quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Supercomputador de clima do Inpe será um dos mais poderosos do mundo

- O Estado de S.Paulo


Com investimento de R$ 50 milhões, a partir de janeiro o Brasil estará no topo das pesquisas em ciências climáticas. O supercomputador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), batizado de Tupã, será capaz de realizar 258 trilhões de cálculos por segundo e estará entre os mais poderosos do mundo para previsão de tempo e estudos em mudanças climáticas. Será também o único do Hemisfério Sul.





Instalado em Cachoeira Paulista, a 206 quilômetros de São Paulo, Tupã atenderá a grupos de pesquisa, instituições e universidades da Rede Brasileira de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas (Rede Clima) do Ministério da Ciência e Tecnologia. O equipamento foi adquirido com recursos da pasta e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O investimento permitirá ao Inpe ampliar mais de 50 vezes a capacidade de processamento.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O programa de modernização de soldado alemão

O fuzil G-36 será equipado com um lança granadas M-203
O programa de modernização de soldado alemão System Soldat - Infanterist der Zukunft - IdZ (Sistema de Infantaria do Futuro) foi lançado em 1997, baseado na iniciativa da OTAN de modernização de sistemas de soldado desmontado.




O programa IdZ tem o objetivo de melhorar a efetividade da missão do soldado desmontado e prepará-lo para o campo de batalha digital com o uso de novas tecnologias, com uma abordagem sistêmica, e com um conceito modular com requerimentos de missão específicos e com potencial de crescimento considerando as necessidades do usuário e incorporação rápida de avanços tecnológicos.



O IdZ irá melhorar a capacidade do infante individual nas áreas de efetividade, sobrevivência, controle de operações e mobilidade, adaptando-o as tarefas do Bundeswehr. O programa também prioriza áreas como logística, treinamento, troca de informações e doutrina. O impacto nas melhorias ou novas capacidades do infante nestes áreas deve ser mantida em um limiar mínimo.



Uma abordagem evolucionária de baixo risco foi adotada na fase de definição e seleção dos componentes para permitir a introdução rápida da primeira geração o IdZ já em 2005, usando vários componentes já existentes como o fuzil G36.



O IdZ usa um conceito modular, incorporando tudo desde o uniforme de combate aos itens individuais de proteção, armamento e comunicação, combinando equipamentos já disponíveis com outros desenvolvidos e integrados a estes elementos em um sistema coerente.




O conceito modular oferecerá amplo potencial de integração de novas capacidades e tecnologias de alto risco no futuro. A modularidade inclui outros serviços como a Força Aérea e capacidade de trocar módulo para reagir rápido as mudanças. O infante irá receber equipamentos que podem ser adaptados as diferentes condições operacionais com proteção adequada a ameaça.



As melhorias essenciais serão um rádio de comunicação para o grupo de combate, melhoria na capacidade e combate noturno e integração com o sistema de comando e controle do exército com um mapa digital, GPS, bússola digital e conjunto na cabeça.



Objetivos Chaves do Programa



Desde o início foi dada grande prioridade a capacidade de sobrevivência do infante desmontado com o objetivo geral de melhorar o sucesso da missão. Considerando que o nível de proteção balística que pode ser atingida pelo infante desmontado é limitada pelo peso e volume, assim como a mobilidade e sustentação, a ênfase na vulnerabilidade implica em diminuir a possibilidade de ser atingido.



Idealmente, o infante do futuro alemão deverá ter, sempre e em qualquer lugar:



- Informações completas do inimigo e ameaças



- Sensores e armas com alcance e precisão superior



- Capacidade de reação rápida e surpresa



Para garantir estes resultados, é necessário diminuir a probabilidade do soldado ser detectado, rastreado, engajado e atingido. Também é necessário diminuir a probabilidade de ser morto ou incapacitado quanto atingido.



Desse modo, o sistema IdZ tem os seguintes parâmetros:



- Redução/evitar detecção com camuflagem visual, infravermelha e possivelmente radar, diminuir emissões acústicas e eletromagnéticas.



- Reduzir/evitar ser rastreado/atingido (e por pouco tempo ou nunca durante a fase de vigilância, engajamento e comunicações, com meios remotos)



- Proteção balística



- Proteção QBR



- Proteção dos olhos contra energia laser



Além da ênfase na sobrevivência, o sistema IdZ pretende melhorar a consciência da situação e capacidade de reação com melhora das informações sobre os inimigos e ameaças dando a todos os soldado no grupo de combate o mesmo nível de informações.



Como a reação rápida depende da mobilidade e agilidade do soldado, a redução do peso é de grande importância. O IdZ também irá dar informações de posicionamento, e no futuro, situação da saúde para medidas de resgate e primeiros socorros rápidos.




O "System Infanterist" considera o grupo de combate (GNppe na Alemanha) como a menor fração da tropa (10 soldados). Isto é devido ao fato de todas as capacidades necessárias não poderem ser realizadas por um único infante, contudo, no GC é possível configurar diferentes equipamentos individuais como armas, óticos, e C4I

França reitera que fará transferência de tecnologia na venda do Rafale

A transferência de tecnologia incluída no pacote oferecido pela França para vender os caças Rafale ao Brasil inclui até a abertura dos códigos-fonte dos programas usados pelo avião, reiterou o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas francesas, Edouard Guillaud, em encontro com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, no fim da semana passada. Em entrevista exclusiva ao Valor, após o encontro, Guillaud disse estar "muito, muito confiante" de que será o Rafale o jato escolhido para reequipar as Forças Armadas brasileiras, no governo de Dilma Rousseff.




"Quem fixa a agenda e o calendário (para a compra) é a presidente, não a França", ressalvou o almirante. "A presidente terá de analisar os documentos, e como nossa proposta é excepcional, devido ao desempenho, à transferência de tecnologia, estou muito confiante sobre a decisão final da presidente Dilma Rousseff", comentou.



Guillaud lembrou que a França vem cumprindo os compromissos assumidos para transferência de tecnologia em submarinos, que incluiu intercâmbio de oficiais entre os dois países, admitiu que o preço do Rafale é maior que o dos concorrentes, mas argumentou que não se pode fazer essa comparação, porque a qualidade do avião e as condições da oferta francesa são melhores. É o que o leva a pensar que o Rafale não será abatido por cortes orçamentários. "Todos buscam o maior valor possível pelo dinheiro gasto", disse, em inglês.



Ele confirmou o interesse das Forças Armadas no avião cargueiro projetado pela Embraer, o KC-390 - o presidente francês, Nicolas Sarkozy, chegou a anunciar, no ano passado, que poderia comprar dez dessas aeronaves, mas havia rumores de que os franceses teriam mudado de ideia. "A partir de 2016, vou precisar de novas unidades e o KC-390 atende às minhas necessidades, porque é complementar ao europeu A 4006", assegurou. A americana Lockheedconcorre com a brasileira pelo fornecimento do cargueiro de menor porte aos franceses. O avião não pode ser avaliado, porque a Embraer ainda não o produz, lembrou.



Em visita ao Brasil para reafirmar a "parceria estratégica" do país com a França, o almirante Guillaud, que até o ano passado, era o conselheiro militar do presidente Sarkozy, garantiu que o apoio francês a um assento permanente para o Brasil, no conselho de segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), não sofreu nenhum abalo com a decisão do governo brasileiro de votar contra a proposta de sanções ao Irã, por suspeitas de uso militar do programa nuclear iraniano. A votação, no Conselho de Segurança, onde o Brasil ocupa temporariamente uma cadeira, só teve dois votos contrários, o brasileiro e turco.



"O Brasil é a oitava potência mundial, um gigante na América do Sul; é anormal que não tenha assento permanente no Conselho de Segurança", disse o almirante, minimizando as divergências em relação ao Irã, com o argumento de que os dois países condenam o uso bélico da energia nuclear pelos iranianos. "No Irã, estamos de acordo; sobre o método de obtê-lo é que há divergência, mas isso não é razão para que o Brasil não ocupe o assento a que tem direito."



Os franceses, segundo o chefe das Forças Armadas da França, apoiam também a decisão brasileira de expandir, para as Forças da ONU no Líbano (Unifil), a participação do país em operações de paz. Há duas semanas, o Senado brasileiro aprovou, com apoio da oposição, o envio de um almirante e quatro oficiais para comandar a frota naval encarregada de patrulhar a chamada linha azul, onde se tenta evitar conflito entre integrantes do Hizbollah e Israel. Essa primeira missão pode se expandir para incluir até mais de uma centena de fuzileiros navais, e Guillaud ofereceu a Jobim treinamento e apoio francês aos brasileiros.



"Vamos trabalhar com o Brasil no Líbano", confirmou o almirante, que vê a possibilidade de que a "parceria estratégica" se estenda a missões conjuntas em países africanos, com a troca de informações dos dois governos sobre as Áfricas lusófona e francófona. A parceria, que inclui acordos nas áreas de ciência, tecnologia, agricultura, economia e industrial, vem avançando como prometido no campo militar, com o treinamento de 30 engenheiros da Marinha para a construção do submarino nuclear brasileiro e com o intercâmbio de informações sobre os projetos dos Exércitos brasileiro e francês para o "Soldado do Futuro".



Satisfeito com o que considera uma aproximação crescente entre os militares dos dois países, Guillaud, que se encontrou separadamente com comandantes das três Forças no Brasil, não chegou a conversar com Jobim sobre uma possível atuação conjunta na América do Sul. "Não conversamos sobre ação conjunta, a América do Sul felizmente é um continente calmo, embora haja personagens interessantes no continente", gracejou o militar.



Fonte:Valor Econômico - Sergio Leo
De Brasília

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Marinha do Brasil incorpora Navio-Patrulha 'Macau' à Armada


Marinha do Brasil incorpora Navio-Patrulha 'Macau' à Armada



Navio-Patrulha “Macau” (P75)

A Marinha do Brasil incorporou à Armada, no dia 30 de novembro, o segundo navio da Classe “Macaé”, o Navio-Patrulha “Macau” (P75). Em obras desde 2007, o navio foi construído na Indústria Naval do Ceará (INACE), em Fortaleza, local onde também foi realizada a cerimônia de incorporação. O evento contou com a presença do Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Julio Soares de Moura Neto.



O P75 atuará na área do Comando do 3° Distrito Naval e realizará, prioritariamente, apoio à fiscalização das Águas Jurisdicionais Brasileiras (AJB) em atividades de Patrulha e Inspeção Naval, contribuindo para a segurança do tráfego marítimo nacional, salvaguarda da vida humana no mar e defesa dos interesses estratégicos do Brasil.

O Navio-Patrulha “Macau” será comandado pelo Capitão-de-Corveta Maurício do Nascimento Pinto e terá tripulação de 30 militares. Em entrevista, o Comandante do navio falou da capacidade do P75: “O navio vai operar com software desenvolvido pela própria Marinha. O passadiço é de última geração, assim como o sistema de armamento”, disse. Registrou, ainda, que comandar um navio é a realização de um sonho para qualquer Oficial de Marinha: “Ver o nascimento, desde a primeira chapa até este momento, é uma experiência sem igual”.




De acordo com o Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Moura Neto, a construção de um navio é sempre motivo de satisfação para a Marinha. O Almirante também falou de mais quatro navios que estão em processo de construção, mas para ele a Marinha pode ir além: “Se tivermos uma folga orçamentária no ano de 2011, partiremos para a construção de mais navios, que completarão o total de 12, previstos na primeira fase. Em uma segunda fase, esses 12 serão 27, e em uma terceira fase, os 27 serão 46”, afirmou.



Fonte/Fotos: Marinha do Brasil

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

A Rússia lançou na quarta-feira,15, rumo à Estação Espacial Internacional (ISS) a nave Soyuz TMA-20 com três tripulantes a bordo, um russo, um americano e um italiano.




O lançamento, transmitido ao vivo pelo canal de notícias Rossía 24, aconteceu às 22h09 de Moscou (17h09 no horário de Brasília) com a ajuda de um foguete portador Soyuz FG a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão.
Apenas nove minutos depois, a nave com o cosmonauta russo e comandante da nave, Dmitri Kondratiev, a americana Catherine Coleman e o italiano Paolo Nespoli se separou do foguete para começar seu voo autônomo de dois dias rumo à plataforma orbital.




O acoplamento da Soyuz à ISS está previsto para as 23h12 no horário local (18h12 de Brasília) de sexta-feira, 17.



Este será o primeiro voo espacial de Kondratiev, de 41 anos, enquanto Catherine, quem completa 50 anos nesta quarta-feira, já realizou duas viagens a bordo da nave Columbia em 1995 e 1999.



Já Nespoli, de 53 anos, voou com a nave Discovery em 2007.



Nesta missão à plataforma orbital, onde permanecerá por 152 dias, a tripulação deverá realizar três caminhadas segundo o programa de voos russo.


Além disso, receberá e descarregará quatro cargueiros russos Progress e supervisionará o acoplamento do segundo veículo espacial europeu e da Soyuz TMA-21, assim como o retorno à Terra da Soyuz TMA-20.




A atual tripulação da plataforma orbital é integrada pelo americano Scott Kelly, em qualidade de comandante, e pelos engenheiros russos Aleksandr Kaleri e Oleg Skrípochka.



Em 26 de novembro, a nave Soyuz TMA-19, com o russo Fyodor Yurchikhin e os americanos Douglas Wheelock e Shannon Walker a bordo, aterrissou nas estepes do Cazaquistão.

CENIC entrega modelo de qualificação do SARA

A Cenic Engenharia entregou, no mês de dezembro, o Modelo de Qualificação Mecânica do Sara Suborbital. A entrega ocorreu na sede da empresa no bairro Chácaras Reunidas em cumprimento do contrato com o IAE.




Após uma apresentação da empresa, as comissões receberam os volumes de documentação correspondentes à etapa cumprida e puderam vistoriar o Modelo de Qualificação.



A principal estrela da apresentação foi o Modelo do Subsistema de Recuperação. Composto de um conjunto de paraquedas divididos em aba piloto, paraquedas de arrasto e dois paraquedas principais, o Modelo ainda conteve o container para abrigar os paraquedas durante o voo e um Bloco de Separação que comanda a abertura. Este subsistema envolve uma inovação tecnológica do projeto, pois não é acionado por sistemas pirotécnicos.



Os ensaios de qualificação do Subsistema de Recuperação ocorrerão no Prédio de Integração de Lançadores (PIL) do IAE após o término dos ensaios de separação do VLS-1. O Modelo de Qualificação entregue nesta etapa será utilizado durante estes ensaios, sendo que a sequencia de abertura dos paraquedas será repetida várias vezes para se chegar à qualificação do subsistema. Todo o processo será filmado com câmeras de alta velocidade.

Israelenses vendem VANT para FAB

Aviação: Aeroeletrônica, controlada pela Elbit, ganha licitação para entrega de duas unidades




A AEL-Aeroeletrônica, de Porto Alegre, venceu o processo de seleção da Força Aérea Brasileira (FAB), para a aquisição de dois veículos aéreos não tripulados, também conhecidos pela sigla VANT. A Aeroeletrônica é controlada pelo grupo israelense Elbit. O valor do contrato, segundo o diretor do Subdepartamento de Desenvolvimento e Programas da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Augusto Amaral Oliveira, ainda não foi definido, pois a FAB está finalizando a negociação.



Além da Aeroeletrônica, também participaram do processo a BAE Systems, da Inglaterra; Sagem, do grupo francês Safran; e a IAI, de Israel, que entrou no processo junto com a brasileira Flight Solutions. Segundo a FAB, a IAI ficou em segundo lugar.



A Flight Solutions desenvolveu uma família de VANTs para o Exército brasileiro denominada VT-15. O mercado no Brasil, segundo o diretor da Flight, Nei Salis Brasil Neto, ainda está nascendo, mas o setor no mundo deve movimentar negócios da ordem de US$ 8 bilhões até 2016. A América do Sul responde por apenas 2% desse montante, mas Neto acredita que essa realidade tende a mudar com o fortalecimento da indústria de defesa local.



A aquisição dos novos veículos, de acordo com o brigadeiro Amaral, tem como objetivo a consolidação de uma doutrina de utilização de VANTs na FAB, mais adequada às necessidades do sistema de defesa nacional e que também sirva de base para a compra futura de novos veículos.



O Brasil ainda não possui um produto desenvolvido e fabricado no país. O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), em São José dos Campos, desenvolveu a parte eletrônica de um VANT nacional, envolvendo o seu sistema de navegação e controle. O projeto, que também envolve o Centro Tecnológico do Exército (CTEX), o Instituto de Pesquisas da Marinha (IPqM) e a Avibrás, entrou agora numa segunda fase, relacionada ao desenvolvimento do sistema de decolagem e pouso automático.



Para a primeira fase do projeto nacional, a Finep destinou R$ 9 milhões. "Estamos agora aguardando a liberação de uma verba de R$ 4,5 milhões para dar continuidade ao desenvolvimento", disse o coordenador do projeto no DCTA, Flávio Araripe.



A Avibrás também partiu para o desenvolvimento de um VANT próprio, batizado de Falcão. O veículo foi financiado com recursos da Finep, que destinou R$ 19 milhões para o projeto. O primeiro protótipo, segundo o gerente do projeto na Avibrás, Renato Bastos Tovar, ficará pronto em abril e o primeiro voo está previsto para junho. "A fase de certificação e industrialização exigirá mais R$ 30 milhões em investimentos e temos a expectativa de que a FAB nos considere em um próximo processo de aquisição", disse.



O modelo escolhido pela FAB, um Hermes 450, é fabricado pela Elbit. Duas unidades do Hermes 450 já estão sendo testadas, há um ano, pelas Forças Armadas brasileiras na Base Aérea de Santa Maria (RS), onde fica sediado o Esquadrão de VANT da Aeronáutica. Os VANTs foram cedidos pela Elbit sem custo e estão sendo avaliados em missões de reconhecimento tático e vigilância de fronteira.



Segundo o diretor-executivo da Aeroeletrônica, Vitor Jaime Neves, a empresa está criando um centro de excelência no Brasil e enviou técnicos brasileiros para participar de um programa de desenvolvimento de tecnologias associadas a VANTs nas instalações em Israel.



No contrato que negocia com a FAB, a Aeroeletrônica também terá de cumprir obrigações de offset (compensação) relacionadas à transferência de tecnologia. "Está prevista a transferência de tecnologias de partes das aeronaves para a indústria nacional, além de suporte e apoio técnico por parte da Aeroeletrônica/Elbit", explica o diretor de programas e desenvolvimento da Aeronáutica.



A brasileira Inbra Aerospace, de acordo com Vitor Neves, já pode ser citada como um exemplo concreto de offset relacionado ao Hermes 450. A empresa, segundo ele, já está fabricando partes da asa do veículo em material composto.



O executivo da Aeroeletrônica também não descarta a possibilidade de futuras parcerias com a Embraer na área de VANTs. As duas empresas já trabalham juntas nos programas de modernização dos caças AMX e F-5 da FAB.



"A área de VANTs é um dos focos que estamos olhando dentro da nova estrutura de segurança e defesa criada pela Embraer, mas ainda não sabemos se faremos um produto em parceria com outra empresa ou se partiremos para um desenvolvimento próprio", comenta o diretor-presidente da Embraer, Frederico Fleury Curado.



Segundo Curado, a Embraer vem fazendo prospecções nessa área há algum tempo, mas qualquer decisão de parceria estratégica para atendimento das necessidades nacionais será feita em conjunto com o governo brasileiro.



Fonte: Valor Econômico - Virgínia Silveira