domingo, 29 de abril de 2012

Um Novo Pré-Sal - Um Brasil cheio de gás


Visto como a nova fronteira energética do país, o gás natural pode colocar o Brasil em um novo patamar no cenário internacional. Até então associado à exploração de petróleo no mar, o gás virou tema de estudos profundos, feitos pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) e por empresas, que indicam enorme potencial em bacias terrestres. Para especialistas, o país tem reservas gigantescas de gás natural do porte das de petróleo no pré-sal da Bacia de Santos. Com isso, a oferta ao mercado deve aumentar 360%, passando dos atuais 65 milhões para 300 milhões de metros cúbicos por dia entre 2025 e 2027. Para 2020, a Petrobras, principal produtor, trabalha com um cenário de 200 milhões de metros cúbicos por dia. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, vai mais longe. Em entrevista ao GLOBO, prevê a autossuficiência do país no setor em cinco anos. Depois, pode até se tornar exportador:

- O país vai viver a era de ouro para o gás.

É tanto gás que em áreas como nas bacias dos Parecis, em Mato Grosso, e do São Francisco, em Minas Gerais, o gás chega a borbulhar, num fenômeno denominado exsudações. Em certos pontos, como na pequena Buritizeiro, em Minas Gerais, na água que jorra do solo, com apenas um fósforo, se acende uma chama intermitente.

- Na Bacia dos Parecis, em Mato Grosso, no Rio Teles Pires, há 800 metros de rio borbulhando gás e, em certos pontos, se pode até gravar o som. Podemos deixar um Brasil desses para trás? - pergunta Magda Chambriard, diretora-geral da ANP.

Mas, para aproveitar todo esse potencial, é preciso que o governo defina uma nova política para o uso do gás e que a ANP, que já investe R$ 120 milhões por ano no estudo das bacias sedimentares, volte a fazer as rodadas de licitações, paradas desde 2008, com a descoberta do pré-sal.

Especialistas acreditam que, com mais matéria-prima e as novas técnicas de exploração, a indústria nacional pode ganhar competitividade. E, hoje, o preço do gás, acima da média mundial, pode convergir para patamares internacionais nos próximos oito anos, reduzindo em 53% o valor cobrado do setor, estima a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN).

O potencial é enorme. Hoje, 96% das bacias ainda não foram exploradas. Estudos geológicos da ANP indicam grandes reservatórios em seis bacias, do Norte ao Sul. O diretor do Instituto de Eletrotécnica e Energia (IEE) da USP e ex-diretor da Petrobras Ildo Sauer vai mais longe: para ele, o Brasil está à beira de uma revolução energética. Segundo o especialista, estimativas do Departamento de Energia dos EUA dão conta de que o Brasil pode ter reservas de 7 trilhões de metros cúbicos, contra os 395 bilhões de metros cúbicos atuais. O volume é equivalente a quatro milhões de barris de petróleo por dia.

- É uma verdadeira revolução. Com o desenvolvimento de tecnologia na produção, haverá redução dos custos e menores impactos ambientais. Mas o governo tem que traçar uma política para isso - destaca Sauer.
Transição para uma matriz limpa

Marco Tavares, da consultoria Gas Energy, diz que a exploração de gás em parte das bacias ganhou nova dimensão com a descoberta de uma nova técnica, pelos americanos, que torna os campos economicamente viáveis:

- Assim, os EUA, que importavam 20% do seu consumo de gás, produzem hoje 100% da sua demanda. Lá, o mercado é 30 vezes maior que o do Brasil. O gás é mais limpo que outros combustíveis e pode alavancar o desenvolvimento industrial do país.

Entre os ambientalistas, o gás não associado ao petróleo também é visto como uma opção a carvão, diesel e óleo combustível, por ter menos impactos ambientais. Segundo Ricardo Baitelo, coordenador da Campanha de Energias Renováveis do Greenpeace, o gás é o elo entre as energias de baixa emissão, como a eólica e renovável, e os mais poluentes:

- O gás tem um papel importante, que é servir de transição do atual cenário para uma matriz energética limpa. Por isso, é fundamental essa transição, que vai durar até 2050. Se comparar as emissões do gás com o óleo combustíveis, a emissão cai até pela metade.

Rodolfo Landim, presidente da petroleira YXC e da Mare Investimentos, lembra que o gás aparece como a melhor opção frente a outras fontes de energia envoltas em polêmica. Por outro lado, Landim destaca a importância de o Brasil voltar a fazer os leilões:

- O mercado reage às decisões do governo. Vemos tantos problemas para a aprovação das hidrelétricas, a usina nuclear é um tabu, o carvão tem uma série de problemas (ambientais) e as energias solar e eólica não geram energia suficiente. E o Brasil vai continuar crescendo. Por que não se usa o gás para produzir diesel, o derivado mais consumido no país? Em todas essas bacias, o potencial precisa ser avaliado. Não adianta deixar lá embaixo.

Além dos leilões, é preciso pesquisa. Sauer lembra que o gás em São Francisco e Solimões está em um reservatório diferente (chamado folhelho) dos até então conhecidos:

- Estamos estudando a tecnologia, os custos e o impacto ambiental para a produção desse tipo de gás. Os EUA têm um gás semelhante, o chamado gás de xisto, para o qual foi desenvolvida uma tecnologia que reduziu os custos, para cerca de US$ 2 por milhão de BTUs (unidade internacional do gás), contra os mais de US$ 8 do gás produzido pela Petrobras e o que vem da Bolívia.

Magda brinca com o tamanho das reservas:

- Existe uma profecia de um colega nosso petroleiro que diz que o Brasil ainda vai achar gás natural embaixo do gasoduto Brasil-Bolívia.

É por esse gasoduto que vêm os 30 milhões de metros cúbicos que o país importa por dia do vizinho.

Os recursos da ANP para os estudos das bacias vêm do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para evitar que esse dinheiro seja contingenciado pelo governo. Nos últimos quatro anos, foram destinados R$ 500 milhões. A agência diz que já está com todos os estudos prontos para realizar a 11 rodada de licitações, em áreas acima do Rio Grande do Norte. Só falta a presidente Dilma Rousseff autorizar.

Cristiano Prado, da FIRJAN, acredita que o aumento da oferta de gás vai elevar a competitividade das empresas brasileiras. Hoje, o preço do gás está 17,3% acima da média mundial, com valor de US$ 16,84 por milhão de BTUs:

- Com mais gás, e uma política de governo, o preço pode convergir para o padrão internacional, fazendo com que o preço final à indústria caia 53%.

A abundância de gás já foi até mencionada, em 1956, por Guimarães Rosa em suas caminhadas pelo sertão. Em "Grande Sertão Veredas", fica clara a referência na região de Minas. "Em um lugar, na encosta, brota do chão um vapor de enxofre, com estúrdio barulhão, o gado foge de lá, por pavor.".........segurança nacional

sábado, 28 de abril de 2012

Ex-chefe de segurança ridiculariza premiê de Israel e questiona plano de atacar Irã


Em um pronunciamento sem precedentes, o ex-chefe do Shin Bet (serviço de segurança do governo israelense) ridicularizou a figura do primeiro-ministro Binyamin Netanyahu e advertiu que um ataque israelense ao Irã pode "acelerar dramaticamente" o projeto nuclear iraniano.
Em um encontro com um algumas dezenas de pessoas, nesta sexta-feira, Yuval Diskin, que foi chefe do Shin Bet entre 2005 e 2011, disse que não confia em Netanyahu nem no ministro da Defesa, Ehud Barak, e que não gostaria que "essas pessoas" conduzissem Israel para uma ação "da dimensão de uma guerra com o Irã".
Ainda não está claro se Diskin sabia que o encontro estava sendo gravado, mas rapidamente o vídeo com seu pronunciamento começou a ser divulgado por redes sociais na internet e, algumas horas depois, as duras criticas que fez aos lideres do país se tornaram manchete dos principais veículos de comunicação.
Diskin ridicularizou Netanyahu e Barak, chamando-os de "messias de Akirov e Keisaria", em referência aos bairros luxuosos onde o premiê e o ministro da Defesa possuem propriedades.
"Eu os vi de perto, e posso dizer a vocês que eles não são messias", afirmou, questionando a imagem que tanto Netanyahu como Barak tentam criar de si mesmos como "salvadores do povo de Israel".

Latidos

Em termos duros, Diskin fez ataques pessoais aos principais lideres do país.
"Sabemos que cachorros que latem não mordem. Infelizmente tenho ouvido latidos demais ultimamente", disse o ex-chefe do Shin Bet.
Diskin afirmou que os lideres do país apresentam ao público um "quadro incorreto sobre a questão iraniana, tentando criar a impressão de que se Israel não agir, o Irã terá uma bomba atômica".
"Eles se dirigem a um publico tolo ou ignorante, dizendo que, se Israel agir, o Irã não terá a bomba, mas isso é incorreto", afirmou Diskin. "Muitos analistas dizem que uma das consequências de um ataque israelense pode ser uma aceleração dramática do projeto nuclear iraniano", disse.
"O que os iranianos fazem hoje devagar e silenciosamente, (depois de um ataque) terão legitimidade para fazer muito mais rápido", afirmou.

Escândalo


As declarações de Diskin, um dos mais respeitados militares israelenses, 
O vice-primeiro ministro, Silvan Shalom, declarou que tem "muito respeito por Yuval Diskin, que foi um ótimo chefe do Shin Bet". "Porém seu pronunciamento foi um erro, coisas assim não precisam ser ditas", acrescentou Shalom.
O ministro dos Transportes, Israel Katz, qualificou as palavras de Diskin como "grosseiras e inadequadas".
Diskin não é o primeiro militar importante em Israel que critica o plano, atribuído a Netanyahu e Barak, de atacar as instalações nucleares do Irã.
No ano passado, o ex-chefe do Mossad, Meir Dagan, qualificou o plano como "estúpido".
Na semana passada o chefe do Estado-Maior do Exército israelense, general Benny Gantz, também fez um pronunciamento que foi interpretado como discordância ao plano de ataque ao Irã.
Gantz afirmou que não acredita que o Irã vá produzir armas nucleares. Segundo o general, o governo iraniano é "racional e sabe que seria um erro enorme produzir armas nucleares".
Gantz também afirmou que as sanções econômicas contra o Irã "começam a dar resultados"......BBC Brasil segurança nacional

Austríacos testam traje espacial para futura missão tripulada em Marte

O Programa de Pesquisa Análoga sobre Marte testou neste sábado (28) um traje espacial que está sendo desenvolvido pelo Fórum Espacial da Áustria para futuras visitas ao chamado "Planeta Vermelho".A roupa, batizada de Aouda.X, foi mostrada para a imprensa em uma caverna de gelo no monte Dachstein, perto da vila de Obertraun. Ela permite simular uma possível missão tripulada a Marte.
O Programa de Pesquisa Análoga sobre Marte é uma iniciativa internacional que envolve estudos em diferentes países, desenvolvendo tecnologia para uma futura viagem espacial ao planeta G1.segurança nacional

Itamaraty aguarda resposta da Bolívia sobre ação militar na fronteira


O Ministério das Relações Exteriores aguarda resposta do governo boliviano sobre denúncias de maus-tratos, invasão de casas, morte de gado e expulsão de brasileiros por parte de militares da Bolívia na região de fronteira com o Brasil.
Segundo o Itamaraty, a ação de soldados teria ocorrido na última quarta-feira. No dia seguinte, representantes do governo federal, da Polícia Federal e do governo do Acre foram até a cidade de Capixaba, a 77 km de Rio Branco, para verificar os fatos.
Na sexta-feira, o encarregado de negócios da Embaixada do Brasil em La Paz, Eduardo Sabóia, foi recebido no Ministério das Relações Exteriores da Bolívia e o secretário-geral das Relações Exteriores, Ruy Nogueira, conversou com o vice-ministro de Relações Exteriores do país. Agora, o governo brasileiro aguarda uma resposta oficial do governo boliviano.
Segundo informações do governo do Acre, o problema na fronteira com o Brasil já é antigo e foi detectado há cerca de quatro anos. A lei da Bolívia estabelece que estrangeiros não podem ser proprietários de terras em uma faixa de 50 km da fronteira. Por causa desse problema, foi feito um acordo entre os dois países para resolver de forma pacífica a retirada de brasileiros do território. No entanto, esse acordo teria sido desrespeitado na ação dos soldados bolivianos.

Brasil desloca militares após Bolívia expulsar brasileiros na fronteira

O Ministério da Defesa deslocou uma tropa para o município de Capixaba (AC), a 70 quilômetros de Rio Branco, após o Exército da Bolívia ter retomado o processo de expulsão de brasileiros que vivem em seu território.

Na semana passada, antes de expulsarem um colono brasileiro, os militares bolivianos circularam por Capixaba portando pistolas e armas de grosso calibre, fizeram compras no comércio local e até abasteceram seus veículos num posto da cidade.

A tropa do Exército Brasileiro, que conta com apoio da Polícia Federal, tem a missão de guardar a fronteira e impedir novas entradas não autorizadas de militares bolivianos em território nacional.

O Ministério da Defesa movimentou o Exército e a Polícia Federal após o governador do Acre, Tião Viana (PT), ter informado ao Gabinete de Segurança Institucional que colonos brasileiros estão sendo expulsos de suas casas e suas terras estão sendo ocupadas por soldados bolivianos.

Existem mais de 500 colonos brasileiros na região do Alto Acre, que abrange os municípios de Capixaba, Acrelândia, Plácido de Castro, Epicilância, Brasiléia e Assis Brasil. Além dos colonos, existem 50 produtores rurais com pequenas fazendas, que variam de 100 a 300 hectares de pastagens.

O colono José Carlos Caldas, expulso pelos bolivianos, perdeu a plantação e a pequena criação de gado, além de outros bens. Parte do gado teria sido abatida pelos militares para alimentar a tropa boliviana.

O colono registrou o caso na delegacia da Polícia Federal de Epitaciolândia e pediu ajuda do governo brasileiro. A propriedade que ele ocupava na Bolívia pertencia ao pai dele há mais de 40 anos.

- O grave é que a Bolívia não parece empenhada em manter boas relações diplomáticas. Qualquer ação militar que envolva os exércitos dos dois países na fronteira deve ser comunicada, mas  nem o Exército Brasileiro, nem o Itamaraty e nem o Governo do Acre foram informados da operação. A situação exige por parte da diplomacia brasileira um protesto forte junto aos diplomatas bolivianos – disse ao  o secretário Nilson Mourão, de Justiça e Direitos Humanos do Acre, após participar de uma reunião em Capixaba com a presença do ministro Eduardo Paes Sabóia, da Embaixada do Brasil na Bolívia.

Mourão adiantou que ele e o ministro estão elaborando um relatório em que sugerem que a Bolívia seja tolerante com a presença dos colonos brasileiros até o final do ano. Até lá, o os colonos serão assentados pelo Incra em território brasileiro.

- No povoado boliviano de Vila Bella, com cerca de 60 casas, não existe energia elétrica. Estamos dispostos, como sinal de boa vontade, a oferecer energia do Luz para Todos que passa no lado brasileiro da rua que divide os dois países. Estamos sugerindo, ainda, que haja um entendimento envolvendo a diplomacia dos dois países em relação aos 50 proprietários que possuem fazendas de 100 a 300 hectares na Bolívia, na região do município de Capixaba – acrescentou Mourão.
 segurança nacional

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Projeto de novo porta-aviões russo estará pronto em 2014


A Corporação Unida de Construção Naval deverá desenvolver e apresentar nos próximos três anos ao Ministério da Defesa os projetos de plataformas dos novos navios da Marinha de Guerra, disse hoje o seu presidente, Roman Trotsenko.
“A Marinha de Guerra da Rússia se encontra em um período de transição, durante o qual é estabelecido o futuro desenvolvimento e as perspetivas de diversas classes de navios. A nossa corporação compreende que a Marinha deverá reduzir os tipos e as classes de forças de superfície e submarinas”, disse o responsável.
“Por isso, na classe de corvetas, o projeto estará pronto já em 2012. O navio de classe oceânica ficará terminado em 2013 e o projeto de porta-aviões deverá ser finalizado em 2014”, disse.voz da Russia segurança nacional

Crise nos EUA motiva luta da Boeing para vender caça ao Brasil


A redução do Orçamento dos EUA para defesa levou a sua principal empresa parceira, a Boeing, a lutar por uma maior participação no mercado mundial de venda de armamento. O CEO da Boeing Defense Space & Security, Dennis Muilenburg, afirmou que o objetivo da companhia é ampliar em 35% seus negócios em armamento no mundo.“Um dos nossos ponto-chave é expandir nossa participação internacional. Cinco anos atrás nossos negócios de defesa fora dos EUA eram apenas 7%. Ano passado, foram 24%. Esperamos chegar a 30% até o próximo ano. E nossa meta seguinte é chegar a 35% nos próximos anos. É uma das razões para o investimento no Brasil e ao redor do mundo", disse MuilenburgEm janeiro deste ano, o presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou a redução de US$ 487 bilhões do Orçamento para área de defesa no prazo de 10 anos. Segundo Muilenburg, a mudança da política dos EUA – principal causador e uma das vítimas da crise econômica mundial iniciada em 2008 – "acelerou" a busca da Boeing por outros mercados.
"Parte dos cortes no Orçamento dos EUA, talvez, acelerou a globalização dos nossos negócios. A economia global está mudando. Vemos três principais áreas de crescimento fora dos EUA. Na América do Sul, o Brasil, principalmente. No Oriente Médio, a Arábia Saudita. E também a Austrália, Japão, Coréia do Sul, Singapura e Índia. Todos esses mostram crescimento no orçamento de defesa", afirmou.
Venda de caças para o Brasil
O CEO (diretor executivo, em tradução livre) recebeu um grupo de seis jornalistas brasileiros - incluído a reportagem do iG - na sede da Boeing Defense, em Saint Louis, para uma conversa nesta semana. Muellenberg confirmou que a venda de caças de 36 caças F/A-18E Super Hornet para o Brasil vai ajudar a cumprir a meta de crescimento de vendas mundial.
Chamado projeto F-X2, da Força Aérea Brasileira, a licitação gira em torno de US$ 5 bilhões conta com mais dois participantes, além do Super Hornet oferecido pela Boeing: o sueco Grippen, produzido pela sueca SAAB, e o Rafale, da francesa Dassault. Até o fim de junho, espera-se que o vencedor seja anunciado pelo governo brasileiro.
“A campanha do F-X2 é muito importante para nós. Esperamos ter um bom resultado”, disse. “Esperamos ser um parceiro por muito tempo”, afirmou Muilenburg. A Boeing tem se esforço para atender o pacote de transferência de tecnologia solicitado pelo governo brasileiro. A empresa tem ressaltado o relacionamento com outras empresas e instituições de ensino no Brasil.
Do ponto de vista político, a Boeing tem contado com o apoio do governo norte-americano para convencer o  Brasil a companhrar os Super Hornet. Nesta terça-feira, o secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, reuniu-se com o ministro Celso Amorim (Defesa) para definir uma série de acordos entre os dois países na área.
Além do Brasil, a Boeing está participando de uma concorrência na Coréia do Sul para a venda de caças. Ano passado, a empresa conseguiu vender 84 caças da F-15 para a Arábia Saudita. Fora dos EUA, o primeiro comprador dos Super Hornet foi a Austrália, que adquiriu 24 aeronoves. "Há algumas oportunidades no mundo, mas umas das mais importantes para a Boeing é a do Brasil", afrimou o CEO.
Gigante norte-americana fundada em 1916, a Boeing tem dividido seus negócios com 47% na área de defesa e outros 53% na produção de aviões comerciais. A empresa também tem diversificado seus negócios. Nos últimos anos, passou a investir em defesa cibernética, com o objetivo de identificar ataques de hackers e crackers contra sistemas de governos e empresas privadassegurança nacional