quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Argentina denunciará na ONU 'militarização' das Malvinas


REUTERS
A Argentina denunciará perante a ONU o que considera ser uma militarização do sul do Atlântico por parte da Grã-Bretanha, afirmou na terça-feira a presidente Cristina Fernández de Kirchner, em meio a uma escalada diplomática entre os dois países.
O anúncio foi feito pela presidente diante de veteranos da guerra em que a Argentina e a Grã-Bretanha se enfrentaram em 1982 pela posse das Ilhas Malvinas e vem depois da decisão do governo britânico de enviar um de seus barcos de guerra mais avançados, o destroier HMS Dauntless, para o sul do Atlântico.
As tensões por causa das disputadas ilhas aumentaram nas últimas semanas, com a aproximação do aniversário de 30 anos da guerra de 1982 e empresas britânicas buscando petróleo nas águas ao redor do arquipélago.
"Estão militarizando o Atlântico Sul mais uma vez", disse Cristina, em um ato ao qual comparecem políticos de todos os partidos, empresários e sindicalistas.
"Eu instruí nosso chanceler (ministro de Relações Exteriores) para que apresente formalmente ao Conselho de Segurança da ONU e também à Assembleia Geral a militarização do Atlântico Sul, que implica um grave risco para a segurança internacional", afirmou a presidente.
O governo britânico, que recusa a reclamação argentina de soberania sobre as ilhas, afirmou recentemente que a decisão de enviar o destroier HMS Dauntless para a região, para substituir outro navio, era uma medida que estava planejada desde antes e "totalmente de rotina".
O príncipe William, segundo na linha de sucessão do trono britânico, está no arquipélago, situado a uns 500 quilômetros da costa argentina, realizando uma atividade temporária como piloto de busca e resgate.
(Por Guido Nejamkis e Magdalena Morales) 

Grã-Bretanha descarta negociar sobre soberania das Malvinas


Efe
LONDRES - o governo da Grã-Bretanha voltou a descartar nesta quarta-feira, 8, qualquer negociação com a Argentina sobre a soberania das Ilhas Malvinas, depois de a presidente argentina, Cristina Kirchner, ter anunciado que levará o conflito à Organização das Nações Unidas (ONU).Um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores britânico indicou que os moradores das Malvinas, cerca de 3 mil pessoas, são "britânicos por opção e livres para decidir seu futuro". "Não haverá negociações com a Argentina sobre a soberania das ilhas, a menos que seus habitantes desejem", apontou o porta-voz do ministério, em linha com o que já havia expressado em Nova York horas antes um porta-voz da missão britânica na ONU.
Cristina Kirchner anunciou na terça-feira em Buenos Aires que apresentará um protesto na ONU pela "militarização" das Malvinas pela Grã-Bretanha, que tem a soberania dessas ilhas desde 1833. A presidente disse que fará a reivindicação ao Conselho de Segurança da ONU, do qual fazem parte os britânicos como membros permanentes, e a Assembleia-Geral das Nações Unidas.
A Grã-Bretanha anunciou dias atrás o envio de uma moderna embarcação de guerra, o destroier HMS Dauntless, equipado com mísseis antiaéreos, ao Atlântico Sul. Além disso, o príncipe William chegou às ilhas na semana passada para uma instrução militar de seis semanas.
As tensões entre Argentina e Grã-Bretanha se acirram conforme se aproxima o aniversário de 30 anos da Guerra das Malvinas. Em 1982, os dois países entraram em conflito pela posse das ilhas, que começou depois da ocupação por militares argentinos e chegou ao fim dois meses depois, em 14 de junho, com a rendição argentina.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

GPS europeu terá super foguete para levar quatro satélites


A ESA (agência espacial europeia) assinou o contrato para a construção de mais oito satélites Galileo, cuja constelação criará a versão europeia do GPS norte-americano.
Para adiantar a instalação do GPS europeu, a ESA também firmou um acordo para modificar o foguete Ariane 5, para que ele possa transportar até quatro satélites de uma só vez.
O contrato para a construção e teste dos satélites Galileo foi entregue a um consórcio liderado pela OHB System AG, em Bremen, na Alemanha, que tem como parceira a Surrey Satellite Technology Ltd (SSTL), em Guilford, Reino Unido.
A OHB é responsável pela plataforma dos satélites e pela integração, enquanto a SSTL constrói o equipamento de navegação.
Em Janeiro de 2010, este mesmo consórcio já tinha conseguido o contrato para a construção dos 14 satélites anteriores.
Super foguete
A ESA também assinou dois contratos com a Astrium, em França, para a modificação do Ariane 5 modelo ES, criando numa variante mais potente, de forma que o foguete seja capaz de lançar até quatro satélites Galileo de uma só vez, em uma órbita considerada média.
O Ariane 5 ES está sendo usado atualmente no lançamento do Veículo de Transferência Automatizado para a Estação Espacial Internacional, a cerca de 380 km de altitude, mas exige mudanças e requalificações para colocar satélites a uma altitude de mais de 23.000 km, como é o caso do Galileo.
Será necessário também desenvolver um equipamento para transportar e liberar o conjunto de quatro satélites nas suas órbitas.
O lançador requalificado, chamado de Ariane 5 ES Galileo, deverá estar disponível na segunda metade de 2014, ao lado do atual Soyuz, na Guiana Francesa.
Relógios atômicos
Os satélites do sistema europeu Galileo combinam os melhores relógios atômicos já lançados ao espaço - o erro é de apenas um segundo em três milhões de anos - com um potente transmissor capaz de transmitir sinais de navegação muito precisos.
A constelação Galileo começou a tomar forma em 21 de Outubro de 2011, quando os primeiros dois dos quatro satélites de Validação em órbita (IOV) foram lançados. Os dois estão funcionando de acordo com o esperado. Os dois que faltam serão lançados até Março. Seguir-se-á o lançamento dos satélites de Capacidade Operacional Plena (FOC), que já estão sendo construídos pela OHB e pela SSTL

Paraquedista prepara salto da 'beira do espaço'

Um aventureiro austríaco anunciou que pretende bater o recorde de skydiving, modalidade de esporte em que uma pessoa salta de grandes altitudes e faz manobras no ar, antes de abrir um pára-quedas.
Felix pretende saltar de um balão por 36,5 km; ninguém conseguiu completar essa tarefa até hoje - BBC
BBC
Felix pretende saltar de um balão por 36,5 km; ninguém conseguiu completar essa tarefa até hoje
Felix Baumgartner pretende saltar de um balão a 36,5 quilômetros de altitude. O salto não tem data marcada, mas será feito ainda neste ano.
Qualquer falha na sua roupa, que mantém uma pressão especial, pode fazer com que seu sangue se vaporize, provocando risco de morte.
Ele cairá tão rapidamente que se tornará a primeira pessoa a viajar mais rápido do que a velocidade do som sem a ajuda de uma máquina.
Outras pessoas já tentaram esse tipo de salto no passado, mas ninguém conseguiu completar até hoje.
Baumgartner divulgou recentemente um vídeo no qual afirma que o último teste antes do salto foi bem-sucedido.
Roupa especial
A peça mais importante do salto é a roupa que cobre toda a superfície do seu corpo. Isso é fundamental para manter seu corpo na pressão atmosférica correta e fornecer oxigênio.
A roupa tem características semelhantes à dos astronautas da Nasa, mas ela precisa ser ainda mais resistente e flexível.
Para testar a roupa, Baumgartner vestiu a peça dentro de uma cápsula que simulava as condições de pressão que ele enfrentará no salto.
Ele também terá de enfrentar temperaturas que podem chegar a -70º C e a força de um estrondo sônico.
O capitão David Gradwell, que é diretor de medicina aeroespacial da Aeronáutica britânica (RAF), comentou o desafio de Baumgartner a pedido da BBC.
"Ele cairá muito rapidamente, por isso ele terá que garantir que conseguirá ficar estável, para não rodopiar sem controle", disse Gradwell.
"Ele precisa conseguir enxergar pelo visor do seu capacete para perceber o que se passa ao seu redor, e para conseguir manusear o pára-quedas da forma correta."
Se a tentativa for bem-sucedida, Baumgartner conseguirá bater um recorde estabelecido em 1960 pelo aventureiro Joe Kittinger, que pulou de um balão a 31 quilômetros de altura. Kittinger faz parte hoje da equipe de Baumgartner, e acredita que todo o esforço do austríaco dará certo.
Equipes da BBC e da National Geographic estão fazendo um documentário sobre a tentativa de Baumgartner.
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Violência de Assad faz famílias mudarem de lado, diz brasileiro


JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE / GENEBRA - O Estado de S.Paulo
"Façam alguma coisa para nos salvar." O apelo é do sírio-brasileiro Karim, que nasceu em Belo Horizonte e vive há mais de 20 anos em Homs, na Síria. Ele relatou ontem ao Estado por telefone o que chama de "inferno" em sua cidade desde o fim de semana. Temendo represálias, pediu que seu sobrenome seja mantido em sigilo. Segundo ele, muitas famílias mudaram de lado com a nova ofensiva do governo.
"Há poucas semanas, muita gente de fato apoiava Assad. Não porque gostavam dele. Mas porque o regime representava certa estabilidade. Agora, com filhos de amigos morrendo, não há mais como apoiar um assassino", disse o brasileiro, que tem um comércio na Síria. "É uma nova guerra. Basta olhar para fora para ver fumaça e bombas. A população está cada vez mais contra o governo", disse Karim. "O som das armas mudou. Dá para notar que são pesadas, mísseis, não mais apenas metralhadoras."
"O governo sírio busca todos que falem algo negativo sobre o regime. Ninguém mais se arrisca a ver seu nome ligado à oposição", disse o sírio-brasileiro.
Karim relata que há pelo menos cinco dias não deixa sua mulher e duas filhas saírem de casa. Ele mesmo apenas se arriscou a sair para buscar comida no sábado. "Logo faltará comida, sem contar o dinheiro. Já há cortes de luz e o telefone nem sempre funciona", disse. "Os bancos estão operando apenas em meio turno e muitos nem recebem mais clientes", disse. "Sorte que tinha um pouco de dinheiro guardado em casa", afirmou.
O brasileiro diz que a versão da TV síria é a de que a luta é contra terroristas e grupos financiados por estrangeiros. "Tive de ligar para um primo meu em Minas Gerais para perguntar o que estão falando da Síria", contou. "Se não temos nem como sair de casa, como é que vamos até Damasco, pegar um voo? O que terá de ocorrer é uma retirada organizada pelo governo do Brasil dos brasileiros que estão por aqui", disse.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A conquista do turismo espacial será em 2012

Washington - Este ano de 2012 está repleto de propostas de viagens turísticas ao espaçooferecidas por companhias como a Virgin Galactic, que mesmo incertas já possuem uma longa lista de espera.Sir Richard Branson, fundador e dono da Virgin Galactic, informou que a primeira viagem com turistas a bordo - ele e sua família - poderá ser feita no final deste ano ou início de 2013.
A companhia selecionou um grupo reduzido de agências no mundo para oferecer as viagens, como a de Lynda Turley Garrett, presidente da Alpine Travel of Saratoga na Califórnia, e a de Bill Rubinsohn, presidente da Rubinsohn Travel na Pensilvânia, que já tem uma lista de clientes desejando experimentar novas emoções.
'A data do primeiro voo ainda não foi definida, mas os testes terminaram bem e dentro do programa previsto', disse Lynda à Agência Efe, especificando que a Virgin Galactic 'tem atualmente 475 reservas de clientes de todo o mundo'.
Por enquanto, já há toda uma infraestrutura no deserto do Novo México, onde está sendo erguido o 'Spaceport', um complexo futurista, obra do arquiteto Norman Foster, de onde está previsto que saiam as nave mãe WhiteKnightTwo (WK 2) e as SpaceShipTwo (SS2).
A nave SpaceShipTwo, com o tamanho de um jato particular e capacidade para transportar seis passageiros e dois pilotos, realizou com sucesso seu primeiro voo de teste tripulado sobre o deserto do Mojave (Califórnia) em outubro de 2010.
De acordo com Lynda, há uma série de assentos reservados para personalidades de diferentes países do mundo que irão viajar convidadas pela Virgin Galactic. 'Sir Richard quer que isto seja um evento global, com um primeiro viajante de cada país do mundo - dos Estados Unidos, Canadá, Espanha e Japão'.
O restante dos interessados, acrescentou, pode comprar uma passagem para o primeiro ano de voos por US$ 200 mil ou um bilhete para o segundo, com uma entrada de US$ 20 mil e pagamento do resto quando o voo estiver confirmado.
Além disso, as famílias aventureiras ou grupos de amigos que, entediados com os destinos convencionais na Terra, queiram fretar uma nave, terão um desconto de 10%.

Marte pode ter tido oceanos

A idéia de que Marte já teve oceanos é controversa: Tem sido proposto antes, e as formações que se assemelham a linhas de costa foram encontrados em imagens de uma variedade de naves espaciais.
Agora os cientistas, após analisar os dados da Agência Espacial Europeia,Mars Express missão, concluíram que as planícies do norte de Marte pode ter tido um oceano.
Mars Express ' radar MARSIS , implantado em 2005, penetra profundamente na superfície marciana. Cientistas do Instituto de Planétologie et d'Astrophysique de Grenoble e Universidade da Califórnia, Irvine, dizer que os primeiros 60 a 80 metros de evidências do planeta shows subsuperficial de material sedimentar e gelo, indicando que um oceano poderia ter existido lá.
Os cientistas estão propondo não apenas um, mas dois oceanos possíveis na mesma área. O primeiro oceano teria existido 4 bilhões de anos atrás, quando Marte era mais quente.
A segunda teria existido 3 bilhões de anos atrás, depois de Marte sofreu um impacto derretimento de gelo. Teria sido temporária, já que de a água ou refroze ou vaporizada para a atmosfera.
Evidências dos oceanos neste caso não indica vida, no entanto, dizem os cientistas. O oceano, segundo temporária provavelmente não teria existido tempo suficiente para sustentar a vida, o Dr. instituto francês Jérémie Mouginot disse em um comunicado. Para encontrar a vida, astrobiologists terá que estudar partes da história de Marte quando a água pode ter existido por longos períodos de tempo.