domingo, 1 de julho de 2012

NPaOc Amazonas - É da Marinha do Brasil

Portsmouth, Reino Unido:O Amazonas, o primeiro dos três Navios de Patrulha Oceânica construídos pela BAE Systems, foi entregue hoje à Marinha do Brasil, em uma cerimônia realizada na Base Naval de Portsmouth.
 
Ao som dos hinos nacionais do Brasil e do Reino Unido, funcionários e convidados, incluindo representantes das Marinhas do Brasil e do Reino Unido e do Governo do Reino Unido, assistiram ao primeiro levantamento da insígnia por membros da empresa, marcando formalmente a entrega do mais novo navio da Marinha do Brasil.
 
Segundo Mick Ord, Diretor Executivo da área de Navios de Marinha, na BAE Systems: “Temos orgulho em entregar o Amazonas à Marinha do Brasil hoje.  A entrega do primeiro navio marca igualmente uma importante etapa no programa e o estreito relacionamento de trabalho que estamos formando com o Brasil.  Tenho certeza de que estas embarcações altamente capazes constituirão um valioso ativo para a Marinha do País”.
 
A entrega se realizou no prazo de apenas seis meses, após a assinatura do contrato de £133 milhões, prevendo o fornecimento de três Navios de Patrulha Oceânica e a prestação dos serviços auxiliares de suporte.  De acordo com o contrato, caberá à BAE Systems fornecer também treinamento a mais de 80 membros da tripulação do Amazonas, baseados atualmente em Portsmouth. O treinamento abordará áreas como operação do navio, sistemas eletrônicos e propulsão.  O navio rumará para Plymouth, em julho, onde a tripulação completará seu programa de treinamento, antes de seguir para o Brasil, em agosto.
 
O primeiro de sua classe, o Amazonas, foi construído nas instalações da BAE Systems, em Portsmouth.  Os outros dois navios de sua classe, o Apa e o Araguari, foramconstruídosnos estaleiros de Scotstoun, às margens do rio Clyde,sendo que a entrega de ambos está prevista para dezembro de 2012 e abril de 2013, respectivamente.
 
Os Navios de Patrulha Oceânica conferem ao País uma maior capacidade de atuação marítima. Munidos de um canhão de 30 mm e de duas metralhadoras de 25 mm, assim como de um barco inflável rígido e de um convés para pouso e decolagem de helicópteros de porte médio, os navios são ideais para garantir a segurança marítima das águas territoriais do Brasil, inclusive a proteção das reservas de petróleoe gás do País.
 
Projetados para acomodar uma tripulação de até 70 pessoas, com acomodações para 50 efetivos embarcados ou passageiros, bem como um amplo espaço no convés para o armazenamento de contêineres, os navios também se prestam muito bem para a execução de operações de busca e resgate, de apoio em situações de desastre e de ajuda humanitária.
 
O contrato, anunciado em janeiro deste ano, inclui ainda uma licença de fabricação, permitindo a construção de outros navios da mesma classe no Brasil, contribuindo para o programa de reequipamento naval do País e o fortalecimento de sua capacidade industrial naval.
 
Sobre a BAE Systems

A BAE Systems é uma empresa global que atua nos segmentos de segurança, defesa, e aeroespacial com aproximadamente 94.000 funcionários em todo o mundo. A companhia fornece uma linha completa de produtos e serviços para forças aéreas, terrestres e navais, bem como soluções avançadas em eletrônica, segurança, tecnologia da informação e serviços de suporte a clientes. Em 2011, a BAE Systems alcançou vendas no valor de £19.2 bilhões, cerca de US$ 30.7 bilhões.
 
No Brasil, a BAE Systems está presente desde os anos 70, por meio de sua predecessora a VT Shipbuilding. Atualmente, a empresa mantém um escritório em Brasília (DF), que dá suporte às Forças Armadas, no que diz respeito a equipamentos como canhões navais, radares, veículos blindados, controles de voo para aeronaves, entre outros; e que busca estabelecer parcerias mutuamente benéficas, por meio da transferência de tecnologia, com os setores de segurança e defesa brasileiros.
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sábado, 30 de junho de 2012

Governo injeta US$ 60 mi em fábrica de mísseis


A poucos minutos a pé da estação de metrô Voikovskaia, em Moscou, entre edifícios residenciais e empresas, está localizada a fábrica de mísseis antiaéreos Avangard (vanguarda, em português).

Outrora secreta, a área ocupada pelas oficinas foi há muito tempo fotografada por satélites e esquadrinhada pelos serviços secretos estrangeiros. Hoje em dia, apesar de a fábrica manter o mesmo regulamento rigoroso de entrada e saída dos tempos soviéticos,  não faz mais sentido esconder sua localização.

A empresa entrou no século 21 totalmente arruinada. Nas oficinas não havia calefação nem água. No inverno, o pessoal da empresa tinha que fazer fogueiras nas oficinas de montagem para aquecer o equipamento que não funcionava a baixas temperaturas.

Segundo o diretor-geral da Avangard, Guennádi Kóguin, o processo de decadência foi gerado pela destruição do sistema de gestão setorial nos anos 90. Sem encomendas nem financiamento, a empresa estava pedindo socorro. 



A recuperação começou em 2002 quando a companhia foi incorporada ao consórcio Almaz-Antei, focado em desenvolver sistemas de defesa antiaérea. Com a adição de diversos setores e centros de pesquisa e desenvolvimento pouco tempo, a empresa quase alcançou a capacidade produtiva dos tempos soviéticos.

Embora a empresa passe por situações difíceis comuns a qualquer companhia, Kóguin acredita que auxílio estatal de aproximadamente dois bilhões de rublos (cerca de US$ 60 milhões) entre 2011 e 2020 cumprirá o objetivo de modernizar as instalações.

Do montante a ser recebido, 1,2 bilhões serão investidos, até 2015, na compra de equipamento e mais de 600 milhões, para atualizar a infraestrutura da empresa, conhecida por construir os sistemas de mísseis antiaéreos S-300 e S-400. “Atualmente, a empresa investe no programa de sua modernização entre 100 e 120 milhões de rublos por ano”, contrapõe Kóguin.

No ano passado, a Avangard fechou contratos de quatro e cinco anos com o ministério da Defesa da Rússia, período em que a Avangard manterá o monopólio de fornecimento de munições para o sistema de mísseis antiaéreos S-400 Triunfo. 


Linha dura

A oficina de montagem de mísseis antiaéreos tem estrutura moderna. Pisos espelhados, limpeza impecável e, no inverno, a temperatura média no interior da oficina é de 23 graus positivos.

A empresa tem um forte esquema de controle de qualidade em cada etapa de produção. “Se um componente não passar por nosso controle de qualidade, fazemos uma reclamação à empresa parceira ou subcontratada e lhe cobramos uma multa”, adianta Kóguin.

Os mísseis prontos são enviados ao centro de controle de qualidade e testes (CCQT), onde todos os seus componentes elétricos são testados. Depois, os mísseis são submetidos ao teste de infiltração de água.

Após as avaliações no CCQT, os mísseis recebem ogivas e são enviados a depósitos militares onde permanecem sem manutenção técnica durante todo o período de armazenamento, ou seja, 10 anos.      

Missão secreta

Diversos países mostram interesse pelos sistemas de defesa antiaérea russos S-300 e S-400, seja para compra ou conhecimento científico. O acesso de estranhos às oficinas de montagem é, contudo, terminantemente proibido.


A China é um dos principais consumidores de armas russas e, em particular, dos meios de defesa antiaérea. Em 2010, a Almaz-Antei entregou a este país 15 grupos de sistemas de mísseis antiaéreos S-300 Favorit.

Um ano depois, o Serviço de Segurança Federal flagrou um cidadão chinês tentando obter a documentação técnica do sistema de mísseis antiaéreos S-300 considerada segredo de Estado.

Os sistemas de mísseis antiaéreos russos têm várias vantagens em relação aos sistemas análogos norte-americanos MIM-104 EUA Patriot. Os S-300 e S-400 levam cinco minutos, no máximo, para serem colocados em posição de tiro, enquanto o Patriot precisa de meia hora.
Os sistemas russos são capazes de lançar mísseis verticalmente e guiá-los para o alvo de zero a 360 graus. O Patriot americano só é capaz de lançar mísseis de zero a 180º graus e sob ângulo de  38 graus. Ou seja, para organizar uma defesa aérea à volta de uma instalação ou uma unidade militar, serão necessários duas vezes mais Patriots do que os S-300 ou S-400 russos.

Kóguin desmentiu as notícias de que o S-400 ainda não tem um míssil antiaéreo de longo alcance. “Tais mísseis já estão em testes no campo de provas de Achuluk [na Região de Astrakhan]. Se os primeiros mísseis do S-300 tinham um alcance de 75 km, hoje, as versões modificadas desses mísseis são capaz de atingir alvos a uma distância de 250 km.” 
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Gladius, o soldado do futuro


O Exército da Alemanha encomendou para a germânica Rheinmetall equipamentos avançados de infantaria para equipar 900 soldados de seu efetivo, cujo contrato foi assinado com a Agencia Federal de Tecnologia e Aquisição de Material de Defesa (BWB) sediada em Koblenz. Esse efetivo será enviado para o Afeganistão entre 2013 e 2014 e o primeiro a dotar-se com o “Gladius”, representando assim a primeira etapa de um processo de aprimoramento das capacidades das tropas terrestres alemãs nos teatros de operações atuais e futuros.
Em 2009 a Rheinmetall conseguiu um contrato para desenvolver um demonstrador de conceito do “Gladius” para o Exército da Alemanha, complementando desta forma o sistema básico do soldado do futuro IdZ requisitado em 2005 pela Força como solução interina em resposta a um requerimento urgente.
As melhorias das capacidades do sistema já existente com novos desenvolvimentos avançados concentram-se principalmente na habilidade de operação em rede durante missões de combate, incluindo ações efetivas de comando e controle.
A concepção do Gladius apresenta características futuristas atendendo a requerimentos operacionais complexos, pretendendo ser o primeiro e principal do Exército da Alemanha que proporcionará para um grupo de 10 soldados e seus veículos de locomoção um ambiente de atuação em rede envolvendo funcionalidades aplicadas em tarefas de reconhecimento, comando, controle e uso de armas, permitindo um rápido intercâmbio de informações e aquisição de dados da situação tática para o planejamento e condução de ações.
Através do “Gladius” o soldado recebe todos os dados relevantes sobre a situação tática, como por exemplo, posição das forças amigas e inimigas e instruções inerentes ao desenvolvimento da missão. O “Gladius” disponibiliza um sistema de navegação inercial atualizado por GPS, bem como uma bússola magnética, conjunto que proporciona uma orientação precisa em terra. Uma outra característica notável do sistema da Rheinmetall fica por conta de suas características ergonômicas, em especial com relação ao seu reduzido peso, nível de miniaturização dos componentes e integração de componentes personalizados individuais. O uniforme de combate modular, a proteção blindada para o corpo do combatente e o sistema de fixação do traje, outorgam uma excelente proteção que vai desde a baixa detectabilidade por dispositivos de visualização infravermelhas até com relação às intempéries climáticas extremas, bem como em termos de contaminação por agentes biológicos e químicos. Além disso, o traje oferece apreciável proteção anti-chamas.
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Primeiro lançamento de torpedo a partir de uma fragata “FREMM”

Recentemente, a Marinha francesa, a DCNS e a DGA completaram uma nova campanha de ensaios a bordo da fragata “Aquitaine” (classe “FREMM”). Durante a campanha, foi demonstrada a compatibilidade do navio com a variante francesa do helicóptero NH90, e o ponto culminante dos testes ocorreu no dia 22 de junho, quando foi feito o primeiro lançamento de um torpedo (foto: Marine Nationale, Alain Monot) a partir de uma fragata dessa classe. As fragatas “FREMM” carregarão até 19 torpedos MU90, como o que foi lançado. Esse tipo de torpedo pesa aproximadamente 300kg e pode atingir velocidade máxima superior a 55 nós.
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