quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Satélite comercial norte-americano fotografa porta-aviões chinês Shi Lang


Um satélite comercial norte-americano fotografou o primeiro porta-aviões chinês, [antigo] Varyag, quando este realizava um teste de mar.
A foto, segundo a Digital Globe Inc., operadora do satélite, foi feita em 8 de dezembro e o fato foi descoberto somente na terça-feira(13) quando um funcionário fazia a análise das fotografias daquela região.
Aparentemente não é possível observar aeronaves ou helicópteros no convés de voo do porta-aviões, que na ocasião navegada no Mar Amarelo.
A Digital Globe, que fica baseada no Colorado (EUA) e possui três satélites em órbita, presta serviços de captação de imagens e análises para clientes que incluem o US Army (Exército norte-americano).
O Varyag pertencente a classe Almirante Kuznetsov,  e começou a ser construído pela União Soviética nadécada de 80. Os trabalhos estavam a pleno vapor num estaleiro localizado na Ucrânia, com mais de 60% das obras concluídas, quando tiveram que ser interrompidos em 1992 devido ao colapso da União Soviética.
Em 1998 o Varyag foi vendido por US$ 20 milhões a uma empresa chinesa, que dizia ter a intenção de transformar o navio num casino flutuante. Entretanto, o Varyag foi repassado para o Exército da China, que continuou a sua construção e modernização do porta-aviões.

CHIP - Primeira fábrica do Brasil deve começar a produzir em 2012


A primeira fábrica de chips do Brasil, construída em Porto Alegre (RS), deve entrar em operação no início do próximo ano. A informação é do ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Ele veio à Câmara nesta terça-feira prestar esclarecimentos sobre o Centro de Excelência em Tecnologia Eletrônica (Ceitec), que custou R$ 500 milhões, e foi inaugurado em 2010. O centro é composto pela área de desenvolvimento de microchips, que já está em operação, e pela fábrica, que até hoje não produziu nenhum chip.
O ministério assumiu a obra em fevereiro deste ano. O consócio responsável, Racional Delta, fez a entrega com dois problemas que impediram o funcionamento da fábrica: a falta de um sistema de água ultrapura, necessário para a produção de chips, e a ausência de tubulações suplementares de segurança, exigidas devido aos 17 tipos gases extremamente tóxicos que surgem durante o processo de produção dos chips.
Padrões de segurança

O consórcio alegou que fez tudo de acordo com padrões internacionais de segurança, mas o ministro afirmou que a tubulação suplementar foi uma exigência prevista em contrato. Ele explicou ainda que essas pendências foram identificadas por uma comissão técnica do ministério e por uma empresa internacional, que avaliaram a obra.
O próprio centro está fazendo os ajustes necessários na obra para que a fábrica opere com segurança. Mercadante disse que está adotando medidas para que a Racional Delta seja responsabilizada civilmente pela inexecução parcial da obra, e não descarta recorrer ao Judiciário. Ele negou que o centro seja um elefante branco. “Vamos debitar do consórcio os investimentos que forem feitos nesses ajustes. Temos uma pendência administrativa, e potencialmente jurídica, contra o consórcio", disse.
Denúncias de irregularidades

Mercadante prestou esclarecimentos à Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, conforme solicitado pelo deputado Antonio Imbassahy (PSDB-BA). O parlamentar citou reportagem da revista IstoÉ, publicada em 18 de junho último, na qual denuncia que a obra teria sido superfaturada em R$ 15,8 milhões.
Com relação às denúncias de irregularidades, o ministro disse apenas que desde que assumiu a pasta não aceitou fazer mais nenhum aditivo no contrato. A obra começou em 2005 e foi repassada ao ministério em fevereiro deste ano, com pendências que impediram o funcionamento da fábrica de microchips. Nesse período, foram feitos três aditivos no contrato.
Para Imbassahy, as explicações do ministro foram satisfatórias, apesar de o projeto do Ceitec ter começado em 2001 e ter consumido o dobro dos recursos inicialmente previstos. “É um projeto muito importante que ainda não deu o resultado esperado pela sociedade brasileira. Nossa expectativa é que, a partir de agora, os resultados possam aparecer”, afirmou.
Produção terceirizada

O ministro Aloizio Mercadante afirmou que, mesmo sem o funcionamento do Ceitec, já existem alguns modelos de microchips em desenvolvimento no País. Segundo ele, o chamado “chip do boi” já foi testado e aprovado; enquanto outros estariam em fase de desenvolvimento, como o chip Aurum, que será usado pelos hemocentros, e o Sinav, que permitirá o controle da frota automotiva do País. "Já estamos produzindo os primeiros lotes de alguns chips, utilizando mão de obra de empresas terceirizadas, até o Ceitec ficar pronto", afirmou.

IPEA - Brasileiros temem ações estrangeiras na Amazônia e no Pré-Sal.



Ações estrangeiras na Amazônia e no Pré-Sal são percebidas como meaças pelos Brasileiros.
A primeira edição sobre Defesa Nacional do Sistema de Indicadores de Percepção Social (SIPS) foi divulgada nesta quinta-feira, 15, durante coletiva pública na sede do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em Brasília. O SIPS ouviu 3.796 pessoas, em 212 municípios brasileiros, sobre quatro temas: percepção de ameaças; percepção sobre a Defesa Nacional e as Forças Armadas; poder militar do Brasil e inserção internacional; e Forças Armadas e Sociedade.
Os dados compilados nesta primeira parte da pesquisa são relativos à percepção sobre ameaças e revelam, entre outros pontos, quais são as principais ameaças identificadas pela população brasileira (crime organizado, guerra, terrorismo, etc.) e a opinião da sociedade sobre a possibilidade de agressão militar estrangeira por interesses na Amazônia e no Pré-Sal.
Guerra e crime organizado

De acordo com o estudo, a maior ameaça percebida pelos entrevistados é o crime organizado, apontado por 54,2%. Chama a atenção, no entanto, o número de brasileiros que avaliam como possível uma guerra com potência estrangeira ou país vizinho, com percentuais de 34,7% e 33%, respectivamente. Desastres ambientais e climáticos foram indicados por 38,6%, enquanto terrorismo e epidemias são temidos por cerca de 30% da amostra.
“A natureza das ameaças elencadas na pesquisa são distintas, mas a ideia era colocar o maior número possível entre aquelas que pudessem atentar contra a integridade das pessoas”, afirmou Edison Benedito da Silva, técnico de Planejamento e Pesquisa do Ipea.
“Achamos que o número de apontamentos sobre conflitos com outros países seria menor. Foi surpreendente essa percepção da população, pois o último conflito em que o Brasil se envolveu foi a Segunda Guerra Mundial e a última guerra com ampla mobilização de recursos foi contra o Paraguai, há mais de 140 anos”, analisou Rodrigo Fracalossi de Moraes, também técnico do Instituto.
Amazônia e Pré-Sal

De acordo com Fracalossi, outra revelação importante do SIPS é a noção disseminada entre os entrevistados de que é real o risco de alguma agressão estrangeira nas próximas duas décadas, provocada por interesses em áreas estratégicas como a Amazônia e o Pré-Sal. 50,2% acreditam muito ou totalmente em uma ameaça estrangeira à Amazônia. Em relação ao Pré-Sal, 45,5% acreditam muito ou totalmente e 17,6% razoavelmente.
“Estas duas regiões são apontadas como estratégicas em todos os documentos de defesa brasileiros e essa percepção está presente entre a população brasileira, mesmo que não seja algo do seu cotidiano”, afirmou Edison Benedito.
Outros pontos analisados pela pesquisa foram a avaliação da população brasileira sobre a atuação de ONGs estrangeiras na Amazônia e a análise do impacto, para o Brasil, de conflitos no entorno sul-americano. A grande maioria (61,1%) vê positivamente o trabalho das ONGs. Em relação aos conflitos na América do Sul (confrontos com guerrilhas na Colômbia, Paraguai e Peru; tensões sociais na Bolívia; entre outros), 63,3% entendem que eles impactam o Brasil.

Brasil se arma contra guerra virtual e cria centro especial de defesa


Iniciativa do Ministério da Defesa inclui simulações de ataques numa eventual guerra cibernética. Exposição a riscos no Brasil é considerada alta, e país é um dos maiores propagadores de vírus e spams na rede mundial.
A internet virou assunto de segurança nacional no Brasil. Depois dos Estados Unidos e Alemanha, o país segue a tendência mundial e se prepara para dar vida ao Centro de Defesa Cibernética, que será administrado pelo Exército. Previsto inicialmente para entrar em operação no fim de 2011, a data da inauguração, no entanto, não foi confirmada pelo Ministério da Defesa. Ao que tudo indica, as informações nesse setor são tratadas com o mesmo sigilo que operações militares.
O Brasil quer reunir recursos humanos de excelência para ter armas para lutar numa eventual guerra cibernética. "O governo quer criar uma rede nacional de excelência, integrando iniciativas das universidades, empresas e centros de pesquisa", explica Kalinka Castelo Branco, especialista em segurança na internet da Universidade de São Paulo, USP, uma das parceiras do futuro Centro.
O quão grande é essa ameaça cibernética, a ponto de levar os governos a se equiparem? "Se seu computador, tablet, ou outro equipamento está conectado à internet, existe a possibilidade de um ataque virtual", resume Ascold Szymanskyj, vice-presidente para a América Latina da empresa especializada em segurança digital F-Secure.
E os crackers, definição atualizada de hackers com intenções criminosas, estão prontos para tirar proveito das redes menos protegidas. "Quando esses criminosos detectam que um setor é mais vulnerável, é lá que vão atacar", analisa Szymanskyj.
O governo brasileiro coleciona ataques maliciosos a arquivos secretos: em junho último, o banco de dados do Exército foi invadido e links no Twitter com dados pessoais de quase mil funcionários das Forças Armadas foram divulgados. Outros sites, como o do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE, também já foram atacados.
Criatividade e crime
Dentro das estatísticas geradas pelo mundo online, o Brasil ocupa uma posição nada honrosa: é um dos maiores produtores de vírus e spams, juntamente com alguns países do Leste Europeu. "Já há alguns anos temos essa triste classificação no mundo", afirma Szymanskyj.
Para a empresa especializada em segurança digital, fundada na Finlândia, alguns comportamentos explicam essa "liderança" ao avesso. "O fato de o brasileiro estar muitas horas conectado influencia. E isso leva a um segundo passo, que é se utilizar da internet para aplicar golpes", complementa Szymanskvj, lembrando que a criatividade da população também é manifestada na criação de vírus virtuais.
Estima-se que, só em 2010, crimes cibernéticos no Brasil geraram custos de 104,8 bilhões de reais – 25,3 bilhões de reais seriam frutos de roubo direto. Um estudo da empresa Norton feito em 24 países publicado recentemente mostrou que 80% dos entrevistados no Brasil já foram vítimas de golpe online, analisou o especialista em segurança virtual Adam Palmer.
Kalinka Castelo Branco aponta que a principal meta do Centro será proteger as informações – porque prever os ataques é praticamente impossível. Isso quer dizer, por exemplo, fazer mais uso da criptografia. Além de reunir e avaliar informações, o serviço criado pelo governo vai tratar incidentes e simular ataques numa eventual guerra cibernética.
Corrida de gato e rato
A diferença no nível de proteção, segundo a F-Secure, está no que cada país pode aplicar em tecnologia. Segundo especialistas em segurança digital, o Brasil se classifica numa situação de risco alto: é uma economia emergente, existe a preocupação em aumentar a proteção cibernética, mas também existe vulnerabilidade. E os crackers aproveitam isso.
"A ideia é que o Brasil esteja preparado para ações maiores como a Copa e as Olimpíadas, que a gente tenha uma rede nacional segura, para que o país não esteja tão exposto", avalia Castelo Branco sobre a importância do Centro de Defesa Cibernética.
A decisão brasileira de aumentar a vigilância online foi saudada. "O terrorismo pode se utilizar dessas invasões. E o governo precisa se preparar, porque essa é uma ameaça muito silenciosa e os perigos são imensos, principalmente porque toda a sociedade é dependente da internet", conclui Szymanskyj.
Para Castelo Branco, a era da guerra cibernética já começou. "Todas as informações, sejam privilegiadas ou não, trafegam pela rede. Qualquer um pode pegar esses dados e fazer qualquer uso deles – são desde sites de pornografia até sites com confecção de bombas. Pode não ter ainda um país atacando o outro, mas as informações estão lá."
Autora: Nádia Pontes
Revisão: Roselaine Wandscheer

CONCLUÍDOS OS ENSAIOS EM SOLO DO MOTOR L5!


A Divisão de Propulsão Espacial (APE) realizou com sucesso os ensaios de qualificação em solo do Motor L5, concluindo, assim, uma importante etapa para a capacitação do IAE no desenvolvimento da tecnologia de propulsão líquida.
Os ensaios do Motor L5, que funciona com oxigênio líquido e etanol, foram retomados em agosto de 2011 e serviram para verificar o desempenho desse motor em condições atmosféricas, tendo sido realizadas medidas de empuxo, vazões, pressões e temperaturas em diferentes pontos das linhas de alimentação dos propelentes, bem como no próprio motor (cabeçote de injeção, câmara de combustão e tubeira).
Atualmente foram fabricados e testados dois conjuntos idênticos do Motor L5, composto de cabeçotes de injeção e câmara de combustão. O primeiro deles foi ensaiado com êxito em 2005, tendo sido submetido a mais de 400 s de testes a quente. O segundo motor totalizou, até o momento, aproximadamente 10 min de ensaios, em tiros com duração de 40 s, 60 s e 120 s.
Para essa segunda etapa, além dos ensaios de maior duração, também, foi testada pela primeira vez uma a câmara de combustão feita de liga de aço Inconel, com cerca 2 mm de espessura de parede.
O desempenho do Motor L5 foi o esperado para as condições atmosféricas (em solo), estimando-se que os parâmetros propulsivos estejam próximos aos dos previstos em projeto para o vôo, ou seja empuxo de 5 kN (0,5 t) para ambiente de vácuo.

FALÇÃO DA AVIBRAS 2012


MÍSSEIS DA AVIBRAS




Pioneira no desenvolvimento e produção de mísseis brasileiros, tendo fornecido para o Exército Brasileiro um sistema anticarro na década de 80, a AVIBRAS continua desenvolvendo sistemas de mísseis guiados e tem participado de programas como o A-Darter (Advanced Darter), com desenvolvimento em conjunto entre Brasil e África do Sul. Esse míssil é destinado ao combate aéreo a curta distância e estará preparado para operar com os vetores mais modernos das Forças Aéreas brasileira e sul-africana. Além disso, a AVIBRAS desenvolve míssil de cruzeiro, para lançamento a partir da plataforma do Sistema ASTROS, produto de maior sucesso comercial da AVIBRAS.

Outros programas importantes dos quais participa a AVIBRAS, são a industrialização e desenvolvimento de motores-foguete para mísseis da Força Aérea Brasileira e da Marinha do Brasil. Esses programas tornam-se de fundamental importância porque apresentam a capacidade tecnológica da empresa no desenvolvimento, produção e integração de motores-foguete de propelente sólido. 
Fog-MPM
AV-TM