quarta-feira, 18 de julho de 2012

Exército faz plano para proteger instalações estratégicas

Chinese HQ-16 
O Exército brasileiro estuda lançar um programa de proteção de instalações estratégicas, em terra, com a integração de todos os organismos responsáveis pela segurança do país. O projeto, em fase piloto, batizado de Sistema Proteger, está orçado em R$ 9,94 bilhões, para investimento em 12 anos, e ainda precisa da aprovação da presidente Dilma Rousseff. O montante prevê a compra de equipamentos, como embarcações, viaturas e armamentos, e o treinamento de 85 mil integrantes das forças militares. O projeto recebeu o nome de Sistema Integrado de Proteção das Estruturas Estratégicas Terrestres (Sistema Proteger).
Além do Sistema Proteger, outros dois são considerados pelo Exército de maior importância e já estão em implantação: o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), com investimentos de R$ 11,992 bilhões, em dez anos, e o Centro de Defesa Cibernética (CD Ciber), cujo investimento não foi divulgado. Os três programas integram um grupo de sete, que tem como objetivo reformar o Exército e aumentar o poder de atuação das forças militares.
O Brasil tem cerca de 13.300 dessas estruturas no país, que, segundo avaliação do Exército, respondem por 92% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. São instalações, serviços, bens e sistemas cuja interrupção ou destruição, total ou parcial, provocará sério impacto social, ambiental, econômico, político, internacional ou à segurança do Estado e da sociedade, como geradoras, distribuidoras e transmissoras de energia, refinarias e terminais.
O general de brigada José Fernandes Iasbech, gerente do sistema Proteger, afirmou que o Brasil é o único dos Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) que não tem esse sistema integrado de proteção. "O que mais nos preocupa é que, caso haja necessidade, nós temos que estar treinados e dispor de meios para chegar a tempo para atuar antes que haja dano para este patrimônio tão valioso do Brasil", disse o general, que aguarda para apresentar resultados do projeto piloto para a presidência.
O governo liberou, este ano, R$ 120 milhões para colocar em prática o piloto, na Brigada de Cascavel, Paraná. O treinamento no local trabalha com prioridade para atender a usina hidrelétrica de Itaipu e as Subestações de Furnas e Ivaiporã. Do valor liberado, R$ 75 milhões foram empenhados em aparelhamento, como a compra de equipamentos individuais e de proteção para 500 integrantes do Exército, 200 viaturas e 800 barracas. As encomendas, feitas no Brasil em março e abril, já começaram a ser entregues.
Segundo o general, no próximo ano o Exército planeja avançar na capacitação e aparelhamento de tropas para a proteção de estruturas estratégicas situadas em São Paulo e Rio de Janeiro. As prioridades deverão ser a usina de Ilha Solteira, Terminal de São Sebastião, subestações de Bauru e de Ibiúna, Terminal de Cabiúnas, Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) e Usinas Nucleares de Angra dos Reis.
"A cooperação que o Exército hoje empresta a outros órgãos de governo é episódica. A ideia é que passe a ser permanente", disse o general. "O Brasil cresce vertiginosamente. O patrimônio cresce vertiginosamente. Precisamos adequar nossas tropas e o nosso treinamento para que se for determinado pelo governo federal possamos agir com presteza e eficácia."
Com base no desenvolvimento do Proteger, o major do Exército e especialista em análises e operações de inteligência e contra-inteligência Nixon Frota desenvolveu um trabalho que propõe ao Exército a inclusão do setor elétrico nas questões de segurança e defesa da América do Sul. A ideia é que os países integrantes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) tenham uma estratégia de defesa conjunta das suas instalações energéticas.
"Cada vez mais as instalações de energia, como linhas de transmissão, estão interligadas", disse o major, que vai apresentar a pesquisa durante o VI Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (Abed), que será realizado entre os 6 e 9 de agosto, em Brasília. "Certamente, os resultados da integração fortaleceriam a segurança energética sul-americana, possibilitariam a criação de sinergias transparentes e democráticas, permitindo o desenvolvimento político, econômico, social e militar", disse Nixon.
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Brasil domina tecnologia para posicionar satélite em órbita


Agência Brasil
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) desenvolveu um subsistema de propulsão para satélite - trata-se de um catalizador movido a hidrazina (derivado químico do petróleo) necessário para mover um satélite em órbita e corrigir o posicionamento. Ao dominar o subsistema de propulsão, o Brasil se torna também independente para criar mecanismo usado na orientação dos foguetes quando ultrapassam a atmosfera.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, visitou nesta última segunda,16, a unidade do Inpe em Cachoeira Paulista, interior de São Paulo, para conhecer o subsistema de propulsão que será usado no satélite de observação Amazônia 1, com lançamento previsto para o próximo ano.
A criação do equipamento é considerada “um salto” tecnológico do Programa Espacial Brasileiro, avalia Heitor Patire Júnior, pesquisador do Inpe e responsável técnico do projeto. “Isso era uma caixinha-preta, precisamos descobrir na raça”, disse ele à Agência Brasil, ao lembrar que atualmente o país precisava comprar pronto o propulsor (como no caso do Brasilsat) ou contar com o desenvolvimento por paceiros (como a China, no caso dos satélites Cbers).
Além do feito tecnológico, o desenvolvimento do propulsor é comemorado como marco industrial em tempo que o governo federal lança medidas para incentivar áreas estratégicas de transformação, como reação à diminuição da produção industrial no país, causada, entre outras razões, pela importação de componentes.
“Nossa indústria ainda não produz 60% dos equipamentos que precisamos para os satélites, mas em cinco anos poderemos chegar a 100% se os investimentos permanecerem”, calcula Patire Júnior, na esperança de que as fontes de financiamento do programa espacial sejam estáveis.
Em 50 anos de existência, a liberação de recursos do programa espacial foi bastante irregular sofrendo com períodos de cortes orçamentários e descontinuidade, o que não estimulou a indústria de base, por exemplo, a tornar-se produtora de liga de alumínio para uso aeronáutico, fundamental para satélites e para os aviões da Embraer. “A indústria vai sobreviver se houver encomenda”.
O desenvolvimento do subsistema de propulsão mobilizou cerca de 50 funcionários do Inpe, responsáveis pela especificação da tecnologia, e mais duas dezenas entre empregados e consultores da empresa Fibraforte, de São José dos Campos (SP), fabricante do equipamento. Além do pessoal contratado diretamente, Heitor Patire Júnior soma mais de uma centena de pessoas que trabalham para os fornecedores da Fibraforte.
A companhia faz parte de um consórcio formado por mais outras duas empresas que há cerca de uma década participam da Plataforma Multimissão (PMM), criada pelo Inpe para servir de base de satélites como o Amazônia-1 e o Lattes. No período, a PMM  investiu aproximadamente R$ 10 milhões no desenvolvimento de peças para os satélites.
Cerca de uma dezena de países tem programas espaciais, e o Brasil é o mais atrasado. Com o desenvolvimento do subsistema de propulsão, o país poderá melhorar a posição no cenário mundial e se aproximar de emergentes, como a China e a Índia.
Dentro do governo, há grande expectativa que a empresa Visiona, criada pela parceria público-privada entre a estatal Telebras e a privatizada Embraer, dê novo impulso ao programa espacial. O modelo foi desenhado pelo próprio ministro Raupp no ano passado, quando presidia a Agência Espacial Brasileira (AEB) para o desenvolvimento do Satélite Geoestacionário Brasileiro (SGB).
Conforme acordos internacionais, o Brasil tem até 2014 para lançar o SGB em órbita. Patire Júnior teme que a nova empresa acabe importando muitos componentes e não utilize a expertise do Inpe com o propulsor. “Não podemos ficar na janela, do lado de fora. Qual será o nosso posicionamento ainda não está claro”, salientou.
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Primeiro subsistema de propulsão para satélite desenvolvido no Brasil é apresentado pelo INPE


O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antônio Raupp, visita a unidade de Cachoeira Paulista do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) na tarde de segunda-feira (16/7) para conhecer o primeiro subsistema de propulsão para satélite desenvolvido no Brasil que entrará em órbita, a bordo do Amazonia-1. O equipamento é necessário para correção de atitude e elevação de órbita durante a vida útil do satélite.

Além das instalações do Laboratório de Combustão e Propulsão (LCP), onderecentemente foi testado com sucesso o novo subsistema, o ministro visitará o Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC). Raupp estará acompanhado do diretor do INPE, Leonel Perondi, pesquisadores e representantes da indústria nacional.

O desenvolvimento de satélites é importante indutor da inovação no parque industrial brasileiro, que se qualifica e moderniza para atender aos desafios do programa espacial. O subsistema de propulsão foi desenvolvido em parceria com a empresa Fibraforte para a PMM, a Plataforma Multimissão criada pelo INPE para base de satélites como o Amazônia-1 e o Lattes.

Inovação

Sob a coordenação do INPE, a PMM está sendo construída por um consórcio de empresas como a Fibraforte, de São José dos Campos, responsável pelo subsistema de propulsão. São construídos dois modelos idênticos, um de qualificação e o outro para voo no satélite.

O modelo de qualificação do subsistema de propulsão da PMM foi submetido a uma sequência de testes severos, realizados em laboratórios do INPE, que reproduzem todo tipo de esforços e o ambiente hostil que o satélite terá desde o lançamento ao fim de sua vida útil no espaço.

No Laboratório de Integração e Testes (LIT), em São José dos Campos, foram realizados os testes de vibração, termovácuo, alinhamento e vazamento. Antes disso, em conjunto com a empresa o LIT também foi responsável pelo desenvolvimento dos processos de soldagem, pela qualificação dos corpos de prova e pela própria soldagem de todas as tubulações do subsistema.

Já no Banco de Testes com Simulação de Altitude (BTSA), em Cachoeira Paulista, aconteceu o teste de tiro real sob vácuo, que simula manobras em órbita. Todos os testes foram aprovados na etapa de qualificação.
“Como os testes foram realizados pela primeira vez em um subsistema de propulsão, os laboratórios tiveram adaptações em suas estruturas. O BTSA, que integra o Laboratório de Combustão e Propulsão, obteve investimentos para adaptações e melhorias”, conta Heitor Patire Júnior, pesquisador do INPE que é o responsável técnico do projeto.  “Novos desenvolvimentos e domínio de tecnologia foram necessários para a construção do subsistema de propulsão, tanto do lado INPE como pela empresa contratada”.

Segundo o pesquisador do INPE, alguns equipamentos que fazem parte do subsistema de propulsão ainda foram importados por não haver produto similar no país, enquanto outros foram desenvolvidos pela Fibraforte, como propulsores, válvulas de enchimento e dreno de combustível e gás pressurizante, tubulação e a própria estrutura e suportes do subsistema.

“Pelo INPE está sendo desenvolvido o catalisador que abastece os propulsores (onde o combustível sofre reação química gerando a propulsão nos motores), todo processo de soldagem da tubulação que transporta o combustível entre o tanque e os propulsores, além do treinamento das equipes de vários laboratórios envolvidos nesse desenvolvimento”, explica Heitor Patire Júnior.

Na Fibraforte, a equipe reúne técnicos, engenheiros, mestres e doutores com formação multidisciplinar, como engenheiros mecânicos, eletrônicos e de materiais. Para a empresa, além do desenvolver de produtos com alto grau de inovação, outro resultado relevante de programa como esses é a formação de recursos humanos de alto nível.

Para os próximos satélites, a Fibraforte pretende desenvolver também o tanque de propelente. Com mais esse passo, sistemas de propulsão para controle de órbita e atitude de satélites estarão livres de barreiras de importação por sensibilidade tecnológica.

“Os novos desenvolvimentos relacionados ao subsistema de propulsão podem levar o país a ser autossuficiente em todos os equipamentos que hoje são importados, levando ao crescimento da nossa indústria aeroespacial”, conclui o pesquisador do INPE.

Subsistema de propulsão da PMM na câmara do BTSA
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Maquetes de satélites são expostas na 64ª SBPC

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) participará da ExpoT&C, exposição vinculada à 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) que acontece de 23 a 27 de julho na Universidade Federal do Maranhão (UFMA).

Desde a primeira ExpoT&C, que está comemorando 20 anos como uma das mais importantes mostras de Ciência e Tecnologia do Brasil, o INPE leva alguns de seus principais projetos ao pavilhão destinado aos institutos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.

Nesta edição, o estande do INPE terá um tapete com a imagem da cidade de São Luís registrada pelo satélite CBERS e duas maquetes. Uma delas mostra detalhes de equipamentos do satélite CBERS-3, que tem lançamento previsto para o final de 2012. A outra maquete é do SCD, satélite de coleta de dados lançado em 1993 que foi o primeiro desenvolvido pelo Brasil.

Também serão exibidos vídeos que destacam as áreas científicas, de engenharia, cooperação internacional e as principais aplicações do INPE, como a oferta gratuita de imagens de satélites, testes para a indústria nacional, dados de desmatamentos, entre outros produtos e serviços oferecidos à sociedade. 

Serão distribuídas aos visitantes imagens de São Luís, registradas pelo satélite sino-brasileiro CBERS, e cartilhas didáticas sobre projetos do instituto. O horário de funcionamento da ExpoT&C é das 10h às 19h.

Programa espacial

Na programação científica da 64ª Reunião Anual da SBPC, destacam-se duas atividades que envolvem o Programa Espacial Brasileiro. Na terça-feira (24), das 10h30 às 12h, o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB) José Raimundo Braga Coelho (AEB) é o conferencista do tema “O Programa Espacial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável”. No mesmo dia, das 15h30 às 18h, acontece uma mesa-redonda sob o tema “Tecnologias Estratégicas para o Programa Espacial Brasileiro: Oportunidades para as Universidades e Institutos de Pesquisas”, cujos participantes são Thyrso Villela Neto (INPE/AEB), Celio Costa Vaz (SBF) e José Renan de Medeiros (UFRN).
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terça-feira, 17 de julho de 2012

SUBEX-REF 2012


No período de 4 a 14 de julho, a Marinha do Brasil realizou uma grande Manobra Operativa na região de Itaóca, na costa sul do Espírito Santo, reunindo cerca de 650 militares e quase 100 viaturas e equipamentos de engenharia. A coordenação da SUBEX-REF 2012 foi do Comando da Tropa de Reforço e envolveu todas as suas unidades subordinadas, como o Batalhão de Viaturas Anfíbias, o Batalhão Logístico de Fuzileiros Navais, o Batalhão de Engenharia de Fuzileiros Navais, a Unidade Médica Expedicionária da Marinha, a Companhia de Apoio ao Desembarque, a Companhia de Polícia e a própria Base de Fuzileiros Navais da Ilha das Flores. O importante evento do calendário operativo do Corpo de Fuzileiros Navais teve como propósito adestrar a TrRef no provimento do apoio logístico e do apoio em movimento aos Grupamentos Operativos de Fuzileiros Navais formados no âmbito da Força de Fuzileiros da Esquadra.
Da esquerda para a direita, em primeiro plano: Contra-Almirante (FN) Paulo Martino Zuccaro, Comandante da Tropa de Reforço (TrRef); Vice-Almirante (FN) Fernando Antonio de Siqueira Ribeiro, Comandante da Força de Fuzileiros da Esquadra (FFE); e Ronaldo Olive, Consultor Técnico de Tecnologia & Defesa
 acompanhou o evento com exclusividade e, em sua próxima edição impressa, apresentará completa cobertura do mesmo. As fotos a seguir são uma pequena amostra das atividades realizadas no transcorrer da Manobra.
Fuzileiro Naval utiliza detector de minas terrestres
Equipe da Companhia de Polícia faz a guarda de um "prisioneiro"
O moderno hospital de campanha da Unidade Médica Expedicionária da Marinha
Um CLANF do Batalhão Anfíbio utilizando o kit adicional de blindagem reativa
CLANF em progressão por terreno repleto de obstáculos erguidos pelo "inimigo"
Remoção de fuzileiro ferido para a retaguarda, realizada por equipe de socorristas trajando apatrechos de proteção NQB
Fuzileiro Naval equipado com máscara, luvas e demais apetrechos de proteção NQB
Fuzileiros Navais da Companhia NQBR prontos para uma faina de descontaminação
Modernas instalações de descontaminação são utilizadas pela Cia NQBR
A Unidade Médica Expedicionária da Marinha conta com avançados recursos para salvar a vida dos feridos em combate
CLANF durante deslocamento anfíbio
Travessia de curso dágua realizada por equipes de engenharia
Transposição de curso dágua com transporte de suprimentos e veículos, realizado pelo pessoal da engenharia de combate
Ambulância Land Rover pronta para prestar apoio médico de remoção de feridos em combate
Equipes da engenharia de combate preparam uma área de transposição de curso dágua
Uma ponte de travessia montada sobre pontões flutuantes pela engenharia de combate
As espartanas acomodações na base de Fuzileiros Navais em Itaóca, ES
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KMW entrega projetos estruturais à Prefeitura de Santa Maria.


O diretor geral da Krauss Maffei Wegmann (KMW) do Brasil, Christian Böge, esteve na tarde desta segunda-feira (16) na Prefeitura para dar início aos protocolos dos primeiros projetos referentes a instalação da unidade da gigante alemã fabricante de blindados em Santa Maria (Rio Grande do Sul).
Acompanhado de representantes da empresa Build, Christian Böge foi recebido pelo prefeito Cezar Schirmer, que determinou ao Escritório da Cidade que inicie a análise do estudo de impacto de vizinhança da planta que será erguida numa área de 18 hectares, próximo à Universidade ULBRA. A unidade terá 40 mil metros quadrados de área construída e uma pista de testes para veículos blindados.
Na oportunidade, Christian Böge confirmou que o presidente mundial da KMW, Frank Haun, acompanhado de uma comitiva de diretores da fabricante de blindados alemã estará em Santa Maria, no dia 17 de setembro, para o lançamento da pedra fundamental da obra. O início das operações também foi confirmado para março do ano que vem.De acordo com a KMW, em no máximo 15 dias estará dando entrada na Prefeitura o projeto definitivo da planta do empreendimento, com o relatório de impacto ambiental sendo encaminhado à Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). Na próxima semana também estará finalizado o layout da sede da KMW em Santa Maria que, inicialmente, trabalhará na manutenção de blindados Leopard 1A5 BR e desmobilização das unidades Leopard 1A1 Be.
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Cervejaria de Belém quer ganhar o mundo


GISELE TAMAMAR - Agencia Estado
SÃO PAULO - Os norte-americanos, asiáticos e europeus vão conhecer os sabores da cerveja artesanal da Amazônia no ano que vem. A Amazon Beer, cervejaria com sede em Belém, pretende exportar seus produtos já no primeiro semestre de 2013. A intenção é surpreender o mercado internacional com uma mistura de malte e frutas típicas da região.
"O mundo está globalizado e a cerveja é mundial. Acredito que temos um produto com potencial grande e único, com um forte apelo da Amazônia", avaliou o diretor da cervejaria, Arlindo Guimarães. A Taperebá Witbier, um dos produtos que serão exportados, tem 4,7% de teor alcoólico e foi lançada este ano. A bebida é aromatizada com o fruto, também conhecido como cajá, e leva dois tipos de malte: trigo e cevada.
Criada em maio de 2000, a cervejaria cresce em média 20% ao ano. Para 2012, a meta é alcançar 30% e em 2013 faturar 70% a mais com a expansão para o mercado internacional. Para pavimentar esse caminho, no ano passado foram investidos R$ 9,1 milhões na inauguração de um parque fabril no Distrito Industrial de Belém. O local hoje pode produzir 70 mil litros por mês, mas a meta da Amazon Beer é dobrar a capacidade quando as exportações ganharem espaço. Caso seja necessário, com pequenos ajustes na planta, a produção pode chegar a 300 mil litros todos os meses.
Quando decidiu abrir o negócio, Guimarães precisou estudar o mercado e, principalmente, acertar na escolha do mestre cervejeiro. Ele optou por Reynaldo Fogagnolli, que já trabalhou na Brahma e fez cursos na Alemanha. No início, a produção era de apenas 12 mil litros ao mês. Hoje, são produzidos 100 mil litros. Mas, antes de focar nas exportações, o planejamento do empresário, neste ano, é consolidar a Amazon Beer no mercado brasileiro - atualmente, as cervejas da Amazônia podem ser encontradas no Distrito Federal, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e, claro, no Pará.
Atualmente, as variedades especiais da bebida representam entre 4% e 5% do mercado brasileiro de cervejas. Na avaliação da presidente da Associação Brasileira dos Profissionais em Cerveja e Malte (Cobracem), Cilene Saorin, a expectativa é atingir 10% em dez anos. Mas o cenário positivo vai depender, principalmente, de três aspectos: econômico, demográfico e também o cultural. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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