quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Sistema ASTROS II – Lançador Múltiplo de Foguetes (LMF)


Mísseis com maior poder de alcance e carro de comando e controle totalmente digitalizado. Estas foram as novidades apresentadas pelo Comando Militar do Planalto, nas instalações do 6° Grupo de Lançadores Múltiplos de Foguetes e Campos de Instrução (6ª GLMF/CIF) de Formosa (GO).

Quatro veículos lançaram 11 tiros de demonstração, com alcance de até 35 quilômetros, mas que podem chegar a 90 quilômetros. O desenvolvimento tecnológico do Sistema Astros II custou à empresa Avibras, produtora dos foguetes balísticos e dos veículos lançadores e de controle de tiros, cerca de R$ 1,2 bilhão nos últimos 20 anos.

O Astros II conta com um conjunto de dois mil mísseis, carros radares e carros de comando e controle. O sistema não é vendido separadamente e custa cerca de R$ 100 milhões. Segundo o coronel Valério Langer, o sistema tem quatro vertentes. Operacional, logística e de manutenção, centro de instrução — para o desenvolvimento do conhecimento — e busca de alvos. Ele ainda explica que o sistema é usado para saturação de áreas. “É um sistema com alto poder de destruição”, diz.
Apesar dos armamentos do sistema já existirem há duas décadas, as modificações feitas tornaram os mísseis mais potentes. As tecnologias adotadas fizeram com que os foguetes passassem de uma área de alcance de 30 quilômetros para 90 quilômetros.
A maior novidade foi o carro de comando e controle. Com painel digitalizado e controles auto programáveis, o carro permite ao comando de artilharia disparar mísseis com apenas um toque no botão. Segundo o coronel Valério Langer, com as novas tecnologias, os comandantes farão tudo com mais rapidez e certeza do que estão executando.
“O novo carro de comando e controle vai permitir a execução dos comandos com mais precisão. Mas, como comandante, não abro mão do elemento humano. Podemos aliar tecnologia e a competência humana e fazer um trabalho ainda melhor”, assegura. Este ano, já foram entregues dois carros de comando e controle ao Exército brasileiro com tecnologia avançada.
O presidente da Avibras, Sami Hassuani, explica que os novos veículos têm GPS integrado, aumentando a precisão do tiro, e rádio criptografado, que impede que os inimigos entendam as conversas entre os soldados e comandantes da operação. Além disso, uma bateria tem capacidade de lançar 196 tiros em 16 segundos. A produção de um carro de comando e controle com tecnologia agregada leva cerca de 20 anos, e custa entre US$ 4 milhões e US$ 8 milhões. Segundo o coronel, o ideal seriam quatro carros de comando e controle com tecnologia agregada para cada grupo de artilharia.
“Sempre há demanda. Mas, felizmente, no Brasil não temos guerras. Então os dois já conseguem suprir grande parte das necessidades”, afirma. Apesar de ter sido usado em caráter de demonstração e, no Brasil, os armamentos e carros de lançamentos serem usados apenas para experimentação, o Exército está pronto para utilizar as tecnologias caso seja necessário, explica o coronel Valério. Genuinamente brasileiro, o Astros II é exportado para países do Oriente Médio e Sudoeste da Ásia.
Nos últimos 20 anos, o faturamento na exportação do sistema chega a R$ 150 milhões ao ano, o que representa 80% do faturamento da empresa. Diante da potência dos novos armamentos, Sami Hassuani garante que o Brasil é referência mundial no desenvolvimento e na produção de material de defesa com tecnologia agregada. Segundo ele, ainda não há na Europa tecnologia que se compare à brasileira. As únicas tecnologias que se equivalem são as apresentadas.

Fuzileiros Navais do Brasil e dos EUA fazem exercício de treinamento conjunto e estreitam seus laços


Por Claudia Sánchez-Bustamante
Após seis semanas de exercícios conjuntos de treinamento no Rio de Janeiro, Brasil, foi encerrado no final de setembro o primeiro exercício de Treinamento de Intercâmbio Conjunto e Combinado (JCET) entre o 3º Batalhão de Comando de Operações Especiais e Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA (MARSOC) e a elite do Corpo de Fuzileiros Navais do Brasil.
O Tenente-Coronel Jon Duke, Comandante do 3º Batalhão de Comando de Operações Especiais e Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, explicou que a equipe do JCET vem sendo preparada para aumentar seu comprometimento com o Corpo de Fuzileiros Navais brasileiro desde 2010, com o objetivo de aprofundar os laços com as contrapartes do Brasil.
Por sua vez, o Capitão Fernando José Afonso Ferreira de Sousa, Comandante do Toneleros, o batalhão de operações especiais dos Fuzileiros Navais brasileiros, declarou: “O intercâmbio entre as unidades foi importante para que aprendêssemos com as experiências mútuas”.
“Devido ao crescente papel do Brasil como potência global e como importante parceiro dos EUA, a equipe do JCET do MARSOC se preparou para este exercício durante 18 meses”, disse o Tenente-Coronel Duke. A iniciativa militar com os Fuzileiros brasileiros concentrou-se no intercâmbio de procedimentos táticos incluindo táticas de ação direta e reconhecimento especial, tais como as habilidades de combate homem a homem.
Os principais destaques incluíram a visão dos diferentes tipos de terreno onde os Fuzileiros brasileiros treinam e atuam, porque os Fuzileiros Navais dos EUA estavam habituados a operar no Oriente Médio. “Uma lição geral que todos nós aprendemos foi que Fuzileiros são Fuzileiros em qualquer lugar do mundo”, declarou o Tenente-Coronel Duke.
Entre outras coisas, os participantes também treinaram habilidades específicas de tiro, incluindo tiro livre, o que trouxe benefícios para ambas as partes.
“Ficamos muito impressionados com o profissionalismo e a experiência em habilidades de reconhecimento demonstrados pelos Fuzileiros”, disse o Tenente-Coronel Duke ao avaliar com os Fuzileiros Navais norte-americanos o que eles aprenderam com as contrapartes do Brasil. “A cultura brasileira é muito rica, e este foi um aspecto da experiência em geral que nos impressionou muito também”, acrescentou.
Com o trabalho conjunto, no entanto, os EUA também deixaram importantes legados para os brasileiros. A integração da inteligência e das operações em nível de equipe e a integração da inteligência em um nível muito tático foram aspectos importantes do treinamento conjunto que os Fuzileiros Navais norte-americanos mostraram aos parceiros do Brasil.
“A equipe do MARSOC trouxe pessoal, treinamento e capacitações da mais alta qualidade, e desenvolveu uma camaradagem duradoura com os Toneleros”, acrescentou o Capitão Ferreira de Sousa.
Durante as seis semanas de treinamento, os participantes de ambos os países construíram laços sólidos que abrirão o caminho para futuras iniciativas.

Celso Amorim conhece O RADAR SEM Missil DO Exército Brasileiro.

Blindado Guarani, radar Saber 60 e fuzis Imbel foram desenvolvidos pela Força terrestre com tecnologia nacional e por meio de  parceria com empresas privadas do setor de defesa Brasília, 11/10/2011 – O ministro da Defesa, Celso Amorim, em visita ao Centro de Avaliações do Exército, na Restinga de Marambaia (RJ), conheceu em detalhes três importantes programas de modernização de equipamentos militares: a viatura blindada de transporte de pessoal (VBTP) Guarani, o radar Saber 60 e a nova família de fuzis Imbel, que será fabricada para atender as três Forças Armadas do país. São produtos de tecnologia nacional, desenvolvidos com apoio do Centro Tecnológico do Exército (CTEx) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI).

Amorim ressaltou a importância dos projetos para a modernização das Forças Armadas do país, sobretudo para o Exército, e para o desenvolvimento e capacitação da indústria de base de defesa, que vive hoje um novo momento, com perspectiva da ampliação dos investimentos a partir da recente edição do marco regulatório que estabeleceu medidas de fomento a esse setor industrial. O VBTP Guarani, desenvolvido pelo CTEx e pelo consórcio Fiat-Iveco, realizou tiros contra alvos móveis e fixos, com 100% de acertos. Em seguida, mostrou sua mobilidade ultrapassando vários tipos de obstáculos e terrenos.
O ministro ficou bem impressionado com o desempenho do blindado e parabenizou o Exército, dono da patente do projeto. “O Guarani foi desenvolvido com tecnologia brasileira. Representa a retomada da trajetória positiva de produção industrial nacional de blindados, paralisada depois de experiências bem-sucedidas do Urutu e do Cascavel. Essa retomada vai ser muito importante para o país”, ressaltou Amorim.
O novo veículo, de seis rodas, servirá de base para uma nova família de blindados multimissões, capaz de realizar ações de reconhecimento e apoio de fogo. Capaz de ser transportado por aviões Lockheed-Martin C-130 Hercules ou Embraer KC-390, o projeto atraiu o interesse das Forças Armadas da República Argentina, que enviou um grupo de oficiais do Exército para assistir a demonstração. “Fico muito contente que tenhamos a presença de militares argentinos, porque demonstra a possibilidade de integração industrial de nossa região (América do Sul)”, afirmou o ministro.
Durante a visita, a Orbisat entregou as duas primeiras unidades de série do radar Saber M-60. Com capacidade de detectar alvos aéreos a baixa altitude, com alcance máximo de 75km, o novo sistema será empregado pelos cinco grupos de artilharia antiaérea do Exército. “É o primeiro desse nível, com alta tecnologia, desenvolvido e produzido no Brasil. Será importante para proteção de nossas fronteiras e para segurança de grandes eventos”, comemorou o ministro.
No início de setembro, Celso Amorim visitou a Argentina. Na ocasião, analisou com o ministro da Defesa do país vizinho, Arturo Puricelli, alguns projetos que poderiam ser realizados em conjunto. Uma das possibilidades estudadas no encontro foi o Guarani. Está prevista uma encomenda de 2.044 unidades para o Exército Brasileiro.
As unidades recebidas hoje, que serão entregues à Escola de Artilharia de Costa e Antiaérea (sediada na Vila Militar, no Rio de Janeiro) e ao 2º Grupo de Artilharia Antiaérea, localizado em Praia Grande (SP), integram um lote de nove equipamentos adquiridos pelo Exército Brasileiro.
cadé-os missil o brasil e uma Vergonha so o Radar???   
Por último, o ministro Amorim conheceu os modelos de fuzis desenvolvidos pela Imbel, que serão fabricados nos calibres 7,62mm e 5,56mm. Equipados com os sistemas mais modernos para armas pessoais atraíram a atenção do ministro, que chegou a manejar um deles. Em seguida, ressaltou que a nova família de armas é a expressão da interoperabilidade. “Ele tem também uma característica relevante para a Defesa porque deverá ser padronizado e utilizado pelas três Forças”, completou.. ....

Força Aérea do Chile adquire sistema de mísseis superfície-ar NASAMS


NASAMS-II
Desde 2002, os militares chilenos estavam buscando um sistema desse tipo, sendo que em 2003, a então ministra da Defesa do Chile, Michelle Bachelet, reafirmava o interesse sobre o NASAMS durante sua visita àquele país europeu.Fontes classificadas dão conta que o contrato já foi firmado e que o NASAMS será usado pela Força Aérea do Chile (FACh) para proteger suas bases aéreas.
Norwegian Advanced Surface to Air Missile System (NASAMS) foi desenvolvido pela Kongsberg Defence Systems com base no míssil ar-ar estadunidense AMRAAM. Esse sistema possui capacidade de agir contra alvos múltiplos simultaneamente. Seu alcance útil é da ordem de 30 quilômetros e podem alcançar aeronaves voando a 21 mil metros de altitude.O NASAMS, sistema que já encontra-se em serviço regular nas Forças Armadas da Noruega, Espanha, Holanda e Estados Unidos, deverá ocupar uma lacuna existente no sistema de defesa aérea da FACh. Os Grupos de Artilharia de Defesa Aérea da chilenos empregam atualmente sistemas de mísseis superfície-ar de origem francesa MBDA Samantha/Mistral/Mygale montados sobre viaturas de fabricação brasileira Mercedes Benz MB 1418 LAK, francesas ACMAT VLRA e alemãs Unimog 1300 L, bem como unidades de fogo ASPIC montadas sobre veículos 4×4 Peugeot P4 e radares TRS2620 Gerfaut. Adicionalmente, emprega-se amplamente a versão Man-Portable Air-Defense Systems (MANPADS) do Mistral.Os sistemas de mísseis citados anteriormente são complementados por canhões de 35 mm Oërlikon GDF-007 carregados com munições AHEAD assistidos por gerenciadores de tiro Rheinmetall Air Defence AG  Skyguard, além de sistemas rebocados estadunidenses M-167 de 20 mm e autopropulsados M-163A1 apoiados por radares israelenses ELTA EL/M-2106 montados sobre veículos M-113.
Durante a visita do ministro da Defesa do Chile, Andrés Allamand, à Noruega no final de setembro, a imprensa norueguesa confirmou que o Chile adquiriu sistemas de defesa antiaérea NASAMS.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

O Consórcio Rafale International, que reúne Dassault, Thales e Secma, trabalha para vencer a disputa para fornecer caças-aéreos à FAB. O grupo francês, na briga com a americana

A francesa Dassault retomou o lobby pela venda do caça Rafale à FAB. Publica anúncios em vários jornais brasileiros garantindo que vai Leia mais (Read More): Poder Aéreo - Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil transferir 100% de tecnologia do avião que nenhum outro país adquiriu. FONTE: Jornal do Brasil Leia mais (Read More): Poder Aéreo - Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil

Brasil-Argentina - Na política do "uno por uno" cabe até avião e blindado


A exigência argentina de contrapartidas à importação de produtos finais não é um tema que afeta apenas guloseimas. Está presente em áreas estratégicas da relação entre o Brasil e a Argentina, com total concordância do governo brasileiro. Um exemplo é o que o ministro da Defesa, Celso Amorim, chamou de "integração binacional das cadeias industriais".
A Embraer está liderando o desenvolvimento de um avião cargueiro, o KC-135. Um acordo, de 2009, determinou que a Argentina forneça alguns componentes, entre eles o leme, para o projeto, ainda em fase de desenvolvimento.
No início de setembro, Amorim esteve em Buenos Aires e discutiu com o ministro da Defesa da Argentina, Arturo Puricelli, a possibilidade de se repetir o mesmo acerto em relação ao Guarani, um veículo blindado já em produção pela Iveco que irá substituir o Urutu no Exército brasileiro. Com a entrada de fornecedores próprios, a Argentina compraria o blindado.
O fomento à indústria é um dos eixos da política econômica e o fim do regime de licenças automáticas a diversos produtos fez com que desde 2009 começasse a crescer o que os importadores argentinos chamam de política do "uno por uno". Ou seja: só recebe licença para importação aquele que se compromete a exportar algo, não importa o quê ou para quem.
O "uno por uno" não está no Diário Oficial: trata-se de uma recomendação feita aos importadores por autoridades do governo argentino. A "lei" não escrita fez com que importadores de produtos de grife, sobretudo no segmento de luxo, começassem a fazer acordos com produtores locais para desenvolverem uma produção própria que possa ser exportada.
Mas o fomento às exportações não é o principal objetivo do governo argentino. O verdadeiro alvo de políticas como a do "uno por uno" é estimular a produção interna. Em termos concretos, graças a esta política de desestímulo às compras externas o governo conseguiu em alguns casos fomentar um processo de substituição de importações, sobretudo de produtos que requerem um baixo índice de nacionalização.
Entre os seus feitos, está a reativação da produção de TVs e celulares e a implantação das primeiras fábricas de microcomputador na Zona Franca da Terra do Fogo. Entre as empresas que recentemente fizeram investimentos na Terra do Fogo está a Positivo, a maior fabricante brasileira de computadores, e a canadense RIM, dona da marca BlackBerry.
A mesma estratégia também é usada para produtos de uso intensivo de mão de obra e baixa sofisticação tecnológica, como calçados e têxteis. E foi intenso no segmento de linha branca. Um relatório divulgado ontem pelo governo argentino apontou que 80% do mercado anual de 1 milhão de refrigeradores é abastecido com produção doméstica. Em 2003, a fatia era de 30%. O atraente mercado consumidor argentino fez com que importadores contornassem as dificuldades para as compras internacionais produzindo no próprio País, apesar de um custo de produção maior.

Rafale intensifica disputa por caças da FAB


O Consórcio Rafale International, que reúne Dassault, Thales e Secma, trabalha para vencer a disputa para fornecer caças-aéreos à FAB. O grupo francês, na briga com a americana Boeing e a sueca Saab, anuncia hoje parcerias com UFRJ e PUC-Rio. Ajudou também no acordo de cooperação firmado entre a multinacional MBDA, fabricante de mísseis, e a Avibras, de tecnologia aeroespacial.
O consórcio participa de evento na Firjan, com mais de cem companhias e entidades. É que a concorrência pelos caças exige do vencedor da licitação propostas que garantam transferência tecnológica e formação profissional na área aeronáutica. “Já firmamos mais de 60 acordos com 50 empresas, universidades, centros de pesquisa e formação no Brasil”, diz Jean-Marc Merialdo, representante da Dassault Aviation no país.
O consórcio, argumenta ele, teria a vantagem de já contar com autorização do governo francês para transferir a tecnologia dos caças Rafale ao Brasil. O grupo era o favorito do ex-presidente Lula na disputa.