terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Cientistas criam robô que 'precisa ir ao banheiro'


Cientistas britânicos desenvolveram um projeto de um robô que precisa ir ao banheiro.
O EcoBot 3 é um tipo de máquina autossuficiente, que tira sua energia de dejetos e água que encontra em seu caminho.
E, como qualquer organismo, este robô precisa expulsar o que poderia ser chamado de "cocô robótico".
Robôs mais tradicionais funcionam com baterias que precisam ser carregadas regularmente e, por isso, precisam de intervenção humana para se manter. Mas, o EcoBot 3, criado no Laboratório de Robótica da Universidade de Bristol, é capaz de gerar a energia que move seus circuitos graças a um dispositivo que converte os resíduos orgânicos em eletricidade com a ajuda de micróbios.
"É algo muito parecido com o que acontece com humanos", disse à BBC Ioannis Ieropoulos, do Departamento de Bioengenharia e Sistemas de Inteligência Autônomos.
"O robô pode consumir qualquer tipo de substância orgânica e um dispositivo com os micróbios (células de combustível microbianas) decompõem esta matéria para gerar a eletricidade necessária para a manutenção do funcionamento", acrescentou.
Comida
O cientista também afirmou que o robô EcoBot 3 é capaz de "encontrar a própria comida".
Durante os testes realizados em Bristol, os cientistas colocaram "comida" e água em lugares específicos.
No final da experiência, o robô era capaz de ir buscar seu alimento também em outros lugares.
Desta forma, o EcoBot 3 consegue funcionar sete dias por semana por um período de 20 a 30 anos.
O projeto, financiado em conjunto pelas Universidades de Bristol e West England, já lançou outros protótipos que usavam "alimentos" diferentes.
O EcoBot 1, por exemplo, precisava de açúcar para alimentar um motor com bactérias do tipo E.coli.
O segundo protótipo, EcoBot 2, podia "comer" frutas e legumes podres, além de restos de insetos.
Mas, nenhum destes protótipos era capaz de fazer algo essencial para manter sua autonomia, expulsar os resíduos, algo que o EcoBot 3 faz dentro de um recipiente.
Usos e possibilidades
Ieropoulos conta que o EcoBot 3 é o "primeiro exemplo de sistema autossutentável".
"Imagine enviar estes robôs a um local onde podem conseguir a própria energia, com missões específicas como limpar um ambiente de substâncias tóxicas, poluição", disse.
A ideia, segundo o cientista, é levar estes robôs para lugares onde os humanos não podem chegar ou preferem não ir por motivos de higiene ou de segurança.
Os cientistas já citaram como exemplo, no longo prazo, enviar os robôs aos esgotos das cidades, para controlar seu funcionamento e limpar entupimentos.
Outra possibilidade é usar estes robôs em explorações marinhas em águas profundas, onde não há luz, mas existem grandes quantidades de biomassa, que poderiam servir de "alimento".
Os robôs também poderiam ser levados em missões espaciais. Nestas missões, eles poderiam se alimentar de resíduos dos astronautas a bordo da nave.
Mas, como lembra Ieropoulos, o EcoBot 3 ainda precisa de muito trabalho e o objetivo dos cientistas agora é dar uma função específica a este robô.
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Irã recebe líder do Hamas e pede a ele que resista a Israel


TEERÃ - O Estado de S.Paulo
Os principais líderes iranianos prometeram apoio total ao Hamas, movimento islâmico que controla a Faixa de Gaza desde 2007, e recomendaram ao primeiro-ministro do território palestino, Ismail Haniyeh, que os militantes do grupo continuem sua resistência contra Israel. As informações foram veiculadas pela TV oficial do Irã, na noite do domingo.
O aiatolá Ali Khamenei, líder supremo do governo de Teerã, afirmou que o regime do país persa estará sempre ao lado da "resistência" contra os israelenses e alertou ao premiê de Gaza contra palestinos que fazem concessões a Israel - em uma aparente referência ao Fatah, partido laico que governa a Cisjordânia e se diz a favor da solução de dois Estados para a questão palestina.
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, também foi citado pela TV do país persa, afirmando que é "dever" do Irã estar ao lado dos palestinos.
As declarações dos iranianos foram feitas ao mesmo tempo em que o governo de Teerã observa com apreensão as tentativas do Hamas de aproximar-se dos países árabes mais ricos. Uma ampliação do apoio ao movimento palestino por parte dos governos árabes poderia significar um comprometimento do grupo islâmico - considerado terrorista por Israel, EUA e União Europeia - para moderar suas ações e não constranger os possíveis patrocinadores.
"O povo não espera nada além da continuidade da resistência palestina", declarou Khamenei, afirmando que o Hamas "deve estar atento à influencia de elementos que fazem concessões, (...) já que a irrupção de tal doença é gradual".
Khamenei afirmou que Yasser Arafat, líder da Autoridade Palestina morto no fim de 2004, perdeu sua popularidade em virtude de seu distanciamento da resistência. "A resistência atrai o povo e é um grande recurso, que deve ser protegido."
O líder supremo do Irã afirmou que o país persa sempre estará "ao lado do povo da Palestina e do movimento de resistência".
Na sexta-feira, Haniyeh havia iniciado uma viagem oficial de três dias a Teerã. No domingo, encontrou-se com o aiatolá e o presidente. "Como seu dever, a nação iraniana sempre esteve próxima à oprimida Palestina", disse Ahmadinejad. O líder de Gaza afirmou no dia 3 que o Hamas continuará com a estratégia de "libertação de todas as terras palestinas, da busca da resistência e da rejeição às negociações de paz (com Israel)".
As declarações ocorrem enquanto o principal líder do Hamas no exílio, Khaled Meshal, conduz uma aparente mudança de política. Ele tem buscado reconciliar seu movimento com o Fatah do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas - apoiado pelo Ocidente e a favor de negociações com Israel -, além de propor protestos pacíficos como uma ferramenta de luta contra a ocupação israelense. / AP

Líder da Al-Qaeda defende derrubada do governo sírio


AE - Agência Estado
BEIRUTE - O líder da rede terrorista Al-Qaeda, o egípcio Ayman al-Zawahiri, pediu em uma mensagem de vídeo de oito minutos a derrubada do "pernicioso e cancerígeno" regime do presidente Bashar al-Assad na Síria. Com isso, aumentam os temores de que extremistas tentem explorar a revolta contra o mandatário, que começou como um movimento pacífico pela democracia mas adquire cada vez mais os contornos de uma guerra civil sectária, ao opor muçulmanos sunitas, que formam a maioria da população, contra alauitas (dissidentes xiitas) e cristãos.O governo sírio tem alertado várias vezes nos últimos onze meses que "terroristas" estão provocando a revolta contra Assad e o apoio da Al-Qaeda à rebelião cria novas dificuldades para os Estados Unidos, a França, a Turquia e os países árabes, que tentam encontrar uma maneira de afastar Assad do poder.
Na mensagem de vídeo que foi publicada em sites de extremistas, al-Zawahiri pede aos muçulmanos que apoiem a revolta. "A Síria ferida sangra dia após dia. O açougueiro (Assad) não é detido e não quer parar", disse al-Zawahiri, que passou a comandar a rede extremista no ano passado, após a morte de Osama bin Laden no Paquistão. "Contudo, a resistência do nosso povo na Síria cresce a cada dia, mesmo com todos os sacrifícios, dores e sangue", disse al-Zawahiri. Ele também pediu aos sírios, bem como aos árabes em geral, que "rejeitem a Liga Árabe e seus governos corruptos".
Em uma grave escalada da violência, uma série de ataques desfechados por suicidas mataram dezenas de pessoas desde o final de dezembro. O mais recente, que ocorreu na sexta-feira passada em Alepo, a maior cidade do país, matou 28 pessoas. Cerca de 70 pessoas foram mortas em ataques desfechados por homens-bomba em Damasco, em 23 de dezembro e 6 de janeiro. Todos os atentados atingiram alvos da polícia e do exército.
O comunicado de al-Zawahiri parece dar força às acusações de Assad, mas a oposição síria e o Exército Livre da Síria, formado por desertores, rejeitam totalmente as acusações do governo. Eles acusam o próprio governo de desfechar os atentados para culpar a oposição.
"O pronunciamento de al-Zawahiri, para mim, é puro esforço de propaganda. Ele diz ''estamos vivos e bem no Oriente Médio''", afirmou Salman Shaik, analista político doBrookings Doha Center, instituto de análises geopolíticas no Catar. "Quanto mais tempo essa situação perdurar na Síria, o ambiente ficará mais permissivo para essas personagens, à medida que o povo sírio fica cada vez mais desesperado", disse Shaik. "Não acredito que a Al-Qaeda seja bem-vinda pelo povo sírio, mas podem existir sírios que no desespero busquem esse tipo de ajuda".
Algumas horas após o pronunciamento de al-Zawahiri, a União dos Doutos do Islã, uma entidade que funciona no Curdistão iraquiano, onde a população é majoritariamente sunita, pregou a jihad, ou guerra santa, contra Assad. "A guerra santa é o dever de todos os muçulmanos contra o governo de Assad" disse o xeque Abdul-Rahman Abdul-Karim Barzanji, ao descrever o edito dos clérigos curdos. A Síria tem uma população expressiva de curdos, cerca de 10%.
As informações são da Associated Press.

Hino dos Aviadores


Hino da Independência


Canção da Infantaria da Aeronáutica


Rafale volta a ser o favorito do governo brasileiro, diz jornal


A decisão do governo indiano de iniciar “negociações exclusivas “ para a compra de 126 aviões de caça Rafale para renovar sua frota, terminou com as preocupações do Brasil, muito reticente com o fato de que o modelo nunca tinha vendido fora da França, afirma nesta segunda-feira o diário econômico Les Echos.

RFI (França)
Citando fontes do governo brasileiro ouvidas pela agência de notícias Reuters, o diário econômico afirma que o Brasil vai “muito provavelmente” escolher o caça Rafale para equipar sua força aérea, o que pode representar um segundo sucesso do aparelho no exterior. Até hoje, o caça Rafale perdeu todas as concorrências e só foi comercializado com o governo da França.
Mas apesar do fim das reticências da presidente Dilma Roussef sobre o modelo Rafale, após a decisão do governo da Índia de negociar com a fabricante Dassault, o Brasil não deverá anunciar sua decisão antes das eleições presidenciais francesas de 22 de abril e 6 de maio, para o tema não ser explorado politicamente, afirma o jornal.
A presidente Dilma e seus principais conselheiros estão convencidos de que a oferta da Dassault para a aquisição de 36 aviões de caça para modernizar a frota brasileira é melhor do que a de seus concorrentes Hornet F18 da americana Boeing e do Gripen da fabricante sueca Saab.
“Dilma Roussef considera esse contrato como uma grande mudança que vai remodelar as alianças estratégicas e militares do Brasil para as próximas décadas, dentro de um contexto em que o país está em vias de se tornar um dos líderes da economia mundial”, escreve o Les Echos.
Lembrando da visita do ministro brasileiro da Defesa, Celso Amorim, a Nova Déli na semana passada, o jornal comenta que a proposta da Dassault é a melhor combinação para cumprir as exigências do governo brasileiro, ou seja, de adquirir um modelo de grande qualidade e com transferência de tecnologia.
“Com a decisão da Índia, o Rafale será muito provalvemente o vencedor (da licitação) aqui”, declarou, pedindo anonimato, um fonte que acompanha as negociações do Brasil para a escolha do caça.