segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Eurofighter volta a ter esperanças de disputar projeto F-X2

O adiamento, por tempo indeterminado, da compra de 36 caças de combate, para modernizar a frota da força aérea Brasileira (FAB), na opinião do principal executivo do consórcio europeu Eurofighter, fabricante do caça que leva o mesmo nome, Enzo Casolini, pode servir como oportunidade ideal para o Brasil voltar a avaliar o que as maiores empresas de defesa e tecnologia na Europa (EADS, Alenia- Finmeccanicae BAESystems) podem oferecer ao país em termos de custos, transferência de tecnologia, além de benefícios industriais.




O Eurofighter participou da primeira fase do processo de seleção dos caças brasileiros, o F-X2, mas foi eliminado com o argumento de que seu preço era muito alto. A decisão, segundo o executivo, surpreendeu bastante, pois foi baseada em um custo que se considerava superior às outras alternativas (Dassault, Boeinge Saab). "Este ano, no entanto, vimos publicado na imprensa brasileira que o Rafale custava mais que o Eurofighter e o F-18 também não era tão barato quanto se previa".



Como exemplo dos benefícios que o programa europeu poderia oferecer, Casolini cita o fato de o caça Eurofighter ter 80% de material composto, que é o futuro da aviação e está sendo usado pelas aeronaves Boeing 787 e Airbus A350. "Esta tecnologia está disponível para transferência. Algo que ninguém mais pode oferecer. Sem contar o fato de que temos o melhor avião disponível no mercado mundial e que o Eurofighter custa menos que o Rafale e é superior ao F-18 e ao Gripen", afirmou.



Segundo ele, se a nova presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e seu governo quiserem reconsiderar os benefícios que o programa F-X2 poderá trazer ao Brasil, não deveria subestimar o valor do Eurofighter, que é o maior projeto de defesa na Europa. Segundo ele, seria capaz de transferir ao Brasil tecnologias que nenhum outro poderia em termos de qualidade, quantidade e nível de conhecimentos para a indústria brasileira.



Juntas, as empresas que formam o consórcio Eurofighter faturaram US$ 120 bilhões em 2010, uma soma que, segundo Casolini, é mais alta se comparada com Boeing, Dassault e Saab. "Essas empresas tem conhecimento de todas as tecnologias mais avançadas e processos industriais, envolvendo aeronaves, radares, sensores, motores, aviônica, equipamentos de guerra eletrônica e armas, com soberania sobre uma eventual transferência para seus aliados estratégicos".



Casolini comentou ainda que as indústrias e os engenheiros brasileiros poderiam participar, desde o início, da nova versão do Eurofighter, o EF2020, que terá uma aerodinâmica mais avançada, além de um novo radar (E-Scan), um sistema de armas e um novo software. "Também estamos desenvolvendo uma versão naval para operações em porta-aviões, que poderia ser de interesse da marinha do Brasil".



A Embraer, segundo o executivo, foi capaz de se consolidar como o terceiro maior fabricante de aeronaves civis no mundo e a indústria italiana Alenia, uma das parceiras do consórcio Eurofighter, participou desse processo. "A indústria italiana teve um nível excelente de cooperação com a Embraer no programa Xavante e depois com o AMX", ressaltou. Atualmente, a FAB está modernizando a frota de AMX e, na Itália, segundo Casolini, a aeronave é utilizada pela sua força aérea em regiões de conflito como o Afeganistão.



O grupo europeu EADS, um dos parceiros do consórcio Eurofigther, segundo Casolini, também é um exemplo de parceria sólida que o Brasil desenvolve há vários anos e que envolve a indústria aeroespacial e de defesa nacional.



Entre os acordos em desenvolvimento com o Brasil estão a compra de 50 helicópteros para as forças Armadas brasileiras, de 12 aeronaves de transporte militar que operam na Amazônia, a modernização de nove aeronaves de patrulha marítima e também alguns contratos na área espacial. "Intercâmbio de tecnologias e de conhecimento é a única maneira que as empresas parceiras do Eurofighter sabem fazer negócios", finalizou.

Eurofighter - Consórcio reúne países europeus

O consórcio Eurofighter é uma companhia multinacional formada por quatro países - Itália, Reino Unido, Espanha e Alemanha - que coordenam o desenvolvimento, a produção e a atualização dos aviões Eurofighter Thyphoon. Fundado em 1986, o consórcio envolve a participação das empresas EADS Deutschland (33%), BAE Systems (33%), Alenia Aeronáutica (21%) e EADS CASA (13%).




Os quatro países integrantes do consórcio compraram 620 unidades do caça, no valor de US$ 36 bilhões. De acordo com o principal executivo do consórcio, Enzo Casolini, desse total, ainda falta contratar a produção de 124 aviões, mas as negociações devem terminar em 2013. "Até agora entregamos 250 aviões e a nossa produção está assegurada até 2016. Com a confirmação dos 124 restantes, a produção se prolongará até 2020", explicou. A aeronave já acumula mais de 100 mil horas de voo.



Além dos países parceiros do consórcio, o caça europeu também foi vendido para a Áustria (15) e Arabia Saudita (72), negócios avaliados em US$ 10 bilhões. Segundo Casolini, mais de 100 mil pessoas e 400 empresas em toda a Europa estão envolvidas direta ou indiretamente no programa de desenvolvimento do caça Eurofighter. As empresas colaboradoras do programa participam do desenvolvimento e da produção dos componentes mais importantes, incluindo a montagem final.



O executivo disse que existem grandes expectativas para novas exportações do caça, que atualmente está disputando concorrências no Japão, Turquia, Malásia, Romênia, Qatar e Índia. (VS)(Valor)



Marinho na guerra pelos caças da FAB



Nos próximos dias o prefeito de São Bernardo do Campo, Luiz Marinho, irá à França a convite da empresa Dassault para conhecer o caça francês, o Rafale, que disputa bilhões de reais numa concorrência da FAB que começou no governo FHC, atravessou os dois mandatos de Lula e caiu no colo de Dilma Rousseff.



Amigo de Lula, ex-líder sindical e ex-ministro, Marinho foi à Suécia ver o Gripen NG, adversário do Rafale, e retornou aliado dos suecos. Os franceses, que já foram favoritíssimos na disputa, querem convencê-lo a mudar de lado, numa guerra que já mobilizou várias fatias do governo e, agora, interessa até a um prefeito amigo do ex-presidente. (fonte: Época)

Os Negócios Militares na Posse I

França - representada pelo ministro da Defesa Alain Juppé, já que o Presidente Nicolas Sarkozy e sua esposa Carla Bruni não vieram.




Certo o Brasil é importante e novamente uma economia em crescimento, portantanto vamos aos negócios. Se todos esperavam que o Programa F-X2 (logo será transformado em F-X3 ) dominasse as conversas isto não aconteceu. Mas sim, o programa que realmente interessa aos países produtores de tecnologia atualmente. Os programas de reaparelhamento da Marinha do Brasil. E aqui a presença de um novo player internacional que marcou excepcional presença.




Apresentamos os eventos relacionados às expectativas militares.



Programa F-X2 (F-X3)



DefesaNet foi a primeira publicação a anunciar que o Programa F-X2, tal como conhecemos, está morto e enterrado. Mesmo mantendo o comandante da Força, Brigadeiro Juniti Saito, a própria dinâmica dos eventos levará o programa a ser revisto. Quando isto acontecer novos e antigos participantes terão de ser considerados. A participação de alguma forma do caça experimental russo de quinta geração PAK-FA T50. Participação que Jobim prometeu aos russos ao criar o Programa F-X2.5 (ver matéria Link).



Lembrar que Alexander Fomin (Vice-Diretor da Agencia Federal de Cooperação Técnico-Militar da Federação Russa) ofereceu a participação no PAK-FA T50 em entrevista a DefesaNet (Link).



Também vem com força renovada o Eurofighter, agora com a reaproximação Brasil-Alemanha na área de defesa.



Temerosos de receber uma notícia desagradável, em 2003 foi em uma reunião com o Primeiro-Ministro da Suécia, no dia 02 de janeiro, que Lula anunciou o cancelamento do então Programa F-X1 em favor do fome zero.



Uma análise de projetos chineses não pode ser desconsiderado no atual estágio de aproximação Brasil-República Popular da China.



Os três competidores atuais: o Dassault Rafale (França), Boeing F/A-18 Super Hornet (Estados Unidos) e SAAB Gripen NG (Suécia) também podem estar interessados em alterar suas propostas e nesta caso a Boeing já explicitou que deseja revê-la.



Programas Navais




Ao longo de 2009 e 2010 era dado como certo a assinatura da compra de navios de Patrulha Oceânica (OPV), Escolta (Fragatas) e de um navio auxiliar com a Itália a serem produzidos pela Fincanttieri. Aconteceu o com a Itália fato similar com a França no fatídico, 7 de setembro de 2009, ou seja o já ganhamos. Além do caso Battisti que vem pondo areia nas engrenagens das negociações.



Este contrato pouco noticiado tem um valor maior que o do próprio Programa F-X2 (F-X3) e de muito maior amplitude nos acordos industriais e impulsionador de transferências de tecnologias. A mobilização de ingleses (BAE Systems), Alemães (TKMS e outros), Espanha (Navantia) e a excepcional e surpreendente participação da Coréia do Sul.



Assim a presença do próprio Primeiro-Ministro da Coréia do Sul Kim Hwang-Sik não é uma surpresa total neste esforço sul-coreano.



Coréia do Sul - A presidenta Dilma Rousseff conversa com o primeiro-ministro da Coreia, Kim Hwang-Sik, durante encontro no Palácio do Planalto no dia 02 de janiero. Abaixo foto com o cumprimento protocolar no dia da posse.


Espanha - A presença do príncipe Felipe de Asturias representa os interesses da Espanha que tem inúmeros contratos com Brasil atualmente na área de Defesa (P-3BR, C-295, sistemas de treinamento para o Exército). A Espanha também foca os contratos navais com o grupo Navantia


Na foto abaixo a reunião no dia 02 de Janeiro no Palácio do Planalto.

domingo, 2 de janeiro de 2011

Irã derruba aviões não tripulados no Golfo Pérsico

As autoridades iranianas informaram neste domingo que a Guarda Revolucionária derrubou dois "aviões espiões não tripulados ocidentais" no Golfo Pérsico.




De acordo com a agência de notícias oficial iraniana Fars, o comandante da divisão aérea da Guarda Revolucionária iraniana, Amir Ali Hajizadeh informou que "muitos" outros aviões não tripulados foram derrubados durante um período que não foi especificado pelo militar.



No entanto, o militar não mostrou provas da derrubada destes aviões. Hajizadeh afirmou apenas que esta foi a primeira vez que as notícias sobre estes incidentes foram divulgadas.




Os aviões não tripulados estavam sendo usados principalmente no Iraque e no Afeganistão, mas "algumas violações contra nosso território" também ocorreram, de acordo com o militar.




A Guarda Revolucionária iraniana foi estabelecida logo depois da revolução islâmica de 1979 e seus comandantes frequentemente fazem alertas a Israel, sobre a possibilidade de o país reagir a alguma agressão ou violação ou fazer algum tipo de ataque.



Avião nacional



Em agosto de 2010, o Irã revelou que tinha conseguido construir seu primeiro avião não tripulado, o Karrar.



De acordo com as autoridades iranianas, o avião pode percorrer uma distância de mil quilômetros e levar bombas de 115 quilos, ou uma bomba de precisão de quase 230 quilos.



No entanto, ainda não há confirmação por fontes independentes destas alegações das autoridades do Irã. BBC Brasil

sábado, 1 de janeiro de 2011

Ataques dos EUA matam 15 militantes no Paquistão

HAJI MUJTABA - REUTERS


Ataques feitos supostamente por aeronaves não-tripuladas dos Estados Unidos mataram 15 militantes muçulmanos no noroeste do Paquistão neste sábado, o que sugere que não haverá neste ano um abrandamento da campanha que Washington garante estar atingindo todos os grupos relacionados com a al Qaeda.







Os ataques feitos por aviões não tripulados dos EUA foram reportados por oficiais de inteligência do Paquistão em Waziristão do Norte - um santuário para militantes da Qaeda e do Taliban na fronteira com o Afeganistão. Um dia antes, cinco militantes foram mortos pelos aparelhos na mesma região.





A intensidade dos ataques pode significar que foi descoberto um alvo importante na região.





Líderes da rede Haqqani, uma das mais letais facções militares afegãs, estão em Waziristão do Norte.





O Paquistão tem resistido à pressão dos EUA para lançar uma ofensiva em grande escala no Waziristão do Norte sob o argumento de que está consolidando os ganhos de grandes operações militares em outras áreas tribais.





Críticos dizem que a relutância do Paquistão decorre de sua vontade de manter a rede de Haqqani como um ativo para qualquer acordo político no futuro do Afeganistão. Esta é uma das questões mais sensíveis nas já tensas relações entre os Estados Unidos e o Paquistão.





Sete insurgentes foram mortos no primeiro ataque por aviões não-tripulados no sábado, quando quatro mísseis atingiram um veículo e um agrupamento de militantes na cidade de Mir Ali, no Waziristão do Norte.





A maioria dos militantes se acreditava serem leais a Hafiz Gul Bahadur, um comandante afiliado à rede Haqqani, disse um oficial da inteligência local. Pouco tempo depois, mais dois mísseis foram disparados no mesmo local, matando quatro militantes que estavam realizando trabalhos de salvamento.





Em seguida, um ataque com mísseis matou quatro militantes ao atingir o veículo que eles usavam a cerca de 30 quilômetros de distância da principal cidade do Waziristão do Norte, Miranshah.





Não houve confirmação independente dos incidentes e militantes frequentemente desqualificam os números oficiais de mortos.

felizs ano novo

o,blog segurança nacional,,,agradence os leitoris e dezeija feliz ano novo

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Intervenção na Costa do Marfim está descartada 'por enquanto'

Uma "intervenção militar" de países do Oeste da África na Costa do Marfim para fazer partir Laurent Gbagbo, que se recusa a deixar o poder, "parece, felizmente, descartada por enquanto", declarou nesta quarta-feira o secretário de Estado das Relações Exteriores de Cabo Verde, Jorge Borges.




Uma delegação formada por três presidentes africanos voltará à Costa do Marfim no dia 3 de janeiro para prosseguir com as negociações com o líder Laurent Gbagbo, disse o presidente do bloco regional Ecowas, Goodluck Jonathan, na quarta-feira.



"Eles voltarão no dia 3 de janeiro e, quando retornarem desta segunda visita, o resultado determinará a próxima ação", disse Jonathan, que também é presidente da Nigéria, após uma reunião com os enviados.



Os presidentes de Benin, Serra Leoa e Cabo Verde foram enviados pelo Ecowas à Costa do Marfim na terça-feira para dizer a Gbagbo que ele deve ceder o poder ao candidato presidencial rival Alassane Ouattara - o vitorioso da eleição de 28 de novembro, na opinião das potências mundiais e dos países africanos vizinhos - ou enfrentar uma possível força militar.