europeus.
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Taurus apresenta o Fuzil 556 (CT556)


A Forjas Taurus apresentou o Fuzil 556 (CT 556), seu mais novo lançamento, durante feira de tecnologia, serviços e produtos para segurança pública realizada em São Paulo na última semana. O produto, destinado a grupos de pronto emprego tático e policiamento ostensivo, permite à empresa oferecer aos seus clientes uma família completa de armamento de uso policial, incluindo, agora, o calibre de fuzil mais utilizado mundialmente. A similaridade de design e operação com outros produtos da linha, como a carabina calibre .40 (CT 40) e a submetralhadora calibre .40 (SMT 40), facilita o treinamento e adaptação do usuário.Segundo o Diretor Vice-Presidente Sênior da Empresa, Jorge Py Velloso "O equipamento atende com perfeição aos padrões exigidos para o emprego policial em áreas urbanas ou rurais, é um produto robusto, leve e ergonômico, que tem na simplicidade de operação e manutenção seus pontos fortes" explica.Por ser uma arma de comandos ambidestros, o CT 556 permite a fácil adaptação para destros e canhotos. Possui, ainda, coronha com regulagem de comprimento telescópica e rebatível, o que auxilia na adaptação do usuário ao equipamento e ao seu manuseio em ambientes confinados (viaturas, interior de edificações etc.). No desenvolvimento da caixa da culatra do modelo foram utilizadas ligas de alumínio aeroespacial de alta resistência, garantindo assim mais leveza e resistência a todo o conjunto. A arma possui ainda alavanca de manejo reversível, empunhadura na posição frontal ao carregador, que permite maior segurança e melhor ergonomia para o atirador e, finalmente, um botão liberador tático do carregador, permitindo a troca rápida do carregador sem perder a posição de confronto..SEGURANÇA NACIONAL BLOG

Fábrica de armas Ijmach anuncia AK-12

O fuzil AK-12, desenvolvido na Ijmach, terá novo mecanismo de disparo, transportador de ferrolho e estrutura modular. Em entrevista publicada no site da revista Expert, o construtor-chefe da fábrica russa, Vladímir Zlóbin, falou sobre as inovações do ultimo modelo.Segundo Zlóbin, o trabalho de desenvolvimento do novo fuzil começou em meados de 2011 e, no final do ano, já estava pronto o primeiro protótipo.

Os modelos significativos estão sendo finalizados e, em breve, serão fabricadas novas versões do fuzil para testes preliminares na própria fábrica.A composição do fuzil, de acordo com Zlóbin, continuará clássica. Em outras palavras, será tão simples quanto a Kalachnikov.

Além disso, o AK-12 distingue-se bastante de seus antecessores no arranjo e na ergonomia. O fuzil será equipado com um novo freio de boca.

Terá 20% mais efetividade do que os antecessores da mesma família, proporcionando mais conforto e estabilidade na hora do tiro e diminuindo o recuo em 20%.

O AK-12 ganhou um regime de tiro com seletor de três disparos e suspensão do ferrolho para rapidez do recarregamento. A alavanca de manejo de recarregamento pode ser instalada tanto no lado esquerdo quanto no direito. A coronha ajusta-se sob o ombro.

Além disso, é possível tirar o fuzil do dispositivo de segurança e mudar o regime e o carregador com uma única mão. Para a instalação de recursos complementares, o AK-12 ganhou trilhos Picatinny.

Por conta da mudança na dinâmica das partes, o AK-12 dispõe de maior poder de fogo. Segundo Zlóbin, o novo fuzil, em termos de efetividade, compara-se ao AK-107, ao qual foi aplicada a tecnologia do automatismo balanceado.

Entretanto, no AK-12 decidiram abrir mão dessa tecnologia porque ela torna a arma mais cara e ainda reduz a sua segurança.

Assim como os fuzis da geração anterior, o AK-12 terá um dispositivo para acoplamento de baioneta em caso de combate corpo a corpo.

No conjunto titular, o fuzil será equipamento com um carregador de 30 cartuchos. Nas versões especializadas, haverá carregadores com 20 cartuchos (para subseções especiais), com caixa de 60 cartuchos e com tambor de 100 cartuchos.

O AK-12 para forças de operações especiais pode ainda ganhar um conjunto de ferrolho e um cano extra.

Em entrevista ao Expert, Zlóbin anunciou também o novo cartucho do AK-12. Ele disse que os serviços de defesa não estão satisfeitos com os calibres existentes, 5,45, 5,56 e 7,62. Por isso, no novo fuzil, pode ser incluído um calibre “intermediário”.

Como informou o construtor-chefe da Ijmach, para criação do AK-12, ele se baseou na experiência e nos conhecimentos de seus mestres, os construtores Stetchkin, Korobov e Afanassiev, com os quais trabalhou na fábrica de armas da cidade de Tula.
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sábado, 4 de agosto de 2012

Lançamento de foguete Angara está para breve


O primeiro modelo funcional do foguetão-portador Angara será fabricado até ao final de 2012, informou o porta-voz do Centro Khrunichev, o maior fabricante russo desse equipamento espacial.

A família de foguetões universais de nova geração Angara inclui portadores das classes ligeira, média e pesada. No segundo trimestre do próximo ano está planejado o lançamento de um Angara ligeiro. A companhia está estudando a possibilidade de construir um foguetão super-pesado para missões interplanetárias. Se as viagens a Marte e a outros planetas são projetos a longo prazo, já as expedições à Lua e a criação de uma base lunar permanente são consideradas pelos peritos como realistas para um futuro próximo.
Neste momento está em estudo a ideia de viajar à Lua numa nave montada a partir de módulos. O Centro Khrunichev já está a fabricar módulos standard de 22 toneladas. Para um foguetão mais potente têm de ser fabricados módulos completamente diferentes.
Roskosmos tem um projeto de construir foguetões com uma capacidade de cerca de 60 toneladas. A nave lunar será montada em órbita baixa a partir de dois desses módulos transportados em dois lançamentos. As 120 toneladas representam o mínimo necessário para uma viagem à Lua ou à volta dela, explica o representante da Academia Russa de Cosmonáutica Yuri Karash:
“Já se falarmos de viagens a Marte, a massa aproximada de um complexo tripulado anda à volta das 450-500 toneladas. Portanto será inevitável o recurso a um esquema de múltiplos lançamentos, a questão é de quantos lançamentos vamos precisar.”
Uma particularidade do Angara é ele consumir combustivel limpo do ponto de vista ecológico, incluindo o oxigénio e a querosene, ao contrário do Proton. Como é do conhecimento geral, de vez em quando surgem problemas entre a Rússia e o Cazaquistão por causa do cosmódromo de Baikonur. Isso se deve ao fato de, quando há acidentes nos lançamentos dos Proton, uma parte do combustível tóxico dimetilhidrazina contamina território cazaque com os consequentes prejuízos ambientais, sublinha Yuri Karash:
“Se o foguetão-portador trabalhar com combustível ecológico, a sua fuga para território cazaque não irá provocar danos. Por isso, uma rápida entrada ao serviço do Angara irá ajudar a remover as dificuldades no relacionamento entre os dois países provocadas pelo cosmódromo de Baikonur.”
Quanto à dimetilhidrazina, é uma substância realmente bastante tóxica, mas, se os sistemas de abastecimento funcionarem normalmente e não houver avarias no complexo de lançamento, é um combustível completamente seguro. Mas mesmo que ocorra um acidente que provoque a queda do foguetão na terra e houver um derrame de combustível, em contacto com a água, passadas várias horas, essa substância se transforma em adubo para plantas que até as faz crescer melhor.
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O futuro dos bombardeiros russos: modernizar os existentes ou conceber novos?


À medida que se aproxima o centésimo aniversário da força aérea russa, se multiplica o número de eventos a ele associados. Em Moscou, se realizou uma mesa redonda com a participação dos peritos militares russos mais importantes dedicado ao tema da conceção de um novo bombardeiro para a Força Aérea russa. Os especialistas manifestaram opiniões divergentes quanto à necessidade de um “avião do futuro”.

Todos os participantes na mesa redonda, no entanto, estiveram de acordo numa coisa: a Rússia tem de continuar a fazer a manutenção e a modernizar o parque existente de aparelhos estratégicos. O tempo útil de vida dos aviões Tu-95MS, Tu-160 e Tu-22M3 permite mantê-los no ativo ainda por muito tempo. O aperfeiçoamento do seu equipamento e armamento, porém, se torna numa tarefa prioritária.
Neste momento os Tu-95MS e Tu-160 estão a ser modernizados e à aeronáutica foi entregue o primeiro Tu-22M3M modernizado. Os aparelhos melhorados podem utilizar armamento moderno, incluindo munições não-nucleares de alta precisão, o que os torna bastante úteis nos conflitos locais. A Rússia possui neste momento cerca de 200 aparelhos de aviação de longo alcance, incluindo 66 Tu-95MS e 16 Tu-160 (os restantes são Tu-22M3). Deixar ficar essa quantidade de máquinas de ataque pesadas sem a capacidade de executar missões não nucleares é, no mínimo, um despesismo.
Mesmo usando todo o potencial de modernização dos bombardeiros que a Rússia tem, a sua vida útil não é infinita: nos anos 2030-2050 eles terão de ser substituidos. Considerando os prazos de projeto e inicio de produção em série dos aviões de combate modernos, a sua conceção terá de começar agora mesmo para ter no início dos anos 2030 uma máquina de série.
Mas esse ponto de vista não recolhe a aprovação de todo o mundo. Andrei Frolov, vice-diretor do Centro de Análise de Estratégias e Tecnologias, se apresentou como o maior adversário da conceção de um novo bombardeiro estratégico nesta mesa redonda: “Nesta fase, a manutenção de uma tríade nuclear de grande poder é um fardo bastante pesado para a Rússia. A conceção de um novo avião de longo alcance de quinta geração se pode tornar num dos programas que não fazendo muito sentido consomem uma enorme quantidade de recursos financeiros."
Os restantes participantes na discussão se revelaram partidários da conceção de um aparelho novo. “A Rússia necessita de bombardeiros estratégicos de quinta geração. Isso, em primeiro lugar, para que a Federação Russa possa manter o estatuto de potência nuclear”, considera o chefe de redação da revista Defesa Nacional (Natsionalnaia Oborona) Igor Korotchenko. Na sua opinião, “a componente aeronáutica das forças estratégicas nucleares é a que está adaptada de forma mais flexível para, nos momentos críticos, dar a entender que as forças armadas russas possuem o potencial necessário para cumprir missões em situação de guerra."
Também o diretor do Instituto de Análise Política e Militar Alexander Sharavin se pronunciou a favor de um novo modelo: “Eu não tenho nada a objetar contra a nossa modernização dos aviões antigos. Mas e o que faremos daqui a 30 anos? É claro que aparelhos como o PAK DA (Complexo Aéreo Prometedor de Aviação de Longo Alcance) não se fazem em três, nem em cinco e nem mesmo em dez anos. Temos muitos anos de trabalho pela frente."
O destino do complexo aéreo prometedor de aviação de longo alcance ainda é desconhecido. Todos os argumentos apresentados têm razões válidas. E estas são as conclusões gerais do que foi debatido:
1. A manutenção da tríade nuclear na sua forma clássica, aviação de longo alcance, mísseis baseados em terra e submarinos porta-misseis nucleares, está sujeita a discussão.
2. A conceção de um novo avião de combate de longo alcance, no entanto, se apresenta como necessária. Considerando a extensão das fronteiras russas e a necessidade de uma reação às potenciais ameaças em diferentes regiões, a Rússia necessita de um agrupamento de aparelhos capazes de atingir alvos fora do raio de ação da aviação tática sem necessitar de reabastecimento no ar.
3. Enquanto não se chega à fase de preparação do fabrico em série de um novo tipo de avião, a conceção não é demasiado dispendiosa e pode ser interrompida, abrandada e recomeçada a qualquer momento sem grandes despesas.
4. Enquanto não se obtiveram provas contundentes da capacidade dos novos tipos de armamento, como os aparelhos comandados remotamente e outros, em substituir o bombardeiro de longo alcance clássico, esse trabalho deve continuar. O prazo de 10-15 anos necessário para a conceção do avião até ao lançamento do seu fabrico em série é suficiente para decidir as opções futuras.
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Robô fará manutenção de usina hidrelétrica


JOSÉ ROBERTO CASTRO, ESPECIAL PARA O ESTADO - O Estado de S.Paulo
O complexo trabalho de monitoramento e manutenção de tubulações e turbinas em usinas hidrelétricas, antes feito por mergulhadores, desde abril é feito por robôs no interior do Estado de São Paulo. A Universidade Estadual Paulista (Unesp) desenvolveu, em parceria e com financiamento da geradora AES Tietê, um robô operado por controle remoto capaz de fazer o trabalho.
O robô custou R$ 1 milhão e demorou quase dois anos para ficar pronto. Medindo 64 centímetros de largura, 12 de altura e 28 de profundidade, mais ou menos o tamanho de uma CPU de computador, o equipamento pode pesar até 18 quilos. Ele é menor que os equipamentos similares usados em plataformas de petróleo porque opera em tubulações mais apertadas. O robô se liga ao controlador por um cabo de 300 metros de comprimento.
A principal inovação do equipamento, na comparação com similares, é o novo sistema de captura e processamento de imagens subaquáticas, totalmente desenvolvido pela parceria. Com duas câmeras frontais, que permitem visão de 360 graus, e uma câmera traseira, o robô captura imagens em alta definição,
"O diferencial é o processamento de imagens. Com as câmeras, podemos identificar trincas e fissuras. Com isso, é preciso menos tempo para fazer o reparo", afirma o professor responsável pelo projeto, Rogério Thomazella, da Unesp de Bauru.
No Brasil, robôs como o da AES são muito usados para reparos nos sistemas de exploração de petróleo em águas profundas. Em menor escala, a tecnologia é a mesma utilizada na exploração dos restos do Titanic e no vazamento de petróleo do Golfo do México, em 2010.
Antes de desenvolver seu próprio equipamento, os reparos da AES eram feitos por operários, quando se tirava toda a água da turbina, ou por mergulhadores especializados em manutenção de barragens. O processo era arriscado para os trabalhadores, além de demorado e caro para a empresa, porque exigia a paralisação da usina por até um dia. "Hoje a gente para a máquina, lança o robô na água e isso dura, no máximo, duas horas", conta o diretor de Operação e Manutenção da AES Tietê, Ítalo Freitas.
Por enquanto, a AES conta com apenas um robô para fazer o monitoramento de dez usinas hidrelétricas, mas a intenção, segundo o diretor, é aumentar este número. "A ideia é fazer a substituição dos mergulhadores de forma gradual. Nossa demanda é muito grande para um robô só." Ainda segundo Freitas, a empresa está satisfeita com os resultados nestes primeiros meses.
Para Thomazella, o robô já é capaz de substituir os mergulhadores, o que deverá acontecer nos próximos anos.
Aprimoramento Por enquanto, o robô da AES não faz reparos, mas a intenção da empresa é que isso aconteça em pouco tempo. Com o desenvolvimento de um braço mecânico, o robô será capaz de fazer pequenos consertos nas tubulações e nas turbinas. Outro projeto da empresa é equipá-lo com um aparelho de ultrassom, que detectará rachaduras que começam a se formar e não aparecem na superfície. "A intenção é fazer com que ele tenha cada vez mais habilidades", conta Freitas.
O professor Thomazella se mostra animado com as possibilidades de aplicação oferecidas pelo novo robô. Sem entrar em detalhes, ele avisa que já existem ideias embrionárias de novos equipamentos que podem ser acoplados ao robô. "É uma tecnologia totalmente nova. Nem no exterior a gente vê isso sendo usado em usinas. A aplicação é muito vasta."
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