quinta-feira, 7 de junho de 2012

Sistema de lançadores múltiplos de foguetes ASTROS FN

Além de ser uma bateria completa, acredito que a marinha tenha encomendado uma versão customizada especial para os Fuzileiros Navais daí ser denominada de Astros FN...

A denominação não é um acaso.

Lembro que a Avibrás cresceu muito de importância para MB (tornando-se fundamental) a partir do momento que ela é TAMBÉM responsável pelo o motor nacionalizado do Exocet MM40 e já é parte do projeto MANSUP.

Os mais de 119 milhões de reais deste contratos são inclusive ainda mais em significativos para a saúde da empresa neste momento que os 45 milhões de adiantamento referentes ao desenvolvimento do Astros 2020 para o EB.

Quanto ao Astros FN eu acredito que ele tenha características especiais:

para embarque a bordo (tamanho/peso) menor;
características específicas de marinização para permitir operação a bordo e em cabeça de praia prevenindo corrosão;

viaturas anfíbias (water proof e capaz de boiar) ou com características "anfibizadas" (water resistent mas não capaz de boiar);

Capacidade de instalação em convés e de receber e passar dados e informações e se integrar como uma parte do sistema sisconta do navio;

Capacidade de embarque nas atuais embarcações de desembarque do CFN ou dimensionada para caber numa embarcação a ser adquirida para esta finalidade.
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F-22, o caça sem oxigênio


Segundo reportagem veiculada pela revista Flight International, a parte superior da roupa anti-g (G-suit) especial usada por pilotos dos caças F-22 Raptor da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF) pode ser a causa dos sintomas de hipóxia relatados por esses tripulantes durante seus voos com o modelo.
Fontes classificadas confidenciaram que enquanto os pilotos necessitam de uma contrapressão do colete para compensar as baixas pressões encontradas no interior do cockpit do Raptor, esse paramento pode estar exercendo muita pressão sobre o tórax do piloto, especialmente em situações de manobras de elevado “g”.
“Parece um pouco estranho soltar o ar nessa coisa” relatou uma fonte. “Você não pode inflar seus pulmões facilmente porque há algo restringindo esse ato”, explica.

A carga adicional exercida no corpo do piloto pela pressão extra fornecida pelo G-suit e pela ventilação oriunda do dispositivo de respiração (máscara) poderia estar causando o que esta sendo chamado de “excesso de respiração no sistema”.Um fator que pode contribuir também com a sensação de hipóxia é conhecido como “actelectasia acelerada” (expansão incompleta do pulmão).  Essa condição faz com que os pulmões do piloto tenham dificuldade em fornecer oxigênio para o sangue, sendo que isso acontece principalmente porque o oxigênio gerado pelos sistemas do Raptor é puro (93%) e cargas “g” elevadas podem ocasionar colapso parcial dos alvéolos pulmonares (pequenas estruturas internas dos pulmões onde acontece a troca gasosa oxigênio-gás carbônico). Um dos resultados das actelectasias aceleradas é a chamada “tosse Raptor”, onde os pilotos dos F-22 são acometidos por uma tosse pronunciada enquanto o organismo deste tenta voltar a inflar os alvéolos sob pressão atmosférica normal ao nível do solo.
Testes antes realizados não detectaram o problema porque o dispositivo de ventilação usado para testar o G-suit em conjunto com o dispositivo de respiração não compensa o fato dos pulmões do piloto serem incapazes de se expandir tão rapidamente. O dispositivo de respiro sempre projeta o mesmo volume de ar. A falta de percepção para avaliar a restrita expansão dos pulmões dos pilotos manteve essa ocorrência ignorada até o momento. A respiração restrita pode levar a sintomas de hiperventilação ou problemas ainda maiores se o piloto for acometido de atelectasia acelerada.
As mesmas fontes ouvidas pela Flight disseram que o problema da pressão do vestuário dos pilotos tem sido uma preocupação da USAF desde o inicio do século XXI, quando um G-suit semelhante foi fornecido pela Boeing para a USAF. Entretanto, naquela época, a USAF não acreditava que a pressão extra poderia ser motivo de preocupação séria. Agora, no entanto, a USAF está começando a acreditar que esses paramentos podem estar por trás dos problemas do Raptor. No entanto, enquanto a pesquisa atual da USAF está apontando para o G-suit como o principal culpado por trás dos sintomas de epóxia, as fontes dizem que esta é provavelmente apenas uma parte do problema.
Um dos fatores além G-suit que podem contribuir com a ocorrência em processo de investigação diz respeito à carga de trabalho. Enquanto pilotos dos aviões de reconhecimento estratégico U-2 descansam vários dias entre uma missão e outra, o tripulantes de F-22 voam por vezes mais de uma surtida diária. Isto faria com que eles não se recuperem totalmente dos efeitos da atelectasia acelerada e ficariam mais expostos aos efeitos do funcionamento do G-suit e do dispositivo de respiração.
Oficialmente, a USAF afirma que ainda tem de encontrar a raiz do problema e soluções estão sendo avaliadas, incluindo a adoção do Combat-Edge (termo usado internacionalmente para definir os paramentos dos pilotos de combate modernos) do F-35 JSF.  “Nossa diminuição dos riscos e a coleta de dados estão evoluindo com base na nossa experiência e na orientação do Secretário da Defesa. A análise dos dados está nos deixando mais próximo de identificar a causa-chave (ou causas), embora não temos ainda os resultados preliminares ou uma data definida de conclusão da investigação”, diz a USAF..tecnodefesa segurança nacional blog

EDS e o mercado de Defesa


 Nesta terça feira, a Embraer confirmou sua decisão estratégica para os próximos anos. No setor de defesa, onde a Embraer Defesa e Segurança (EDS) obteve 6% do faturamento em 2011 podendo chegar a 12% este ano, a meta é crescer de forma sustentada atingindo 25% do faturamento total até o fim da década. No setor civil, a empresa decidiu não concorrer com os jatos da Boeing e Airbus, e continuará no mercado de aeronaves até 120 assentos da família E-Jet (170/75 e 190/95), onde é líder, porém com nova motorização mais econômica. Os primeiros modelos batizados G2, redesenhados e remotorizados para consumir menos, devem entrar em serviço em 2018.
 Para alcançar as metas de crescimento estipuladas, a EDS conta com produtos muito bem posicionados no mercado de defesa, como por exemplo, o treinador EMB-314 Super Tucano, aeronave turboélice com ficha de combate repleta de êxitos. A nova concorrência LAS, reaberta com novos requisitos após o cancelamento da disputa original, deverá confirmar a entrada da empresa no disputadíssimo mercado norte-americano de defesa. O jato de transporte e reabastecimento KC-390, ora em desenvolvimento, e previsto para substituir versões mais antigas do veterano C-130, será capaz de transportar uma carga de 23 toneladas, devendo fazer seu primeiro voo em 2014 e entrar em serviço em 2016. A Embraer busca de 16 a 18% de um mercado global estimado em 700 aeronaves, um total de 50 bilhões de dólares.
 No setor de modernizações, o programa A-1 AMX já alcançou a marca de nove aeronaves na linha de montagem, em diferentes estágios do retrofit planejado para elevar as capacidades do avião para um nível de 4ª geração. Seguem dentro do cronograma os trabalhos nos caças AF-1 A-4KU Skyhawk da Marinha, e a Força Aérea Brasileira deverá selecionar em breve as empresas que irão atuar na atualização de meia vida (mid life upgrade) da frota de aeronaves AEW&C E-99 (cinco unidades), onde certamente a EDS atuará como integradora dos sistemas escolhidos para a renovação das capacidades deste vetor estratégico.
A EDS também está envolvida em dois projetos governamentais de grande porte: o primeiro satélite de comunicações fabricado no Brasil e na implantação de um sistema de vigilância das fronteiras. O País tem 17.000 quilômetros de fronteiras. Seu monitoramento exigirá comunicações por satélite, radar, aeronaves não tripuladas, sistemas de comando e veículos blindados, um projeto estimado em quatro bilhões de dólares em dez anos. Para obter uma quota do mercado de satélites, avaliado em 400 milhões de dólares, a Embraer criou uma sociedade com a empresa de telecomunicações Telebrás. O satélite que terá dupla função, civil e militar, deve ser lançado no final de 2015.
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Paciência dos EUA com Paquistão está chegando ao limite', diz Panetta em Cabul

O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, pressionou nesta quinta-feira o Paquistão a fazer mais para pôr fim à rede terrorista Haqqani, que tem vínculos com a Al-Qaeda, dizendo que as autoridades americanas estão "chegando ao limite de sua paciência".Em uma coletiva no vizinho Afeganistão, Panetta repetidamente enfatizou a frustração de Washington com militantes cruzando a fronteira do Paquistão. É essencial que o Paquistão pare de "permitir que os terroristas usem seu território como uma rede de segurança para conduzir seus ataques contra as nossas forças" disse ao lado do ministro da Defesa afegão, Abdul Rahim Wardak.
"Deixamos isso claro várias vezes e vamos continuar a fazê-lo, mas, como disse, estamos chegando ao limite de nossa paciência", advertiu.A crítica explícita e repetida de Panetta em relação à falta de ação paquistanesa, que também foi expressada em sua visita à Índia, pareceu assinalar uma posição mais forte e sugerir que os EUA estão cada vez mais afeitos alançar ataques contra alvos terroristas no país asiático. Uma autoridade graduada reconheceu nesta quinta-feira que o recente aumento em ataque de aviões não tripulados se deve em parte à frustração em relação a Islamabad. 
O grupo Haqqani foi responsabilizado por vários ataques no Afeganistão, incluindo a ação com granadas propaladas por foguetes do ano passado contra a embaixada dos EUA e a sede da Otan(Organização do Tratado do Atlântico Norte) em Cabul. O grupo, que também tem vínculos com a milícia islâmica do Taleban, apresenta-se como uma das principais ameaças à estabilidade do Afeganistão.
Os EUA deram ao Paquistão bilhões de dólares em auxílio para seu apoio ao combate aos militantes islâmicos. Apesar da pressão dos EUA, o Paquistão continua relutante em ir atrás dos insurgentes, particularmente da rede Haqqani.
Além das críticas a Islamabad, Panetta fez nesta quinta-feira a Cabul para uma visita surpresa destinada a revisar o processo de retirada gradual das tropas americanas do Afeganistão.
A visita acontece 24 horas depois de tropas da Otan, presumivelmente americanas, terem deixado ao menos 18 civis, incluindo mulheres e crianças, em um bombardeio aéreo no distrito de Barak-e-Barak, na Província de Logar.
O governo de Hamid Karzai criticou reiteradamente a morte de civis em operações da Aliança Atlântica, o que aumentou a impopularidade do contingente militar estrangeiro, imerso em um processo gradual de retirada. Esse processo foi iniciado em julho de 2011 e tem previsão de chegar ao fim em 2014.
*Com AP e EFE segurança nacional blog

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Paquistão testou míssil Babur, capaz de transportar ogivas nucleares


Paquistão realizou outro teste bem sucedido de Babar LACM última quarta-feira. Ele está sendo dito que Babur cruzeiro míssil foi testado a gama 750 quilômetros com uma carga de 500 kg o que significa que o alcance aumentou em 50 quilômetros e carga de 200 kg. Babur CruiseMissile tem um CEP de 3 metros que lhe permite destruir alvos inimigos com precisão. O Babur ou Hatf VII míssil pode transportar convencional, bem como não-convencionais ogivas nucleares. Uma fonte no Ministério das Relações Exteriores divulgou o teste foi realizado sem aviso prévio, que era contra a prática habitual, o presidente Asif Zardari estava em Washington e deve se reunir com o presidente Obama . A fonte disse que o Paquistão não quer deixar qualquer impressão negativa sobre reunião tendo em vista o míssil de teste. No que diz respeito balísticos de mísseis testes, existe um acordo entre o Paquistão ea Índia para troca de informações antes dos testes e ambos fazem o mesmo, mas no caso do cruzeiro de mísseis de teste, não existe tal acordo. Desenvolvimento do cruzeiro Hatf-VII / Babur míssilcomeçou em meados de 1990, em resposta aos relatos de cruzeiro Indio-russas de mísseis Brahmos programa ea exigência de ter várias opções para a entrega de ogivas nucleares. Paquistão haviam realizado seus primeiros testes nucleares frias no início de 1980 e iniciou o desenvolvimento de maior alcance balístico míssil sistema de entrega no final de 1980. Em julho e agosto de 1998, dois norte-americanos RGM/UGM-109 de cruzeiro Tomahawk mísseis foram recuperados quase intacto no sul do Paquistão, e podem ter sido usadas para a engenharia reversa ou para fornecer tecnologias vitais para o projeto Hatf-VII. Acredita-se que o desenho Hatf-VII Babur e programa de desenvolvimento era conhecido como Project 828. Primeiro anúncio oficial de um vôo de teste foi feito em agosto de 2005. O primeiro vôo de teste foi moído lançado, e foi indicado para ter um alcance máximo de 500 km, este intervalo foi mais tarde aumentar para 700 km. Uma versão de longo alcance que terá alcance de 1.000 km também está em desenvolvimento. Uma versão do ar lançado chamado Hoge ALCM também foi testado com uma gama de 350 km.  A terceira versão está em desenvolvimento para navio / submarino de lançamento e 90 Agosta submarinos da classe Khalid e U-214 SSK (que será fabricado no Paquistão sob licença) serão as plataformas de lançamento.

Navio do Brasil grava 320 invasões aéreas de Israel no Líbano


O navio de guerra brasileiro da missão de paz da ONU no Líbano registrou 320 invasões do espaço aéreo libanês por aviões militares de Israel nos últimos seis meses.
Segundo a diplomacia israelense, os voos têm caráter defensivo. Seu objetivo seria coletar informações sobre supostos foguetes do Hezbollah que poderiam atingir Israel.
Contudo, esses voos militares violam a resolução do Conselho de Segurança da ONU que estabeleceu um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah em 2006 e proíbe forças armadas estrangeiras de entrar no Líbano sem autorização do governo.
As 320 invasões aconteceram entre novembro de 2011 e maio de 2012, segundo o contra-almirante Wagner Lopes de Moraes Zamith, comandante da Força Tarefa Naval da ONU . Em média, elas representam mais de 12 invasões por semana.
Os voos suspeitos foram registrados pelo radar da fragata brasileira "União" e também gravados em imagens pela tripulação. Foram flagrados principalmente aviões de caça, de reabastecimento e "drones" - os aviões militares não tripulados.
"As violações de espaço aéreo são frequentes. Nosso navio tem capacidade de detectar essa atividade aérea. Inclusive isso é uma atividade subsidiária nossa que é muito bem-vinda pela Unifil (missão de paz da ONU no Líbano)", afirmou Zamith à BBC Brasil.
Radares
Os sobrevoos irregulares de Israel sobre áreas libanesas acontecem ao menos desde a retirada das tropas israelenses do sul do Líbano em 2000.
Eles são registrados pela ONU por meio de um radar terrestre instalado no quartel general da Unifil em Naqoura, no norte do país.
Porém, segundo Zamith, o equipamento não tem alcance adequado para monitorar a região próxima à fronteira com Israel.
O posicionamento da fragata brasileira durante missões no litoral sul do Líbano desde o fim do ano passado ampliou a capacidade de detecção da missão e possibilitou o atual registro de flagrantes.
Reação
Depois de captadas, as informações sobre os voos suspeitos são analisadas pela Unifil - que verifica se de fato houve violação do espaço aéreo.
Em seguida, a missão faz protestos formais ao Conselho de Segurança da ONU, exigindo que as IDF (Forças de Defesa de Israel) parem com os abusos.
"Esses voos violam a resolução 1701 do Conselho de Segurança da ONU. Eles estão minando nossa credibilidade junto à população do sul do Líbano", afirmou à BBC Brasil Andrea Tenenti, o porta-voz da Unifil.
Segundo ele, a ação diplomática é a única reação possível da Unifil, pois seu mandato não permite o uso da força para impedir as violações israelenses - a menos em caso de ataque a capacetes azuis.
A Força Tarefa Naval da ONU existe desde 2006. Desde que o Brasil assumiu o comando da frota no ano passado, um único incidente envolvendo forças navais das Nações Unidas e aviões de Israel foi registrado, em 2011.
Um caça israelense invadiu o espaço aéreo libanês e sobrevoou um navio de guerra da esquadra internacional. Na linguagem naval, esse tipo de ação é considerada atitude hostil.
A ONU entrou em contato com Israel e o caso foi tratado como um mal-entendido.
Defesa de Israel
Segundo o diplomata Alon Lavi, porta-voz da embaixada israelense no Brasil, foi o Hezbollah quem violou a resolução do Conselho de Segurança da ONU com violência praticada dentro do Líbano.
Segundo ele, Israel teria informações de inteligência segundo as quais o grupo extremista xiita estaria estocando foguetes em áreas libanesas.
Outro motivo para os voos seriam "ameaças abertas" feitas por líderes do Hezbollah de atacar cidades israelenses.
"Israel tem a obrigação de obter informações de inteligência sobre esses foguetes porque eles estão apontados para a nossa população de novo", disse.
"É por isso que Israel tem feito voos no espaço aéreo do Libano, mas não temos propósitos ofensivos. A prova disso é que nenhum lugar no Líbano foi ameaçado ou atacado", disse.
Segundo ele, apesar de não haver registro de ataques recentes do Hezbollah, os voos israelenses continuam acontecendo com o caráter de monitoração.
Já para o diplomata Jimmy Douaihy, encarregado da embaixada libanesa, os voos violam a soberania do Líbano. Segundo ele, não há sentido na afirmação de que eles ocorrem em defesa contra o Hezbollah.
"Há tropas das Nações Unidas lá (sul do Líbano). Eles é que monitoram a área e não levantaram esse tipo de atividade", afirmou.
Ele também afirmou que as violações da soberania libanesa por Israel ocorreriam também pelas fronteiras terrestre e marítima. "Desde 2006 foram mais de 10 mil violações. Acontece quase todo dia. Já apresentamos várias queixas ao Conselho de Segurança (da ONU)", disse.
Ciclos
O contra-almirante Zamith afirmou que os voos israelenses têm características de ações de reconhecimento. Segundo ele, a atividade israelense no espaço aéreo libanês varia de acordo com a conjuntura política da região.
"As situações aqui são cíclicas, às vezes pioram e às vezes melhoram. Obviamente, nos momentos em que a situação do entorno regional se agrava, a tendência é que essas atividades aéreas também aumentem proporcionalmente", disse.
Lavi afirmou, por sua vez, que a relação entre as forças de Israel e os militares brasileiros atuando no Líbano é "muito boa e próxima". BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. 
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Produção de submarinos é trunfo para economia da Alemanha


A recente notícia de que Israel está equipando com armas nucleares submarinos produzidos e em parte financiados pela Alemanha desperta a curiosidade sobre a produção do país no setor.
Com o modelo U214, movido por células a combustível, a associação de estaleiros Thyssen-Krupp Marine Systems (TKMS), de Essen, desenvolveu um produto muito cobiçado no exterior. A firma responde a encomendas da Grécia, Portugal, Turquia, Israel e Coreia do Sul – além das negociações fracassadas com o Paquistão.

Comportando 27 tripulantes, o U214 tem como ponto forte o sistema de propulsão anaeróbica (Air-Independent Propulsion). Assim, esse veículo relativamente pequeno e convencional possui uma característica até então reservada aos submarinos nucleares, com tripulação de 130 soldados.
O U214 pode operar durante semanas debaixo d'água, ao contrário dos movidos a diesel, obrigados a emergir regularmente para o abastecimento com ar fresco.
"Agora, o limite das viagens submarinas depende, sobretudo, da tripulação, das provisões e do armamento", explica Jürg Kürsener, especialista em estratégia marítima e redator-chefe da revista suíça Military Power Revue.
Garantia de empregos
Os negócios com os submarinos são uma bênção para a indústria náutica alemã, de resto bastante abalada. Depois que a fabricação de navios porta-contêineres se transferiu principalmente para a China e a Coreia do Sul, os submarinos movidos por células a combustível contam entre os poucos trunfos que restaram para o setor, ao lado da produção de turbinas eólicas e cruzeiros de luxo.
Uma vez que a construção náutica na Alemanha atualmente só compensa em subsetores especiais, a TKMS entregou seu departamento de náutica civil a um investidor financeiro, e pretende concentrar-se inteiramente à área militar.

E aqui, o submarino desenvolvido pela subsidiária HDW e o estaleiro sueco Kockums garante um bom volume de contratos. Só a encomenda de seis embarcações pela Turquia, feita um ano atrás, já cuidará para a manutenção de postos de trabalho nas unidades da TKMS na cidade de Kiel. E a Bundeswehr – Forças Armadas alemãs – também está ampliando sua esquadrilha.
A HDW é outro bom exemplo da importância da construção de navios para a economia do país: nos últimos 50 anos, ela vendeu cerca de 170 unidades, e até 2020 deverão ser mais 25.
Ampla gama de funções
"Não temos qualquer preocupação com as vagas de trabalho nesse setor", confirma Peter Seeger, diretor-gerente do sindicato de metalúrgicos alemães IG Metall. No entanto, os 3.700 funcionários dos departamentos de construção submarina e de superfície da TKMS dependem de apoio estatal. Além das encomendas das Forças Armadas, Berlim também financia uma grande parcela dos custos de construção das naves destinadas a Israel.
Mas as boas vendas do U214 mesmo em época de dificuldades financeiras não dependem unicamente do apoio do governo alemão ou do planejamento militar a longo prazo – os quais, por razões orçamentárias, só reagem com atraso.
Longe de serem meras relíquias da Guerra Fria, para os estrategistas militares os submarinos são, hoje, sistemas armamentistas de alta tecnologia, extremamente especializados, com uma gama de funções cada vez mais ampla.
"Eles vigiam portos, acompanham navios suspeitos sem que a tripulação se dê conta, inspecionam trechos costeiros para, por exemplo, lá desembarcar tropas especiais, ou eles fazem a vigilância eletrônica do tráfego radiofônico de países terceiros", resume o expert marítimo Jürg Kürsener.
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