domingo, 18 de dezembro de 2011

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Últimas tropas dos EUA deixam o Iraque


O último comboio de soldados dos EUA a deixar o Iraque entrou no Kuwait, quase nove anos depois dainvasão que destituiu Saddam Hussein e 13 dias antes de expirar o prazo para a retirada total das tropas do país árabe, em 31 de dezembro. A coluna final de cerca de 100 veículos blindados com 500 soldados cruzou o deserto no sul do Iraque durante a madrugada deste domingo.
Foto: AP
Soldados dos EUA da 1ª Divisão de Cavalaria, os últimos a deixar o Iraque, chegam a Camp Virginia, Kuwait
A televisão mostrou imagens da última coluna de veículos militares americanos que cruzava a fronteira entre Iraque e Kuwait. Durante os últimos dias, o Exército americano entregou os últimos prisioneiros que tinha em suas mãos às autoridades iraquianas, que na sexta-feira assumiram o controle da última base militar que permanecia em poder dos EUA.
No dia 15, encenou-se a retirada americana de maneira simbólica com o recolhimento da bandeira emcerimônia em Bagdá, da qual participou o secretário de Defesa deste país, Leon Panetta. Com o pacto de segurança assinado entre Washington e Bagdá há três anos, ambos os países acertaram a retirada para o final deste ano.

Tropas dos EUA treinaram as forças de segurança iraquianas que tentarão conter a situação interna de segurança, ainda em um nível de violência que deixa uma média de 350 mortos a cada mês. Mas a segurança tem de fincar raízes na estabilidade política, e essa é apenas um dos muitos desafios que o Iraque enfrenta imediatamente.
No pico da operação no país, houve 170 mil soldados e mais de 500 bases americanas no Iraque. Quase 4,5 mil militares dos EUA e estimados 100 mil iraquianos morreramdesde que a campanha liderada pelos EUA começou em 20 de março de 2003. A operação custou a Washington quase US$ 1 trilhão.
Enquanto os soldados americanos dirigiam-se à fronteira, uma crise política começava em Bagdá, com deputados do bloco Iraqiyya, de Ayyad Allawi, renunciando ao Parlamento. Há tumulto em duas províncias majoritariamente sunitas, que querem se autodeclarar regiões autônomas como os curdos no norte. Também há a convicção disseminada de que, com a saída americana, a influência do Irã se espalhará pelo país.
Enquanto muitos iraquianos acreditavam que já havia passado do tempo de os americanos saírem, muitos estão profundamente preocupados com os desafios futuros. As forças dos EUA puseram fim às missões de combate em 2010, e já transferiram boa parte do papel de segurança.
Os únicos militares americanos que continuam no Iraque são 157 soldados responsáveis pelo treinamento na embaixada americana, assim como um pequeno contingente de marines (fuzileiros navais) protegendo a missão diplomática.
O presidente dos EUA, Barack Obama, marcou o fim da guerra no início desta semana em encontro com o primeiro-ministro Nuri al-Maliki. Ele anunciou em outubro que todos os soldados sairiam do país até o fim de 2011, uma data previamente acordada pelo ex-presidente George W. Bush em 2008.
Em um discurso recente na base de Fort Bragg, na Carolina do Norte, Obama prestou tributo aos soldados que serviram no Iraque. Ele reconheceu que a guerra foi controversa, mas disse aos militares que retornam aos EUA que deixavam atrás "um Iraque soberano e estável". 
Soldado americano gesticula no último veículo do comboio da 3ª Brigada de Combate da 1ª Divisão de Cavalaria a cruzar a fronteira do Iraque com o Kuwait (18/12) - Foto: AP
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Mas há preocupações em Washington de que falte ao Iraque estruturas políticas robustas ou a habilidade para defender suas fronteiras. Há também temores de que o país possa mergulhar em um banho de sangue sectário ou ser influenciado pelo Irã.
Washington queria manter uma pequena presença de treinamento e contraterrorismo no Iraque, mas autoridades americanas não foram capazes de alcançar um acordo com Bagdá sobre as questões legais, incluindo a imunidade das tropas.
*Com BBC e EFE

Naufrágio de plataforma de petróleo deixa 4 mortos na Rússia


A plataforma petrolífera Kolskaya naufragou neste domingo no mar de Ojotsk, extremo oriente da Rússia, deixando ao menos quatro mortos e 49 desaparecidos.
Foto: AFP/ Arktimor Neftegaz Razvedka
Foto sem data e sem localização especificada mostra plataforma petrolífera de Kolskaya, que tombou no Mar de Okhotsk, na Rússia
O acidente aconteceu às 12h45 locais (23h45 de sexta-feira de Brasília), quando a plataforma virou a 200 km da ilha de Sakhalin enquanto era rebocada em uma temperatura de -17ºC em meio a uma tempestade de neve, com o mar com ondas de seis metros e ventos de até 25 metros por segundo, informou o Ministério de Emergências da Rússia.
Das 67 pessoas que estavam na plataforma - que afundou enquanto era arrastada por um rebocador e um quebra-gelo da Península de Kamchatka em direção a Sakhalin - 14 foram resgatadas com vida. Destas, quatro foram internadas por causa de lesões e hipotermia.
Os corpos dos quatro mortos ainda continuam no mar por causa das difíceis condições climáticas. No entanto, ainda há esperança de encontrar mais sobreviventes porque todos os tripulantes e passageiros tinham equipamentos individuais de salvamento e aquecimento que permitem sobreviver nas gélidas águas do Pacífico russo.
A situação do rebocador Neftegaz-55 se complicou a 300 milhas do porto. Segundo o capitão, as bombas da embarcação não conseguiram retirar a água que entrava na casa de máquinas.
As operações de busca dos desaparecidos foram interrompidas no início da noite, às 19h locais (6h de Brasília). Durante a madrugada, o avião do Centro de Salvamento de Khabarovsk fará reconhecimento aéreo da zona do acidente.
Investigações iniciais sobre as causas do naufrágio apontam para o descumprimento das normas de segurança durante a operação de reboque da plataforma com relação às condições meteorológicas. A plataforma havia realizado uma missão de prospecção no oeste de Kamchatka para a empresa Gazflot, uma filial do grupo Gazprom.
Não há relatos de danos ao meio ambiente, e eles são improváveis já que a plataforma não prospectava petróleo no momento exato do naufrágio.
*Com EFE, AP e AFP

Israel e EUA estão decididos a impedir um Irã nuclear


Israel e Estados Unidos estão decididos a impedir que o Irã construa uma arma nuclear e não excluem nenhuma opção para conquistar este objetivo, afirmou neste domingo o ministro israelense da Defesa, Ehud Barak, depois de se reunir com o presidente americano, Barack Obama.
"Nossos dois países consideram claramente que um Irã nuclear não é nem possível, nem aceitável, e estamos decididos a impedir que o Irã se dote de uma arma nuclear", afirmou Barak à rádio pública. "Repetimos que nenhuma opção deve ser retirada da mesa", acrescentou o ministro israelense, referindo-se a uma possível ação militar.
O ministro da Defesa fez estas declarações depois de se encontrar na sexta-feira em Washington com Obama, à margem de uma conferência do grupo União para a Reforma do Judaísmo (URJ).
Nesta ocasião, Obama reiterou o compromisso de seu governo de "impedir que o Irã desenvolva armas nucleares".
"Nós não nos limitamos a falar disto. Agimos e continuaremos pressionando" a República Islâmica, afirmou Obama, referindo-se às sanções econômicas reforçadas impostas ao regime iraniano nos últimos meses.
Israel e uma parte da comunidade internacional acusam o Irã de tentar fabricar armas atômicas, o que é desmentido pelas autoridades iranianas.