domingo, 5 de fevereiro de 2012

Embraer estuda produzir avião maior, de 130 lugares


SÃO PAULO - A Embraer ainda estuda construir um avião um pouco maior do que os que oferece atualmente. Segundo o presidente de aviação comercial da empresa, Paulo Cesar Souza e Silva, a Embraer decidirá até o final do ano se fabricará um avião de 130 lugares. Atualmente, o maior avião da companhia pode ser configurado para até 130 assentos.
"Estamos ainda ouvindo nossos clientes, conversando com cerca de 60 empresas. Até o final do ano nosso conselho de administração tomará uma decisão, mas acho que sai antes desse prazo", afirmou o executivo.
Silva afirmou que a empresa está focada na decisão de remotorizar sua família de jatos comerciais, os E-Jets, como anunciado no ano passado, mas a discussão agora é se essa remotorização virá acompanhada também dessa ligeira ampliação no tamanho da aeronave. "O que está claro é que não entraremos no mercado onde está hoje a Boeing e a Airbus, com aeronaves de mais de 130 lugares", afirmou.
A Embraer realizou um evento hoje na sua sede, em São José dos Campos (SP), para a entrega de um avião Legacy 650 para o ator Jackie Chan, que também é o novo garoto-propaganda da empresa no mercado internacional de jatos executivos.
EUA
Frederico Curado, presidente da companhia, voltou a reafirmar hoje que se sente otimista sobre a licitação nos Estados Unidos referente a um contrato com as Forças Armadas. "O nosso concorrente perdeu por questões técnicas. O fato é que o nosso avião é um avião testado, absolutamente comprovado, que atende à missão. Eles (o concorrente) têm um protótipo baseado num avião menor de treinamento. O nosso tem mais de 100 (unidades) em operação. A empresa que está questionando (o resultado da concorrência) está numa situação frágil financeiramente falando. Esses fatores devem influenciar a decisão do governo americano", afirmou.
No final do ano passado, o governo americano anunciou que a Embraer venceu a licitação para a venda de 20 aviões militares Super Tucano para a Força Aérea. No começo de janeiro, porém, a americana Hawker Beechcraft, que também participou da disputa e teve seu avião desclassificado, contestou a decisão na Justiça.
"Agora temos de esperar a Justiça americana. Mas estamos muito confortáveis e bastante otimistas com relação à questão", afirmou Curado. A confirmação da vitória é extremamente importante para a Embraer, pois representa a entrada no maior mercado de Defesa do mundo, o norte-americano.
Mercado
A reestruturação da AMR Corporation, que controla a American Airlines e a American Eagle, pode beneficiar a Embraer. A opinião é do vice-presidente de aviação comercial da empresa, Paulo Cesar Souza e Silva. "Na renegociação que será feita com os trabalhadores, especialmente os pilotos, para reduzir custos, a AMR deve fechar acordos para usar aviões regionais maiores, o que deve gerar oportunidades para os modelos Embraer 175 e 195, por exemplo", afirmou.
A AMR anunciou no final de novembro que recorreu ao chamado Chapter 11 para evitar a falência. Silva acredita que uma das ações da empresa será trocar sua frota de aviões Embraer dos modelos 135 e 145 por outros maiores, como os 175 e 195, para melhorar seu desempenho. Atualmente a AMR mantém em sua frota 216 aviões da Embraer, a maioria em uso pela American Eagle.
O executivo disse que a Embraer está disposta a ajudar a AMR, se necessário, a recolocar esses aviões no mercado, se decidir renovar sua frota. "Podemos procurar interessados em usar esses aviões em voos charter, por exemplo", afirmou.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Indonésia comprará aparelhos não tripulados israelenses


O Ministério da Defesa da Indonésia incluiu a compra de apare lhos voadores não tripulados israelenses, produzidos pela empresa IAI (Israel Aerospace Industries), no programa de completamento do parque de armamentos das Forças Aéreas nacionais. As Forças Aéreas Indonésias já iniciaram negociações com a empresa israelense sobre a compra de aparelhos não tripulados, os tres primeiros dos quais tencionam a serem recebidos pelos militares antes do fim de 2012.
O programa de aquisição de aparelhos planeja-se até ao ano 2014. Não há dados precisos sobre o tipo dos aparelhos não tripulados, que serão adquiridos pela Indonésia. O Departamento Militar do país tenciona comprar um total de 9 até 16 não tripulados.

Aviões não tripulados dos EUA nos céus do Iraque


As relações entre os EUA e o Iraque está em perigo por causa de aviões não tripulados americanos, chamados também “drones”. As autoridades iraquianas afirmam que estas aeronaves de reconhecimento sobrevoam o território do seu pais sem devida autorização, o que põe em perigo não somente a segurança dos cidadãos mas também a soberania estatal do Iraque.
Ao responder a este reproche dos iraquianos, as autoridades dos EUA afirmam que neste país são utilizadas apenas aeronaves não tripuladas com missão “diplomática”. Elas voam a baixas alturas e recolhem informações sobre os engarrafamentos de trânsito nas vias de comboios. Eles podem revelar interesse também em relação a manifestações de protesto. Mas as autoridades iraquianas insistem na sua afirmação e mencionam como exemplo o Paquistão, onde os aviões não tripulados são utilizados para caçar os talibãs, mas por vezes atacam também os habitantes pacíficos. O perito do Centro de Segurança Internacional do Instituto de Econômica Internacional e de Relações Internacionais junto da Academia de Ciências da Rússia Petr Topichkanov afirma que os iraquianos receiam, além disso, que depois de aeronaves de reconhecimento nos céus do Iraque possam aparecer também os “drones” de combate.
O conceito de “aeronave não tripulada diplomática” é muito convencional e provoca, antes de mais nada, a surpresa. Quem sabe, o que significa “diplomático” e “não diplomático”. O problema consiste na função e tarefas que esta aeronave não tripulada deve executar. É evidente que no caso do Iraque se trata de vôos de reconhecimento, isto é, um “drone” deve fazer fotografias, revelar a disposição das forças armadas e os deslocamentos de pessoas. Ele deve examinar diversos objetos. Mas a seguir impõe-se a questão: para que isso pode ser utilizado mais a seguir? Os iraquianos supõem que para infligir golpes. Ninguém pode impedir de utilizar mais tarde estas aeronaves não tripuladas e os dados, obtidas por elas, para atacar.
Pode-se compreender as razões da preocupação da parte iraquiana. A retirada das tropas americanas do Iraque foi concluída em 2011, embora alguns especialistas tenham chamado a esta operação de “rebranding”. O grande contingente militar americano de cinco mil soldados continua no território do país montando guarda da embaixada americana. Além disso, os EUA não pararam de fornecer subsídios ao governo iraquiano e os iraquianos temem que eles aproveitem esta ajuda para imiscuir-se ativamente na sua política, - declarou Petr Topichkanov.
Para os EUA o Iraque resultou polígono em que foram postos à prova os mecanismos de difusão dos princípios da gestão política, típica para os  países ocidentais. Falando a rigor, depois da demissão de Saddam Hussein no Iraque foram utilizados todos os meios: a troca do regime, criação de novas instituições do poder, alteração total do paradigma de gestão do Estado, etc. De um modo geral os americanos encaram agora o Iraque com esperança vendo nele o Estado que será para os países do Próximo Oriente um modelo de democratização e da possibilidade de criação de um Estado democrático. Este polígono influenciou indiretamente outros países e os processos que a que a imprensa chama habitualmente de “primavera árabe”.
Os peritos estão certos de que os EUA procurarão abafar o atual escândalo com os aviões não tripulados e irão pedir oficialmente a autoridades iraquianas a permissão de utilizá-los. A razão principal disso são eleições presidenciais nos EUA. Obama, na sua atual qualidade de candidato à presidência, não irá agravar relações com nenhum país para não perder o apoio do eleitorado.

Seca de 600 milhões de anos pode ter eliminado vida em Marte


A vida nas primeiras camadas do solo marciano pode não existir, disseram cientistas em um novo estudo, já publicado no jornal Geophysical Research Letters. Ela teria sido eliminada ao longo de uma superseca com cerca de 60 milhões de anos e só poderia ser encontrada em regiões bem mais profundas do planeta.
A afirmação é baseada na análise de uma amostra coletada durante a missão Phoenix, em 2008. Durante três anos, os pesquisadores do Imperial College London estudaram as partículas da terra para determinar se o planeta era ou não habitável.
Elas indicaram que o solo marciano se formou em condições áridas, da mesma forma que a Lua, o que dificultaria a sobrevivência de algum tipo de vida.
Mais: apesar de estar originalmente em uma região gelada ao norte de Marte, a terra, segundo pesquisas prévias, também cobriria o restante do astro. Ou seja, a mesma hipótese de clima seco acaba com vida valeria para o resto do planeta.
Tom Pike, que liderou o grupo, disse que o planeta que conhecemos hoje não se parece com o antigo, que tinha períodos quentes e úmidos e era mais propício para abrigar formas de vida.
Como há indícios de que Marte tenha tido água, os cientistas acreditam que ela existiu 5.000 anos atrás, mas não houve tempo suficiente para que a vida ressurgisse na superfície.
--Folha Online

Ahmadinejad elogia lançamento do satélite iraniano


O presidente do Irã Mahmoud Ahmadinejad avaliou altamente o novo sucesso do país na esfera de investigações cósmicas. Ele vigiou em pessoa o lançamento do satélite Navid. Conforme ele, este lançamento “dá esperanças de um futuro positivo e é uma mensagem de amizade a toda a humanidade”.
Navid é já o terceiro satélite, colocado em órbita circumterrestre pela República Islâmica doi Irã. Os dois primeiros foram lançados em fevereiro de 2009 e em junho de 2011. O lançamento atual coincide com as festas, que decorrem nestes dias no Irã na ocasião do aniversário da revolução islâmica de 1979. Em breve a Agência Espacial Iraniana planeja lançar ao espaço uma biocápsula com um macaco dentro.

Os aliados preparam-se para a guerra


Os EUA, a Grã Bretanha e a França começaram a transferir as suas tropas para a região do golfo Pérsico. Os peritos reputam que os aliados se preparam desta maneira para a guerra. A mídia informa, alegando fontes competentes, que os primeiros golpes podem ser infligidos já em princípios deste verão.
De acordo com os dados à disposição, as tropas chegam à ilha de Macira, pertencente ao sultanato de Oman. A ilha está situada ao sul do estreito de Ormuz, onde se encontra a base da força aérea americana. Atualmente no golfo Pérsico já se encontram dois porta-aviões americanos com as suas respectivas escoltas. Já foram publicadas informações de que este agrupamento naval pode ser reforçado por mais um porta-aviões, pelo contratorpedeiro Momsen e pelo submarino atômico Annapolis. Aumentam também os contingentes militares dos EUA em Israel e em Kuweit. Tropas da Grã Bretanha e da França começaram a chegar à Arábia Saudita e a Emirados Árabes Unidos. O alvo principal é o Irão, cujo programa nuclear irrita e preocupa de há muito os países ocidentais. A imprensa publicou informações de que centenas de bombas especiais, capazes de destruir os bunkers subterrâneos bem fortificados, foram trazidas para a base americana, situada na ilha britânica de Diego Garcia, no oceano Indico.
Mas nos últimos meses surgiu mais um motivo para a o início de uma confrontação aberta – é o estreito de Ormuz, a via naval básica para o transporte de petróleo da região do golfo Pérsico para os mercados mundiais. Teerã ameaçou barrar este estreito e os aliados pretendem, pelos vistos, infligir um golpe caso esta ameaça for levada a cabo. Por outro lado, nenhum dos países acima mencionados está pronto no presente momento para a guerra, reputa Vladimir Sajin, perito do Instituto de Estudos Orientais da Academia de Ciências da Rússia.
– Acontece que no presente momento a situação política interna em praticamente todos os países – prováveis participantes do conflito, é bastante séria. Nos EUA já começou a corrida pré-eleitoral. No Irão a 2 de março serão realizadas eleições parlamentares muito importantes para o país e as eleições presidenciais foram marcadas para o verão de 2013. A França também está na véspera de eleições presidenciais. De um modo geral, a Europa está preocupada mais com os seus problemas econômicos e simplesmente não tem tempo para uma guerra.
O mais desagradável nesta situação é que a concentração das tropas na região do golfo Pérsico e o agravamento da situação pode frustrar o processo, já iniciado, de conversações entre Teerã e diversas organizações internacionais. Muitos países, e em primeiro lugar a Rússia, são da opinião de que as ações coercitivas e, ainda menos, as sanções não podem resolver o problema do Irão, declarou o representante permanente da Rússia na ONU Vitali Tchurkin.
– Dissemos há muito que a via de sanções esgotou os seus recursos e que o tema do Irão não tem nada mais a fazer no Conselho de Segurança. É preciso abordar seriamente a questão de conversações entre o sexteto e o Irã. E é preciso cuidar seriamente das conversações entre a Agência Internacional de Energia Atômica e o Irã. Aí existem certos sintomas esperançosos. Agora no Irão encontram-se representante da Agência Internacional de Energia Atômica, continua a discussão da possibilidade de organização de um encontro entre osexteto e os iranianos. Existem certas esperanças embora de um modo geral o ambiente de crescente confrontação entre o Ocidente e o Irão continue a provocar uma grande preocupação. Este será um dos problemas mais pendentes do ano de 2012.
Todos os países-membros da Organização do Tratado de Segurança Coletiva compartilham a preocupação da Rússia com a possibilidade de uma guerra no golfo Pérsico. No palco internacional existe mais um jogador importante que se pronuncia ativamente contra a guerra no Irã – é a China.

Irã se prepara para guerra


O Irã aumentará gastos de defesa quase duas vezes e meia desde março de 2012, disse o presidente da Republica Islâmica Mahmoud Ahmadinejad. Os EUA, entretanto, estacionaram no Qatar uma esquadrilha de bombardeiros estratégicos. Especialistas acreditam que uma operação militar dos países ocidentais e Israel contra o Irã está se tornando cada vez mais real, e suas implicações para a região e para o mundo inteiro serão imprevisíveis.
Os EUA e seus aliados continuam a mover tropas e equipamentos para a região do Golfo Pérsico. Os militares chegam à ilha de Masirah ao largo da costa de Omã, onde a Força Aérea estadunidense se baseia numa base militar. Mais de 10.000 soldados norte-americanos estão testando em Israel o sistema de defesa antimísseis do país. Várias brigadas de até 15.000 militares estão estacionadas no Kuwait.
Centenas de bombas capazes de penetrar fortificações foram transportadas para a base dos EUA na ilha de Diego Garcia no Oceano Índico, enquanto que dois grupos de ataque norte-americanos com porta-aviões estão patrulhando na região do Golfo Pérsico. Um outro porta-aviões, o submarino nuclear Annapolis e o contratorpedeiroMomsen poderão se juntar a esses grupos. Vários bombardeiros, aviões de transporte, aviões de reabastecimento e aeronaves de alerta aéreo antecipado já estão estacionados na base norte-americana no Qatar. Os aliados dos EUA – a França e o Reino Unido – também estão movendo suas forças militares para os Emirados Árabes Unidos e a Arábia Saudita.
Estas ações sugerem que os EUA e Israel estão preparados para usar força contra o Irã, acredita o professor Serguei Drujilovsky da Universidade de Relações Internacionais de Moscou.
Um conflito militar é bem possível. Se não houvesse a experiência anterior de Afeganistão, Iraque e Líbia, poderia haver dúvida. Mas agora os Estados Unidos sentem que já praticaram o suficiente os aspectos militares de operações de ponto e ataques relâmpago. Há apenas um problema – no Irã não existe uma “quinta coluna”, como era o caso no Iraque e no Afeganistão. Quando há pessoas que estão dispostas a derrubar o regime juntamente com os Estados Unidos, bombardeamentos de ponto não custam nada. Esses bombardeamentos não têm qualquer efeito, não há nada para bombardear lá. Há apenas uma ideia – derrubar o regime que é como um osso na garganta da América e do Ocidente em geral. A questão é se o povo do Irã em sua maioria está pronto para resistir à agressão ou não.
Entretanto, os chefes da inteligência de Israel informaram que o Irã teria urânio enriquecido para a produção de quatro bombas, e o caráter pacífico do programa nuclear da República Islâmica não é mais que um blefe. Esse tipo de injeções de informação são necessárias para formar do Irã uma imagem de inimigo e para justificar a possibilidade de uma operação militar, disse o especialista do Instituto de Estudos Orientais Vladimir Sotnikov em entrevista à Voz da Rússia:
A situação é explosiva. As chances de uma operação militar de Israel ou Estados Unidos contra o Irã são grandes. Mas é apenas uma possibilidade, porque nos Estados Unidos começa a fase ativa da campanha eleitoral. E o presidente Obama não vai ter coragem de se envolver em outro conflito quando ainda não foram resolvidos os conflitos no Iraque e no Afeganistão. Mas o Irã é uma grande ameaça para Israel, e os líderes do país podem chegar à conclusão que é necessário resolver o problema pela força.
As consequências econômicas são igualmente imprevisíveis porque os preços do petróleo aumentarão fortemente. E o embargo sobre importação do petróleo iraniano para a União Européia vai atingir não só no Irã, mas também a própria UE.
No entanto, a possibilidade de evitar um novo conflito militar ainda existe, embora seja cada vez mais elusiva. Por exemplo, os peritos da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) se deslocarão ao Irã em 21 de fevereiro para discutir o programa nuclear do país.