segunda-feira, 9 de abril de 2012

Militarização do espaço pode tornar-se realidade

 O ministério da Defesa dos EUA anunciou um novo programa espacial ambicioso destinado a montar uma rede de satélites em volta da Terra. A rede poderá incluir 288 satélites do projeto GPS e satélites de comunicação de órbita baixa (LEO) Iridium.
 Intenção semelhante foi anunciada pelo diretor do setor de telecomunicações por satélite do programa de modernização russo Skólkovo, Serguêi Jukov. Segundo ele, a Rússia deve estudar a possibilidade de união de diversos sistemas de satélite para a criação de um futuro escudo de satélites.
 Mas para que fins serão utilizadas na prática essas constelações de satélites? Em primeiro lugar, evidentemente, para fins militares. Os satélites são o núcleo das forças armadas modernas dos países desenvolvidos, sendo o principal objetivo de uma guerra do futuro não tanto a tomada do território do inimigo, mas a aplicação de golpes exatos contra seus pontos fracos. Isso quer dizer que o exército, reforçado pela cavalaria blindada, poderá deixar de ser relevante no futuro teatro de operações militares.
Estação orbital militar – sistema de defesa a laser Polyus.
 No conceito de “armas estratégicas”, a ênfase se desloca da clássica “tríade nuclear” aos sistemas de armas convencionais de alta precisão com locais de instalação diferentes. Todavia, seu emprego se torna problemático sem um grande número de elementos de apoio orbital, como satélites de reconhecimento, aviso prévio, previsão, comunicação, navegação e identificação de alvos.
 Já em 2004, o especialista-chefe do Centro de Estudos Militares e Estratégicos do Estado-Maior russo, Vladímir Slipchênko, disse, em entrevista ao autor deste artigo: “O principal objetivo dos EUA não é construir um escudo antimíssil nacional, mas ensaiar o uso de sua infraestrutura orbital de informação para a condução de guerras sem contato”.
Ilustração da estação orbital Polyus acoplada aos foguetes de lançamento.
 De acordo com o general, até 2020 o número de armas de alta precisão em posse dos países desenvolvidos poderá chegar a 70 ou 90 mil. Imagine quantos satélites serão necessários para servi-las. Portanto, centenas de satélites, aparentemente inofensivos e que sozinhos não são armas de ataque se tornarão parte integrante dos sistemas de armas de alta precisão, principal meio de combate do século 21.
 Por outro lado, os satélites são o “calcanhar de Aquiles” desses sistemas e também poderão ser atacados. Isso cria a possibilidade de agir sobre a capacidade combativa dos sistemas de armas de alta precisão mediante a neutralização das constelações de satélites. Já em plena Guerra Fria, os EUA e a URSS realizavam experiências de combate aos alvos “trans-atmosféricos”, suspendendo-as somente no fim da década de 1980, receosos de que os fragmentos dos objetos destruídos pudessem atingir os satélites militares e outros em operação em órbita. Hoje, a humanidade parece estar voltando à ideia de guerras espaciais.
 Em 11 de janeiro de 2007, a China atacou e abateu seu próprio satélite meteorológico. Um ano depois, em 21 de fevereiro de 2008, o cruzador norte-americano Lake Erie, em missão no Pacífico, derrubou com um míssil interceptor um satélite espião dos EUA prestes a cair descontroladamente. Segundo as declarações oficiais dos EUA, o ataque ao satélite se deveu à preocupação com a segurança dos habitantes da Terra. Note-se que o satélite foi atingido a uma altitude de 247 km com um míssil Sm-3, que faz parte dos sistemas de apoio ao futuro escudo antimíssil europeu. Assim, a possibilidade de atingir satélites em órbita realmente existe. Portanto, se existe a possibilidade de destruir alvos no espaço, mais cedo ou mais tarde surgirá a necessidade de colocar no espaço armas para defendê-los. O ex-secretário de Defesa norte-americano, Robert Gates, já declarou que a proteção de seus veículos espaciais é uma prioridade para o ministério da Defesa dos EUA.
 Há tempos militares e políticos russos estão preocupados com o problema da eventual militarização do espaço. Na época em que desempenhavas as funções de comandante das Tropas Espaciais da Rússia, o atual presidente da Agência Espacial Russa (Roskosmos), Vladímir Popóvkin, declarou: “Se alguém decidir instalar armas no espaço, teremos que responder à altura para não ficar a ver navios”.
 Em 2007, o vice-primeiro-ministro do governo russo, Serguêi Ivanov, mandou construir um escudo único com as funções de defesa aérea, antimíssil e antiespacial e designou como empresa matriz do projeto o consórcio Almaz-Antei. O escudo deve ficar pronto até 2015 e combinar, segundo Ivanov, sistemas de combate e de informação aos sistemas existentes para garantir a defesa antiaérea, antimíssil e antiespacial da Rússia.
Sala de controle da defesa anti-míssil.
 É difícil dizer qual caminho tomarão os EUA para defender seus satélites, mas todos nós nos sentiríamos mais seguros se as rampas de lançamento dos mísseis permanecessem em terra.
Rússia investe na defesa aeroespacial.
 O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa da Rússia, Anatóli Serdiukov, em uma reunião do alto oficialato russo. De acordo com o ministro, as novas tropas permitirão juntar as potencialidades dos sistemas de defesa antiaérea e antimíssil e dos sistemas de aviso prévio contra mísseis e de controle do espaço.
 “Essa mescla dos sistemas permitirá combater com êxito quaisquer alvos aéreos e espaciais velozes, inclusive hipersônicos”, disse o governante russo,destacando a necessidade de concluir os trabalhos para a criação do novo braço das Forças Armadas até o dia 1 de dezembro deste ano.
Ao referir-se aos alvos hipersônicos, o ministro fez uma alusão clara ao planador hipersônico norte-americano AHW (Advanced Hypersonic Weapon), que fez o primeiro teste bem-sucedido em meados de novembro, após dois testes anteriores abortados. O ministério da Defesa dos EUA anunciou que iria utilizar os resultados obtidos com o programa AHW para a construção do sistema “Ataque Global Imediato Convencional” (Conventional Prompt Global Strike, CPGS). O plano CPGS prevê a criação de armas convencionais capazes de atingir qualquer lugar do mundo em poucas horas após receber o respectivo comando.
 A pressa com que foi anunciada a criação da Defesa Aeroespacial (ASD, na sigla em inglês) na Rússia e as declarações do ministro sobre a disponibilidade das tropas de lutar contra as armas norte-americanas, ainda em fase de projeto, evidenciam o nervosismo em altos círculos militares da Rússia, que tentam manter uma aparência de igualdade com os EUA. O novo setor também tem como objetivo adaptar as Forças Armadas russas às novas condições tecnológicas da guerra. A questão é saber o que está por trás das palavras do ministro e se as novas tropas poderão fazer frente às ameaças reais.
 A Defesa Antiaérea russa não está em seu melhor estado, segundo os generais que respondem ou já responderam pela defesa do espaço aéreo russo. Em 2008, o comandante-chefe da Força Aérea, Aleksánder Zélin, qualificou de crítico o estado da Defesa Antiaérea nacional. Em meados de maio passado, o antecessor do general Zélin, Anatóli Kornukóv, anunciou aos jornalistas que a defesa antiaérea russa está longe de ser perfeita.
Capacidades da defesa de mísseis da Rússia frente às ameaças Ocidentais.
 “Somos capazes de repelir parcialmente um ataque com a ajuda de nossos caças e mísseis. Mas duvido que sejamos capazes de fazer frente aos mísseis tático-operacionais lançados contra a Rússia”, disse o general.
 Por outro lado, as doutrinas defensivas dos maiores países do mundo não excluem o emprego de armas espaciais. As órbitas circunterrestres alojam dezenas de satélites ligados sob diferentes formas a programas militares. Num futuro próximo, serão instaladas no espaço armas capazes de atingir alvos terrestres. Também se prevê que a maior parte das armas antimísseis seja instalada no espaço.
 Nesse contexto, a criação de um sistema de defesa aeroespacial integrado não é um desafio do futuro, é um desafio do presente. Ainda assim, a direção político-militar da Rússia estende a conclusão da construção da ASD até 2020.
 O objetivo de criar tropas de defesa eficazes com base em um programa especial com duração até 2016 foi fixado pelo presidente Vladímir Pútin já em 2006.
Representação artística de míssil hipersonico.
 No entanto, os cinco anos passados foram perdidos na luta entre diversos departamentos para decidir quem iria comandar as novas tropas. Como a Força Aérea tem sob seu comando a defesa antiaérea, ela queria também tomar sob seu controle a futura Defesa Aeroespacial. Mas o elemento-chave da Defesa Aeroespacial é um escudo antimísisil e antiespacial, estrutura que não se enquadra em nenhum dos ramos das Forças Armadas existentes.
Assim sendo, não há garantias de que a declaração do ministro Serdiukov sobre a criação de um novo braço das Forças Armadas ponha termo à disputa pelo controle sobre a ASD.  Atualmente, só o sistema russo S-400 reúne um potencial mais ou menos adequado para fazer frente aos mísseis balísticos. Sua entrega às tropas só está começando.
 “Além de atualizar o sistema A-135, foi fixado o objetivo de construir um sistema móvel, o S-500 (versão desenvolvida do S-400 – nota do autor), que pudesse ser utilizado tanto na defesa de Moscou quanto na defesa de outras regiões do país ameaçadas. Com a construção do sistema S-500, será resolvido o problema da criação de um sistema de defesa antimíssil móvel ou, pelo menos, transportável. O sistema deverá ficar pronto até 2015. Já está pronto um projeto preliminar e estão sendo elaboradas soluções técnicas”, disse o co-presidente do Conselho de peritos para a problemática da ASD, Ígor Achurbeili, que durante dez anos dirigiu os trabalhos de desenvolvimento de novos sistemas de defesa antiaérea e antimíssil do país.
O comentário acima leva a crer que, apesar das perspectivas animadoras, hoje em dia a Rússia não tem sistemas de defesa antimíssil prontos. O escudo antimíssil de Moscou, A-135, mencionado por Ígor Achurbeili, entrou em serviço em 1995 e está desatualizado. Seus mísseis e radares devem ser modernizados. O complexo precisa também de novos mísseis interceptores transatmosféricos, pois os mísseis 51T6, construídos para o efeito em 2002, foram desmantelados e os mísseis 53T6, atualmente em serviço, só podem interceptar alvos atmosféricos. Outro desafio é instalar na Rússia uma produção nacional de sistemas de computação e de supercomputadores sem os quais um sistema antimíssil moderno não pode funcionar. A tentativa de resolver os problemas existentes com a ajuda de sistemas móveis parece promissora, mas esses sistemas só estão começando a entrar em serviço e chegam às tropas em pequenas quantidades. Além disso, as soluções tecnológicas neles utilizadas exigem ajustamentos.
 Dito isto, podemos constatar que a criação de um braço das Forças Armadas separado é apenas o início de um difícil caminho rumo à construção de um sistema eficaz de defesa do espaço aéreo e exterior da Rússia.
Fonte: Gazeta russa.SEGURANÇA NACIONAL 

Foguete norte-coreano está na plataforma de lançamento


O foguete norte-coreano que supostamente deve colocar em órbita na próxima semana um satélite foi instalado na plataforma de lançamento, apesar dos protestos internacionais, constatou neste domingo a imprensa estrangeira no centro espacial de Tongchang-ri (noroeste).

As autoridades norte-coreanas organizaram a visita inédita para mostrar que o foguete Unha-3 não é um míssil, como afirmam o governo dos Estados Unidos e seus aliados, em particular Coreia do Sul e Japão.


Vários jornalistas e especialistas em ciência e tecnologia estrangeiros visitaram as instalações de onde a Coreia do Norte planeja lançar um satélite entre os dias 12 e 16 deste mês, informou nesta segunda-feira a agência de notícias estatal norte-coreana KCNA.
Os convidados observaram na plataforma de Sohae, situada na província noroeste de Pyongan do Norte, o foguete portador Unha-3, que nas últimas semanas despertou críticas de vários países por considerarem que seu lançamento encobre um teste de um míssil balístico de longo alcance.
A visita começou em uma das plataformas de testes da estação de lançamento de satélites, onde comprovaram o mapa de distribuição geral das instalações e viram o satélite de observação terrestre Kwangmyongsong-3, segundo a KCNA.
A agência do hermético país comunista destacou que a visita do grupo é "uma exceção, que vai além das práticas internacionais", orientada a "demonstrar de maneira transparente a natureza pacífica do lançamento do satélite".

Representantes do Comitê de Tecnologia Espacial da Coreia do Norte asseguraram aos jornalistas e analistas estrangeiros, segundo a KCNA, que o lançamento acatará todas as normas internacionais e "proporcionará uma garantia de credibilidade e segurança".
Acrescentaram que o satélite, uma vez posto em órbita, servirá para recopilar "informação necessária sobre a distribuição de recursos florestais no país, gravidade dos desastres naturais, estimativa de colheitas, previsões meteorológicas e estudo dos recursos naturais".
A Coreia do Sul e os Estados Unidos, entre outros países, condenaram o suposto teste encoberto de mísseis de Pyongyang, que, afirmaram, representaria a violação de uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, e pediram que o país desista de seus planos.
No meio da polêmica pelo lançamento, as autoridades sul-coreanas de inteligência temem que a Coreia do Norte esteja preparando, além disso, um terceiro teste nuclear no mesmo local no qual realizou outros dois em 2006 e 2009.
Segundo a agência sul-coreana Yonhap , imagens de satélite indicariam que Pyongyang estaria realizando "preparativos clandestinos" deste tipo na província de Hamkyong do Norte.
Em 2009, o país comunista realizou um teste nuclear um mês e meio após lançar ao espaço seu projétil de longo alcance Taepodong-2.

Com agências: AFP/EFE..SEGURANÇA NACIONAL

sexta-feira, 6 de abril de 2012

CIA publica relatório sobre o Irã


Em 2011, o Irã continuou a realizar o seu programa de enriquecimento de urânio, no entanto, já praticamente esgotou o concentrado necessário para tal, lê-se no relatório anual da CIA.
O urânio enriquecido é produzido no centro subterrâneo em Natanz. O Irão começou também a produção de urânio enriquecido na usina de Fordow, perto da cidade de Kum.
Os serviços secretos norte-americanos sublinham que, devido a várias circunstâncias, em 2012, o progresso no enriquecimento de urânio de certa forma estagnou.
Ao mesmo tempo, o Irã progrediu no que se refere ao programa de criação de mísseis balísticos. O relatório sublinha que o Irã tenta construir estes mísseis de forma autónoma, importando os principais componentes da Rússia, Coreia do Norte e China...SEGURANÇA NACIONAL

Engenheiros britânicos criaram uniforme militar do futuro


O equipamento moderno de um soldado em muitos países do mundo inclui dispositivos eletrónicos, algumas tropas utilizam serviços poderosos de comunicação por satélite, aparelhos de visão noturna, etc. No entanto, os muitos cabos e baterias criam algum desconforto. Para resolver este problema, foi criado um uniforme com cabos inseridos na própria estrutura do tecido.
O protótipo de novo uniforme criado por engenheiros britânicos possui uma fonte de alimentação e é uma espécie de rede local à qual podem ser ligados vários equipamentos. Se, até agora, para cada dispositivo era necessária uma fonte de alimentação à parte, agora, através da estrutura em rede do uniforme, podem ser ligados vários aparelhos simultaneamente a uma única fonte de alimentação...SEGURANÇA NACIONAL

Annan pede a Brasil que envie tropas para ajudar a monitorar situação síria


Jamil Chade, correspondente
GENEBRA - O enviado da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Liga Árabe para a crise síria, Kofi Annan, quer que o Brasil envie tropas para integrar o contingente de observadores que será deslocado para monitorar um eventual plano de paz em Damasco e a implementação de um cessar-fogo.A informação foi dada ao Estado com exclusividade pelo porta-voz de Annan, Ahmed Fawzi. A ONU espera delinear até a semana que vem um grupo de cerca de 250 homens que seriam enviados à Síria para garantir o cumprimento de um cessar-fogo, a partir do dia 12. Mas ativistas sírios, Annan e o próprio secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon alertam que a repressão ganhou força nos últimos dias, numa demonstração de que o regime de Bashar Assad não dá sinais de ceder.
Em Brasília, por meio de sua assessoria de imprensa, o Itamaraty informou não ter recebido pedido para o envio de soldados à Síria. A criação de uma força de paz, ainda de acordo com a assessoria, somente é feita depois de aprovada no Conselho de Segurança da ONU, o que ainda não se deu. Caso isso ocorra, informa o Ministério de Relações Exteriores, o Brasil estudará o pedido de envio, pois o País "acompanha com interesse a situação na Síria".
Annan deu um prazo até terça-feira para que o regime sírio e a oposição comecem a abandonar as armas e Damasco retire tanques e armas pesadas de centros urbanos. Com isso, um cessar-fogo amplo seria iniciado de fato na quinta-feira. O acordo também prevê que nenhuma cidade será alvo de uma nova incursão militar.
"Esperamos que no dia 10 o governo sírio tenha concluído a retirada de suas tropas dos centros urbanos", disse Fawzi. "A partir desse momento, começa um período de 48 horas, durante o qual cessarão totalmente todas as formas de violência por todas as partes, o que inclui o governo sírio e a oposição."
"Daí, então, esperamos que haja espaço para um diálogo político", disse Fawzi. "O cessar-fogo não é um fim em si mesmo. Tudo isso é para criar condições para que haja um diálogo na direção da democracia. Por isso, a missão de observadores é fundamental", disse Annan.
Para garantir o pacto, Annan iniciou nos últimos dias um dialogo com alguns governos sobre a possibilidade do envio dos soldados para a missão de observação. Os soldados seriam enviados desarmados e apenas com a missão de relatar se Assad e os rebeldes estão ou não cumprindo o acordo.
Fawzi indicou que o Brasil já foi procurado extraoficialmente e informado do interesse de Annan - acrescentando que, nos próximos dias, uma carta oficializando o pedido será enviada a Brasília. "O Brasil está na lista dos países que queremos que atuem", disse o porta-voz de Annan.
No total, Annan havia selecionado aproximadamente uma dúzia de países que gostaria de ver na operação. A lista foi feita com base nas características dos governos e na capacidade de serem considerados interlocutores tanto do Ocidente quanto do governo sírio.
Fawzi evitou dar mais detalhes, alegando que Annan "não negocia pela imprensa". Há duas semanas, o Estado relatou que Annan telefonou para o chanceler Antonio Patriota justamente para pedir apoio nos esforços de mediação na Síria. Já naquela ocasião, Annan antecipou a Patriota o fato de que estava pensando em enviar a missão de 250 observadores para a Síria.
O Brasil mantém tropas no Haiti e uma fragata no Líbano. Na visão da ONU, o envio de soldados credenciaria o Brasil a novos esforços de paz no Oriente Médio. Para Annan, a missão na Síria teria um formato pouco tradicional. "Não há um front ou linhas determinadas separando a oposição e o governo. Não podemos ter uma força tradicional de manutenção da paz", disse Annan à Assembleia-Geral da ONU. Segundo ele, essa força deve ser relativamente pequena, flexível, ágil e ter acesso a todo o país em segurança.
Na quarta, uma equipe avançada de sua missão desembarcou na Síria para já começar a negociar de que forma os observadores militares atuarão. Para liderar a implementação de um acordo, Annan escolheu o general norueguês Robert Mood, que já está em Damasco.
Sem trégua
A esperança de Annan de um cessar-fogo vem justamente no momento em que ativistas alertam que Assad tem intensificado os ataques. Para a oposição, Assad estaria ganhando terreno antes do cessar-fogo, enquanto 2,3 mil refugiados sírios cruzaram a fronteira com a Turquia nas últimas 24 horas, segundo o governo de Ancara.
De acordo com a Anistia Internacional, 232 pessoas morreram na Síria desde que Assad afirmou ter aceitado considerar o plano de paz de Annan, na semana passada. O governo sírio, porém, relata que, na realidade, está retirando suas tropas de Deraa, Idlib e Zabadani...SEGURANÇA NACIONAL

Acidente com jato da Marinha destrói prédios nos EUA


AE - Agência Estado
Um jato F-18 da Marinha dos Estados Unidos bateu nesta sexta-feira contra um prédio em Virginia Beach, no Estado de Virgínia, mas os dois membros da tripulação que estavam na aeronave conseguiram se ejetar antes do acidente. Eles foram socorridos e levados para um hospital com ferimentos leves, juntamente com outras quatro pessoas, segundo informou um porta-voz da cidade. As equipes de resgate ainda procuravam por vítimas no início da noite. De acordo com informações da imprensa local, três prédios foram destruídos e dois tiveram danos significativos.
O jato de dois lugares colidiu contra o prédio por volta do meio-dia (horário local), a pouco mais de três quilômetros da estação aérea naval Oceana, de acordo com um porta-voz da Marinha. Um representante do corpo de bombeiros de Virginia Beach disse que funcionários da Marinha estavam no local do acidente no início da noite, juntamente com equipes que prestavam os primeiros socorros. Segundo um representante do serviço médico de emergência da cidade, o dano poderia ter sido muito maior se os pilotos do jato não tivessem despejado todo o combustível da aeronave antes da colisão.
Segundo Robert Matthis, assistente da administração municipal de Virginia Beach, até o início da noite não havia informações sobre mortos. O governador do Estado de Virgínia, Bob McDonnell, disse ao prefeito da cidade, Will Sessoms, que vai fornecer todo o auxílio necessário. "Nós estamos monitorando os acontecimentos atentamente e os policiais estaduais estão agora no local. Nossas preces são para que ninguém tenha morrido ou se ferido gravemente nesse acidente", comentou o governador. Ainda não se sabe a causa da queda do jato.
A região de Hampton Roads, no sudeste de Virgínia, é a casa de uma significativa comunidade militar, incluindo a grande base naval Norfolk. O jato que colidiu contra os prédios faz parte do esquadrão que treina os pilotos da Marinha e dos fuzileiros navais. Segundo o website da unidade, o treinamento inclui missões de ataque. O mesmo modelo de jato caiu em dezembro de 2008 durante um treinamento em San Diego (Califórnia), matando quatro pessoas e destruindo duas casas.
O deputado republicano Scott Rigell, que é da Virgínia, disse em um comunicado que "nossas preces estão com toda a região de Hampton Roads e com as comunidades militares, já que os socorristas estão lidando com a situação em solo admiravelmente. Eu conversei com o governador McDonnaell, o prefeito Sessoms e os dirigentes da estação Oceana, e minha equipe e eu estamos prontos a ajudar da maneira que for preciso". As informações são da Dow Jones e da Associated Press...SEGURANÇA NACIONAL 

Jato da Marinha dos EUA bate contra prédio na Virgínia


Um jato F-18 da Marinha dos Estados Unidos bateu nesta sexta-feira, 6, contra um prédio em um bairro residencial em Virginia Beach. Os dois pilotos da aeronave tiveram tempo de se ejetar, segundo o Pentágono. Seis pessoas, incluindo os dois militares, foram encaminhadas a hospitais próximos. Não há detalhes sobre o estado de saúde das vítimas.  
Com o impacto, cinco edifícios tiveram danos "importantes', declarou o porta-voz do Corpo de Bombeiros de Virgínia, Tim Riley. Cinco viaturas dos bombeiros, ambulâncias e policiais cercaram a região. O jato pertence à base aérea de Oceana localizada em Virgínia, onde os pilotos fazem treinamento.
Em comunicado, as Forças Armadas afirmaram que o acidente ocorreu por volta das 12h (horário local), momentos depois de o jato deixar a base. Ainda segundo o texto, as forças disseram que estão trabalhando em conjunto com as autoridades locais. As causas do acidente ainda não foram esclarecidas. Uma testemunha afirmou ter visto o jato voar abaixo do normal e com fogo em uma das asas.
Em fotografias enviadas por testemunhas ao portal de notícias CNN era possível ver fogo e fumaça entre os edifícios. De acordo com a rede de televisão CNN, um dos edifícios atingidos é uma casa e ao menos duas pessoas teriam sido levadas a um hospital da região.
Com informações da Dow Jones, Efe e AP..SEGURANÇA NACIONAL