segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Aeronáutica quer novo foguete nacional

Ele substituiria, a partir de 2020, o VLS-1, que pegou fogo em 2003, matando 21 pessoas na base de lançamento Alto custo do projeto entregue ao ministro da Ciência e Tecnologia pode ser entrave para a para a sua execução








A Aeronáutica está planejando um novo foguete lançador de satélites brasileiro. O VLS-Beta, como está sendo chamado, deve substituir a partir de 2020 o malfadado VLS-1, que pegou fogo em 2003, matando 21 pessoas.



O VLS-Beta integra uma proposta entregue na semana passada à equipe do ministro Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia). Ela foi elaborada pelo DCTA (Departamento de Ciência e Tecnologia Espacial), da força aérea Brasileira, pelo o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e pela AIAB (Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil).

Seu objetivo é aproveitar o governo que entra para influir no rumo da política espacial, que sofre cronicamente de falta de planejamento, financiamento e integração entre seus atores.

A conta apresentada a Mercadante é salgada: para o setor de satélites, seriam R$ 500 milhões por ano a partir de 2016. O desenvolvimento de foguetes nacionais precisaria de R$ 160 milhões ao ano, subindo para R$ 210 milhões de 2016 a 2017.



Para comparação, todo o PNAE (Programa Nacional de Atividades Espaciais) terá em 2011 R$ 350 milhões.



O que as três instituições prometem em troca é o desenvolvimento de um parque industrial de alta tecnologia -algo equivalente ao que a Embraer representa hoje.




O VLS-Beta integra a família de lançadores Cruzeiro do Sul, substituta do VLS.



Ele representa uma inovação em relação ao VLS-1, um projeto da década de 1980 que caducou e é considerado um "beco sem saída tecnológico", incapaz de colocar em órbita cargas maiores que 150 kg (satélites de observação pesam dez vezes isso).



O VLS-1, cujo voo inaugural será em 2015, tem um sistema de propulsão considerado antiquado, com quatro motores no primeiro estágio.



A Aeronáutica quer concluí-lo como "demonstrador tecnológico", mas sabe que o foguete não tem futuro.



O Beta teria só um motor no primeiro estágio e poderia colocar em órbita satélites já em desenvolvimento no país, como os da série Amazônia (de monitoramento da floresta) e Lattes (de pesquisa de clima espacial e de raios-X).



Antes de o Beta ficar pronto, porém, o DCTA quer usar uma evolução do VLS-1, batizada Alfa, para lançar satélites do Inpe a partir de 2015.



A parte alta do foguete, crucial para transportar a carga útil, seria desenvolvida em parceria com algum país que domine a tecnologia.



A Aeronáutica trabalha também, com a Alemanha, no desenvolvimento de um foguete pequeno, o VLM-1, a ser lançado a partir de 2015.



Os dois foguetes são uma resposta dos militares à parceria Brasil-Ucrânia para lançar o foguete ucraniano Cyclone-4 a partir de Alcântara, com fins comerciais.



O ex-ministro Sergio Rezende (PSB) apostou nela para suprir a deficiência do VLS-1. A Aeronáutica nunca engoliu o Cyclone, que abocanha recursos que poderiam ser do foguete nacional.



Fonte:Folha de S. Paulo - CLAUDIO ANGELO

Robô Spirit completa sete anos em Marte, mas há pouco para comemorar

estadão.com.br e AP


Nesta segunda-feira, 3, o veículo robótico Spirit da Nasa faz sete anos no planeta vermelho, mas há pouco para comemorar no momento. Não só ele está preso em um banco de areia, ele também não consegue se comunicar com a Terra desde março.




A agência não sabe ao certo se o robô está morto, mas continua na escuta, realizando checagens diárias na esperança de algum sinal do Spirit, que atolou na areia em abril de 2009.



Além de continuar escutando, o projeto também usa uma técnica de paginação chamada "Sweep e Beep" para estimular o robô a responder. No entanto, o período de pico de insolação (quando a chance resposta do robô é maior) acontece somente em março de 2011.



"Há uma possibilidade real de que o Spirit nunca mais acorde", disse Dave Lavery, responsável pelo programa de veículos robóticos de Marte da Nasa.



"Não estou pronto para dizer adeus ainda", disse o chefe da missão Steve Squyres. "Esse momento vai chegar um dia, mas ainda não é a hora."



Enquanto isso, seu "gêmeo", o robô Opportunity, está explorando a enorme cratera Endeavour, de 90 metros de diâmetro, que os cientistas acreditam conter pistas sobre o passado do planeta vermelho.

Usina nuclear iraniana será conectada à rede elétrica em fevereiro

Efe


TEERÃ - A usina nuclear de Bushehr, a primeira construída no Irã, será conectada à rede elétrica nacional no mês de fevereiro, confirmou o ministro interino de Assuntos Exteriores iraniano, Ali Akbar Salehi, nesta segunda-feira, 3.





Salehi, que é também diretor da Organização da Energia Atômica do Irã (OEAI), quis acabar com os rumores que há dias apontam um novo atraso na usina construída com ajuda russa na localidade meridional de Bushehr, no litoral do Golfo Pérsico.



"Como já dissemos em várias ocasiões, o projeto de Bushehr vai de vento em popa. Esperamos que as provas finais sejam concluídas no início de janeiro, uma vez que já alimentamos e selado o núcleo do reator", explicou.



Teerã começou a construir a usina nuclear na década de 1970 com ajuda alemã, mas o projeto foi interrompido pela Revolução Islâmica que em 1979 depôs o último Xá do Irã, Mohammad Reza Pahlevi. A construção da planta foi retomada há 10 anos com a colaboração da Rússia enquanto as obras foram concluídas no meio do ano de 2010 após diversos atrasos.



As autoridades nucleares iranianas anunciaram no dia 21 de agosto o início da alimentação de combustível da planta e que a usina estaria pronta para ser conectada à rede elétrica entre outubro e novembro de 2010. No entanto, em dezembro de 2010 Salehi explicou que o prazo para tal conexão à rede elétrica atrasou, com previsão para o início de 2011.



Alguns jornais especularam a possibilidade do atraso devido ao ataque do vírus Stuxnet que atingiu o país em setembro. Embora o regime iraniano admitisse que alguns sistemas foram afetados, Salehi voltou a reiterar nesta segunda-feira que a central não foi prejudicada. "São só rumores", ressaltou o responsável, citado pela televisão estatal.



Grande parte da comunidade internacional, liderada pelos EUA e Israel, acusa o regime iraniano de ocultar, sob seu programa civil, ambições bélicas com o objetivo de adquirir armas atômicas. Teerã nega.

Eurofighter volta a ter esperanças de disputar projeto F-X2

O adiamento, por tempo indeterminado, da compra de 36 caças de combate, para modernizar a frota da força aérea Brasileira (FAB), na opinião do principal executivo do consórcio europeu Eurofighter, fabricante do caça que leva o mesmo nome, Enzo Casolini, pode servir como oportunidade ideal para o Brasil voltar a avaliar o que as maiores empresas de defesa e tecnologia na Europa (EADS, Alenia- Finmeccanicae BAESystems) podem oferecer ao país em termos de custos, transferência de tecnologia, além de benefícios industriais.




O Eurofighter participou da primeira fase do processo de seleção dos caças brasileiros, o F-X2, mas foi eliminado com o argumento de que seu preço era muito alto. A decisão, segundo o executivo, surpreendeu bastante, pois foi baseada em um custo que se considerava superior às outras alternativas (Dassault, Boeinge Saab). "Este ano, no entanto, vimos publicado na imprensa brasileira que o Rafale custava mais que o Eurofighter e o F-18 também não era tão barato quanto se previa".



Como exemplo dos benefícios que o programa europeu poderia oferecer, Casolini cita o fato de o caça Eurofighter ter 80% de material composto, que é o futuro da aviação e está sendo usado pelas aeronaves Boeing 787 e Airbus A350. "Esta tecnologia está disponível para transferência. Algo que ninguém mais pode oferecer. Sem contar o fato de que temos o melhor avião disponível no mercado mundial e que o Eurofighter custa menos que o Rafale e é superior ao F-18 e ao Gripen", afirmou.



Segundo ele, se a nova presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e seu governo quiserem reconsiderar os benefícios que o programa F-X2 poderá trazer ao Brasil, não deveria subestimar o valor do Eurofighter, que é o maior projeto de defesa na Europa. Segundo ele, seria capaz de transferir ao Brasil tecnologias que nenhum outro poderia em termos de qualidade, quantidade e nível de conhecimentos para a indústria brasileira.



Juntas, as empresas que formam o consórcio Eurofighter faturaram US$ 120 bilhões em 2010, uma soma que, segundo Casolini, é mais alta se comparada com Boeing, Dassault e Saab. "Essas empresas tem conhecimento de todas as tecnologias mais avançadas e processos industriais, envolvendo aeronaves, radares, sensores, motores, aviônica, equipamentos de guerra eletrônica e armas, com soberania sobre uma eventual transferência para seus aliados estratégicos".



Casolini comentou ainda que as indústrias e os engenheiros brasileiros poderiam participar, desde o início, da nova versão do Eurofighter, o EF2020, que terá uma aerodinâmica mais avançada, além de um novo radar (E-Scan), um sistema de armas e um novo software. "Também estamos desenvolvendo uma versão naval para operações em porta-aviões, que poderia ser de interesse da marinha do Brasil".



A Embraer, segundo o executivo, foi capaz de se consolidar como o terceiro maior fabricante de aeronaves civis no mundo e a indústria italiana Alenia, uma das parceiras do consórcio Eurofighter, participou desse processo. "A indústria italiana teve um nível excelente de cooperação com a Embraer no programa Xavante e depois com o AMX", ressaltou. Atualmente, a FAB está modernizando a frota de AMX e, na Itália, segundo Casolini, a aeronave é utilizada pela sua força aérea em regiões de conflito como o Afeganistão.



O grupo europeu EADS, um dos parceiros do consórcio Eurofigther, segundo Casolini, também é um exemplo de parceria sólida que o Brasil desenvolve há vários anos e que envolve a indústria aeroespacial e de defesa nacional.



Entre os acordos em desenvolvimento com o Brasil estão a compra de 50 helicópteros para as forças Armadas brasileiras, de 12 aeronaves de transporte militar que operam na Amazônia, a modernização de nove aeronaves de patrulha marítima e também alguns contratos na área espacial. "Intercâmbio de tecnologias e de conhecimento é a única maneira que as empresas parceiras do Eurofighter sabem fazer negócios", finalizou.

Eurofighter - Consórcio reúne países europeus

O consórcio Eurofighter é uma companhia multinacional formada por quatro países - Itália, Reino Unido, Espanha e Alemanha - que coordenam o desenvolvimento, a produção e a atualização dos aviões Eurofighter Thyphoon. Fundado em 1986, o consórcio envolve a participação das empresas EADS Deutschland (33%), BAE Systems (33%), Alenia Aeronáutica (21%) e EADS CASA (13%).




Os quatro países integrantes do consórcio compraram 620 unidades do caça, no valor de US$ 36 bilhões. De acordo com o principal executivo do consórcio, Enzo Casolini, desse total, ainda falta contratar a produção de 124 aviões, mas as negociações devem terminar em 2013. "Até agora entregamos 250 aviões e a nossa produção está assegurada até 2016. Com a confirmação dos 124 restantes, a produção se prolongará até 2020", explicou. A aeronave já acumula mais de 100 mil horas de voo.



Além dos países parceiros do consórcio, o caça europeu também foi vendido para a Áustria (15) e Arabia Saudita (72), negócios avaliados em US$ 10 bilhões. Segundo Casolini, mais de 100 mil pessoas e 400 empresas em toda a Europa estão envolvidas direta ou indiretamente no programa de desenvolvimento do caça Eurofighter. As empresas colaboradoras do programa participam do desenvolvimento e da produção dos componentes mais importantes, incluindo a montagem final.



O executivo disse que existem grandes expectativas para novas exportações do caça, que atualmente está disputando concorrências no Japão, Turquia, Malásia, Romênia, Qatar e Índia. (VS)(Valor)



Marinho na guerra pelos caças da FAB



Nos próximos dias o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, irá à França a convite da empresa Dassault para conhecer o caça francês, o Rafale, que disputa bilhões de reais numa concorrência da FAB que começou no governo FHC, atravessou os dois mandatos de Lula e caiu no colo de Dilma Rousseff.



Amigo de Lula, ex-líder sindical e ex-ministro, Marinho foi à Suécia ver o Gripen NG, adversário do Rafale, e retornou aliado dos suecos. Os franceses, que já foram favoritíssimos na disputa, querem convencê-lo a mudar de lado, numa guerra que já mobilizou várias fatias do governo e, agora, interessa até a um prefeito amigo do ex-presidente. (fonte: Época)

Os Negócios Militares na Posse I

França - representada pelo ministro da Defesa Alain Juppé, já que o Presidente Nicolas Sarkozy e sua esposa Carla Bruni não vieram.




Certo o Brasil é importante e novamente uma economia em crescimento, portantanto vamos aos negócios. Se todos esperavam que o Programa F-X2 (logo será transformado em F-X3 ) dominasse as conversas isto não aconteceu. Mas sim, o programa que realmente interessa aos países produtores de tecnologia atualmente. Os programas de reaparelhamento da Marinha do Brasil. E aqui a presença de um novo player internacional que marcou excepcional presença.




Apresentamos os eventos relacionados às expectativas militares.



Programa F-X2 (F-X3)



DefesaNet foi a primeira publicação a anunciar que o Programa F-X2, tal como conhecemos, está morto e enterrado. Mesmo mantendo o comandante da Força, Brigadeiro Juniti Saito, a própria dinâmica dos eventos levará o programa a ser revisto. Quando isto acontecer novos e antigos participantes terão de ser considerados. A participação de alguma forma do caça experimental russo de quinta geração PAK-FA T50. Participação que Jobim prometeu aos russos ao criar o Programa F-X2.5 (ver matéria Link).



Lembrar que Alexander Fomin (Vice-Diretor da Agencia Federal de Cooperação Técnico-Militar da Federação Russa) ofereceu a participação no PAK-FA T50 em entrevista a DefesaNet (Link).



Também vem com força renovada o Eurofighter, agora com a reaproximação Brasil-Alemanha na área de defesa.



Temerosos de receber uma notícia desagradável, em 2003 foi em uma reunião com o Primeiro-Ministro da Suécia, no dia 02 de janeiro, que Lula anunciou o cancelamento do então Programa F-X1 em favor do fome zero.



Uma análise de projetos chineses não pode ser desconsiderado no atual estágio de aproximação Brasil-República Popular da China.



Os três competidores atuais: o Dassault Rafale (França), Boeing F/A-18 Super Hornet (Estados Unidos) e SAAB Gripen NG (Suécia) também podem estar interessados em alterar suas propostas e nesta caso a Boeing já explicitou que deseja revê-la.



Programas Navais




Ao longo de 2009 e 2010 era dado como certo a assinatura da compra de navios de Patrulha Oceânica (OPV), Escolta (Fragatas) e de um navio auxiliar com a Itália a serem produzidos pela Fincanttieri. Aconteceu o com a Itália fato similar com a França no fatídico, 7 de setembro de 2009, ou seja o já ganhamos. Além do caso Battisti que vem pondo areia nas engrenagens das negociações.



Este contrato pouco noticiado tem um valor maior que o do próprio Programa F-X2 (F-X3) e de muito maior amplitude nos acordos industriais e impulsionador de transferências de tecnologias. A mobilização de ingleses (BAE Systems), Alemães (TKMS e outros), Espanha (Navantia) e a excepcional e surpreendente participação da Coréia do Sul.



Assim a presença do próprio Primeiro-Ministro da Coréia do Sul Kim Hwang-Sik não é uma surpresa total neste esforço sul-coreano.



Coréia do Sul - A presidenta Dilma Rousseff conversa com o primeiro-ministro da Coreia, Kim Hwang-Sik, durante encontro no Palácio do Planalto no dia 02 de janiero. Abaixo foto com o cumprimento protocolar no dia da posse.


Espanha - A presença do príncipe Felipe de Asturias representa os interesses da Espanha que tem inúmeros contratos com Brasil atualmente na área de Defesa (P-3BR, C-295, sistemas de treinamento para o Exército). A Espanha também foca os contratos navais com o grupo Navantia


Na foto abaixo a reunião no dia 02 de Janeiro no Palácio do Planalto.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Irã derruba aviões não tripulados no Golfo Pérsico

As autoridades iranianas informaram neste domingo que a Guarda Revolucionária derrubou dois "aviões espiões não tripulados ocidentais" no Golfo Pérsico.




De acordo com a agência de notícias oficial iraniana Fars, o comandante da divisão aérea da Guarda Revolucionária iraniana, Amir Ali Hajizadeh informou que "muitos" outros aviões não tripulados foram derrubados durante um período que não foi especificado pelo militar.



No entanto, o militar não mostrou provas da derrubada destes aviões. Hajizadeh afirmou apenas que esta foi a primeira vez que as notícias sobre estes incidentes foram divulgadas.




Os aviões não tripulados estavam sendo usados principalmente no Iraque e no Afeganistão, mas "algumas violações contra nosso território" também ocorreram, de acordo com o militar.




A Guarda Revolucionária iraniana foi estabelecida logo depois da revolução islâmica de 1979 e seus comandantes frequentemente fazem alertas a Israel, sobre a possibilidade de o país reagir a alguma agressão ou violação ou fazer algum tipo de ataque.



Avião nacional



Em agosto de 2010, o Irã revelou que tinha conseguido construir seu primeiro avião não tripulado, o Karrar.



De acordo com as autoridades iranianas, o avião pode percorrer uma distância de mil quilômetros e levar bombas de 115 quilos, ou uma bomba de precisão de quase 230 quilos.



No entanto, ainda não há confirmação por fontes independentes destas alegações das autoridades do Irã. BBC Brasil