sexta-feira, 6 de julho de 2012

SN-BR - Marinha do Brasil inicia Projeto do Submarino de Propulsão Nuclear


No dia 6 de julho, às 10h30, foi realizada a cerimônia de início do Projeto do Submarino com Propulsão Nuclear Brasileiro, no auditório principal do Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP). Com as presenças do Comandante da Marinha do Brasil, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto; do Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante-de-Esquadra Arthur Pires Ramos; e do Coordenador-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, Almirante-de-Esquadra (Refº) José Alberto Accioly Fragelli, o evento marcou uma importante etapa do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), em que será desenvolvido o primeiro submarino de propulsão nuclear brasileiro.

No evento também foi inaugurado o Escritório Técnico de Projetos em São Paulo, que foi especialmente equipado com avançados recursos de Tecnologia da Informação (TI) e uma sala de videoconferência, visando atender às necessidades que um projeto dessa magnitude demanda.

O Programa, que está inserido no escopo de contrato firmado entre a Marinha e a empresa francesa DCNS, exceto a parte nuclear da planta de propulsão, engloba ainda a construção de um estaleiro e base naval, na região de Itaguaí (RJ), e quatro submarinos convencionais. Entre os benefícios para o país estão o fortalecimento da indústria nacional e o aprimoramento da qualificação técnica de profissionais brasileiros que trabalharão no PROSUB, garantindo ao Brasil a capacidade de desenvolver e construir seus próprios submarinos no futuro, de forma independente.

Este ano, o PROSUB já deu um importante passo em sua parte nuclear com a inauguração da primeira das quatro fábricas da Unidade Produtora de Hexafluoreto de Urânio (USEXA) e do Centro de Instrução e Adestramento Nuclear ARAMAR (CIANA), em Sorocaba (SP), que representaram o domínio do ciclo do combustível nuclear para o país. Atualmente, apenas cinco países - China, Estados Unidos, França, Inglaterra e Rússia - detêm este domínio tecnológico. Com este empreendimento, o Brasil passa a integrar a seleta lista, uma vez que o reator nuclear e a propulsão do SN-BR serão desenvolvidos no país.


Projeto do Submarino Nuclear Brasileiro – SN-BR

O trabalho de Projeto, que foi iniciado no dia 6 de julho, percorrerá um longo caminho. Serão três anos para alcançar o projeto básico do submarino de propulsão nuclear, para então ter início a fase do projeto detalhado, simultaneamente com a construção do submarino, em 2016, no estaleiro da Marinha que está sendo construído na cidade de Itaguaí.

Considerado um dos mais complexos meios navais já idealizados pelo homem, o submarino de propulsão nuclear possui significativas vantagens táticas e estratégicas. Seu reator nuclear, por ser uma fonte quase inesgotável de energia, confere-lhe enorme autonomia, podendo desenvolver velocidades elevadas por longos períodos de navegação, ampliando significativamente sua mobilidade e permitindo-lhe patrulhar áreas mais extensas dos oceanos. Além disso, por operar ininterruptamente mergulhado, em completa independência do ar atmosférico, este tipo de submarino é praticamente indetectável, inclusive por satélites.
O Submarino Nuclear Brasileiro (SN-BR) será totalmente projetado e construído no Brasil, empregando os mesmos métodos, técnicas e processos de construção desenvolvidos pelos franceses. Parte significativa dos equipamentos desenvolvidos para os quatro submarinos convencionais, de propulsão diesel-elétrica, será aproveitada no SN-BR. Estima-se que cada um dos submarinos a ser produzido no Brasil contará com mais de 36 mil itens a serem fabricados aqui, por mais de 100 empresas brasileiras. Entre esses equipamentos estão válvulas de casco, motores elétricos, sistema de combate, bombas hidráulicas, quadros elétricos, sistemas de controle e baterias de grande porte, dentre outros. O processo de capacitação da indústria de defesa nacional, envolvendo transferência de tecnologia e expressiva nacionalização de equipamentos, possibilitará que a qualificação alcançada pelos profissionais brasileiros possa ser utilizada em diversos outros segmentos da indústria nacional.

O Programa de Desenvolvimento de Submarinos irá gerar, durante as obras de construção em andamento, mais de 9 mil empregos diretos e outros 27 mil indiretos. Para o período de construção dos submarinos projeta-se, na área de construção naval militar, a criação de cerca de 2 mil empregos diretos e 8 mil indiretos permanentes, com utilização expressiva de mão-de-obra local.
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A DEFESA EM DEBATE - Projeto do Submarino Nuclear Brasileiro: ciência, tecnologia, cerceamento e soberania nacional

Hoje, 6 de julho de 2012, realiza-se no Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP), a Aula Magna que marca o início do Projeto do Submarino de Propulsão Nuclear Brasileiro. Presentes na cerimônia, o Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Júlio Soares de Moura Neto, o Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante-de-Esquadra Arthur Pires Ramos, o Diretor do CTMSP, Vice-Almirante Carlos Passos Bezerril, o Coordenador-Geral do PROSUB, Almirante-de-Esquadra José Alberto Accioly Fragelli, do Vice-Presidente Executivo da DCNS, Bernard Planchais, e demais autoridades.

O projeto do submarino nuclear brasileiro remonta a década de 1970, durante a gestão de Ernesto Geisel (1974-1979). Coube ao engenheiro nuclear, recém chegado do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, CC Othon Luiz Pinheiro da Silva, em março de 1979, pôr em prática o projeto do submarino nuclear brasileiro. Como primeira constatação das dificuldades para viabilizar o projeto, a Marinha do Brasil (MB) chegou a conclusão de que, sem o domínio do ciclo do combustível nuclear, não teria como dar o próximo passo: construir o reator nuclear para propulsão naval.

Em um périplo de, aproximadamente, 20 anos, a MB dominou o ciclo do combustível nuclear e pôde dar início a construção do reator nuclear que será comportado no submarino.

Pergunta: por que o Brasil assinou um Acordo Militar com a França, em 7 de setembro de 2009, para aquisição de submarinos convencionais e nuclear condicionando a compra à transferência de tecnologia estratégica?

Com a aquisição dos submarinos da classe Oberon, a MB aprendeu com os ingleses a operar submarinos. Com a aquisição dos submarinos alemãs modelo IKL, a MB aprendeu a construir submarinos. A partir de então, a maior dificuldade da MB em dominar as etapas no desenvolvimento de submarinos passou a ser a de projetá-los.

Há várias formas de obter tecnologia, seja por desenvolvimento autônomo, importação de cérebros, cooperação tecnológica internacional e transferência de tecnologia.

O Brasil optou por buscar parcerias tecnológicas que estivessem, naquele momento, construindo submarinos convencionais e nucleares. Seguindo um processo de eliminação, restou como opção a Rússia e a França. Neste processo seletivo, a MB analisou as seguintes considerações: capacidade para desenvolver tecnologia própria, emprego de métodos e processos familiarizados com os empregados no Ocidente e de mais fácil absorção pelos técnicos e engenheiros brasileiros, ter fornecedor e ter comprador de material de defesa e, principalmente, contratualmente, aceitar transferir tecnologia de projeto de submarinos convencionais e nucleares. O fato de a França exporta submarinos convencionais da classe scorpène para o Chile, a Malásia e a Índia e, principalmente, aceitar as condições de transferência de tecnologia exigidas pelo Brasil a tornou parceira ideal para a realização dos objetivos políticos e militares brasileiros. E assim, neste contexto, a França, desde 2010, está ensinando técnicos e engenheiros da MB e de empresas brasileiras partícipes a projetar submarinos.

Em 16 de setembro de 2010, na cidade francesa de Lorient, a estatal DCNS inaugurou a Escola de Projeto de Submarinos, construída, especialmente, para cooperar com a MB na absorção de conhecimento científico e tecnológico de projeto de submarinos. Nesta Escola, já estão sendo formados grupos de engenheiros da MB e de empresas brasileiras envolvidas que, retornando ao Brasil, serão responsáveis pela disseminação do conhecimento científico e tecnológico absorvido. Importante ressaltar o valor desta absorção e disseminação do conhecimento na formação de uma comunidade científica altamente qualificada e coesa. A título de comparação e exemplificação, graças a uma comunidade científica semelhante, formada pela MB, no Centro Experimental Aramar, ao longo da década de 1980, que, na década seguinte, ao ser transferida a equipe e o conhecimento lá desenvolvidos, as Indústrias Nucleares do Brasil (INB) puderam absorver este conhecimento e desenvolver e produzir combustível nuclear para os reatores nucleares brasileiros.

O primeiro submarino convencional da classe scorpène já está sendo construído nas instalações da DCNS, em Cherbourg, na França. A expectativa é que, este primeiro submarino tenha sua construção concluída no estaleiro de submarinos, em Itaguaí, município do Rio de Janeiro, o qual também ainda está sendo construído por meio de um consórcio entre a DCNS e a empresa privada brasileira Odebrecht.

O PROSUB é constituído por quatro submarinos convencionais e um nuclear. A principal missão da DCNS é auxilia a MB a projetar o casco resistente do futuro submarino de propulsão nuclear brasileiro, o qual será construído no futuro estaleiro de submarinos, em Itaguaí. Embora a MB esteja, tecnicamente, satisfeita com os seus submarinos modelo IKL, esta força cedeu preferência no fechamento dos contratos com os franceses em função do casco hidrodinâmico do projeto francês derivar do submarino nuclear classe Rubis. Assim, além do modelo do casco do submarino convencional francês se destacar pela relativa facilidade de transição para o nuclear, todos os submarinos da classe Rubis em operação da Marinha francesa empregam tecnologias que são utilizadas nos submarinos nucleares franceses, como o sistema de combate SUBTICS, sensores, armamentos, sistema de controle da plataforma etc, os quais também terão seus conhecimentos absorvidos pelos cientistas, técnicos e engenheiros brasileiros.

Como mencionado, exceto, o primeiro, os demais submarinos serão construídos no Brasil. A expectativa é que o índice de nacionalização seja elevado. O Ministério da Defesa (MD) abriu concorrência para que empresas nacionais se candidatassem nos itens a ser nacionalizados. Coube à DCNS avaliar e selecionar as empresas que se candidataram e à MB coube acompanhar e supervisionar todo este processo de seleção.  

Se por um lado 2009 foi um ano generoso para o setor naval do Programa Nuclear Brasileiro (PNB), para o setor de saúde que também se beneficia deste Programa não foi. Por acomodação e falta de visão estratégica, o Governo brasileiro sentiu o impacto e as consequências que a dependência e o cerceamento tecnológico nuclear geraram para a sociedade e para os cofres públicos. Neste ano, a empresa canadense MDS Nordion que fornecia tecnécio para os institutos de pesquisas da CNEN, sem aviso prévio e alegando problemas no reator, cortou o suprimento deste radiofármacos. Semanalmente, o IPEN fornece geradores de tecnécio para aproximadamente 300 clínicas e hospitais em todo o Brasil. Além dos poucos países que fornecem este radiofármaco não atender a demanda internacional, o seu preço aumentou em 200%. Como solução paliativa, o Ministério da Saúde resolveu importar o tecnécio da Argentina, da África do Sul e de Israel. Como solução definitiva, o Ministério da Saúde decidiu envolver o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e, em comum acordo, com a Argentina, puseram em prática o plano de construir um reator de pesquisa chamado de multipropósito (RMB), um para cada país.

O arraste tecnológico advindo desta construção, além de beneficiar a medicina nuclear, beneficiará outros setores, como o de engenharia de alimentos, o de energia, a indústria e o setor naval. Sua implantação permitirá agregar pesquisadores de diversas áreas, possibilitando a criação de um núcleo de conhecimento capacitado, integrado e coeso. Foi visando estes benefícios que a MB cedeu parte de seu terreno, ao lado do Centro Experimental Aramar, em Iperó, interior do estado de São Paulo, para que o MCT construísse o RMB. Este reator, além de realizar testes de irradiação de materiais e combustíveis nucleares, tem um caráter estratégico, pois, contribuirá na produção de tecnécio-99, radiofármaco gerado por aceleradores de partículas feitos de molibdênio, metal raro, ultra resistente, que suporta temperaturas elevadas e resiste à corrosão. Como as reservas oficiais de molibdênio são insignificantes, o Brasil é extremamente dependente da importação de produtos gerados a partir deste metal para o suprimento de suas necessidades. Dados de 2007, do Departamento Nacional de Produção Mineral acusaram que as importações brasileiras de molibdênio totalizaram cerca de 10.415 toneladas, o que significou um gasto de US$ 301,64 milhões. Só a China possui três das seis maiores minas de molibdênio do mundo e os EUA detêm as outras três das seis maiores minas em operação. A produção de molibdênio na América Latina se concentra nas minas chilenas e algumas poucas peruanas.

O RMB garantirá a autossuficiência e a independência tecnológica na produção do molibdênio. Além destas questões, há intrinsecamente neste processo uma questão de soberania nacional, a medida que o casco resistente dos submarinos, em especial, os de origem ocidental, são constituídos por uma liga metálica composta por níquel, cobre e molibdênio (HY-80). O casco resistente dos modelos alemãs são mais resistentes do que os dos franceses, a medida que os primeiros são constituídos pela liga metálica HY-100. Isso permite que os submarinos convencionais e nucleares possam mergulhar ainda mais fundo, cumprindo a finalidade de não serem detectados por forças hostis sem comprometer o casco resistente.

Há países, como o Japão, que restringem severamente a exportação de aços que possam ser aplicados com fins militares. Um boicote conjunto de fornecedores internacionais de aços estratégicos significaria o estrangulamento de qualquer programa militar que dependesse da importação destas ligas metálicas. Alguns especialistas afirmam que o Brasil, nas décadas de 1980 e 1990, só assinou os contratos para a aquisição de submarinos modelo IKL mediante o comprometimento alemão em fornecer o molibdênio para a construção dos cascos resistentes dos 4 submarinos convencionais que foram construídos em território brasileiro. Se esta afirmação é verdadeira ou não, o fato é que, a MB se beneficiará demasiadamente com a construção do RMB. Independente de haver o comprometimento da França, neste novo Acordo Militar, o fato é que, ao transferir a tecnologia de projeto, os cientistas, técnicos e engenheiros brasileiros adaptarão os conhecimentos absorvidos na Escola de Projeto, na França, nos submarinos que serão construídos em território nacional. Isso permitirá, inclusive, que os brasileiros possam escolher as ligas metálicas que melhor atendam aos interesses estratégicos da empreitada, a medida que já existem submarinos utilizando novos tipos de ligas metálicas, com menores custos e com soldabilidade muito superior que os da série HY, permitindo assim, uma redução de até 50% nos custos totais de construção das embarcações navais. As ligas metálicas oriundas da família HSLA-80 são exemplo disso. Nos EUA, por exemplo, já se utiliza este tipo de liga metálica na construção de algumas classes de submarinos.  

Percebe-se assim que, não foi a toa que a MB cedeu seu terreno, ao lado de Aramar para que o MCT construísse o RMB, garantindo benefícios científicos e tecnológicos na irradiação de material e combustível nuclear para o reator de propulsão naval e burlando o cerco tecnológico dos países que mantém a estrutura realista do sistema internacional.

A conclusão que se pode chegar com este texto é que, graças a sua participação no RMB, a MB tornará possível o sonho de projetar, construir e operar o submarino nuclear brasileiro, reduzirá as vulnerabilidades científicas e tecnológicas, contribuirá com a consolidação das políticas de cooperação e integração na América do Sul e fortalecerá a soberania do Estado nas águas jurisdicionais brasileiras.
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Tropas sírias bombardearam cinco caminhões turcos

 As tropas sírias bombardearam cinco caminhões turcos na região de Aleppo, perto da fronteira com a Turquia, informou hoje a agência noticiosa DHA. Em consequência do ataque, os caminhões pegaram fogo e seus motoristas fugiram.
Segundo a agência, grupos de oposicionistas sírios teriam prestado proteção aos motoristas e os conduziram à fronteira e, seguidamente, ao território turco. Outros pormenores do incidente não foram informados.
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Irã exige à Rússia 4 bilhões de dólares


O Ministério da Defesa do Irã estimou que a falha da entrega de sistemas russos de mísseis antiaéreos S-300 custou ao país 3.985 bilhões de dólares, informa o jornal Izvestia.

Este montante está indicado na queixa do lado iraniano contra aRosoboronexport, entregada ao Tribunal de Arbitragem de Genebra, e inclui todas as penalidades sobre as entregas de armas russas para Teerã. A Rússia se recusou a fornecer ao Irã os sistemas S-300, em 2010, quando contra o país foram impostas sanções da ONU.
No Irã, há um grande número de equipamentos militares de fabricação soviética que não podem funcionar sem munições e peças suplentes, e o fabricante era obrigado a fornecê-las.
No entanto, o principal objetivo do Irã, provavelmente, não é receber uma grande soma, mas renovar o contrato de fornecimento de sistemas de mísseis anti-aéreos. E a quantia em disputa está deliberadamente exagerada para que a Rússia possa explicar a retomada das entregas de S-300 com relutância em perder muito dinheiro.

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Administração Nacional de Oceanos dos EUA nega existência das sereias


A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA) precisou negar, em comunicado, a existência das sereias, depois que um documentário de televisão causou confusão entre alguns telespectadores.

"Não temos evidência alguma de que se tenham encontrado humanoides aquáticos", informa a NOAA no site do Serviço Nacional Oceanográfico (NOS), que se encarrega de enfrentar problemas como a mudança climática e a poluição nas áreas litorâneas.

Desta vez, no entanto, as autoridades tiveram que esclarecer outro tipo de dúvida dos cidadãos, já que a veiculação do documentário de ficção "Sereias: O corpo achado", no "Discovery Channel", em maio, gerou dúvidas entre os espectadores, que consultaram a agência federal sobre os seres mitológicos.

O canal de TV a cabo afirma, na apresentação do documentário em seu site, que o programa traz "uma imagem extremamente convincente da existência das sereias, a aparência que têm e por quê permaneceram ocultas... até agora".

O programa mescla fatos reais e fenômenos não explicados com a história de dois cientistas que dizem ter encontrado os restos de uma criatura marinha nunca antes identificada; analisando como as sereias podem ter evoluído a partir da árvore genealógica humana primitiva.

Em sua nota sobre "Fatos sobre o Oceano", o órgão oficial afirma, por outro lado, que os seres metade humanos, metade peixes, são "lendárias criaturas marinhas" que fazem parte da cultura marinha oral desde tempos imemoráveis.

Em uma retrospectiva histórica, a NOAA lembra que na "Odisseia" o poeta grego Homero já falava das sereias e, na cultura do Extremo Oriente imaginava-se que eram as mulheres de grandes dragões marítimos, enquanto os aborígines da Austrália se referiam a seu canto hipnótico.

Diante da falta de evidências de sua existência "por que, então, ocupam o inconsciente coletivo de quase todos os povos litorâneos?", se pergunta o serviço oceanográfico, que considera que "é melhor deixar a questão para historiadores, filósofos e antropólogos".
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quinta-feira, 5 de julho de 2012

Alcântara: Chegam os tanques de combustíveis do Cyclone 4


Os primeiros equipamentos terrestres de grande porte destinados ao sítio de lançamento da empresa brasileiro-ucraniana Alcântara Cyclone Space (ACS) começam a chegar, na próxima semana, ao porto de Itaqui, no Maranhão.

A ACS foi criada para oferecer ao mercado mundial lançamentos seguros, econômicos e competitivos, por meio do foguete Cyclone-4, considerado de alta confiabilidade, a partir do Centre de Alcântara, apreciado como um local privilegiado para orbitar satélites.

A primeira carga a ser desembarcada é constituída de 15 tanques de combustível para o sistema de abastecimento do LC (Líquido Combustível) e seus assessórios de montagem. Para o transporte de todo esse material serão utilizadas cerca de 20 carretas e guindastes com capacidade entre 30 e 40 toneladas.

O primeiro voo do Cyclone 4 – o chamado “voo de qualificação” – está previsto para o final de 2013. O prédio (TC-100) para a montagem, integração e teste da carga útil, situado no Complexo Técnico do Sítio de Lançamento, está entre as partes mais adiantadas da obra. Lá serão preparados os satélites que sairão já encapsulados da unidade de carga útil  para se acoplarem aos estágios propulsores do Cyclone-4 no prédio vizinho, o TC-200.

Outra obra adiantada é o TC-200, a ser usado para montagem, integração e teste do veículo lançador. Ali será montado o Cyclone-4, um gigante de 40 metros de comprimento, três metros de diâmetro e coifa (ponta) com quatro metros de largura. Ele é capaz de lançar 5.300 kg em órbita baixa (até 500 km de altitude), 1.600 kg em órbita de transferência geoestacionária e 3.800 kg em órbita heliossíncrona (órbitas especiais projetadas para que, quando o satélite sobrevoa o ponto de interesse, seja sempre dia).

O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) e o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno (CLBI) têm mantido a média seis a oito lançamentos por ano desde 2008. Somente entre março e abril deste ano, o CLA lançou três foguetes de treinamento básico. Para agosto, está previsto o lançamento de um foguete de treinamento intermediário e, até o fim do ano, outro foguete de treinamento básico.
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Submarino do Irã pode alimentar temores nucleares do Ocidente


FREDRIK DAHL - Reuters
O anúncio do Irã de que planeja construir seu primeiro submarino abastecido por energia nuclear alimentou especulações de que isso poderia servir de pretexto para o Estado islâmico produzir urânio altamente enriquecido e se aproximar do material potencial para bomba atômica.
Especialistas ocidentais duvidam que o Irã -que está sob um embargo de armas da ONU- tem a capacidade para a qualquer momento em breve fazer o tipo de embarcação subaquática sofisticada que somente as potências mais poderosas do mundo têm atualmente.
Mas eles dizem que o Irã poderia usar o plano para justificar mais atividade atômica, porque os submarinos nucleares podem ser alimentados por urânio refinado a um nível que também seria adequado para o núcleo explosivo de uma ogiva nuclear.
"Tais submarinos usam frequentemente UAE (urânio altamente enriquecido)", disse o ex-inspetor-chefe nuclear da ONU Olli Heinonen, acrescentando que era pouco provável que o Irã fosse buscar o combustível no exterior por causa da disputa internacional sobre seu programa nuclear.
O país poderia, então, "citar a falta de fornecedores de combustíveis estrangeiros como justificativa para continuar em seu caminho de enriquecimento de urânio", afirmou Heinonen, atualmente no Centro Belfer para Ciência e Assuntos Internacionais da Universidade de Harvard.
Qualquer movimento por parte do Irã para enriquecer o urânio a um grau maior de pureza iria alarmar os Estados Unidos e seus aliados, que suspeitam que o país esteja tentando desenvolver a capacidade para fazer bombas nucleares e querem que ele interrompa seu programa nuclear. Teerã nega qualquer ambição de armas atômicas.
Isso também poderia complicar ainda mais os esforços diplomáticos para resolver a disputa que já dura uma década sobre o programa nuclear de Teerã e pode aumentar os temores de um confronto militar.
Várias rodadas de conversações entre o Irã e seis potências mundiais este ano até agora não conseguiram fazer progressos significativos, especialmente sobre sua exigência de que a República Islâmica diminua seu controverso trabalho de enriquecimento.
"O Irã está usando este anúncio submarino para criar poder de barganha", disse Shashank Joshi, pesquisador sênior e especialista em Oriente Médio no Royal United Services Institute.
"Ele pode negociar fora esses 'planos' para concessões, ou utilizar os planos como um pretexto útil para a sua atividade de enriquecimento."
O vice-comandante da Marinha iraniana, Abbas Zamini, foi citado no mês passado como tendo dito que "os passos preliminares em fazer um submarino atômico já começaram".
Ele não disse como um navio desse tipo poderia ser abastecido, mas os especialistas afirmaram que pode exigir alto grau de urânio.
(Reportagem adicional de Yeganeh Torbati e Marcus George, em Dubai) 
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