terça-feira, 5 de junho de 2012

Inpe testa o primeiro subsistema de propulsão nacional para satélite

O teste do subsistema de propulsão do satélite Amazônia-1 será realizado nos próximos dias pelo Laboratório Associado de Combustão e Propulsão (LCP) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), em Cachoeira Paulista. Esse é o primeiro subsistema de propulsão para satélite inteiramente desenvolvido no Brasil que entrará em órbita.

A qualificação de sistemas espaciais exige a prévia simulação das condições operacionais em órbita. No Banco de Testes com Simulação de Altitude (BTSA), do LCP/Inpe, o subsistema de propulsão contendo um tanque de 45 litros de hidrazina, o combustível utilizado pelos propulsores, será testado simulando os mesmos procedimentos que o computador de controle de atitude e órbita usará no satélite no espaço.

A área do BTSA é fechada durante todo o período de teste, que tem início previsto para 11 de junho e prosseguirá por alguns dias. Bombeiros acompanham os procedimentos e os técnicos usam máscaras e vestimentas especiais durante a operação dos equipamentos. No teste em câmara de vácuo, os gases da hidrazina utilizada na combustão passam por um grande sistema de neutralização para tratamento e liberação na atmosfera sem toxidade.

O subsistema de propulsão da PMM, a Plataforma Multimissão criada pelo Inpe para base de satélites como o Amazônia-1 e o Lattes, foi desenvolvido pela empresa brasileira Fibraforte com a coordenação de engenheiros do Instituto.

BTSA

Inaugurado em 1999, o Banco de Testes com Simulação de Altitude (BTSA) tem por finalidade principal testar propulsores utilizados em várias manobras espaciais, necessárias para o posicionamento e manutenção das órbitas de satélites e plataformas espaciais. Está dimensionado para testar e qualificar propulsores de até 200 N de empuxo, em um ambiente que simule as condições do espaço. O BTSA possui ainda um Laboratório de Análise de Propelentes - hidrazina, mono-metil-hidrazina, dimetil-hidrazina assimétrica, tetróxido de nitrogênio, entre outros.

O banco de teste, inicialmente projetado para testar propulsores individualmente, foi adaptado com inovações para testar o subsistema de propulsão com quatro propulsores ao mesmo tempo.

Além da novidade do teste do próprio subsistema, um dos propulsores está sendo testado com o catalisador nacional (reagente da hidrazina) fabricado pelo LCP, visando a independência de importação desse produto.

O comando e o controle dos vários equipamentos do banco de teste são feitos a partir de uma sala de comando, através de sequenciadores automáticos programáveis gerenciados por software, que controla o conjunto de vácuo, o sistema de refrigeração e um exclusivamente instalado para monitorar os propulsores e programar as sequências de tiro. O BTSA possui um sistema de segurança para o monitoramento da pressão na câmara de vácuo e de possíveis vazamentos de hidrazina no ambiente de teste.

Um sistema de aquisição armazena os dados relativos aos ensaios da campanha para posterior tratamento e análise. Alguns parâmetros mais importantes dos testes podem ser observados em tempo real através de imagens e dados em monitores.Inpe segurança nacional blog

Viatura Blindada Emprego Dual


CTEx VBPED  (Viatura Blindada de Patrulhamento de Emprego Dual)
Fotos: CTEx

CTEX REVELA SEU MAIS NOVO BLINDADO

O Centro Tecnológico do Exército (CTEx), órgão do Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT), cuja  missão a pesquisa e desenvolvimento de materiais de emprego militar de interesse do Exército Brasileiro (EB), é o herdeiro de uma antiga tradição da Força Terrestre em apresentar soluções para suas necessidades em material de uso militar.
Em 2008, em um convenio com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, o órgão projetou o protótipo da Viatura Especial de Patrulhamento (VEsPa), utilizando os requisitos apresentados pela Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro (SESEG) e os recursos  da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Após os testes efetuadas pelas polícias civis e militares do Estado, diversas melhorias foram sugeridas e, novamente com recursos da FAPERJ, um novo veículo blindado multiuso e com muito mais capacidade foi desenvolvido, o VEsPa 2, que  também objetivava a aplicação por parte das forças policiais.Nascido da experiência adquirida anteriormente com o programa VEsPa e com o objetivo de atender à crescente demanda de utilização de blindados em ambientes urbanos, seja em operações de Manutenção da Paz sob a égide da ONU ou em operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), surge o terceiro protótipo de blindado policial do CTEX, a Viatura Blindada de Patrulhamento de Emprego Dual (VBPED), cujo os Requisitos Operacionais Básicos (ROB) priorizavam a proteção balística, mobilidade e logística.

Com capacidade e de transporte de sete militares (motorista, chefe de viatura/comandante e cinco fuzileiros) e sempre privilegiando o uso de componentes comerciais nacionais, ele foi montado sobre o chassi Agrale MA 9.2 e foi equipado com um motor MWM Acteon 4.12 TCE com 150hp a 2200 rpm, com caixa automática Allison LTC 2000. Possui Blindagem Nível III PA2, da Norma NBR 15000, resistente a disparos de calibres 7,62x51mm e 5,56x45 mm, escotilhas e seteiras para disparos. É equipado com uma torreta mecânica para metralhadora leve, mas está sendo idealizado para utilizar um sistema de armas remotamente controlado, como o reparo REMAX.Maiores informações sobre esses veículos e outros protótipos de blindados policias leves, estarão na próxima edição de Tecnologia & Defesa ...segurança nacional blog

segunda-feira, 4 de junho de 2012

A nova era dos satélites brasileiros


Juliana Tiraboschi

No último dia 29, a Embraer e a Telebras divulgaram um acordo que promete ajudar o Brasil a acelerar sua capacitação no setor aeroespacial, desenvolver novas tecnologias, ter mais autonomia no setor de defesa e, de quebra, levar a internet por banda larga aos locais mais remotos do País. As duas companhias anunciaram a formação de uma nova empresa, a Visiona, que participará do Programa Nacional de Atividades Espaciais (PNAE). A primeira missão da joint venture será capitanear o desenvolvimento de um novo satélite geoestacionário, ideal para o uso no setor de comunicações. A estimativa inicial é de que o equipamento fique pronto até 2014 e custe cerca de R$ 720 milhões, mas esse prazo pode mudar dependendo da complexidade do projeto final.
A principal função do novo equipamento, prestar o serviço de transmissão de dados sigilosos ao Ministério da Defesa, é importantíssima para o País. "O Brasil carece de um satélite para transferência de informações de forma segura, especialmente de caráter estratégico", diz Luiz Carlos Aguiar, presidente da Embraer Defesa e Segurança. Atualmente, o governo federal aluga o serviço de satélites de empresas privadas.
A máquina vai operar em duas bandas, termo usado para designar as faixas de frequência de transmissão de dados. A banda X será exclusiva para o Ministério da Defesa. Já a banda K será usada para ampliar a oferta de internet banda larga no Brasil. Segundo Bolivar Tarragó Moura Neto, diretor de administração e relações com investidores da Telebras, o plano é que o satélite ofereça cobertura de internet em todo o território nacional. "Estamos construindo nossa rede terrestre. Mas a algumas regiões, como o Norte do País, é mais difícil de chegar", afirma Moura Neto. Hoje, a Telebras tem oito mil quilômetros de rede de fibra ótica construída, mas o sistema deve alcançar 30 mil quilômetros até o fim do ano.
Segundo a Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), a internet banda larga fixa e móvel no Brasil cresceu 70% apenas no ano passado. O número de acessos passou de 34 milhões em 2010 para 58 milhões em 2011, fazendo o serviço chegar a 2.650 municípios, nos quais vivem 83% da população brasileira.
De acordo com José Mauro Fortes, professor do Centro de Estudos em Telecomunicações da PUC-RJ, um aspecto interessante sobre o projeto é que o novo satélite poderá fornecer cobertura de internet conforme a necessidade de cada região. "É possível ofertar um sinal com mais ou menos potência de acordo com a demanda dos municípios", diz. Dessa forma, a distribuição ficaria mais precisa e o desperdício seria evitado. Vale esclarecer que a Telebras não fornecerá o acesso à internet diretamente ao consumidor final. A estatal venderá os serviços aos provedores, principalmente os de pequeno porte, que, por sua vez, atenderão os seus clientes.
Enquanto a Telebras termina de elaborar as especificações do satélite para que a Visiona corra atrás da empresa que irá construí-lo, sua parceira, a Embraer, se prepara para cuidar da integração dos sistemas ligados ao satélite, como o comando de controle terrestre. Além disso, a empresa também será responsável pelo lançamento do equipamento ao espaço. Para Aguiar, da Embraer, é natural que uma empresa que desenvolve tecnologia no setor aeronáutico ingresse no segmento espacial. "Outras companhias passaram pela mesma diversificação. É o caso da Boeing, importante no mercado de satélites, e da Airbus, cuja controladora, a EADS, também tem uma área específica para projetos espaciais", diz o executivo.
Além de comandar o projeto do novo satélite brasileiro, a Visiona vai assumir o papel de líder do Centro de Desenvolvimento de Tecnologias Espaciais do Parque Tecnológico de São José dos Campos, em São Paulo, entidade privada sem fins lucrativos que abriga diversas empresas nas áreas de energia, Aeronáutica, espaço, defesa, tecnologia da informação, telecomunicação, saúde, recursos hídricos e saneamento ambiental. A ideia é que a Visiona estabeleça parcerias com entidades de ensino e pesquisa aeroespacial... istoè segurança nacional blog

domingo, 3 de junho de 2012

EUA propõem ao Canadá VANT “ártico”


A empresa norte-americana Northrop Grumman e L-3 MAS propôs ao Departamento de Defesa de Canadá uma versão acabada de veículo aéreo não tripulado (VANT) RQ-4 Bloco 30 Global Hawk.
O novo VANT Polar Hawk foi adaptado para operações de inteligência na região do Ártico.
Os detalhes sobre o equipamento de espionagem a ser instalado nos VANTs não foram divulgados.
O dispositivo será capaz de voar com temperaturas abaixo de zero. É capaz de atingir velocidades de até 800 km/h e voar a altitudes de até 19,8 mil metros. A duração do seu vôo autônomo é de 36 horas.
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Submarinos israelenses dotados com armas nucleares


A revista Der Spiegel publicou um artigo, no qual informou que os submarinos da classe Dolphin alemães, comprados por Israel, estão dotados com armas nucleares.
Segundo afirma a edição, o estudo deste tema, que abarca fontes nos EUA, Alemanha e Israel, não deixa lugar para dúvidas – os submarinos estão armados com mísseis Popeye Turbo SLM adaptados para ogivas nucleares. “Esta tecnologia naval permitirá a Israel criar um esconderijo flutuante de armas nucleares no Oriente Próximo, escreve a revista.
Segundo Der Spiegel, personalidades oficiais de Berlim estavam a par do destino desses submarinos mas preferiram fechar os olhos para esse fato, apoiando a segurança de Israel. A revista salienta que a chanceler Angela Merkel declarou antes que esses submarinos careciam de potencial nuclear.
Atualmente, a marinha de guerra israelense dispõe de três submarinos “Dolphin”. O quarto será botado na água em breve, o quinto está na fase de construção e será entregue a Israel em 2018. Recentemente, Israel celebrou com a RFA um contrato de compra do sexto submarino desta classe...segurança nacional blog

Irã diz que vai reagir a qualquer ataque de Israel


AE - Agência Estado
O líder supremo do Irã, o aiatolá Khamenei, alertou que qualquer ataque de Israel será respondido rapidamente pela república islâmica e sugeriu que o programa nuclear do seu país não pode ser limitado por embargos de países do Ocidente. Os líderes ocidentais esperam um acordo diplomático que reduza as preocupações com as ambições nucleares iranianas, mas autoridades israelenses afirmam que todas as opções estão em aberto para tentar parar o enriquecimento de urânio pelo Irã.
Os países do Ocidente temem que o Irã possa produzir armas nucleares, mas Khamenei disse que essa acusação é uma mentira e repetiu que seu país apenas quer construir reatores para energia e pesquisas médicas. "Se eles derem qualquer passo errado, qualquer movimento inadequado, (a resposta) cairá sobre suas cabeças como um raio", alertou o aiatolá sobre Israel, durante um discurso para marcar o 23º aniversário da morte de seu antecessor, o aiatolá Ruhollah Khomeini, que foi líder da Revolução Islâmica de 1979.
A secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, afirmou que não vai tirar conclusões sobre o impacto que o discurso de Khamenei terá nas negociações que acontecerão em Moscou, Rússia. Em entrevista à imprensa em Estocolmo, Suécia, Clinton destacou que o Irã tem consistentemente dito que agirá para se defender de um ataque.
Segundo Clinton, os líderes nacionais frequentemente dizem coisas com propósitos internos. Ela acredita que o Irã trabalhará para alcançar uma solução diplomática para a questão. As informações são da Associated Press. 
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Vírus usa linguagem de games feita na PUC-Rio


GUSTAVO CHACRA, CORRESPONDENTE / NOVA YORK - O Estado de S.Paulo
Uma linguagem desenvolvida nos laboratórios da PUC do Rio de Janeiro no início dos anos 90 e conhecida por seu uso em jogos de videogames e aplicativos de celulares foi a escolhida para a fabricação de uma das mais poderosas armas cibernéticas de todos os tempos.
Denominado Flame, o vírus atingiu uma série de computadores em todo o Oriente Médio com a intenção de espionagem internacional e de sabotagem de órgãos governamentais e militares. Empresas de segurança de informática, como a Kaspersky Lab, da Rússia, e a Symantec, dos EUA, admitem nunca terem visto algo semelhante.
Até agora, da mesma forma que em outros ataques cibernéticos, ninguém assumiu a responsabilidade pelo Flame. No entanto, todos os dedos apontam para os EUA e Israel em razão dos alvos da operação terem sido, principalmente, nações como Irã, Líbano, Síria, Egito.
Vítimas. O dado mais significativo é o fato de o território iraniano ter sido o que registrou a maior incidência de ataques, de acordo com a Kaspersky - os governos israelense e americano buscam desesperadamente interromper o programa nuclear de Teerã e impedir que o país tenha capacidade de produzir uma bomba atômica.
"A complexidade desse código é paralela ao que vimos no Stuxnet e no Duqu, que foram os dois mais complexos vírus que analisamos até hoje. Assim como eles, o código não deve ter sido escrito por um indivíduo, mas por um grupo de pessoas organizadas, bem financiadas e seguindo ordens. Alguns arquivos são idênticos aos descritos no incidente envolvendo o Ministério do Petróleo Iraniano", afirma relatório da Symantec.
Uma reportagem do jornal New York Times publicada esta semana, usando como base o livro Confront and Conceal: Obama's Secret Wars and Surprising Use of American Power, de David Sanger, afirma que o presidente dos EUA, Barack Obama, teria mantido o programa de guerra cibernética contra o Irã de seu antecessor George W. Bush.
A operação, em colaboração com Israel. foi batizada de "Jogos Olímpicos" e foi foi responsável, segundo o jornal, pela criação do Stuxnet, embora não faça menções ao Flame.
Especulações. O especialista em tecnologia Bob Sullivan, em artigo no site da NBC, afirma que os fabricantes do Flame podem ser gênios "à frente de seu tempo, usando uma linguagem única de programação, como a Lua (criada na PUC), para fabricar seu monstro cibernético e confundido profissionais de segurança de informática. Ou podem ser amadores criadores de videogame que não se importam em deixar rastros".
Um dos enigmas envolvendo o Flame é seu tamanho: 20MB, incomum para um vírus, que costuma ser mais discreto - Stuxnet, por exemplo, tinha 500 KB. Além disso, alguns questionam o uso maior da linguagem Lua em jogos de videogame, incluindo o Angry Birds, que é um dos aplicativos de maior sucesso em celulares.
Um dos criadores da linguagem Lua, Roberto Ierusalimschy, professor da PUC do Rio, disse não ter ficado surpreso com seu uso na fabricação do vírus. "Realmente, a linguagem Lua é muito usada em videogames. No entanto, também é utilizada em várias outras áreas. Algumas ferramentas de segurança de redes já usam Lua há algum tempo, como o Nmap (mapeamento de redes), Snort (um detector de invasão de sistemas) e o Wireshrak (ferramenta para monitorar o tráfego em uma rede)", afirmou o professor ao Estado.
Ierusalimscy disse que ele e seus colegas ainda não foram procurados por nenhuma agência de segurança para tentar ajudar no esclarecimento dos códigos do vírus. O professor frisa que, pelo que tem lido, "as análises ainda estão em uma fase superficial". "Muita informação nova ainda deve aparecer", disse...segurança nacional blog