sábado, 19 de maio de 2012

Reviravolta na proposta dos mísseis antiaéreos russos para o Brasil


Uma pequena revolução ocorreu recentemente na oferta russa de mísseis para o programa de defesa aérea iniciado pelo Exército.
Após de quase um ano trabalhando exclusivamente na venda do sistema Tor M2, a estatal russa Rosoboronexport resolveu mudar de rumo e abrir o leque incluindo na sua proposta, também, as linhas Pantsir e Buk.
Segundo a Rosoboron, houve uma diferença entre a visão deles e a do Exército sobre onde exatamente ficava a fronteira entre os sistemas de baixa e de média altitude/alcance. Os brasileiros teriam achado que o Tor M2, a despeito de todas suas vantagens, por ter um envelope de engajamento limitado a 10 mil metros e 15 Km de distância, não atenderia aos objetivos brasileiros nesta compra. O sistema Pantsir por sua vez é visto pelos russos como uma "resposta" direta ao sistema Gepard alemão. Ambos são plataformas antiaéreas com mísseis e canhões sobre lagartas. A despeiro de ser bem mais antigo, o modelo alemão conta com sua vantagem logística para vencer a concorrência sobre o Pantsir por ele ser montado sobre a plataforma de um blindado Leopard. O Exército opera atualmente centenas de carros de combate desta linha. A  KMW, fabricante do Gepard, o exibiu ao Exército no dia 20 de outubro do ano passado, no Campo de Instrução de Formosa.
Na compra do míssil de médio alcance os russos estão competindo diretamente com a israelense Rafael com seu sistema Spyder, com a francesa Thales e seu Crotale modernizado e com a sueca Saab com o sistema Bamse.
Por trás desta compra de sistemas antiaéreos, se encontra a preocupação tanto da FIFA quanto da Comitê Olímpico Internacional com a potencial ameaça de um ataque terrorista aos estádios, usando-se aeronaves sequestradas.Algo nos moldes do que foi o ataque do 11 de setembro em 2001 em Nova Iorque.
O programa de modernização da defesa aérea nasceu dentro do Comando do Exército, mas atualmente está sendo tocado pelo Estado Maior Conjunto das Forças Armadas dentro do Ministério da Defesa sob o controle do General Araújo Lima. No final do mês passado, as novas ofertas russas foram apresentadas pela primeira vez para uma platéia do Estado Maior da Aeronáutica, por um grupo de especialistas russos. A apresentação deste mesmo material para o Exército deve ocorrer em breve. Esta concorrência tinha no seu início um cronograma para lá de apertado, o "Request for Information" saiu na época certa, mas, o "Request for Proposals" consequente disso ainda não foi emitido...
Um fator que pode complicar mais este programa é que dentro do Ministério da Defesa está muito arraigada a idéia de se implantar a máxima comonalidade dos meios entre as três armas. Resta saber o que acontecerá com este RFP se for adicionado a ele a necessidade de ser incluído ainda um modelo para uso a bordo dos novos navios de 6000 toneladas incluídos no programa Prosuper da Marinha...
A Rosoboronexport no Brasil segue acreditando que o Tor M2E seja a melhor solução para a atual necessidade do Brasil, especialmente pelo fato de que cada veículo é uma unidade plenamente independente carregando simultaneamente mísseis, radar e sistemas de controle de engajamento. Mesmo se o radar principal de longo alcance da Bateria Tor M2E for alvejado e destruído por um míssil inimigo, os demais veículos podem seguir combatendo independentemente, algo que segundo os russos nenhum dos seus rivais no Brasil pode fazer. Em tempo: todos os três modelos russos tem suas variantes navais...
Vejam a baixo as apresentações oficiais da Rosoboronexport sobre os sistemas Tor, Pantsir e Buk:
scrito por Felipe Salles   segurança nacional

O ALAC, desenvolvido em parceria com a Imbel e conhecido oficialmente como canhão sem recuo descartável de 84 mm, é uma arma leve anticarro projetada para uso individual, no combate anticarro aproximado. Com alça de mira retrátil e operada a partir do ombro do atirador, o ALAC possui mecanismo de disparo totalmente mecânico. Com um alcance útil bem superior ao ALAC, o Sistema MSS 1.2 AC tem como objetivo atender as características do combate moderno, onde é necessária grande mobilidade, elevada potência de fogo e capacidade de engajar diferentes tipos de alvos. O MSS 1.2 AC também pode ser empregado contra casamatas, pequenas construções, embarcações e helicópteros em voo pairado à baixa altura. O míssil é dotado de cabeça de guerra do tipo carga oca e sistema propulsivo de dois estágios. Seu guiamento em direção ao alvo é realizado por um feixe laser projetado no espaço pela unidade de tiro. Para tanto, esta unidade possui dois sistemas ópticos independentes e colimados: a óptica de apontamento, através da qual o atirador realiza a mira e cuja configuração é semelhante à de um periscópio, e a óptica do feixe laser, cuja função é projetar no espaço um feixe laser modulado, que guia o Míssil ao longo de toda sua trajetória.
Atento a necessidade de apoio de fogo para as forças de ação rápida em qualquer teatro de operações em que se estiver operando, o CTEX desenvolveu três tipos de morteiros: o morteiro pesado 120mm M2 Raiado; o morteiro médio antecarga 81mm e o morteiro leve antecarga 60mm. O 120mm M2 raiado, possui grande potência de fogo e pode ser transportado por viatura ¾ ton, avião, helicóptero ou lançado de pára-quedas, o que garante mobilidade e flexibilidade ao emprego do armamento. Os morteiros leves antecarga de 60mm e 81mm (padrão OTAN), produzidos em parceria com o Arsenal de Guerra do Rio (AGR), tem como características a rusticidade, o baixo peso, a alta precisão e a facilidade de manejo, garantindo a possibilidade da manutenção de um elevado regime de tiro e efetivo apoio de foto aproximado aos pelotões de combate.No campo das viaturas militares, o CTEx possui dois produtos que prometem entrar com força no mercado a que se destinam: o Gaúcho e o VEsPA. A viatura leve de emprego geral e aerotransportável Gaúcho é resultado do intercâmbio científico-tecnológico entre os Exércitos Brasileiro e Argentino. Com uma suspensão independente de grande curso nas 4 rodas e tração 4×4 aliada ao um potente motor, a viatura foi desenvolvida para atender às necessidades das Brigadas Paraquedistas de ambos os exércitos. Na Argentina, o veículo está sendo produzido no Batalhão 601, no Comando se Arsenales, em parceria com o Instituto Nacional de Tecnologia Industrial (INTI) e a Universidade Nacional de La Plata. O VLEGA Gaúcho está apto a cumprir missões de comando, transporte de carga, transporte de feridos, comunicações e reconhecimento. Sua robustez permite ainda o seu lançamento de pára-quedas através de aeronaves C-130 que podem transportar até 5 viaturas Outro projeto do CTEx no campo dos veículos militares, a Viatura Especial de Patrulhamento, VEsPA, foi desenvolvida especialmente para atender às necessidades doutrinárias das forças de segurança pública do estado do Rio de Janeiro. O projeto que levou em conta fatores como mobilidade, segurança, baixo custo e manutenção, foi apresentado ao Secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame em 09 de outubro de 2008. O VEsPA-01, utiliza um chassi Agrale modelo MA 6.0, motor 7 eletrônico MWM-International 4.07 TCE de 140cv e possui capacidade para transportar cinco policiais na frente e até seis presos na parte traseira, o veículo estreito, leve e ágil, permite manobras e incursões em locais de difícil acesso comuns nas comunidades do Rio e o patrulhamento ostensivo nas vias expressas da cidade. O modelo ficou a disposição da Secretaria de Segurança para testes em unidades como o BOPE e o Batalhão de Policiamento de Vias Especiais (BPVE), que preencheram questionários técnicos solicitados pelo CTEx..segurança nacional blog

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Telescópio Kepler dá pistas sobre impacto de explosão solar sobre a Terra


O telescópio espacial Kepler vem fornecendo novas descobertas sobre as colossais explosões que podem afligir algumas estrelas.
Lançamentos de energia magnética podem danificar atmosfera - BBC
BBC
Lançamentos de energia magnética podem danificar atmosfera
Estes lançamentos enormes de energia magnética - conhecidos como "super flares" (super chamas, na tradução literal) - podem danificar a atmosfera de um planeta em órbita nas proximidades, colocando em risco as formas de vida que eventualmente residam ali.
Felizmente o Kepler mostra que as "super flares" são muito menos frequentes em estrelas de baixa rotação, como nosso Sol. O telescópio da agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa, observa 100 mil estrelas em um pedaço de céu entre 600 e 3 mil anos-luz da Terra.
As novas observações foram relatadas na revista Nature.
A maior explosão solar registrada foi provavelmente o evento conhecido como "Carrington", em 1º de Setembro de 1859.
Descrito pelo astrônomo inglês Richard Carrington, essa explosão enviou uma onda de radiação eletromagnética e partículas carregadas em direção à Terra.
Os campos magnéticos embutidos na bolha de matéria atingiram o próprio campo magnético da Terra, produzindo luzes espetaculares, semelhantes à aurora boreal. Os campos elétricos gerados interromperam as comunicações por telégrafo na época.
Surpreendentemente, a explosão solar Carrington é insignificante se comparada a alguns dos eventos observados pelo Kepler. Os super flares podem ser 10 mil vezes mais fortes.
Interações magnéticas
O Kepler busca rastrear mudanças na luz gerada pelas explosões que possam indicar se planetas em órbita mudaram de posição em relação a estas estrelas. Mas, ao fazer essas observações, o Kepler também está reunindo informações sobre o brilho repentino associado às super flares.
Hiroyuki Maehara, da Universidade de Kyoto, no Japão, e seus colegas revisaram estes dados para compilar estatísticas sobre a frequência e o tamanho dos super flares.
O Kepler observou um total de 365 super flares durante 120 dias.
Os números confirmam que muito poucas (0,2%) estrelas semelhantes ao Sol apresentam explosões desta magnitude.
Isso pode ser explicado por padrões que indicam que as super flares podem ser causadas por interações magnéticas entre planetas gigantes e as estrelas - algo diferente do que vemos em nosso sistema solar, no qual Júpiter e Saturno orbitam longe do Sol.
Uma outra observação interessante do Kepler é de que as estrelas que têm super flares exibem áreas de baixa temperatura extremamente grandes, em contraposição às altas temperaturas em seu entorno.
Carrington identificou um conjunto de pontos de baixa temperatura associados à famosa explosão solar de 1859. No entanto, estes pontos seriam ínfimos se comparados com os associados às super flares vistas por Kepler.
Os cientistas há muito especulam sobre o impacto que uma super flare em nosso sol pode ter na Terra. A expectativa é de que o fenômeno iria varrer a camada de ozônio, levando ao aumento da radiação ao nível do solo. Extinções generalizadas poderiam acontecer.
Há um outro lado disso, no entanto. Em alguns sistemas planetários distantes, super flares podem gerar condições para existência de vida, fornecendo energia suficiente às atmosferas desses mundos para iniciar a química necessária para o desenvolvimento biológico. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. segurança nacional

EUA já têm um plano pronto para atacar o Irã


ERUSALÉM - O Estado de S.Paulo
Os Estados Unidos têm planos para atacar o Irã se isso for necessário para impedir o país persa de desenvolver armas nucleares. Foi o que afirmou o embaixador americano em Israel dias antes de uma rodada crucial de conversações com Teerã.
A mensagem de Dan Shapiro ecoou ontem bem além do fórum fechado em que foi emitida: o Irã não deve testar a determinação de Washington de cumprir sua promessa de atacar o país, se a diplomacia e as sanções não convencerem Teerã a abandonar seu contestado programa nuclear.
Shapiro afirmou na Associação de Advogados de Israel que os EUA esperam não ter de recorrer à força militar. "Mas isso não significa que a opção não está disponível. Não só é possível, mas está pronta", disse ele. "O planejamento necessário já foi feito para garantir que seja colocado em prática imediatamente."
O Irã diz que seu programa nuclear tem fins pacíficos, como a produção de energia. EUA e Israel suspeitam que a intenção do país seja produzir armas nucleares, mas divergem sobre como convencer Teerã a interromper o seu programa. Washington diz que é preciso dar uma chance à diplomacia e às sanções econômicas e está liderando as atuais conversações entre seis potências globais e o Irã.
Embora Israel afirme preferir uma solução diplomática, tem manifestado ceticismo com relação às conversações e afirma que o tempo está se esgotando para uma ação militar ser eficaz.
O presidente Barack Obama assegurou a Israel que os EUA estão preparados para lançar uma ação militar se for necessário. Mas os comentários de Shapiro foram o sinal mais flagrante de que os preparativos se intensificaram.
No seu discurso, Shapiro reconheceu que o tempo está se esgotando. "Achamos que há tempo. Algum tempo, não um tempo ilimitado", disse ele. "Mas num determinado ponto teremos de fazer uma avaliação de que a diplomacia não funcionará."
Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha, estão se preparando para uma reunião com o Irã na quarta-feira em Bagdá. Logo após o encontro, a agência de energia atômica dos EUA deve divulgar seu último relatório sobre as atividades nucleares do Irã.
Em Teerã, o chefe dos negociadores iranianos, Saeed Jalili, fez uma advertência contra a pressão ocidental nas conversações de quarta-feira, que se seguem às negociações em Istambul no mês passado, consideradas positivas por ambas as partes.
"Temos de discutir cooperação em Bagdá", disse Jalili, na TV estatal iraniana. "Alguns dizem que o tempo está se esgotando para as negociações", acrescentou. "Afirmo que o tempo para a estratégia de pressão (ocidental) já está acabando."
Quatro resoluções da ONU estabelecendo sanções contra o Irã não convenceram o país a suspender o enriquecimento de urânio, processo que pode ser usado para fins civis ou para a produção de uma bomba. Mas medidas recentes adotadas pelos EUA e países europeus, incluindo um embargo de petróleo e sanções bancárias e financeiras, afetaram a economia iraniana.
Para Israel, uma bomba atômica nas mãos do Irã é uma ameaça à sobrevivência do Estado judeu e os israelenses têm feito uma campanha diplomática feroz contra o programa nuclear iraniano. / AP segurança nacional

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Avibras e o Sistema Astros


Considerados alvos prioritários a serem destruídos pelas forças de coalização na 2ª Guerra do Golfo (2003), os lançadores múltiplos de foguetes Astros são armas temidas. E não é para menos. A Avibras, fabricante deste sistema lançador de foguetes de tecnologia nacional, criou um armamento de comprovada eficácia, moderno, capaz de operar contra alvos estratégicos, dotado de excelente mobilidade e capacidade altíssima de cadência de fogo aliado a um alcance substancialmente maior que sistemas de artilharia convencionais. Tecnologia e Defesa entrevistou o Presidente da Avibras Aeroespacial, Sami Hassuani, que fala sobre este sistema de armas empregado pelo Exército Brasileiro em Formosa (6º Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes e Campo de Instrução de Formosa 6º GLMF/CIF) e com contrato de venda assinado com o Corpo de Fuzileiros Navais da Marinha do Brasil.

1-      T&D: O Astros apresenta alcance diferenciado, alta mobilidade e precisão de tiro excepcional. No entanto, é um sistema de armas tido como potencialmente mais caro de se adquirir e manter do que os blindados de artilharia autopropelidos. É correto este raciocínio? O Astros tornou os obuseiros autopropelidos obsoletos?
Hassuani: O Sistema Astros, quando comparado à artilharia de tubo autopropulsada, é extremamente mais econômico, e pelas seguintes razões: Um obuseiro autopropulsado de última geração, com alcance da ordem de 50% do produto da Avibras, tem o mesmo preço de uma lançadora do sistema Astros, e exige uma tripulação entre sete e nove soldados. Já a lançadora pode operar com três ou quatro soldados. A vantagem mais significativa é quando se fala em fogos de supressão ou saturação de área (grande número de tiros), num curto espaço de tempo. Neste tipo de operação, o lançador de foguetes brasileiro, para efeitos comparativos, cumpre a missão com 24 soldados e seis viaturas lançadoras. No caso de obuseiros autopropelidos, seriam necessárias cerca de 100 peças, operadas por quase 900 homens!
Apesar do acima exposto, o Sistema Astros não torna os obuseiros autopropelidos obsoletos. De fato, eles se complementam. Os blindados artilheiros atuam em apoio direto às tropas, nos tiros de curto alcance, contra alvos de menor dimensão e menor valor. Já o Astros atua no chamado apoio indireto (não acompanha as tropas e fica alocado ao escalão superior para ser utilizado em ações especiais), nos tiros de médio e longo alcance que exijam grande concentração de fogos contra alvos de grandes dimensões e de alto valor estratégico.
2-      T&D: A Avibras e o Corpo de Fuzileiros Navais (CFN) estabeleceram no final de 2011 um contrato de aquisição do Sistema Astros para aquela organização militar. A compra do CFN será de qual versão-quantidade, ocorrerá alguma modificação/adaptação ou o sistema na sua forma atual atende aos requisitos de emprego definidos pelos Fuzileiros Navais?
Hassuani: O Sistema Astros FN é praticamente idêntico ao Sistema Astros na sua versão MK6 (versão corrente). Ele é adequado às embarcações da Marinha do Brasil (transportabilidade) e 100% compatível com a doutrina de emprego do Corpo de Fuzileiros Navais (CFN), cuja versão terá algumas proteções ambientais adicionais para o emprego em ambiente salino. O CFN adquiriu uma bateria Astros. Existe a previsão de mais duas baterias para o futuro, totalizando até um grupo (que é composto por três baterias). A Avibras está prestes a voar o VANT/ARP Falcão, produto nacional inédito em sua classe. Foi pensada alguma forma de integração deste as baterias de lançadores Astros, e quais os benefícios que poderão ser obtidos? Este ARP será oferecido como upgrade para clientes que já são operadores Astros, no Brasil e no exterior? A compra do CFN já inclui o Falcão?
Hassuani: O Falcão é o VANT/ARP do Sistema ASTROS 2020, em final de desenvolvimento, com apoio da FINEP. A versão em questão é a de reconhecimento. O Falcão, depois de concluído o desenvolvimento e a fase inicial de industrialização, será oferecido a todos os clientes que operam o Sistema ASTROS II ou ASTROS 2020. Estudamos outras versões adicionais para o Falcão, não ligadas ao Sistema ASTROS 2020, compreendendo vigilância de fronteiras/reconhecimento, vigilância marítima e reconhecimento armado. A comercialização do Falcão está sendo discutida com as Forças Armadas Brasileiras, sem o que não será possível iniciar-se o ciclo de exportação.
4-      T&D: Em que estágio se encontra o contrato de compra do Astros 2020 para o Exército Brasileiro? As últimas informações estipulavam o mês de maio deste ano como data de assinatura do contrato. Já é possível quantificar a compra?
Hassuani: O Programa Astros 2020 já é uma realidade, tendo sido planejado para ser executado em cinco anos, com início em janeiro de 2012. Neste momento a Avibras está finalizando os últimos acertos contratuais com o Exército Brasileiro, o que deverá ocorrer ainda nos meses de maio e junho de 2012.
5-      T&D: Quais são as diferenças mais significativas entre o Astros II e o Astros 2020?
Hassuani: O Sistema Astros 2020 diferencia-se do Sistema Astros II pela adoção dos mísseis táticos de até 300 km de alcance. A eletrônica existente no sistema é a versão MK6, incorporando navegação dos veículos por inercial e por GPS, painéis multifuncionais e redundantes, rádios com criptografia e salto em freqüência e software de comando e controle (Gerenciador do Campo de Batalha). O Sistema Astros II e Astros FN, em produção, incorporam também à eletrônica MK6 desenvolvida para o Astros 2020. A Avibras está também desenvolvendo novos foguetes, com controle de vôo – guiagem, para serem incorporados ao sistema no futuro próximo.segurança nacional blog

EUA recusaram comprar caças F-35B


A Força Aérea dos EUA abandonou a ideia de substituir seus caças A-10 Thunderbolt II por aviões mais avançados F-35B Lightning II com decolagem curta e pouso vertical. O chefe do Estado-Maior da Força Aérea dos EUA, general Norton Schwartz, afirma que os F-35B são incapazes de garantir a frequência necessária de voos.
O general continuou que a Força Aérea precisa de um avião capaz de executar rapidamente missões em todo o teatro de operações, e não apenas em algumas operações. Ao mesmo tempo, Schwartz destacou que os F-35B satisfazem plenamente as necessidades da Marinha dos EUA.
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Espaçonave Soyuz acoplou-se à Estação Espacial Internacional


O acoplamento da nave espacial Soyuz com a EEI se deu a uma altura recorde, informou hoje o Centro de Comando de Vôos. Este ano, a nova tripulação deverá permanecer em orbita mais de quatro meses, sendo essa a missão mais prolongada em relação às anteriores.

A espaçonave tripulada Soyuz foi lançada do cosmódromo Baikonur em 15 de maio e se acoplou à EEI na manha da quinta-feira. O processo se realizou em regime automático, tendo os sistemas de bordo funcionado em regime normal. Passadas umas horas, os cosmonautas passaram à Estação.
Convém notar que, desta vez, o acoplamento se deu a uma altura de vôo recorde – 399 km. O recorde anterior foi estabelecido em 2001, tendo constituído então 393 km. Os parâmetros atuais significam que a EEI se encontra em uma altura que se enquadra na respectiva órbita sem necessitar de uma aceleração adicional, refere o membro-correspondente da Academia nacional da Cosmonáutica, Iuri Karash.
"É bom que a Estação tenha atingido essa altura de vôo. Isto significa que ela será capaz de permanecer no espaço por muito tempo. É que nas alturas inferiores a EEI entra em contacto mais freqüente e indesejável com as partículas do ar. Quanto maior for a força de atrito, tanto maior será a frenagem, o que poderá provocar a queda da Estação".
Além disso, a Soyuz trouxe à EEI dois cosmonautas da Agência Espacial da Rússia Roskosmos e um astronauta da NASA. O cosmonauta russo, Guennadi Padalka, é o mais experiente membro da tripulação, sendo esse o seu 4º vôo espacial. Serguei Revine é um novato. Para o americano Josef Acaba essa é a 2º deslocação ao espaço cósmico. Todavia, essa foi uma manobra espetacular por ter coincido com a data do seu aniversário natalício. As prendas especiais foram-lhe entregues pelos membros da tripulação anterior – o astronauta europeu Andre Kuipers e o seu colega norte-americano, Donald Petitt. Ambos irão trabalhar na EEI até os finais de junho.
Ao todo, a bordo da EEI serão efetuadas cerca de 100 experiências cientificas, incluindo as que fazem parte do programa de preparação do vôo para Marte. Também se pretende realizar um conjunto de testes na área de biologia espacial, ecologia e medicina, a maior parte das quais pressupõe o prosseguimento das provas anteriores. Em paralelo, serão levadas a cabo algumas missões novas. Tem-se em vista, por exemplo, o lançamento de uma sonda capaz de fazer previsões de datas e locais da queda de fragmentos dos antigos aparelhos espaciais. O perito Ivan Moisseiev comenta e adianta com o seu parecer.
"Trata-se de estudo das camadas atmosféricas superiores da Terra. Tudo depende de sua densidade em constante variação. Disso depende também a velocidade da descida de sondas. Por isso, acho muito boa a idéia de examinar a atmosfera através de micro-sondas como essa".
A sonda será enviada durante um passeio espacial que se realizará por cosmonautas em 21 de agosto. Note-se que a tripulação recém-chegada deverá passar a bordo da EEI 126 dias.
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