quarta-feira, 4 de abril de 2012

Após golpe, Mali mergulha no caos e brasileiros não têm como deixar o país

Após ignorar o prazo para devolver o poder aos civis, a junta militar malinesa, que deu um golpe de Estado há duas semanas, mergulhou o país no caos. Nesta terça-feira, três líderes da Al-Qaeda do Magreb Islâmico (AQMI) reuniram-se com Iyad Ag Ghaly , chefe do grupo islâmico Ansar Din, que domina a cidade de Timbuctu, no norte do Mali.Na capital, Bamako, a população fez fila ontem para estocar alimentos e dinheiro. Os apagões deixam a cidade sem eletricidade e sem água na maior parte do dia. Os 15 países da Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (Ecowas) anunciaram sanções, que incluem o fechamento de todas as fronteiras do Mali - que não tem saída para o mar.
Isolado e sem saber o que fazer, o missionário brasileiro Edson de Melo teme pela segurança da mulher, Paula, e das filhas, Melissa, de 10 anos, e Sabrina, de 7. Eles apostaram que a junta seria capaz de estabilizar o país e ficaram presos em Bamako.
Por telefone, Edson contou ao Estado que é arriscado fugir de carro, que só haverá lugares em voos internacionais a partir de domingo e que eles não têm os cerca de R$ 8 mil necessários para pagar as passagens. Mesmo que resolva a questão financeira - muitos amigos e missionários já ofereceram ajuda -, comprar os bilhetes aéreos é uma epopeia imprevisível.
"Já me aconselharam a não ir ao centro da cidade, porque há manifestações", conta. "Mesmo que conseguisse, não há eletricidade e nada funciona." A decisão de partir fica ainda mais difícil porque Edson tem uma escolinha de futebol que emprega cinco pessoas e alimenta várias crianças. "Sem a nossa presença, eles não têm ninguém."
Apesar de o comércio funcionar, as escolas fecharam. Para Edson, quase tão angustiante quanto a insegurança é suportar o calor de 45° C sem ar-condicionado. Há dois dias, a TV estatal está fora do ar. Informações, só por emissoras de Burkina Fasso, da Costa do Marfim e da França. E as notícias são péssimas.
Segundo a ONU, desde janeiro, mais de 200 mil pessoas deixaram suas casas. Em Gao, norte do país e epicentro da tormenta, há registros de saques a agências bancárias e começa a faltar comida. Para o Alto-Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), o país está "à beira de uma grave crise humanitária".
A tragédia malinesa começou no dia 22, quando militares chefiados pelo capitão Amadou Sanogo derrubaram o presidente Amadou Touré. Os rebeldes disseram que a quartelada foi uma resposta à falta de recursos para combater o Movimento Nacional para a Libertação de Azawad (MNLA), tuaregues que lutaram na guerra civil da Líbia e retornaram ao Mali para combater pela independência de Azawad, como é conhecido o norte do país.
O golpe causou uma reação em cadeia. O MNLA levou apenas uma semana para cortar o território malinês ao meio e ocupar as cidades de Gao, Kidal e Timbuctu. No início, os separatistas tiveram ajuda do Ansar Din, outro grupo tuaregue, mas de raízes islâmicas.
Consolidada a vitória no norte, Iyad Ag Ghaly, líder do Ansar Din, foi além e proclamou que a luta era para instaurar a sharia (a lei islâmica) em todo o país, causando atrito com o MNLA.
Cisão. Os dois grupos afastaram-se mais nos últimos dias, especialmente depois que o Ansar Din expulsou as forças do MNLA de Timbuctu e transformou a cidade em sua base. Com isso, o conflito tornou-se ainda mais complexo, com quatro frentes de luta: governo civil, militares golpistas, separatistas tuaregues e tuaregues islâmicos.
Nesta terça-feira, a presença em Timbuctu de três chefes da Al-Qaeda do Magreb Islâmico parece ter confirmado a cisão. Os argelinos Abu Zeid, Mokhtar Belmokhtar e Yahya Abu al-Hammam reuniram-se com vários imãs e com Ghaly, líder do Ansar Din, que estaria buscando apoio dos religiosos para consolidar seu poder. Formada a partir de um grupo salafista argelino, em 2002, a AQMI tem uma facção liderada por Abdelkrim Taleb, primo de Ghaly. / COM AGÊNCIAS Segurança Nacional

Boeing terá Centro de Pesquisa e Tecnologia Aeroespacial no Brasil - Inclui Video

SÃO PAULO, Brasil, 3 de abril de 2012 – Boeing anunciou hoje que vai estabelecer a BoeingResearch & Technology-Brazil, um centro de pesquisa e tecnologiaem São Paulo, que irá trabalhar com os principais pesquisadores e cientistas do país para desenvolver tecnologias aeroespaciais.
 
A Boeing Research & Technology-Brazil, que será aberta ainda este ano, servirá como um hubpara a colaboração entre a Boeing e organizações de P&D brasileiras, incluindo agências governamentais, empresas privadas e universidades.
 
"A Boeing é definida por sua excelência tecnológica, e estabelecer a Boeing Research & Technology no Brasil trará novas ideias e processos inovadores para a nossa empresa”, disse Donna Hrinak, Presidente da Boeing do Brasil. "Nós também fortaleceremos nossa relação com a comunidade de P&D do Brasil de forma a aumentar a capacidade do país para atingir as suas metas de desenvolvimento econômico e tecnológico".
 
Áreas de foco de pesquisa para o novo centro irão incluir biocombustíveis sustentáveis de aviação, gestão avançada de tráfego aéreo, metais avançados e bio-materiais e tecnologias de apoio e serviços.
 
"Como parte do compromisso estratégico de longo prazo da Boeing para o Brasil, vamos estabelecer projetos colaborativos de P&D e realizar pesquisas na BR&T-Brazil, que beneficiarão o País, ao mesmo tempo que que também vamos dar suporte para os investimentos da Boeing para manter nossa excelência competitiva", afirmou Al Bryant, Vice-Presidente da Boeing Research & Technology-Brazil. "Esta é uma oportunidade de ganho tanto para o Brasil, como para a Boeing."
 
Boeing Research & Technology-Brazilserá o sexto centro de pesquisas avançadas da Boeing fora dos Estados Unidos; os outros estão na Europa, Austrália, Índia, China e Rússia.
 
A história da Boeing no país remonta a 1932, quando a Boeing entregou 14 caças F4B-4 ao governo brasileiro. A Boeing fez sua primeira entrega comercial para o Brasil em 1960 e continua a fornecer produtos de ponta e alta tecnologia para as companhias aéreas brasileiras TAM e GOL.
 
Em julho de 2011, Boeing e a fabricante brasileira de aeronaves Embraer anunciaram planos para financiar conjuntamente análises e pesquisas para produção sustentável de biocombustíveis de aviação a jato. A Boeing Brasil foi estabelecida em outubro de 2011, no mesmo mês em que Boeing, Embraer e FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) assinaram um acordo para liderar o desenvolvimento de um relatório detalhado, descrevendo as oportunidades únicas e desafios da criação, produção e distribuição industrial economicamente viável no Brasil de combustível de aviação sustentável, a partir de biomateriais.
 
O Brasil tem o mercado de aviação comercial que mais cresce na América Latina. A Boeing prevê que será necessário para o Brasil adquirir mais de 1.000 aviões que irão custar mais de 100 bilhões de dólares nos próximos 20 anos. A GOL Linhas aéreas opera uma das maiores entre frotas de 737 do mundo, e a TAM Linhas aéreas se tornará a primeira operadora brasileira do 777.
 
Com sede em Chicago, Illinois, EUA, a Boeing é a maior empresa aeroespacial do mundo e líder na fabricação de jatos comerciais e sistemas espaciais de defesa e segurança. A Boeing Research & Technology colabora com clientes, fornecedores, universidades e agências de P&D em todo o mundo para fornecer uma ampla base de tecnologias inovadoras e acessíveis para as unidades de negócios da Boeing.segurança nacional

terça-feira, 3 de abril de 2012

Centro de Instrução de Blindados realiza Exercício de Simulação Virtual de Adestramento

Santa Maria (RS) –  No período de 12 a 30 de março, o Centro de Instrução de Blindados realiza Exercício de Simulação de Combate em ambiente virtual.
O exercício compreende o treinamento de técnicas, táticas e procedimentos de tropas blindadas em combate convencional, o planejamento e a emissão de ordens de operações ofensivas no nível Força Tarefa Subunidade, bem como a execução da operação planejada, em ambiente virtual, empregando elementos de manobra e apoio ao combate.
Na atividade de adestramento são empregados equipamentos de simulação de combate de última geração, como os Treinadores Sintéticos de Blindados, Treinadores Sintéticos Portáteis e Simuladores Virtuais de Aprendizagem Steel Beasts.
  SEGURANÇA NACIONAL

Comando do 9º Distrito Naval contribui para a formação dos futuros integrantes do BOPE de Roraima


Alunos do Curso de Operações Especiais da Polícia Militar do Estado de Roraima embarcados no Navio-Patrulha Fluvial “Pedro Teixeira”

 
O Batalhão de Operações Ribeirinhas (BtlOpRib), Organização Militar subordinada ao Comando do 9º Distrito Naval (Com9ºDN), realizou o Estágio de Operações Ribeirinhas para os alunos do Curso de Operações Especiais da Polícia Militar do Estado de Roraima, de 13 a 16 de março.
Durante o Estágio, foram ensinadas as principais técnicas inerentes às atividades operacionais no ambiente ribeirinho, como Natação Utilitária, Embarcações e Motores, Orientação e Navegação Fluvial e Operações com Helicóptero, além de algumas técnicas de Operações como Camuflagem e Postos de Vigilância.
Ao final do Estágio, os alunos tiveram a oportunidade de realizar um exercício simulando uma Operação Ribeirinha conjunta entre a Marinha do Brasil e a Polícia Militar do Estado de Roraima. Os alunos participaram de um planejamento conduzido pela Equipe de Instrução do BtlOpRib e embarcaram no Navio-Patrulha Fluvial “Pedro Teixeira”.SEGURANÇA NACIONAL

Tropas japonesas postas em estado de alerta

As forças de autodefesa do Japão foram postas em estado de alerta em face dos planos da Coréia do Norte de efetuar o lançamento de um satélite artificial que, segundo estimativas de peritos nipônicos, seguirá a trajetória de voo a passar pelas zonas meridionais do país.SEGURANÇA NACIONAL

Destróier britânico parte para missão às Malvinas


O destróier da Marinha britânica HMS Dauntless zarpará esta quarta-feira, 4 de abril, às ilhas Falkland (Malvinas), no Atlântico Sul, informa o  Independent, citando um representante do Ministério da Defesa do Reino Unido.
O Departamento ressalta que HMS Dauntless irá substituir uma fragata, que está em missão na costa das Malvinas, e que a chegada do destróier não é uma provocação contra o pano de fundo das relações tensas com a Argentina.VOZ DA RUSSIA SEGURANÇA NACIONAL

BAE Systems eleva participação no projeto do KC-390


A britânica BAE Systems, segunda maior empresa do mundo no segmento de defesa, foi selecionada pela Embraer e pela Força Aérea Brasileira (FAB) para fornecer um novo sistema para o avião de transporte militar KC-390. Além dos componentes eletrônicos para o controle de voo da aeronave, a BAE será a responsável pelo fornecimento de parte dos controles gerais da cabine, conhecidos pelo nome técnico sidesticks ativos.O vice-presidente e diretor-geral de soluções para aeronaves comerciais da BAE, Ehtisham Siddiqui, disse que a escolha da empresa representa uma vitória estratégica para o grupo britânico e posiciona a companhia para fornecer uma solução de controle para a superfície do jato da Embraer.
O KC-390 é um jato de transporte de peso médio (20 toneladas), com duas turbinas, que pode ser reabastecido em voo e utilizado para reabastecimento no ar ou em terra de outras aeronaves. Treze parceiros já foram definidos para participar do desenvolvimento do cargueiro. A aeronave possui 60 intenções de compra, sendo 28 do Brasil, doze da Colômbia, seis do Chile e seis da Argentina.
“Este contrato adicional com a BAE Systems nos sistemas de controle de voo do KC-390 reforça nosso compromisso em equipar a aeronave com sistemas de ponta”, disse o vice-presidente sênior de Operações & COO da Embraer Defesa e Segurança, Eduardo Bonini Santos Pinto.
A BAE possui mais de 20 mil sistemas de controle de voo em operação em aeronaves comerciais e militares em todo o mundo. No Brasil, está presente por meio de um escritório em Brasília, que dá suporte aos equipamentos fornecidos às Forças Armadas, como canhões navais, radares e controles de voo para aeronaves comerciais.
Em 2011, a companhia assinou contratos com o governo brasileiro no valor aproximado de R$ 500 milhões. O montante inclui o projeto de modernização do primeiro lote de 150 veículos blindados sobre lagartas M-113, utilizados em transporte de tropa pelo Exército Brasileiro.
A Marinha do Brasil também fechou contrato com a BAE no fim do ano passado para a compra de três Navios de Patrulha Oceânica (OPVs) de 1800 toneladas e os serviços de suporte.
Para o KC-390, a BAE disputa ainda o fornecimento de outras partes, como os assentos e a blindagem da cabine, para a qual a empresa se associou a uma indústria nacional, exigência feita pela Aeronáutica.
O vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios da BAE Systems na América Latina, Erik Hjelm, disse que o grupo pretende intensificar as parcerias industriais no Brasil nas áreas de defesa e segurança, trazendo sua expertise em projetos de interesse das Forças Armadas Brasileiras.
Fonte: Valor..segurança nacional