terça-feira, 27 de março de 2012

BRICS - Dilma vai a reunião na Índia e discutirá compra de caças


Brasília - A presidente do Brasil, Dilma Rousseff, participará esta semana de uma reunião das potências emergentes que compõem o Brics - cujas parcerias podem ajudar o Brasil a assegurar seu posto sexta economia mundial - em Nova Délhi e aproveitará a viagem para obter informações sobre o caça francês Rafale, que tem sido analisado pelo governo indiano.

Os líderes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul se reunirão pela quarta vez na quinta-feira, com uma agenda principalmente econômica em meio à crise internacional, explicou a subsecretária política da chancelaria brasileira, Maria Edileuza Reis.

"O principal ponto da agenda é a proposta de criar (no futuro) um banco dos Brics" destinado a financiar investimentos e projetos de infraestrutura, informou o ministro de Indústria, Fernando Pimentel.

Dilma terá também encontros bilaterais com cada um dos líderes fora da cúpula, na qual o Brasil chega como a sexta economia do planeta, depois de superar a Grã-Bretanha.

Os países membros do Brics (termo cunhado no início da década passada para denominar as grandes economias emergentes e de rápido crescimento do planeta) representam cerca de 19% do PIB mundial. Estima-se que este ano, os Brics contribuirão com cerca de 56% do crescimento mundial e os países do G7 somente com 9%, segundo dados do governo brasileiro.

"Roussef vê nos Brics a oportunidade de diversificar as relações econômicas do Brasil e fortalecer os laços com os países emergentes", explicou Oliver Stuenkel, coordenador da Escola de História e Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas, que participou da delegação brasileira em um recente fórum de intelectuais do grupo.

Apesar de ser visto como um grupo improvável, que reúne nações com tamanhos e interesses absolutamente díspares, "não há dúvidas de que o Brics continuará se encontrando e os laços se fortalecerão", avalia Stuenkel, para quem o "grande desafio (...) será criar uma agenda" que vá "mais além" dessa imagem de oposição que propõem as grandes nações industrializadas.

Herdeira política de Luis Inácio Lula da Silva, que apostou em aprofundar relações com outros países emergentes, Dilma Rousseff partiu no domingo à noite em direção à Índia.

Cooperação militar e caças

Depois da cúpula do grupo Brics, Dilma dará início a uma visita bilateral a Índia, com quem o Brasil integrou em 2003 o fórum IBAS (Índia-Brasil-África do Sul) e que pode ser chave para a decisão de Brasília sobre a compra de 36 aviões caças.

Na licitação, estimada em 5 bilhões de dólares, competem os caças Rafale da francesa Dassault, o F/A-18 Super Hornet da americana Boeing e o Gripen NG da sueca Saab.

Analistas e fontes do governo brasileiro disseram que a decisão da Índia de entrar em negociações exclusivas com a França para a compra de 126 Rafales - uma licitação estimada em 12 bilhões de dólares - pode ajudar a convencer o Brasil a optar pelo mesmo avião.

A subsecretária política da chancelaria brasileira reconheceu o interesse do Brasil por uma "troca de ideias e impressões" sobre a recente opção indiana pelo Rafale.

"A decisão da Índia, não formalizada, pode ter um impacto na decisão do Brasil, porque mostra que o Rafale (que até agora nunca foi vendido a outro país) já tem um cliente", disse à AFP o diretor do site especializado Defesanet, Nelson During.

O Brasil e a Índia poderiam ressuscitar "um velho projeto debatido entre ambos os países em 2002, de se articular para produzir um mesmo avião", nessa época o francês Mirage, acrescentou During.

O Brasil e a Índia negociam um possível acordo técnico-militar, explicou a responsável da chancelaria. "É extremamente interessante" que os dois países debatam um acordo militar, já que "poderia haver muitas complementaridades na área industrial", disse During.

O Brasil não tomará uma decisão sobre os aviões caças antes da viagem de Dilma à Índia, sua reunião com o presidente americano Barack Obama na Casa Branca dia 9 de abril e as eleições francesas de maio, informou recentemente uma alta fonte do governo.
segurança nacional

Cientistas franceses desenvolvem nova técnica de 'camuflagem térmica'


Cientistas franceses apresentaram um modo de "camuflar" o calor de objetos, segundo a publicação científica Optics Express, especializada no assunto. A ideia, de acordo com a revista, vai além de encontrar um modo de fazer objetos não serem captados por dispositivos que detectam altas temperaturas via imagem.
A região 'camuflada' aparece no centro do mapa térmico nesta imagem da 'Optics Express' - Reprodução/BBC
Reprodução/BBC
A região 'camuflada' aparece no centro do mapa térmico nesta imagem da 'Optics Express'
Desde 2006, quando ganhou força o conceito de transformação ótica, que propôs meios para que fosse criada um tipo de camuflagem ótica, a pesquisa da área se desenvolveu, mas as experiências entretanto esbarravam em questões técnicas. Recentemente, entretanto, algumas ideias similares foram usadas para "esconder" objetos de campos magnéticos ou mesmo ondas sonoras.
Todas essas ideias têm como base a manipulação de ondas para conseguir o efeito de camuflagem. Mas para Sebastien Guenneau, do Institut Fresnel, da França, explica que lidar com o calor é diferente. "O calor não é uma onda. Ele simplesmente de difunde de regiões quentes para as frias", disse.
O físico continua. "A matemática e a física têm um papel muito diferente. Por exemplo, uma onda pode viajar por longas distâncias com poucos fatores de atenuação, enquanto a temperatura de difunde por pequenas áreas", detalha.
O desafio foi aplicar a matemática das transformações óticas às equações que descrevem as difusões. O resultado obtido pelo doutor Guenneau e seus colegas foi um modo de fazer o calor se dissipar sem dificuldades.
O experimento envolveu uma técnica fundamentalmente diferente dos dispositivos de térmicas que ativamente esquentam e resfriam o objeto para "escondê-lo". Com a nova técnica, os pesquisadores propõem uma capa composta por 20 anéis, cada um feito de um material com um nível de dissipação de calor diferente do outro.
"Podemos fazer uma capa que dissipa o calor para uma região invisível, que fica protegida das altas temperaturas", diz Guenneau. "Ou podemos fazer o calor se concentrar em um volume bem pequeno, que então esquentará rapidamente", completa.
É a capacidade de direcionar e concentrar calor que deve encontrar suas primeiras aplicações práticas, por exemplo, na indústria de microeletrônicos, onde o controle da carga de calor em determinadas áreas ainda é um desafio para os engenheiros.Segurança nacional

Londres critica Argentina por fala sobre 'submarino nuclear'


REUTERS
Argentina e Grã-Bretanha tiveram um atrito nesta terça-feira em Seul depois que o chanceler argentino, participando de uma cúpula sobre segurança nuclear, acusou uma "potência extrarregional" de enviar ao Atlântico Sul um submarino capaz de transportar armas nucleares.
As tensões entre Londres e Buenos Aires recrudesceram às vésperas do 30º aniversário da guerra travada entre dois países pela posse das ilhas Malvinas (ou Falklands), que durou dez semanas e resultou na morte de 650 militares da Argentina e 255 da Grã-Bretanha.
A Grã-Bretanha ficou indignada com as declarações do ministro Hector Timerman, e o vice-premiê britânico, Nick Clegg, re-escreveu seu discurso para apresentar uma resposta.
"Receio ter a obrigação de responder às insinuações feitas pela delegação argentina sobre a militarização do Atlântico Sul pelo governo britânico", disse ele. "São insinuações infundadas e sem base."
A Grã-Bretanha, que venceu a guerra e controla as ilhas, diz que só aceita discutir a soberania do arquipélago caso os seus 3 mil habitantes solicitem, o que parece improvável num futuro próximo. segurança nacional

segunda-feira, 26 de março de 2012

Brasil é mais que um mercado para a Boeing

Os planos da Boeing para o Brasil vão além da parceria comercial. A promessa é da nova presidente da empresa no País, a americana Donna Hrinak, que há seis semanas está no País para comandar a companhia. “Não estamos olhando o País somente como mercado. Estamos olhando o Brasil como parceiro e centro de tecnologia e pesquisa”, afirma ela, especialista em Brasil - foi embaixadora dos Estados Unidos no País entre 2002 e 2004.

Na área comercial, a grande ambição da Boeing é ser escolhida pelo governo para a compra de 36 caças da Força Aérea Brasileira (FAB). A empresa americana enfrenta a francesa Dassault e a sueca Saab. A troca dos caças foi anunciada pelo ex-presidente Lula em 2007, mas se arrasta desde então. A presidente Dilma Rousseff já sinalizou que deve definir a escolha ainda no primeiro semestre. 

Neste fim de semana, a Boeing deu provas de que quer aumentar a influência no Brasil. A empresa patrocinou um encontro de pesquisadores canadenses e brasileiros que debateu o uso da tecnologia visual analytics (visualização analítica de dados). 

A ação da gigante americana pode ser analisada como um reconhecimento de que o País pode fornecer tecnologia de ponta. “Estamos falando de uma maneira de fazer pesquisa tecnológica que pode trazer soluções para problemas do mundo real”, diz Donna, que inaugurou o workshop Brava Initiative, em São Paulo.

Atualmente, a Boeing já patrocina estudantes brasileiros no programa do governo federal Ciências sem Fronteira. “Acho que estamos respondendo a uma iniciativa da presidente Dilma. Ela também vê a necessidade de promover a educação na ciência e tecnologia, engenharia e matemática”, afirma a executiva. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo. Segurança Nacional

Centro de Comando e Controle - EMBRAER Defesa e Segurança

segurança nacional

França começa a fabricar mísseis “Fire Shadow” para a Inglaterra

A renomada empresa fabricante de mísseis francesa, a MBDA, começou a fabricar para o Exército Britânico modernos mísseis do tipo “Fire Shadow”. Esses mísseis são do tipo “loitering”, ou seja, esse tipo de míssil pode ficar planando por hora antes de atacar um alvo apropriado.
“Completamos os lançamentos de testes”, afirmou Steve Wadey, diretor executivo técnico da MBDA e seu gerente na Inglaterra. Ele agregou que “todos os lançamentos, efetuados contra uma série de veículos fixos e movimento, foram um sucesso total”. A MBDA já conclui a entrega dos primeiros exemplares do Fire Shadow para o Exército Britânico, disse Wadey. No entanto, ele se recusou a especificar quando e onde os mísseis serão colocados em serviço operacional.
Os mísseis Fire Shadow pesam menos de 200 kg, têm um alcance de até 100 km, podemo voar a uma altura de 4.600 metros e permanecer até 6 horas voando sobre o campo de batalha, esperando o momento apropriado para atacar os objetivos terrestres e navais apropriados. Podem ser usados pelo UAVs e helicópteros de ataque para garantir a precisão do ataque.
Segundo Wadey, a MBDA planejar iniciar as consultas com outros clientes potenciais para “assegurar um interesse mais amplo para o Fire Shadow.Fonte: O INFORMANTE plano brasil segurança nacional

Colômbia diz ter matado 32 guerrilheiros das Farc


Forças colombianas mataram ao menos 32 suspeitos de pertencerem ao grupo guerrilheiro Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e prenderam outros quatro, segundo disse nesta segunda-feira o presidente do país, Juan Manuel Santos.
Santos fez o anúncio em encontro de seu gabinete de segurança na cidade de Villavicencio, menos de uma semana após o Exército colombiano ter matado outros 33 guerrilheiros em um bombardeio contra um acampamento das Farc.
O presidente colombiano elogiou os "ótimos resultados" do Exército e disse que duas das pessoas detidas na operação são mulheres.
"Às 3h30 desta manhã teve início uma operação", disse Santos.
Outra operação
Santos disse que os resultados da ação se somam "aos da operação ocorridas em Arauca na semana passada" na qual foram mortos outros 33 guerrilheiros das Farc.
O bombardeio atingiu um acampamento da guerrilha no Departamento (Província) de Arauca, no nordeste do país, próximo à fronteira com a Venezuela.
Outros 12 rebeldes foram capturados. Santos disse que as operações foram um "grande golpe" contra as Farc.
No último fim de semana, os rebeldes mataram 11 soldados em uma emboscada em Arauca - o maior ataque da guerrilha em meses.
Greve de fome
A nova onda de violência ocorre após a proposta de paz das Farc, julgada insuficiente pelo governo.
O comando da guerrilha disse no mês passado que pretende libertar 10 militares sequestrados.
As Farc anunciaram, ainda, planos de libertar seis policiais e quatro soldados que mantêm cativos. A guerrilha afirmou também que irá abandonar a prática dos sequestros por dinheiro.
Também na semana passada, um grupo de ex-guerrilheiros das Farc detidos em mais de 10 penitenciárias colombianas começou uma greve de fome em protesto à negativa do governo em reconhecê-los como prisioneiros políticos.
O grupo também reivindica que o governo de Santos autorize uma visita humanitária às prisões da Colômbia.
Oficialmente a Colômbia tem cerca de 8 mil presos nestas condições. A Corporação Arco-Íris, que estuda o conflito armado colombiano, estima que 9,5 mil ex-guerrilheiros das Farc e de outras guerrilhas, como o Exército de Libertação Nacional (ELN), estejam detidos em presídios do país e dos Estados Unidos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. Segurança Nacional