quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Vídeos: IDET 2011

A principal razão que nos levou a participar da IDET 2011, foi saber um pouco acerca do veículo a nova geração AV-VCC(Veículo de comando e controlo da unidade). Porém ao contrário do que ocorreu no Brasil, na altura da LAAD 2011quando nossos enviados buscaram informações juntamente àAVIBRAS, fomos cordialmente recebidos.
Porém, fica a impressão pessoal (do autor) de que o chassisTATRA poderá ser a base de toda a gama de veículos militares do Exército Brasileiro uma vez que sua modularidade atende a este requisito. Caso seja escolhido como padrão para os AV-VCC 4×4 é de se estimar que lançadores 6×6 e veículos radares ou mesmo 8×8 e 10×10 possam vir a ser desenvolvidos sobre a mesma plataforma sem nenhuma dificuldade.
AV-VCC encontra-se em desenvolvido pelo CTEX – TATRA e será produzido pela AVIBRAS para o comando dos sistemas de baterias Astros II e Astros 2020. Como já dito, a TATRA não nos pôde dar informações detalhadas sobre o veículo em questão, dado que se trata de um protótipo em desenvolvimento e que portanto exige compromissos contratuais; Portanto, não pudemos confirmar as informações levantadas pelos nossos leitores sobre a utilização dos veículos AV- VCC configurados para o sistema de comando das bateriasTOR M2 E ou outro sistema de Defesa Anti-Aérea.
Aguardemos por mais informações oficiais acerca dos 
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Câmeras de visão noturna Parte II- Entrevista OPTOVAC e a Primeira Câmera Termal Brasileira

EMPRESA DE OSASCO SP

Dando continuidade ao artigo exclusivo do Plano BrasilVisão noturna Parte I- A origem & tecnologias”Apresentamos neste artigo duas seções distintas, a primeira  uma entrevista efetuada na ocasião da LAAD 2011, evento o qual o Plano Brasil foi especialmente convidado teve a oportunidade de visitar o estande da OPTOVAC.
Os nossos enviados Ricardo Pereira e Luiz Medeiros puderam experimentar as câmeras termais apresentadas pela empresa e com isto comprovar as suas características. Luiz Medeiros destacou-nos que ficou impressionado com a resolução do equipamento, em especial um peculiar acontecimento no qual segundo ele,  pode focar em seu braço e ver nitidamente a sua própria circulação sanguínea. Nossos enviados foram recebidos pelo representante da OPTOVAC Henrique Nobre, que gentilmente nos concedeu esta entrevista e  informações sobre os equipamentos expostos bem como da própria empresa.
Plano Brasil: Bom dia Henrique, obrigado pelo convite e pela gentil recepção. Em nome do Plano Brasil gostaríamos de lhes parabenizar pelos feitos tecnológicos e vos felicitar pela participação nesta edição da LAAD 2011. Você poderia falar um pouco da empresa para os leitores do Plano Brasil e seus Parceiros?
Na segunda parte deste artigo intitulado a primeira Câmera Termal Brasileira, apresentaremos com exclusividade imagens de dois ensaios reais efetuados com as câmeras termais produzidas pelaOPTOVAC realizadas por duas unidades distintas do Exército Brasileiro, O leitor poderá saber um pouco mais das tecnologias acerca destes sistemas recorrendo ao primeiro artigo desta série (“Visão noturna Parte I-A origem & tecnologias”) e assim entender um pouco melhor sobre as tecnologias envolvidas nas câmeras desenvolvidas pela empresa,  Esta matéria já estava agendada a bastante tempo, porém eu não havia concluído, os ensaios foram efetuados em 2009 e 2010 e desde então acompanhamos a evolução do projeto. Neste contexto, gostaria por fim de ressaltar que as informaçõese fotos foram exclusivamente cedidas pela OPTOVAC  ao  e que estas podem ser vistas em maior resolução bastando para isto clicar sobre as mesma

Henrique: Bom dia Luiz é um prazer tê-los aqui, bem… gostaria de dizer que a OPTOVAC é uma empresa inteiramente nacional. Nós estamos ha mais de 20 anos no mercado e a Optovac nasceu com o incentivo da Marinha, que através da COPESP (Coordenadoria para Projetos Especiais), tinha o objetivo de desenvolver a tecnologia do combustível nuclear no Brasil, para submarinos. A OPTOVAC foi fundada e cresceu com este apoio  mas com a crise econômica na era Collor o programa sofreu forte impacto e aOPTOVAC passou a investir muito no setor de óptica de precisão.
Hoje concluímos diversos projetos muito importantes para nossa empresa como um projeto para o INPE, para quem desenvolvemos um complexo sistema óptico para o espaço e diversos projetos para o Ctex.
Um importante marco tecnlógico para a OPTOVAC e creio, para o País, foi justamente a qualificação para uso espacial da objetiva que desenvolvemos e fabricamos para o INPE. Este processo de qualificação comprovou que nossa objetiva é capaz de suportar as severas  vibrações da decolagem e as radiações no ambiente espacial em que opera, bem como, as mudanças de temperaturas no espaço.
É com orgulho que falo desse importante acontecimento para nossa empresa.
Plano Brasil: Como já dilvulgamos no Plano Brasil a OPTOVAC atuou recentemente num programa do Centro tecnológico do Exército Brasileiro o CTEx, correto?
Henrique: Isto mesmo Luiz, nós já trabalhamos muito com o CTEx, que é um importantíssimo fomentador de tecnologias avançadas e grande apoiador da indústria nacional de defesa. Tecnologia esta, e vale ressaltar, possui muitas vezes,  desdobramentos significativos na área civil.
A Optovac concluiu diversos projetos na área de desenvolvimento de sistemas infravermelho, de visão noturna e sistemas optrônicos de guiamento para o CTEX. Ao final de 2009, entregamos uma luneta de imagem térmica para tiros de precisão em fuzis. A luneta foi completamente desenvolvida e fabricada no Brasil: óptica, mecânica, sistemas eletrônicos, softwares e algoritmos, tudo feito no Brasil, pela Optovac.
Plano Brasil: Você poderia falar um pouco deste equipamento?
Henrique: Esse equipamento já foi testado em campo (ver nesta matéria), foram efetuados ensaios, que englobaram inclusive, tiros noturnos. Foram feitas tambem comparações com um modelo de câmera importada.
O ensaio foi efetuado pelo pessoal das Forças Especiais do Exército Brasileiro em Goânia que atestaram e gostaram muito do desempenho. Segundo eles foi melhor do que o modelo importado e essa notícia foi inclusive divulgada no jornal do CTEx daquela época.
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Câmeras termais portáteis OPTOVAC- Foto Ricardo Pereira Plano Brasil
Este resultado foi uma satisfação muito grande para toda a nossa equipe pois compravamos que estávamos no caminho certo e a confiança que o CTEX nos despositou foi então correspondida. E mais, comprovou-se novamente, como em outras ocasiões na história da tecnologia brasileira que é possível sim, fazermos tecnologia de altíssimo nível no Brasil. Somos um país com um povo muito perseverante. E a OPTOVAC, sobretudo como pequena empresa, sempre soube perseverar e acreditar no potencial de nossa equipe.
Mas o importante é isso, a OPTOVAC não parou, hoje nós temos um modelo de câmera similar ao usado no ensaio, porém com um sensor muito mais avançado, com tecnologia mais moderna e uma câmera com algoritmos mais avançados e mais novos, com metade do tamanho da câmera utilizada no ensaio, a qual você teve oportunidade de experimentar e pode falar um pouco aos leitores.
Plano Brasil: Realmente a câmera me impressionou, não só pela definição e nitidêz como também pelo histórico do desenvolvimento, o que mostra uma progressão de modelo para modelo.
Henrique: CorretoOPTOVAC não está parada. Hoje nós temos modelos de câmeras para diferentes aplicações, câmeras com sensores de diferentes resoluções, com tipos de saída de vídeo diferentes, micro LCD (liquid Crystal Display- Monitor de cristal Líquido), ou seja, somos muito flexíveis às necessidades do cliente.
OPTOVAC quer expandir essa tecnologia para outros setores como empresas da área de segurança e para as forças policiais, um setor que julgamos ser de fundamental importância. Além disso, muitas empresas nacionais estão desenvolvendo VANTs, os quais estão se mostrando já bastante avançados. Porém a carga útil destes VANTs, que envolve todo o sistema de câmeras vísiveis e termais, são importados. A Optovac deseja e está trabalhando para ser um fornecedor nacional destes sistemas ópticos embarcados, num futuro muito próximo.
Plano Brasil: Você pode nos falar um pouco das perspectivas acerca do setor de segurança pública?
Henrique: A tecnologia termal permite que ninguém se esconda, seja a noite ou de dia. Permite planejar operações táticas complexas. É uma importante ferramenta para antecipar situações de risco e realizar a segurança de grandes áreas e grandes aglomerações urbanas, fronteiras marítima ou terrestres, e também a detecção de pessoas com sintomas de febre, como foi o caso recente de surto de gripe e a identificação destas pessoas antes do embarque em aeroportos. Todos os países desenvolvidos já incorporaram esta tecnologia com o uso frequente e extensivo de sistemas de imageamento térmicos.
Desenvolver esta tecnologia foi um desafio muito grande, mas a OPTOVAC venceu, e trabalhamos agora para aprimorar nossos equipamentos, elevando-os aos níveis dos equipamentos importados de primeira linha, das gigantes multinacionais.
Vou lhe citar um exemplo da aplicação dos sensores termais: caso aconteça de um sujeito fugir seja no ambiente urbano, favelas etc.. se este indivíduo adentrar num matagal, dependendo da região, o policial não consegue enxergá-lo e perseguí-lo devido a ocultação do cenário, e isso, mesmo de dia. Porém de posse de um sistema de visão termal, não tem como se esconder, porque a temperatura corpórea estará sendo evidenciada e detectada pela câmera termal. Não há como ele prender a respiração e deixar de emitir infravermelho. As principais forças policiais do mundo usam essa  tecnologia em helicópteros, em armamentos e claro, em viaturas. Estamos falando uma câmera de tamanho muito reduzido, leve e muito importante, portátil.

Henrique: Nós trouxemos para o evento 6 câmeras térmicas com 4 sensores diferentes e 3 resoluções de sensores diferentes. Estamos falando de sensores com resoluções de  640 por 480 pxls que exibem imagens espectaculares, tal como você pode conferir (risos).  São sensores muito avançados e extremamente recentes. Envolveram grandes pesquisas dos fabricantes. Ressalto aqui o interesse daOPTOVAC em se manter trabalhando com dispositivos de estado-de-arte em termos de sensorHenrique: O Brasil vai sediar agora a Copa do Mundo e as Olimpíadas, segurança de grandes áreas, estádios, de grandes aglomerações humanas, portos ou armazéns, o Brasil não pode ficar para trás e o importante é que agora aOPTOVAC é capaz de  oferecer sistemas de imageamento térmicos às empresas na área de segurança. É tecnologia nacional.

Outro ponto imporante é que como somos fabricantes, oferecemos todo o susporte técnico, com treinamentos, assitência técnica e garantias, muito próximos aos clientes. Hoje, se uma câmera térmica da Polícia precisa de reparos, é preciso vir um técnico compotente ou enviar o equipamento, que é bastante caro, à Israel, França, ou Estados Unidos. Estamos falando de meses, de burocracia e custos elevados. Meses em que a Polícia, que fez um investimento considerável, está deixando de usar o equipamento.
E pior, com o risco e os trantornos existentes do fato de se depender de assitência técnica estrangeira, o equipamento térmico importado pode não vir a ser usado em operações com a frequência desejada inicialmente. Pois em cada operação aumenta-se o risco de se ter que antecipar uma manutenção.
O que a Optovac propõe é justamente o contrário, realizar tudo no Brasil e com agilidade. Estar próximo de nossos clientes, das Forças Policiais que precisam ter sempre um equipamento deste operacional.
Plano Brasil: Mas há uma concorrência internacional como a OPTOVAC se situa neste nicho?
Henrique: A OPTOVAC conta com um corpo de pesquisadores de alto nível. Nós já temos dois projetos com a FINEP, um plano de negócios bem estruturado para atingir o mercado.  A gente não pode esquecer que hoje no mundo tem 3 ou 4 empresas que são capazes de fabricar o sensor, o único componente que nós ainda não fabricamos (o sensor infravermelho). Mas eu diria que umas 20 empresas no mundo fabricam as câmeras, tal como nós.
Nosso diferencial competitivo é uma somatória de fatores tais como preço, asistência técnica de alto nível extremamente rápida e ágil (completamente realizada no Brasil), alta flexibilidade às necessidades do cliente, câmeras com elevada taxa de atualização de frames e alta qualidade de imagem.
Henrique: A K-14 o exército comprou só uma, Hoje temos a K-14 e sua família militar mais recente, o L-14C, que possui metade do comprimento e a largura diminuiu e o sensor é mais novo, além de maior autonomia e menos peso. A K-14 foi um equipamento que nós fornecemos só para o Exército, pontualmente e se o Exército quiser adquirir câmeras termais, a OPTOVAC vai oferecerá ao Exército uma câmera melhor e mais leve e que consegue ver mais longe. Pois nossas pesquisas e desenvolvimentos não pararam Henrique: Com excelente qualidade, com a presença nacional, com empregos gerados aqui e de alto nível, sistema totalmente embarcado e desenvolvido aqui.
Plano Brasil: Quais seriam então os diferenciais, ou seja o “a mais” que a OPTOVAC teria para oferecer, não pensando somente no mercado Brasileiro de Defesa e Segurança Pública, mas também no cenário latino-americano?
Henrique: Para o cliente Latino-americano certamente o custo mais baixo, o mesmo ocorre para o Brasileiro, fora isso, a assistência técnica com garantia absoluta, feita aqui no Brasil, por brasileiros, empregando mão-de-obra brasileira. Se acontecer alguma coisa com uma das câmeras do Exército ou da Polícia por exemplo, nós vamos ter câmeras para repor, ou seja, a OPTOVAC recolhe as câmeras para manutenção e coloca outras operacionais no lugar.
Tudo isto para não deixar o cliente sem câmeras térmicas para suas aplicações.
Nosso produto também apresenta um diferencial conquanto a sua velocidade de imageamento, nossas câmeras podem fornecer imagens a partir de 30 frames por segundo, o que permite que nenhum detalhe possa escapar a visão do observador. O sistema pode registrar 30 fotos por segundo em boa definição e nada vai se mover mais rápido do que isso. Pouquíssimas Câmeras análogas e de tecnologia equivalente possuem esta função e neste patamar de frames (30/s). Para aplicações militares podemos atingir 60 quadros por segundo...
Um aspecto importante que devemos ressaltar se refere aos projetos nacionais de  grande envergadura como o Sisfron e o SisGAAz. A Optovac tem o máximo interesse em ser um fornecedor de alguns modelos de câmeras termais. Mas sabemos estes projetos são extremamente amplos e complexos. Neste sentido a Optovac deve ser firmar também como capaz de absorver offsets tecnológicos de 
s estudos baseados no Modelo 1, permitiram a OPTOVAC miniaturizar ainda mais o sistema, vale ressaltar que o único componente da câmera que não é produzido pela OPTOVAC é o sensor infravermelho. Todos algoritmos, softwares, projetos mecânico, eletrônico e óptico, foram feitos pela empresa, nacionalmente.
compensação na área de eletro-óptica, em que temos comprovada experiência 
http://www.planobrasil.com/wp-content/uploads/2011/03/K3.jpghttp://www.planobrasil.com/wp-content/uploads/2011/03/K4.jpgPor se tratar de um sistema em desenvolvimento e de uma tecnologia muito sensível e controlada, não podemos divulgar algumas informações a respeito dos visores termais para uso militar desenvolvidos pelaOPTOVAC, entretanto o Plano Brasil teve acesso a algumas informações bastante valiosas acerca do sistema desenvolvido pela empresa.
http://www.planobrasil.com/wp-content/uploads/2011/03/K1.jpghttp://www.planobrasil.com/wp-content/uploads/2011/03/K-7.jpgNesta matéria apresentaremos algumas imagens exclusivas gentilemente cedidas e liberadas pelaOPTOVAC para divulgação do visor (Luneta de visão termal para tiros noturnos de precisão).
http://www.planobrasil.com/wp-content/uploads/2011/03/K8.jpghttp://www.planobrasil.com/wp-content/uploads/2011/03/K6.jpgPodemos dizer que o sistema desenvolvido pela OPTOVAC é bastante leve e robusto e tem um alcance  visual bastante satisfatório, equivalente aos sistemas estrangeiros no estado-de- arte.
O sistema foi testado e aprovado após as avaliações em ensaios realizados na Brigada de Operações Especiais, mais especificamente pelo do 1º Batalhão de Forças Especiais (1º B F Esp), localizado em Goiânia.
Os ensaios foram conduzidos em Setembro de 2009 e consistiram em realizar disparos para avaliação de alcance, critérios ergonômicos,  autonomia elétrica. Os ensaios com a luneta termal foram procedidos com o meticuloso acompanhamento por  parte dos engenheiros e peritos militares  do centro Tecnológico do Exército. Segundo as informações divulgadas pelo CTEX os resultados foram bastante expressivos, muitas informações e sugestões foram incorporadas ao projeto e melhorias foram introduzidas.
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Em 2010, um novo ensaio efetuado em Santa Maria, nas dependências do 9º Regimento de cavalaria Blindada, desta vez uma câmera de uso civil foi utilizada nos testes noturnos com eficácia ainda maior, obtendo resultados satisfatórios.
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O modelo utilizado 

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Tipo 212 submarino Alemão

 No ínicio de 1990, a Marinha Alemã estava procurando um substituto para os submarinos Tipo 206. Estudos iniciais começaram em um Tipo 209 de projeto melhorado, com capacidade para o sistema AIP, chamado Tipo 212.
  O programa final começou em 1994 já que as duas marinhas, da Alemanha e Itália, começaram a trabalhar juntas para projetar um novo submarino convencional, respectivamente para operar nas águas rasas e estreitas do mar Baltico e nas profundas águas do mar Mediterrâneo. Os dois requerimentos diferentes foram misturados em um e, por causa das significantes atualizações do projeto, a designação foi mudada para Tipo 212A desde então.
  Em 1996 um Memorando de Entedimento (MOU) deu início a cooperação. O seu objetivo principal era a construção de barcos idênticos e o início de uma colaboração em logística e suporte de ciclo de vida para as duas marinhas. 
  O governo Alemão expediu uma ordem inicial de quatro submarinos Tipo 212A em 1998. O Consórcio Alemão de Submarino construiu­-os nos estaleiros da HDW e da Thyssen Nordseewerke GmbH (TNSW) em Emden. Diferentes secões do submarinos foram costruídas no mesmo local e ao mesmo tempo, e então metade delas foram enviados para os respectivos pátios de modo que tanto a HDW e a Thyssen Nordseewerke montaram dois submarinos completos cada.  No mesmo ano o governo Italiano expediu uma ordem de dois submarinos U212A construídos pela Fincantieri para a Marina Militare (Marinha Italiana) nos estaleiros de Muggiano, designados como a classe Todaro.
  A Marinha Alemã encomendou dois submarinos adicionais melhorados, em 2006, para serem entregues apartir de 2012. Eles serão 1.2 m mais longos para dar espaço adicional para um novo mastro de reconhecimento.
  Em 21 de abril de 2008 a Marinha Italiana encomendou um segundo lote de submarinos na mesma configuração que os primeiros. Alguma atualização deve envolver materiais e componentes de derivação comercial, assim como o pacote de software do CMS. A intenção é manter a mesma configuração da primeira série e reduzir custos de manutenção.
  O submarino Tipo 214 de exportação sucedeu o submarino Tipo 209 e compartilha recursos com o Tipo 212A, como a propulsão a célula de combustível AIP.
 

Projeto;

  Em parte devido a disposição em "X" das superfícies de controle, o Tipo 212 é capaz de operar em menos de 17 m de água, permitindo-o vir mais próximo do litoral do que a maioria dos submarinos contemporâneos. Isso lhe dá uma vantagem em operações secretas, que Comandos equipados com um equipamento de SCUBA operando apartir do barco podem vir a superfície próximos a praia e executar sua missão mais rapidamente e com menos esforço.
  Um notável recurso do projeto é a seção prismática transversal do casco e as transições suaves do casco até a vela, melhorando as características stealth do barco. O navio e as fixações internas são feitas de materiais não magnéticos, reduzindo significantemente as chances de ser detectado por magnetômetros ou ativar minas navais .

AIP;

  Embora a propulsão de hidrogênio-oxigênio tenha sido considerada para submarinos antes da Primeira Guerra Mundial, o conceito não foi muito bem sucedido até recentemente devido a preocupações quanto a fogo e a explosões. No Tipo 212 isso foi combatido através do armazenamento do combustível e do oxidante em tanques do lado de fora da área da tripulação, entre o casco de pressão e o casco leve externo. Os gases passam por tubulações através do casco de pressão até as células de combustível quando necessário gerar eletricidade, mas em determinado momento existe apenas uma pequena quantidade de gás presente na área da tripulação.
 

Ficha Técnica:

 
Precedido por: submarino Tipo 206,  submarino classe Sauro
Comissionado em : 2002
Entrou em serviço em: 2005
Construídos: 8
Características Gerais:
Deslocamento: 1,450 toneladas na superfície, 1,830 toneladas submerso
Comprimento: 56m, 57.2m (2º lote)
Propulsão:
- 1 motor a diesel MTU 16V 396
- 9 células de combustível HDW/Siemens PEM, 30-40 kW cada
- 2 células de combustível de 120 kW HDW/Siemens PEM
- 1 motor elétrico de 1700 kW Siemens Permasyn, propulsionando um hélice de sete pás skewback
Velocidade: 20 nós (37km/h) submerso, 12 nós na superfície
Profundidade: mais de 700m
Raio de ação: 8,000 milhas náuticas (14,800km/h) a 8 nós 
Autonomia: 3 semanas sem o snorkel, 12 semanas no total
Armamento:
- 6 tubos lança-torpedos de 533mm (2 grupos asimétricos apontados pra frente de 4 na esquerda e mais 2 na direita) com 13 torpedos ou 24 minas
- mísseis IDAS
- 24 minas navais externas (opcional)
Contramedidas:
- Um sistema de defesa contra torpedos Tau, 4 lançadores
Sensores:
- Uma suite de sonar STN Atlas DBQS40:
  - matriz rebocada de sonar passivo de baixa frequência TAS-3 
  - uma matriz de sonar passivo de baixa/média frequência FAS-3 no flanco do casco
  - sonar de detecção de mina MOA 3070
- Periscópios:
  - Carl Zeiss SERO 14, com um telêmetro óptico FLIR
  - Carl Zeiss SERO 15, com telêmetro a laser
- Periscópio de mastro e sistema de snorkel Riva Calzoni
- Radar de navegação Kelvin Hughes Tipo 1007
- Suite EADS FL 1800U ESM
- Hidrofones WASS
- Sistema hidráulico e piloto automático Avio GAUDI
- Sistema de combate Kongsberg MSI-91
Tripulação: 23-27 (incluindo 5 oficiais)
 

Armamento;

  Atualmente, o Tipo 212A é capaz de lançar torpedos guiados a fibra óptica DM2A4 Seehecht ("Seahake"), os torpedos WASS A184 Mod.3, os torpedos EuroTorp BlackShark e mísseis de curto alcance dos seus 6 tubos lança-torpedos, os quais usam um sistema de expulsão via carneiro hidráulico. Capacidades futuras podem incluir misseis de cruzeiro lançados de tubo. 
  O missel de curto alcance IDAS (baseado no míssel IRIS-T), primariamente planejado para uso contra ameaças aéreas assim como pequenas ou médias ameaças do mar ou alvos em terra próximos, está atualmente sendo desenvolvido pela Diehl BGT Defence para ser disparado dos tubos lança-torpedos do Tipo 212. IDAS é guiado por fibra óptica e tem um alcance de aproximadamente 20km. Quatro mísseis cabem em um tubo lança-torpedo, armazenado em um depósito. As primeiras entregas do IDAS para a Marinha Alemã estão marcadas para apartir de 2014.
  A instalação de um canhão automático de 30mm chamado Muräne (moray) para suporte de operações com mergulhadores ou para dar tiros de aviso está sendo considerado também. O canhão, provavelmente uma versão do RMK30 fabricado pela Rheinmetall, será armazenado em um mastro retrátil e pode ser disparado sem o barco emergir. O mastro também será projetado para conter três veículos aéreos não-tripulados Aladin para missões de reconhecimento. É provável que o mastro seja montado no segundo lote dos submarinos Tipo 212 para a Marinha Alemã.