sexta-feira, 23 de março de 2012

É preciso aguardar antes de atacar o Irã'


ROBERTO SIMON - O Estado de S.Paulo
Ex-número 2 do Mossad, o legendário serviço de espionagem de Israel, Ilan Mizrahi não apoia um ataque "já" contra as instalações nucleares do Irã. "As sanções estão tendo um impacto cada vez maior (sobre o Irã) e temos de dar algum tempo a mais para elas agirem", argumenta, para em seguida completar: "Mas a opção militar deve permanecer sobre a mesa".
Analistas que preveem um contra-ataque imediato do Hamas e do Hezbollah em caso de guerra contra o Irã podem estar enganados, diz ainda Mizrahi. "Não acredito que a resposta será automática. Antes, pensarão no 'que' e em 'como' fazer'."
O veterano agente do Mossad não fala sobre seu passado, apenas que serviu na agência israelense por 30 anos. Sobre a "arte da espionagem", diz que a inteligência humana é ainda o recurso fundamental, "a única capaz de responder os 'porquês'". "Uma foto de satélite pode te mostrar que construíram algo em tal lugar. Mas por quê? Isso só alguém infiltrado revela." Ele conversou com o Estado em São Paulo.
A inteligência americana acredita que o Irã suspendeu em 2003 suas atividades clandestinas em busca da bomba atômica, embora tenha avançado em seu programa nuclear "regular". Como o sr. reage a essa avaliação dos EUA? O Irã já decidiu sair em busca da bomba?
Não só estão em busca, como usam todos os meios à disposição para avançar rumo à bomba. Do enriquecimento de urânio ao desenvolvimento de mísseis de longo alcance capazes de transportar uma ogiva, eles estão avançando a todo vapor e em todas as direções.
Como o sr. encara a afirmação dos EUA sobre essa possível "pausa" no programa clandestino por volta de 2003?
Nós sabemos que, em 2003, em meio à invasão do Iraque, os iranianos estavam com muito medo e enviaram uma mensagem aos EUA dizendo "estamos prontos para suspender nosso programa nuclear e até discutir nosso apoio ao terrorismo". Mas (o presidente George W.) Bush ignorou. Alguns americanos interpretaram isso como uma pausa no programa e, em 2007, a CIA voltou a falar isso - sem dizer de onde tirou a informação. Nós sabemos que eles continuam em busca da bomba com toda força.
As sanções nunca foram tão duras contra o Irã: a Europa e os EUA acabam de impor um embargo total ao petróleo iraniano. Um ataque militar, agora, é a melhor decisão ou o sr. acredita que há espaço para negociação?
Eu não acredito em negociações. Os iranianos usarão esse diálogo para enganar o mundo, como têm feito há tantos anos. Mas penso que as sanções têm um impacto cada vez maior e devemos dar algum tempo para elas agirem, pois são muito eficientes. A opção militar, porém, deve permanecer sobre a mesa.
Em razão dessas sanções, o governo iraniano será convencido de que deve parar com seu programa nuclear, mesmo para fins pacíficos?
É impossível saber como reagirão e agências de inteligência não são profetas. Trabalham com probabilidades, jamais profecias. Como (o líder supremo Ali) Khamenei reagirá? Impossível saber. A questão é que eles ainda não estão em uma posição na qual serão forçados a tomar uma decisão do tipo 'continuamos ou suspendemos o programa?' Hoje não estamos nesse ponto, embora eu tenha a certeza de que há debates em Teerã sobre essa questão.
Que tipo de debates?
Estão se perguntando não só sobre o efeito das sanções, mas também da perda de amigos. Estão vendo, por exemplo, o Hamas se distanciar. Até o Hezbollah afirmou que, caso o Irã seja atacado, a resposta no Líbano não será automática. A Primavera Árabe criou movimentos de massa contrários ao Irã, que coopera com o regime Bashar Assad nos massacres à oposição síria. Teerã internamente também tem problemas, não apenas de ordem econômica. E isso tem uma razão simples: a Revolução Islâmica está fracassando, não estão entregando o que haviam prometido em 1979. Por isso, novamente, é preciso dar tempo para as sanções agirem. E é importante notar ainda que essas medidas não teriam sido tomadas se Israel não estivesse ameaçando ir à guerra. O mundo continuaria sem fazer nada.
O sr. parece não acreditar que um ataque de Israel ao Irã será imediatamente respondido pelo Hamas e o Hezbollah.
Não acredito que haverá uma resposta automática, uma retaliação imediata do Hamas ou mesmo do Hezbollah. Antes, eles vão de pensar "no que" e em "como" fazer. Não acredito que Assad se envolva numa guerra com Israel em nome do Irã, a não ser que isso lhe sirva na luta pela sobrevivência de seu regime. Tenho minhas dúvidas sobre se teremos realmente uma guerra regional de vários fronts contra Israel. Não descarto essa possibilidade, mas não estou certo sobre ela. O Hezbollah lembrará a guerra de 2006; o Hamas, a de 2009. O poder de dissuasão de Israel está aí.
E como o sr. vê o risco de uma deriva da Síria em direção a um estado completo de guerra civil? Como isso afetará Israel?
O futuro da Primavera Árabe é desconhecido. Por enquanto, vemos que o Islã político - a Irmandade Muçulmana e suas filiais - tem vantagem. Pela ideologia desses movimentos, eles estão longe de ser amigos de Israel. Não teremos mais o Egito de (Hosni) Mubarak e não sei com que tipo de regime lidaremos na Síria depois de Bashar (Assad). Pode ser um regime que, ao longo de anos, estará ocupado internamente. Pode ser uma Irmandade hostil a Israel. Assad manteve a fronteira (com Israel) silenciosa por muitos anos, embora fosse um aliado estratégico do Hezbollah e do Irã - nossos arqui-inimigos. O que é certo é que, se Assad cair, a posição de Teerã no Oriente Médio será seriamente enfraquecida. O que ocorrerá depois, não sei.
E quanto ao risco de uma intervenção externa na Síria?
Acredito que ninguém fará isso. Agora não há o petróleo que havia no caso da Líbia e as implicações geopolíticas são totalmente diferentes. Não se sabe nem mesmo como a oposição a Assad reagiria a um ataque externo. Vamos ter um novo Iraque, com jihadistas islâmicos a caminho da Síria para lutar contra o Ocidente? A Síria pode mesmo se romper em duas partes, o que teria imensas implicações para a Turquia, que é da Otan, em razão da questão curda. Duvido que se arrisquem a esse ponto.
E no Egito, qual é o cenário?
A Irmandade gravitará em torno de dois polos: o pragmatismo de governo e o apelo de sua ideologia. Vai depender do momento. Agora, por razões táticas, eles querem se mostrar modernos e democráticos. Mas isso pode mudar a qualquer momento. Na última semana, deputados egípcios declararam no Parlamento que o inimigo ainda é e sempre será Israel. Por enquanto, não querem rever os acordos (de paz, de 1979). Veremos. Eu venho da área de inteligência e um bom agente nesse campo sempre é cheio de dúvidas e pessimista. Sou assim.
 Estado de S.Paulo segurança nacional

Espaçonave não-tripulada leva mantimentos para Estação Espacial Internacional


Um cargueiro da Agência Espacial Europeia foi lançado na Guiana Francesa com destino à Estação Espacial Internacional.
A espaçonave não-tripulada vai levar mantimentos para os astronautas da estação, inclusive alimentos e água.
O cargueiro tomou o lugar dos ônibus espaciais americanos, que prestavam esse serviço e não estão mais operando. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC. segurança nacional

quinta-feira, 22 de março de 2012

Compilação de fenômenos ufológicos

UFO Top Secret 1

OVNI Top Secret 2

TRANSPORTEX - Entenda como o avião-radar E-99 é empregado na operação

O controle efetivo do espaço aéreo e a detecção de qualquer ameça inimiga é fundamental para a manutenção da soberania nacional. Tendo em vista a importância estratégica da missão de reabastecimento em voo (REVO), que prolonga a autonomia e a capacidade de combate das aeronaves de caça, a segurança do procedimento deve ser reforçada com meios mais eficientes e seguros de detecção de ameaças. Desta forma, o exercício operacional TRANSPORTEX 2012 utiliza a aeronave E-99 do Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (2o/6o GAV), o Esquadrão Guardião, para fazer o controle e o alarme em voo das aeronaves de REVO, além de treinar a capacidade operacional de vigilância, de defesa e de comunicação entre os esquadrões.

Concebidas inicialmente para atuar na vigilância dos projetos SIPAM/SIVAM, as aeronaves E-99 constituem-se no sistema mais avançado e de menor custo para o emprego em missões de controle e alarme em voo. Capaz de fornecer dados de inteligência precisos, em tempo real, sobre aeronaves voando à baixa altitude, o E-99 pode ainda desempenhar missões de comando e controle, inteligência de sinais e comunicações, controle e vigilância de fronteiras, vigilância marítima, coordenação de operações de busca e salvamento, posto de comunicação no ar (PCOM-AR) e gerenciamento de espaço aéreo. Na América Latina, apenas o Brasil e o Chile possuem aeronaves com essa tecnologia.

Segundo o oficial de Comunicação Social do Esquadrão Guardião na TRANSPORTEX 2012, Capitão-Aviador Leonardo Moraes dos Santos, a utilização de radares móveis aeroembarcados é fundamental para assegurar a leitura radar de todo o espaço aéreo, uma vez que há a possibilidade de aeronaves voarem a baixa altura e não serem detectadas por radares em terra. 

“Como o sistema de vigilância, controle e alarme em voo do E-99 é feita de cima para baixo, a varredura fica completa, sem chances de pontos cegos onde aviões inimigos possam se esconder. Além do que, a aeronave atua como um radar móvel que acompanha as aeronaves vigiadas sem perder seu raio de ação, assegurando o controle aéreo avançado”, explica.

Na TRANSPORTEX 2012, o E-99 fará missões de controle e alarme em voo do reabastecimento de dois caças F-5EM por um KC-130 Hércules e um KC-137 Boeing . Fonte: Agência Força Aérea/..segurança nacional

TRANSPORTEX - Veja imagens de reabastecimento em voo de caças F-5EM


A missão mais desafiadora do Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2º/2º GT), o Esquadrão Corsário, é o reabastecimento de caças pela aeronave KC-137 Boeing. A aeronave do esquadrão realizou uma missão de reabastecimento em voo (REVO) de dois caças F-5EM do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1oGAVCA), Esquadrão Jambock, nesta quarta-feira (21/03), no exercício operacional TRANSPORTEX 2012, na Base Aérea de Belém, em Belém (PA). 

O KC-137 Boeing decolou às 10h para cumprir o circuito e chegar ao ponto combinado para o encontro com os caças. A tripulação do REVO é composta pelo piloto, pelo co-piloto, chamado de Comandante do REVO, e pelos observadores. Na missão de reabastecimento com o KC-137, o Comandante do REVO é também o navegador. 

O Comandante do REVO é o responsável pelo planejamento da missão até o voo. A parte técnica fica a cargo do engenheiro de voo, que libera o sistema de REVO e controla a saída de combustível. O observador verifica a aproximação dos caças e se comunica com o Comandante e o engenheiro de voo. 

“A missão REVO é a mais operacional do Esquadrão Corsário. Pode-se dizer que este procedimento é muito importante para garantir a soberania das Forças Armadas em qualquer lugar do território nacional”, explica o Capitão Josemir Ribeiro Lima, que assumiu a função de Comandante de REVO nesta missão. 

Não é para menos. O KC-137 pode transportar até 158 passageiros e carga, dependendo da configuração. O tanque central de combustível fica no dorso da aeronave e se comunica com o compartimento das asas. O KC-130 Hércules tem restrições para o transporte de passageiros por causa dos dois tanques de combustíveis no seu interior. 

“A vantagem de ter uma aeronave como o Boeing, que transporta passageiros e faz reabastecimento é a mobilidade. Podemos levar, por exemplo, um esquadrão de caça e o material de apoio e, assim, realizar o transporte completo da missão”, explica o Capitão Ribeiro.
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