quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

USP inicia operação de cluster para pesquisas em astronomia

Por Elton Alisson
Agência FAPESP – Nos próximos dias deverá entrar em operação no Departamento de Astronomia do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP) um dos maiores e mais potentes clusters – aglomerado de computadores –, voltado exclusivamente para pesquisas astronômicas no mundo.
Avaliado em mais de US$ 1 milhão, o equipamento foi adquirido com apoio da FAPESP por meio do Programa Equipamentos Multiusuários, em projeto do IAG-USP e do Núcleo de Astrofísica Teórica (NAT) da Unicsul.
Composto por três torres, do tamanho de geladeiras domésticas que juntas pesam três toneladas, o conjunto de computadores possui 2,3 mil núcleos de processamento. O sistema possibilitará um aumento de 60 vezes na escala de processamento do Departamento de Astronomia da USP. O cluster utilizado anteriormente pela instituição possuía 40 núcleos de processamento.
Não conhecemos nenhum departamento de astronomia no mundo com essa capacidade computacional. Existem universidades e consórcios entre instituições de pesquisa com clusters muito maiores, mas o tempo de processamento é dividido entre várias áreas e não são dedicados totalmente à astronomia”, disse Alex Carciofi, professor da USP e responsável pela implementação do projeto à Agência FAPESP.
De acordo com ele, o aglomerado de computadores possibilitará aumentar o grau de realismo físico e rodar mais modelos matemáticos (simulações numéricas) utilizados para estudar os sistemas astronômicos, como estrelas, galáxias e meio interestelares.
Considerados simulações da natureza, quanto mais processos físicos são incorporados aos modelos numéricos para torná-los mais realistas, mais “pesados” computacionalmente eles se tornam e demandam mais tempo para serem processados.
Com um equipamento desse porte é possível aumentar a escala do problema que pretendemos estudar, mantendo um tempo de processamento razoável, de modo que nós consigamos processar um maior número de modelos em tempo hábil para realizar nossas pesquisas”, explicou Carciofi.
O equipamento também permitirá ao pesquisadores do Departamento de Astronomia da USP ingressar em nossas fronteiras do conhecimento na área, como a astrofísica computacional.
A exemplo do que está ocorrendo em outros campos da ciência, a nova área é resultado da fusão de disciplinas que anteriormente eram distintas e seguiam separadas, como a astrofísica e a ciência da computação.
O que se deve, entre outros fatores, ao fato de que instrumentos astronômicos modernos – como telescópios robóticos que operam automaticamente – estão gerando um grande volume de dados que precisam ser analisados. “É preciso desenvolver novas técnicas para obter resultados a partir desse grande volume de dados”, disse Carciofi.
Em um primeiro momento, o cluster atenderá 150 usuários, entre estudantes de pós-graduação, docentes e pós-doutorandos do IAG e do NAT. Mas também estará disponível para ser utilizado por pesquisadores de outras instituições científicas.
Por meio do equipamento também será possível atrair cientistas de outros estados e países, que necessitam de uma grande capacidade de processamento computacional para realizar suas pesquisas.
Os pesquisadores de fora podem escolher vir para o IAG ou NAT para realizar um pós-doutorado, por exemplo, justamente porque a instituição dispõe de um cluster como esse”, disse Carciofi.
O pesquisador estima que até o fim de janeiro começarão a realizar os primeiros cálculos numéricos massivos (chamados number crunching) no novo equipamento, a fim de alcançar modelos reais de fenômenos nas áreas de astrofísica, cosmologia e astronomia galáctica.
O supercomputador foi desenvolvido pela empresa SGI e é baseado em uma plataforma Blade Altix ICE 8400 com processadores AMD Opteron 6172, com 4,6 terabytes de memória.
Fonte Original: Agência Fapesp segurança nacional

EUA lançará satélite para firmar novo sistema de comunicação militar


Efe
 A Marinha de Guerra dos Estados Unidos tentará lançar nesta sexta-feira seu novo satélite MUOS-1, o primeiro de uma série de quatro lançamentos que buscam aprimorar as comunicações militares.

Devido aos fortes ventos e à densa camada de nuvens nas proximidades da Estação da Força Aérea, em Cabo Canaveral (Flórida), duas tentativas anteriores de lançamento foram suspensas, no último dia 16 e 17 de fevereiro.

O foguete Atlas V, que impulsionará o satélite até o espaço, será levado nesta quinta-feira à rampa de lançamento. Segundo fontes da Marinha, o lançamento deverá ocorrer nesta sexta-feira, 24, às 20h15 (horário de Brasília).

DE acordo com a previsão meteorológica, o lançamento desta sexta-feira possui 40% de probabilidades de ser realizado sob condições favoráveis.

O satélite MUOS ("sistema de objetivo para usuário móvel") pertence a uma nova geração do sistema de comunicações táticas em banda estreita, desenhado para oferecer aos militares americanos, em qualquer parte do mundo, uma capacidade de comunicação dez vezes maior que a atual.

A rede MUOS substituirá o sistema atual de comunicações táticas de satélites em banda estreita conhecido como UFO. Dois dos satélites da rede UFO não funcionam há anos.

O programa MUOS é desenvolvido pela empresa Lockheed Martin Space Systems, de Sunnyvale, na Califórnia, que em 2004 firmou um contrato de US$ 2,1 bilhões para a fabricação dos dois primeiros satélites e os elementos de controle para o sistema em terra.

O contrato incluiu outros três artefatos orbitais, sendo que um deles ficaria em órbita como uma espécie de suplente para ser usado caso os outros MUOS tenham problemas. Com todas as opções envolvidas, o contrato para a fabricação de até cinco satélites gira em torno do valor de US$ 3,26 bilhões.

Aproximadamente 15 segundos depois do lançamento, os cinco foguetes propulsores se desprenderão do veículo Atlas V e cairão sobre o oceano Atlântico.

Após a queima do combustível dos outros períodos do sistema propulsor, a etapa Centauro colocará o satélite MUOS em uma órbita inicial a 145 quilômetros da Terra.

Os novos impulsos da etapa Centauro e a separação do satélite deixarão este satélite na órbita geosincrônica planificada a cerca de 3 mil quilômetros da terra, com uma inclinação de 19 graus
.Efe segurança nacional

Irã busca aumentar atividade nuclear em bunker, dizem diplomatas


FREDRIK DAHL - REUTERS
Estima-se que o Irã esteja realizando preparativos para expandir sua atividade nuclear dentro de uma montanha, disseram diplomatas, em mais um sinal de desafio frente à pressão crescente do Ocidente para suspender sua iniciativa de enriquecimento de urânio.
Elevar a capacidade na instalação subterrânea de Fordow provavelmente iria aumentar a suspeita ocidental sobre as intenções do Irã, depois que no mês passado o país começou a refinar urânio ali para um nível que reduz o tempo necessário para a construção de uma arma nuclear.
Uma equipe sênior da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) não conseguiu novamente nesta semana fazer com que o Estado islâmico tratasse de suas preocupações crescentes sobre seu trabalho nuclear e voltou de mãos vazias para Viena, após dois dias de conversas no Irã.
O revés aumentou os temores de uma espiral decrescente para o conflito entre a República Islâmica e o Ocidente, e fez com que os preços do petróleo subissem para o nível mais alto em nove meses.
A agência da ONU agora está dando os retoques finais em seu próximo relatório sobre o Irã, que deve incluir informações sobre as conversas com Teerã e mais detalhes sobre o status da instalação de Fordow, perto da cidade de Qom, que é sagrada para os muçulmanos xiitas.
"Acho que veremos um salto no estado de prontidão potencial da instalação", disse um enviado de Viena.
Fordow é uma preocupação especial do Ocidente e de Israel porque o Irã está mudando o aspecto mais polêmico de seu trabalho nuclear -refinar urânio para um nível que o deixe significantemente mais perto do material para uma bomba- para a instalação.
Supostamente situada a 80 metros de profundidade no meio de rochas e solo, a instalação dá ao Irã melhor proteção contra ataques israelenses ou norte-americanos.
O ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, advertiu que a pesquisa nuclear do Estado islâmico em breve poderia passar o que ele chamou de "zona de imunidade", protegida da interrupção externa.
Em um relatório divulgado nesta quinta-feira, o grupo International Crisis Group disse que as chances de um confronto militar sobre a disputa nuclear, embora ainda fossem improváveis, pareciam "maiores do que nunca".
"Como Israel o vê, o programa nuclear representa uma ameaça grave; a hora em que os supostos esforços do Irã de construir uma bomba se tornam imunes a um ataque está se aproximando rapidamente e a ação militar no futuro próximo -talvez ainda neste ano- é, portanto, uma possibilidade real", dizia.
Uma autoridade ocidental disse que Fordow era uma questão muito delicada: "Não tenho certeza se os iranianos entendem que estão brincando com fogo ali".
No mês passado, o Irã disse que havia começado a refinar urânio em Fordow para uma concentração físsil de 20 por cento, em comparação com os 3,5 por cento normalmente usados em usinas de energia nuclear.
Logo depois, dobrou a capacidade de produção para um total de mais de 600 centrífugas de enriquecimento de urânio em Fordow, disseram diplomatas à Reuters. FREDRIK DAHL - REUTERS segurança nacional

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

MAA-1B – noticia atrasada

Uma nota na Air International de janeiro de 2012 cita que o Paquistão pretende comprar o MAA-1B da Mectrom para equipar seus caças JF-17. Cita que já compraram o modelo MAA-1A em 2010 e agora querem comprar 100 mísseis MAA-1B por US$ 108 milhões. O míssil está planejado para entrar em serviço na FAB em 2012 .infor poder naval segurança nacional

Encontro com Obama deve ajudar na decisão de Dilma sobre caças


A grande aposta nos últimos dias no mercado de defesa nacional é de que a visita da presidente Dilma Rousseff aos Estados Unidos em abril será determinante para a decisão final em torno de qual dos três concorrentes será o escolhido para a substituição dos caças da Força Aérea Brasileira (FAB), o Programa F-X2: o Rafale, da francesa Dassault; o F-18 Super Hornet da americana Boeing ou o Gripen E/F da sueca Saab.
Depois da divulgação recente de vendas do Rafale à Índia e do Gripen à Suíça, que revigoraram a credibilidade dos modelos, caberá ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, a incumbência de convencer a presidente brasileira sobre a superioridade do modelo americano.
O F-X2 está congelado há tempos diante das limitações orçamentárias do governo federal.
O ex-presidente Lula chegou a falar da preferência pelo modelo Rafale, mas desde que iniciou a nova gestão Dilma Rousseff silenciou sobre o tema.
Na última semana, o ministro da Defesa, Celso amorim, alimentou publicamente a expectativa de que a decisão seja tomada ainda no primeiro semestre deste ano.
Para o deputado e presidente da Frente Parlamentar de Defesa, Carlos Zarattini, a vantagem da Dassault nesse processo é a disposição demonstrada pelos franceses em transferir tecnologia ao Brasil, em detrimento do modelo sueco Gripen, que só existe em projeto na versão proposta ao Brasil. "E no caso dos americanos o problema é que o Congresso tem a prerrogativa de vetar medidas de transferência de tecnologia, o que gera riscos e limitações ao Brasil."
No entanto, o diretor da Saab Brasil, Bengt Janer, contrapõe a posição de Zarattini ao defender o Gripen E/F. "O Gripen E/F é a nova geração do Gripen C/D que já é usado em cinco países do mundo. E o diferencial de nossa proposta ao Brasil é o fato de que oferecemos o desenvolvimento em conjunto com a indústria brasileira, o que inclui a transferência de tecnologia. Ou seja, se formos os escolhidos o Brasil entra como um parceiro estratégico de longo prazo da Saab que pode, inclusive, ser plataforma de venda para outros países", afirma.
A diretora de comunicação da Boeing, Márcia Costley, também sai em defesa do F-18 Super Hornet e diz haver garantias de transferência de tecnologia dos Estados Unidos para o Brasil. "É importante ressaltar que a transferência de tecnologia já foi aprovada pelo governo americano, incluindo o presidente Barack Obama, o Congresso, os Departamentos de Estado e de Defesa dos Estados Unidos", diz.
E mais: ela avalia que o governo de Dilma Rousseff mostra mais equilíbrio no processo. "Tem os indicações de que o novo governo equilibrou a competição e irá julgar cada concorrente nos méritos e benefícios de cada empresa. Autoridades do governo americano e a Boeing têm feito contato com representantes do governo brasileiro e Dilma manifestou que quer rever as propostas de cada concorrente."
Para o especialista na área de defesa, Nelson During, o programa F-X2 se insere num escopo maior de projetos prioritários de defesa nacional que estão em processo de definição. "Diante dos projetos elencados por cada uma das áreas, um grupo de estudos está trabalhando na definição das prioridades mas do ponto de vista da estratégia de política nacional de defesa. Somente com o resultado desse trabalho, previsto para maio, é que efetivamente será estabelecido o programa de aquisições para o segmento", diz During.
Ele elogia a atuação de amorim no ministério, "que está conseguindo racionalizar a discussão e colocá-la em termos mais reais e de viabilidade orçamentária do país. O governo está com uma visão mais estratégica no processo organizacional do setor de defesa."
Especificamente sobre o programa F-X2, Nelson During avalia que os três concorrentes atendem as necessidades da FAB e que nenhum deles está fora do jogo. "Se o Rafale ganhou credibilidade com a venda à Índia, o Gripen também ganhou com a negociação em andamento na Suíça, assim como Barack Obama talvez tenha cartas na manga para convencer a presidente sobre o modelo da Boeing", pondera.
Corte orçamentário
Mesmo avaliando que "todo corte é traumático", o vice-presidente executivo da Associação das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (Abimde), almirante Carlos Afonso Pierantoni Gambôa, concorda com a posição declarada pelo ministro Celso amorim de que não haverá impacto significativo nos projetos de defesa para 2012. "Quando olhamos para o montante de R$ 3,3 bilhões parece muita coisa, mas quando se espalha entre os diferentes projetos o impacto fica menor e podemos dizer que o que vai ocorrer são ajustes nos projetos. Além disso, o ministro também já disse que tem a promessa de descontingenciamento de R$ 1,7 bilhão em breve, o que diminui o peso do corte." 
DEFESA EM FOCO
Programa F-X2 é apenas uma das prioridades da área
O programa F-X2 para renovação dos caças da Força Aérea Brasileira (FAB) está presente nas discussões por causa de movimentos recentes que deram impulso ao tema, mas o fato é que esse programa é tão prioritário quanto outros.
A Marinha, por exemplo, tem um programa de navios de superfície, o Prosuper, que prevê a aquisição de cinco fragatas ou navios de escolta, navios de patrulha e um navio de apoio logístico, além do programa Prosub, para aquisição de submarinos, que está em andamento.
Para o Exército, a prioridade é o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras), que prevê o uso de armas e equipamentos desenvolvidos com novas tecnologias de defesa e que inclui ainda o programa de defesa cibernética do país.
RAFALE
Dassault ganha novo fôlego com negociações indianas
A francesa Dassault, fabricante do Rafale, cogitou colocar fim à linha de produção do modelo por falta de compradores.
Com a negociação para venda de 126 Rafale à Índia, a empresa ganha fôlego e volta ao jogo. 
F-18 SUPER HORNET
Congresso americano pode atrapalhar objetivo brasileiro
O problema que envolve o modelo americano é a prerrogativa do Congresso americano em restringir a transferência tecnológica, o que pode atrapalhar o interesse brasileiro em aprimorar a indústria de defesa.
GRIPEN
Modelo está sendo negociado com a Suíça
A empresa sueca Saab está negociando a venda do Gripen E/F - o mesmo modelo da concorrência brasileira - com a Suíça neste momento.
Há quem questione essa escolha no Brasil porque o modelo só existe na forma de projeto   ,, infor segurança nacional

Incêndio em porta-aviões deixa 1 morto e 2 feridos no Rio, diz Marinha

Um incêndio no porta-aviões São Paulo, da Marinha do Brasil, matou uma pessoa e deixou outras duas feridas, na madrugada desta quarta-feira (22), na Ilha das Cobras, na Baía Guanabara. As informações foram confirmadas pela assessoria de imprensa da Marinha.

As chamas teriam sido causadas por uma pane elétrica e foram controladas por homens do Grupo de Controle de Avarias, que são treinados e especializados em combate a incêndios, segundo a Marinha.

Os feridos foram levados para o Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins de Vasconcelos, no subúrbio do Rio, mas não há informações sobre o estado de saúde das vítimas....infor defesa net..segurança nacional

Brasil e China estudarão plano espacial de 10 anos


A mais alta instância da cooperação Brasil-China referendou, em 13 de fevereiro passado, a decisão tomada ainda em agosto de 2011 pela Subcomissão Espacial brasileiro-chinesa de criação de um grupo de trabalho especialmente encarregado de discutir e elaborar um plano decenal de colaboração em atividades espaciais.
Não poderia haver maior e mais ambiciosa novidade na já longa - e nem sempre retilínea - trajetória da cooperação espacial entre os dois países, iniciada em junho de 1988, quando o então presidente José Sarney assinou, em Pequim, o primeiro acordo envolvendo tecnologia de ponta entre países em desenvolvimento, para a construção conjunta do primeiro satélite Brasil-China de recursos naturais da Terra, ou seja, de sensoriamento remoto dos recursos e riquezas terrestres, conhecido pela sigla CBERS (China-Brazil Earth ResourcesSatellite).
A notícia é extremamente alvissareira. Significa que o Brasil aprovou a possibilidade de assumir um planejamento espacial de nada menos de 10 anos, junto com um país altamente planejado, que graças a isso deu uma virada histórica - com um ritmo vertiginoso de crescimento - e, hoje, está bem próximo de se tornar uma potência econômica e política como poucas. Quando fizemos algo semelhante? Nunca.
A tarefa nos impõe não apenas uma política de governo, mas, em especial, uma política de Estado, de longo prazo, de pensar grande, à prova de mandatos e gestões de alguns poucos anos, apequenados pelo imediatismo. Eis aí ao alcance de nossas mãos a efetivação do antigo sonho de nossa comunidade científica e tecnológica, além de muitos gestores, ministros e parlamentares, todos conscientemente de olho nos campos estratégicos do conhecimento, indispensáveis ao desenvolvimento sustentável, sensato, responsável e promissor, que pedem muito mais do que três ou quatro anos.
Isso implica outras tarefas desafiantes. Teremos que mudar de hábitos, olhar mais longe, pesquisar a fundo com dados mais prospectivos, alargar nossas reflexões e hipóteses, e nos organizar como jamais antes para compor um novíssimo grupo de trabalho, com gente capaz e disposta a se empenhar sistematicamente na montagem de um plano de ações definidas e priorizadas com o máximo cuidado, segurança e determinação para toda uma década, no mínimo.
O plano decenal, se de fato vingar e ganhar corpo, incluirá com certeza o CBERS-5 e 6, e os seguintes, um satélite de meteorologia e, quem sabe, um satélite radar (capaz de superar as intempéries que dificultam a observação da Terra), que tanto necessitamos para melhor monitorar a imensa Amazônia, patrimônio inestimável a zelar, conhecer e explorar de forma sustentável com a mais avançada tecnologia.
Será uma escola de futuro. Provavelmente das primeiras e das mais eficientes em suas múltiplas experiências e lições. Nela, poderemos formar toda uma geração de graduados, pós-graduados, técnicos, especialistas, empresários, usuários e cidadãos preparados para viver num tempo que ainda nem sabemos se realmente virá, tamanha é a crise global que hoje enfrentamos, querendo ou não.infor segurança nacional